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Após madrugada chuvosa, tempo abre e o sol aparece entre nuvens em SP

 A quarta-feira (10) começou, em São Paulo, com o tempo chuvoso e temperaturas oscilando nos 13,8 graus Celsius (°C) durante a madrugada. As mínimas chegaram aos 11,3°C no extremo sul da cidade e 14,9°C na região central. Segundo os dados do Centro e Gerenciamento de Emergências (CGE), julho registrou até o momento 44,8 milímetros (mm) de chuva que corresponde a 8,2% acima da média histórica de 41,4mm.

Segundo os meteorologistas do CGE, no decorrer do dia as condições de chuva diminuem e o tempo abre, com o sol entre nuvens, favorecendo a elevação das temperaturas. As máximas podem chegar aos 23°C e os índices de umidade devem ficar acima dos 60%. No fim do dia a nebulosidade volta a aumentar, criando condições para chuviscos na região da Serra do Mar, no extremo sul da cidade.

A Defesa Civil Municipal informou que mantém toda a cidade em estado de atenção para baixas temperaturas. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, as tendas da Operação Baixas Temperaturas (OBT) funcionaram na última noite das 18h à 0h.

O balanço parcial da operação, dessa terça-feira (9) até as 5h de hoje, aponta que a OBT realizou 791 abordagens e 1.314 acolhimentos, em serviços da rede socioassistencial, por meio das equipes do SEAS III alocadas nas tendas, numa ação de busca ativa nas ruas da cidade, dos chamados da Central de Vagas e da procura direta das pessoas em situação de vulnerabilidade pelos locais de acolhimento.

Nas dez tendas foram feitos 23.918 atendimentos e distribuídos um total de 49.697 itens, sendo 7.672 sopas, 7.080 pães, 3.283 chás, 5.112 chocolates quentes, 23.360 garrafas de água e 3.190 cobertores. Além disso, 58 pessoas foram atendidas com seus animais de estimação. Foram atendidos 63 animais, sendo distribuídos 49 potes com ração. Ainda foram aplicadas cinco vacinas, e feitas três vermifugações.

Tendências para os próximos dias

Para os próximos dias, a previsão é de sol entre nuvens e temperaturas subindo gradativamente. Porém, no fim de semana, a nebulosidade volta a aumentar, com condições para chuvas fracas e chuviscos na região metropolitana de São Paulo.

Na quinta-feira (11), o sol aparece entre nuvens e favorece a gradativa elevação das temperaturas no decorrer do dia. Os termômetros devem variar entre mínimas de 14°C e máximas que podem chegar aos 25°C. Não há previsão de chuva.

Na sexta-feira (12), o sol surge entre nuvens, mas a nebulosidade aumenta no decorrer do dia com ventos úmidos do oceano, o que impede a elevação mais significativa das temperaturas. As mínimas oscilam em torno dos 14°C, enquanto as máximas não devem superar os 22°C. Há condições para garoa e chuviscos, principalmente entre o fim da tarde e o decorrer da noite.

Procon-SP: diferença de preços entre remédios genéricos chega a 685%

Pesquisa anual feita pelo Procon-SP indica que medicamentos apresentam diferenças de preços de até 685% entre os genéricos e de 134% entre os medicamentos de referência. Foram pesquisados 48 produtos das duas categorias com a mesma apresentação. 

O medicamento de referência é um produto desenvolvido pelo fabricante que o registrou primeiro e, portanto, possui a marca registrada. Os medicamentos genéricos e similares são aqueles  desenvolvidos com fórmulas oriundas dos medicamentos de referência que caíram em domínio público.

O levantamento de preços foi feito pelo Procon paulista em sites de seis grandes drogarias. De forma presencial, a pesquisa ocorreu em lojas dos municípios de Araçatuba, Santos, São Vicente, Bauru, Campinas, Jaú, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Os dados foram coletados entre os dias 27, 28 e 29 de maio.

“A iniciativa do Procon-SP tem como objetivo oferecer ao público referências de preços, além de reforçar a necessidade da pesquisa de preços antes da compra do medicamento”, informou o órgão.

Diferença

A maior diferença de preços foi apurada presencialmente entre medicamentos genéricos de farmácias em Presidente Prudente. O medicamento Nimesulida, de 100 mg e com 12 comprimidos, por exemplo, custava R$ 23,49. Em outro estabelecimento, o valor era R$ 2,99, o que significa uma diferença de 685,62%.

Entre os produtos de referência, a maior diferença de preço foi encontrada na Baixada Santista: o medicamento Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline, de 500 mg e 21 cápsulas, custava R$ 67,08 em uma farmácia e R$ 29,95, em outra, R$ 29,95, o que corresponde a uma diferença de 123,97%

Na capital paulista, nos preços praticados por sites de seis grandes redes – Drogaria São Paulo, Drogasil, Extrafarma, Droga Raia, Pague Menos e Ultrafarma – a maior diferença encontrada foi de 229,54% entre os medicamentos genéricos. O medicamento Dipirona Sódica, de 500 mg/ml gotas de 10 ml, em um site, custava R$ 7,81 e, em outro, R$ 2,37.

Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preços chegou a 134,77%. O medicamento Dexason da Teuto, de 1 mg/g, era vendido em um site por R$ 9,79 e, em outro, por R$ 4,17.

Economia

Levantamento feito nos sites constata que, em média, os medicamentos genéricos estavam 66,83% mais baratos do que os de referência, o que pode representar economia no bolso do consumidor.

De acordo com o Procon-SP, as farmácias e drogarias não podem praticar preços acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que é o órgão responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.

A lista de preços máximos está disponível para consulta no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  e é atualizada mensalmente.

“As variações de preço encontradas no mercado podem ocorrer em razão dos descontos concedidos pelos estabelecimentos, de acordo com critérios livremente estabelecidos pelo fornecedor”, segundo o Procon-SP.

Procon-SP: diferença de preços entre remédios genéricos chega a 685%

Pesquisa anual feita pelo Procon-SP indica que medicamentos apresentam diferenças de preços de até 685% entre os genéricos e de 134% entre os medicamentos de referência. Foram pesquisados 48 produtos das duas categorias com a mesma apresentação. 

O medicamento de referência é um produto desenvolvido pelo fabricante que o registrou primeiro e, portanto, possui a marca registrada. Os medicamentos genéricos e similares são aqueles  desenvolvidos com fórmulas oriundas dos medicamentos de referência que caíram em domínio público.

O levantamento de preços foi feito pelo Procon paulista em sites de seis grandes drogarias. De forma presencial, a pesquisa ocorreu em lojas dos municípios de Araçatuba, Santos, São Vicente, Bauru, Campinas, Jaú, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Os dados foram coletados entre os dias 27, 28 e 29 de maio.

“A iniciativa do Procon-SP tem como objetivo oferecer ao público referências de preços, além de reforçar a necessidade da pesquisa de preços antes da compra do medicamento”, informou o órgão.

Diferença

A maior diferença de preços foi apurada presencialmente entre medicamentos genéricos de farmácias em Presidente Prudente. O medicamento Nimesulida, de 100 mg e com 12 comprimidos, por exemplo, custava R$ 23,49. Em outro estabelecimento, o valor era R$ 2,99, o que significa uma diferença de 685,62%.

Entre os produtos de referência, a maior diferença de preço foi encontrada na Baixada Santista: o medicamento Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline, de 500 mg e 21 cápsulas, custava R$ 67,08 em uma farmácia e R$ 29,95, em outra, R$ 29,95, o que corresponde a uma diferença de 123,97%

Na capital paulista, nos preços praticados por sites de seis grandes redes – Drogaria São Paulo, Drogasil, Extrafarma, Droga Raia, Pague Menos e Ultrafarma – a maior diferença encontrada foi de 229,54% entre os medicamentos genéricos. O medicamento Dipirona Sódica, de 500 mg/ml gotas de 10 ml, em um site, custava R$ 7,81 e, em outro, R$ 2,37.

Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preços chegou a 134,77%. O medicamento Dexason da Teuto, de 1 mg/g, era vendido em um site por R$ 9,79 e, em outro, por R$ 4,17.

Economia

Levantamento feito nos sites constata que, em média, os medicamentos genéricos estavam 66,83% mais baratos do que os de referência, o que pode representar economia no bolso do consumidor.

De acordo com o Procon-SP, as farmácias e drogarias não podem praticar preços acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que é o órgão responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.

A lista de preços máximos está disponível para consulta no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  e é atualizada mensalmente.

“As variações de preço encontradas no mercado podem ocorrer em razão dos descontos concedidos pelos estabelecimentos, de acordo com critérios livremente estabelecidos pelo fornecedor”, segundo o Procon-SP.

Força Nacional do SUS investiga mortes entre indígenas no Acre

Uma equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) composta por dois médicos, dois enfermeiros e dois técnicos inicia nesta segunda-feira (1º) uma missão exploratória em comunidades indígenas de Assis Brasil (AC). De acordo com o Ministério da Saúde, a proposta é investigar e tratar quadros de gripe, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e diarreia.

“Além dos atendimentos, será feito o diagnóstico vivo da situação no local. O aumento expressivo das doenças têm causado óbitos de crianças e idosos”, destacou a pasta por meio de nota. As secretarias de Saúde Indígena (Sesai) e de Vigilância em Saúde e Ambiente também monitoram a situação.

A previsão é que as atividades se estendam por cinco dias. Segundo a Secretaria de Saúde do Acre, notificações recentes mostram que crianças de 1 a 5 anos e idosos acima de 60 anos “são desproporcionalmente afetados” com as doenças citadas. “Além disso, foram registradas mortes entre crianças menores de 5 anos em aldeias locais”.

Entenda

O município de Assis Brasil tem mais de 7 mil habitantes e fica localizado na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia. O Sistema de informação da Atenção à Saúde indígena registra duas etnias vivendo na região, Jaminawa e Manchineri, totalizando 2,1 mil indígenas distribuídos em 32 aldeias.

 

Ponte sobre Rio Caí entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis é implodida

A ponte sobre o Rio Caí, entre os municípios gaúchos de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, foi implodida na manhã desta quinta-feira (27), pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). De acordo com a empresa responsável pelo serviço, foram usadas 2 toneladas de dinamite na operação.

A implosão do trecho do km 174 da BR-116/RS ocorreu após as equipes do Dnit terem adaptado as margens do rio, com construção nas cabeceiras para receber a nova estrutura. A implosão da antiga ponte é uma das etapas deste projeto, que tem prazo contratual de oito meses.  

A ponte na serra gaúcha estava interditada deste 12 de maio, quando a cheia do Rio Caí provocou o deslocamento e posterior colapso da estrutura central, levando, inicialmente, à interdição para passagem de veículos e pedestres e, na sequência, à condenação de toda a armação.

Pela rede social X, o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse que a nova ponte será erguida em tempo recorde. “A implosão da ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, é mais um passo no restabelecimento dos acessos que ligam o estado!”

Próximos passos

O ministro dos Transportes, Renan Filho, explicou que uma ponte provisória está sendo reconstruída para garantir o fluxo e o abastecimento das cidades. “Não vamos parar até que tudo esteja totalmente restabelecido no Rio Grande do Sul.”

As obras emergenciais de construção da nova ponte sobre começaram no dia 4 de junho e têm investimento previsto de R$ 31 milhões.

De acordo com o anteprojeto, a travessia deve ter 180 metros de extensão e largura de 13 metros. A ponte será cerca de um metro mais alta que a antiga. A altura considera o nível do rio na última enchente, mas o Dnit avisa que algumas características podem sofrer alterações no projeto final.

O Dnit prevê que, na próxima semana, chegarão os equipamentos e ferragens para execução das fundações para a nova ponte. Porém, os trabalhos somente serão iniciados quando o nível do rio baixar.

Devastada pela água, Roca Sales vive entre migração e reconstrução

O município de Roca Sales (RS) tenta se reconstruir em meio a uma onda de migração de quem não acredita mais na viabilidade da cidade, que fica às margens do Rio Taquari. O Vale do Taquari – região que abrange 36 municípios gaúchos – foi talvez a região mais afetada pelas enchentes que devastaram o estado em maio.

A Agência Brasil visitou o município pouco mais de 50 dias após a maior catástrofe climática do estado e viu casarões completamente abandonados por moradores que temem em voltar a investir nas residências. O município já havia sofrido com uma grande enchente em setembro de 2023 e soma quatro enchentes no intervalo de 10 meses.

O policial civil Glauco Kummer, de 45 anos, lavava a moto no terraço de uma casa que perdeu boa parte do telhado. Ele contou que a água subiu 1 metro acima da residência que tem um andar, com cerca de 350 m² em cada piso.

“A outra [enchente] já tinha tapado o telhado, mas essa foi maior e arrancou todo o telhado fora, então o prejuízo é muito maior. Limpamos a casa, mas a expectativa de meu pai voltar é mínima. Aqui na frente mora meu tio, que não vai mais mexer na casa e já saiu da cidade. Está todo mundo muito abalado”, contou.

A água cobriu toda a casa de Glauco Kummer. Parentes estão deixando a cidade. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Glauco disse que a família tem a casa há 42 anos e, antes de setembro do ano passado, nunca havia tido uma enchente que invadisse a residência.

Preços elevados

Outro problema enfrentado pelos moradores é o aumento dos preços dos terrenos, das casas e dos aluguéis após as enchentes. Segundo relato de moradores, o valor dos imóveis subiu entre 50% e 80%. De acordo com a prefeitura, 400 famílias seguem sem moradia.  

A vendedora Júlia Almeida, de 20 anos, pensa em deixar Roca Sales.

“Não tem onde morar. Construir casa que está mais difícil agora porque você não acha locais onde não pega água. Além disso, o valor ficou mais caro. Meus pais moram de aluguel e nossa casa está sendo colocada a venda, vamos ter que sair”, relatou.

Em Roca Sales, quase toda a área urbana ficou embaixo d’água e a prefeitura defende transferir todo o centro, onde vivem cerca de 40% dos 10 mil habitantes da cidade, para um local mais alto. 

O acesso à cidade, vindo de Porto Alegre, ainda está difícil por causa do desabamento de uma ponte. Nossa reportagem enfrentou engarrafamento de cerca de uma hora para atravessar uma ponte metálica onde só passa um carro por vez.

Reconstrução

Enquanto alguns querem migrar, outros moradores vão tentar reconstruir a cidade. A comerciante Raquel Lima, de 48 anos, estava limpando a loja para tentar reabri-la na próxima semana. Antes da enchente de setembro, a loja era de bijuteria, depois virou uma loja de sorvete, açaí e lanches.

“Estava começando a me reerguer, estava melhorando. Daí veio de novo essa enchente. Vamos ver agora porque foi bastante gente embora da cidade. Eu não vou desistir. Eu espero que melhore. Eu estou com bastante esperança que vai dar certo, que nós vamos conseguir se reerguer”, afirmou.

Raquel Lima preparando sua loja para reabertura. “Não vou desistir”. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Os moradores que conversaram com a Agência Brasil elogiaram a economia da cidade, dizendo que ela tem emprego e oportunidades. O município é sede de indústrias como a gigante de frigoríficos JBS, a de calçados Beira Rio e a de couros Bom Retiro.

O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Roca Sales, Cléber Fernando dos Santos, explicou que as indústrias de médio e grande porte conseguiram retomar as atividades, ainda que parcialmente, uns 25 dias após a enchente. Porém, as pequenas e micro indústrias, comércios e serviços ainda encontram dificuldades.

“Algumas até agora não conseguiram retomar porque muitos tomaram empréstimos ou usaram aquela economia que tinham guardado e investiram após a enchente de setembro. Eles imaginaram que nunca mais iria acontecer algo dessa magnitude”, afirmou.

Cléber diz que esses comerciantes precisam de recursos a fundo perdido porque não conseguem tomar crédito por estarem endividados. “A gente está tendo um êxodo muito grande aqui. Outros municípios que não foram atingidos, eles acabam conseguindo atrair o pessoal oferecendo casa e trabalho para o pessoal daqui”, explicou.

Prefeitura

A Prefeitura de Roca Sales estima uma perda de receita de 40% neste ano por conta da enchente. O prefeito Amilton Fontana diz que a situação ainda está bem precária, em especial, o acesso às comunidades da zona rural do município, onde ficam os negócios agrícolas e pecuários, que representam cerca de 45% da economia local.

“A agricultura não conseguiu colher, granjas foram totalmente destruídas. A gente tem uma perda muito grande de produção”, disse.

Outra dificuldade é para conseguir elaborar os projetos para solicitar recursos para reconstrução.  

“Estamos recebendo recursos, mas a reconstrução precisa de projetos. Temos uma equipe mínima para fazer os projetos. Não temos estrutura para entregar tudo pronto em 50 dias”, acrescentou o prefeito.

Para Amilton Fontana, a prioridade é a habitação. “Não adianta tu querer arrumar uma rua e tu não ter a casa para as pessoas morarem. O que vai segurar as pessoas na cidade é a habitação. Então nós pedimos menos burocracia para liberar esse recurso”, contou.

Roca Sales foi uma das cidades mais atingidas pela enchente que devastou o Rio Grande do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Ministério das Cidades 

O Ministério das Cidades publicou na última semana as regras para a construção de 2 mil unidades habitacionais em áreas rurais atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Estão previstas ainda outras 10 mil unidades para áreas urbanas. 

>> Veja aqui a cobertura completa da tragédia no RS

As moradias, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, serão construídas em municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo governo federal.

Cada casa em área rural terá um subsídio de até R$ 86 mil, podendo chegar a R$ 200 mil em áreas urbanas.

Lula promete acordo entre FAB e quilombolas em Alcântara, no Maranhão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21), em São Luís, que o governo está perto de concluir um acordo para resolver um impasse histórico envolvendo a Centro de Lançamento Aeroespacial de Alcântara, na região metropolitana da capital maranhense, com as comunidades quilombolas da região, que dura mais de 30 anos.

“Estamos perto de concluir um acordo que a gente vai resolver, de uma vez por todas, o quilombo aqui em Alcântara. Está tendo um acordo com a FAB [Força Aérea Brasileira], com a Advocacia-Geral da União, acho que vamos contemplar todo mundo e vai viver em paz aquela região, com as pessoas podendo pescar no mar sem atrapalhar os foguetes e sem o foguetes atrapalhar a gente”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Mirante News FM. Lula chegou a São Luís no início da tarde para uma série de lançamentos envolvendo o programa Luz para Todos, renovação da concessão do Porto de Itaqui e obra de ampliação da Avenida Litorânea.

O Centro Espacial de Alcântara, antes chamado Base de Lançamento, foi construído pela Força Aérea Brasileira na costa atlântica do Maranhão, para lançamento de foguetes, em 1982. O local foi escolhido por ser considerado vantajoso para operações dessa natureza, pela proximidade à Linha do Equador, mas, para viabilizar a obra, foram retiradas de suas terras 312 famílias quilombolas, de 32 povoados.

Alguns grupos permaneceram no local e, há décadas, denunciam ameaças constantes de expulsão para ampliação da base. Em 2004, a Fundação Palmares certificou o território e, em 2008, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) identificou e delimitou a área.

A FAB, que comanda a base, quer ampliar o território de 8,7 mil hectares para 21,3 mil hectares, avançando sobre o território quilombola, mas comunidades são contrárias ao movimento. No ano passado, o governo brasileiro chegou a reconhecer a violação de direitos de propriedade e de proteção jurídica de comunidades quilombolas, durante a construção da base, e chegou a pedir desculpas oficiais, em meio a um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que determinou a titulação da área para as famílias remanescentes de populações negras escravizadas.

Ainda no ano passado, foi instituído um grupo de trabalho (GT) interministerial para buscar solução sobre o impasse que dificulta a titulação das terras.

Mais cedo, em agenda no Piauí, Lula participou do encerramento da 10ª Caravana Federativa, e fez anúncios de cessão de terrenos da União, investimentos para o setor portuário e para a transformação digital, além da contratação de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

Tailândia vai reconhecer casamento entre pessoas do mesmo sexo

 O Senado da Tailândia aprovou a redação final de uma lei de igualdade de casamento, nesta terça-feira (18), abrindo caminho para que o país se torne o primeiro do Sudeste Asiático a reconhecer casais do mesmo sexo.

O projeto de lei, resultado de mais de duas décadas de esforços de ativistas, foi apoiado por maioria esmagadora de parlamentares na câmara alta.

A lei, que precisa da aprovação real, entrará em vigor 120 dias após ser publicada no Diário Oficial, o que significa que os primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo poderão ocorrer ainda este ano.

“Hoje comemoramos outro marco significativo na jornada da nossa Lei do Casamento Igualitário”, disse o primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, em mensagem no X.

“Continuaremos nossa luta pelos direitos sociais para todas as pessoas, independentemente de seu status.”

Os defensores da causa LGBT consideraram a medida um “avanço monumental”, uma vez que a Tailândia será a primeira nação do Sudeste Asiático a promulgar a legislação sobre casamento igualitário e a terceira na Ásia, depois do Nepal e de Taiwan.

“Estamos muito orgulhosos de fazer história”, disse Plaifah Kyoka Shodladd, membro do comitê parlamentar sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Hoje o amor triunfou sobre o preconceito. Depois de lutar por mais de 20 anos, hoje podemos dizer que este país tem igualdade no casamento.”

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Presas reencontram famílias em saidinha entre sorrisos e lágrimas

Antes do sol nascer, algumas famílias já estavam na porta da Penitenciária Feminina da Capital, na zona norte paulistana, esperando uma das cerca de 500 detentas beneficiadas com a saída temporária na unidade.

No estado de São Paulo, as pessoas presas no regime semiaberto que receberam autorização da Justiça para a saída temporária, deixam as prisões nesta terça-feira (11) e devem retornar na próxima segunda-feira (17). A saidinha é a primeira desde que o Congresso Nacional aprovou em abril a lei que acaba com o benefício concedido quatro vezes ao ano a pessoas em regime semiaberto. A legislação, entretanto, não afeta os direitos de quem foi sentenciado antes da mudança.

Mulheres presas na saída temporária após aprovação da legislação que extingue o benefício – Paulo Pinto/Agencia Brasil

As liberações das presas só começaram a acontecer por volta das 8h. Mães, filhas, irmãs, irmãos e companheiros aguardavam com ansiedade, aglomerados em frente a porta da penitenciária. Os reencontros misturavam abraços, lágrimas e sorrisos. “Muito emocionante, dá vontade de chorar. Quando a gente se vê, não tem momento melhor”, diz Vilma* de 59 anos, que aguardava a filha de 34 anos de idade, que cumpre pena há 7 anos. Vinda de Sorocaba, esperava poder passar os próximos dias em casa, curtindo a filha com os três netos. “O menino [mais novo, de sete anos] teve febre essa noite, de esperar”, conta sobre o nível de expectativa da família com o encontro.

Café, absorventes e panfletos

Organizações não governamentais oferecem café, bolo, absorventes e roupas para que as mulheres não precisem voltar para casa com as vestimentas brancas, características do presídio. A coordenadora da Associação de amigos e familiares de presos/as (Amparar), Railda Alves, levou também um pouco de informação, que ela considera necessária especialmente após a aprovação, pelo Congresso Nacional, da lei que acabou com as saídas temporárias no país.

Entre os esclarecimentos que Railda julga importantes está a ênfase de que as pessoas que já têm o direito não poderão perdê-lo pela nova lei. Ela teme que, por desinformação, algumas pessoas não retornem após o fim do período de saída temporária, prejudicando o cumprimento da pena. “Conversar um pouco para que elas voltem para a cadeia, que não serão afetadas por essa lei, para que elas cumpram isso e não fiquem mais tempo dentro da cadeia”, diz a coordenadora da associação que elaborou junto com a Frente pelo Desencarceramento de São Paulo um panfleto explicativo.

Desde 1998, Railda acompanha o sofrimento do filho, que à época cumpria medida dentro da antiga Febem, substituída pela atual Fundação Casa. “Nós [Amparar] nascemos na porta da Febem, fazendo a panfletagem para os familiares, mas acreditando em acolher esse familiar, no fortalecimento desse familiar, para que ele não fique só. Porque é um momento que você fica muito sozinha, quando seu filho está aprisionado, sua filha está aprisionada. E a pena também estende para nós. A família toda adoece”, diz a coordenadora da entidade, que após a ação em frente a penitenciária, pretendia buscar na rodoviária, o filho também liberado na saída temporária.

Grandes distâncias

O fim das chamadas “saidinhas” deve, segundo Railda, enfraquecer os vínculos entre as pessoas presas afetadas e as famílias. “Imagina uma criança que às vezes não vê seu pai por questão econômica, sua mãe por questão econômica. E na saidinha pode estar presente com a sua mãe no parque. A mãe buscar na escola. Isso faz parte de todo um processo na vida das pessoas”, argumentar ao lembrar que muitas pessoas cumprem pena em cidades distantes dos parentes, o que dificulta as visitas regulares.

Marcela* disse que ainda hoje embarcaria em um ônibus com destino a Buri, no interior paulista, 260 quilômetros distante da capital. “Eu deixei três filhos pequenos na rua: uma bebê de 11 meses, uma menina de 9 e um menino de 5 anos. Graças a Deus, hoje posso sentir o ar da liberdade e poder ver minha família, meus filhos perto de mim”, disse, com uma expressão que misturava um sorriso com olhos marejados.

Na rodoviária, Marcela esperava ser buscada pelo esposo, para em seguida passar bons momentos em família. “Hoje é o aniversário da minha sobrinha. A Lara tá fazendo 12 anos”, contou animada. Após cumprir o resto da pena, que se encerra em 2026, pensa em dar um outro rumo para a vida. “Penso em ter o meu próprio negócio, abrir um salão [de beleza]. Fazer uns cursos, uma faculdade, poder subir na vida”.

Com 54 anos de idade, Marisa* conta que só conseguiu controlar a ansiedade em relação as notícias sobre o fim das saídas temporárias confiando na fé. “Eu escutei tudo, mas mantive a paciência. Vem a ansiedade e tudo. Mas não provém de Deus a ansiedade. Então, a gente ora, entrega nas mãos de Deus e Ele faz a obra”, conta a idosa que estava contente por poder ver as netas, de 16 e 20 anos.

Dúvidas e erros

Uma comissão de advogados da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo aproveitava a saída para tirar dúvidas, colher denúncias e orientar as presas sobre os processos. “A gente pega o processo da pessoa, analisa na hora. Se tem algum erro na execução, por exemplo, falta pedido de remissão, o cálculo de pena está errado, o prazo do regime é aberto e o defensor ou advogado ainda não peticionou pedindo. A gente pega todos esses dados e encaminha para a Defensoria Pública”, detalha a coordenadora do Núcleo de Mulheres e Sistema de Justiça Criminal da OAB, Larissa de Melo Itri.

Erros que prejudicam as presas na progressão de regime, no tamanho das penas ou para conseguir benefícios são comuns, de acordo com a advogada. “Se o cartorário não olha com muito cuidado o cálculo de pena, vai errado. Porque não é o juiz que faz o cálculo de pena, é o cartorário. E o cartorário muitas vezes não tem informação jurídica para fazer o cálculo de pena. Muitas vezes está completamente errado. É muito importante que tenha alguém ali vendo tudo certinho”, enfatiza sobre a importância do acompanhamento processual para garantir os direitos das pessoas presas.

*Os nomes foram alterados para preservar a identidade das pessoas.

TV Brasil exibe 2º amistoso feminino entre Brasil e Jamaica amanhã

A TV Brasil transmite nesta terça-feira (4), às 20h, o segundo jogo feminino de futebol entre Brasil x Jamaica, na Arena Fonte Nova, em Salvador. No primeiro amistoso, no sábado (1º), na Arena de Pernambuco, as brasileiras venceram por 4 a 0, com destaque para a rainha Marta, que fez dois gols na partida.

Na ocasião, o estádio em Pernambuco registrou 33.272 torcedores pagantes. Com isso, a seleção brasileira feminina de futebol estabeleceu recorde de público no Nordeste.

Brasil e Jamaica voltaram a se enfrentar dez meses depois da Copa do Mundo Feminina. Na época, as equipes terminaram empatadas no 0 a 0, mas isso significou a eliminação do Brasil na competição. O jogo de amanhã é a última etapa rumo às Olimpíadas de Paris.

A transmissão dos amistosos preparatórios para as Olimpíadas faz parte da estratégia da TV Brasil de intensificar a presença do esporte feminino na sua programação. A emissora também transmite o Brasileirão Feminino A1 e a Liga de Basquete Feminino (LBF).

Serviço

Brasil x Jamaica  
Competição: amistoso de futebol feminino 
Data: terça-feira (4/6), às 20h 
Local: Arena Fonte Nova, Salvador

Ao vivo e on demand

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