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Copa de 2027: Fifa encerra 1ª rodada de inspeções de candidatas a sede

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) encerrou nesta sexta-feira (11) a primeira rodada de inspeção das 12 cidades candidatas a sediarem jogos da próxima edição da Copa do Mundo de futebol feminino, que será disputada no Brasil em 2027.

A série de visitas começou no dia 25 de setembro no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Nesta sexta a inspeção foi na Arena Fonte Nova, em Salvador, uma das cidades que esperam chegar à lista final mínima de oito sedes.

A equipe da Fifa visitou Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Nas inspeções realizadas pela entidade máxima do futebol foram avaliados os estádios e sua administração, tecnologia, bilheteria e hospitalidade, infraestrutura técnica, transportes e aeroportos, bem como o compromisso dos candidatos de gerarem um impacto positivo no desenvolvimento do futebol feminino.

“Nas últimas semanas, o Brasil apresentou um total de 12 estádios em 12 cidades, todos competindo para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino de 2027. Estou feliz em saber que as inspeções correram tranquilamente”, declarou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que também é membro do conselho da Fifa.

Em novembro será realizada uma nova rodada de inspeções, nas quais serão avaliadas instalações de treinamento e acomodações das equipes. O anúncio final, que confirmará as cidades-sede para a Copa do Mundo de 2027, está programado para o início de 2025.

Corpo de Bombeiros encerra buscas por vítimas em Manacapuru

Após a localização e resgate dos corpos de Letícia Correa de Queiros, 6 anos, nessa quinta-feira (10) e de Franklin Pinheiro de Souza, 36, no dia anterior (9), o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) encerrou as buscas pelas vítimas do desabamento do Porto da Terra Preta, em Manacapuru, no Amazonas. Desde a segunda-feira (7), quando houve o deslizamento, equipes de mergulho e superfície atuavam na região.

A informação de que não há mais desaparecidos foi confirmada por meio de nota divulgada pela corporação nesta sexta-feira (11). “Com a localização da última vítima desaparecida, o Corpo de Bombeiros encerra as buscas realizadas no local do deslizamento de terra”, informou.

Segundo a secretária-adjunta de regionalização da Secretaria de Estado de Saúde, Rita Almeida, além dos dois mortos, dez feridos foram atendidos no Hospital Regional Lázaro Reis, no município de Manacapuru. Nove deram entrada no dia do desastre e uma senhor de 64 anos procurou a unidade na terça-feira (8), para tratar ferimentos leves.

De acordo com o governo do estado, a Secretaria de Assistência Social (Seas) ainda presta assistência psicossocial às vítimas, que também recebem orientação sobre prevenção e cadastro social. Outras famílias que vivem próximo ao local passam por diagnóstico social para identificação de vulnerabilidade em locais de risco.

A Polícia Civil do estado instaurou um inquérito para investigar as causas do desmoronamento. De acordo com a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) já foram ouvidos moradores da região e familiares das vítimas e ainda serão notificados o proprietário do terreno e o responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), “como parte da apuração das causas do incidente”.

Lula assina acordo e encerra disputa de 40 anos em Alcântara

O governo federal assinou, nesta quinta-feira (19), um termo de conciliação com as comunidades quilombolas do município de Alcântara, no Maranhão, encerrando uma disputa de 40 anos pela área no entorno do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), da Força Aérea Brasileira (FAB). Em cerimônia na cidade maranhense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também assinou o Decreto de Interesse Social do território quilombola, passo fundamental para a titulação da área.

“A história do povo de Alcântara vai mudar”, disse Lula, destacando a importância dos atos para o acesso da população a benefícios sociais e serviços públicos básicos, como saúde, educação e acesso à água.

“Por que, para fazer uma base de lançamento de foguete, foi preciso desapropriar tanta coisa? Por que os pescadores incomodavam? Por que deixar as pessoas que vivem de pesca sem acesso ao mar? Por que proibir que vocês tivessem acesso aos benefícios que o próprio governo pode oferecer? Por que vocês estavam quase que como marginalizados?”, questionou o presidente.

“Agora, vocês podem olhar na frente do espelho, com toda a família, e dizer ‘nós voltamos a ser cidadãos e cidadãs de primeira classe desse país, nós temos direitos e vamos exigi-los’”, enfatizou Lula.

O presidente afirmou que o Estado tem obrigações e que o governo federal quer trabalhar junto com a prefeitura de Alcântara, com o governo do estado e com as casas legislativas das três esferas para, “com muita urgência, recuperar o tempo perdido”.

Presidente Lula durante a cerimônia de assinatura do Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara – Ricardo Stuckert/PR

 

O termo assinado concilia os interesses e direitos territoriais das comunidades quilombolas com os interesses e necessidades da União em promover e desenvolver o Programa Espacial Brasileiro e consolidar o CLA. No acordo, o governo federal se comprometeu a criar a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil (Alada), para receber investimentos nesse setor estratégico.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, que comandou o processo de conciliação, lembrou que, a partir do reconhecimento da área, as comunidades poderão fazer o uso produtivo das terras, ter acesso a benefícios, como crédito rural, e a programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Mais cedo, em visita à comunidade quilombola de Mamuna, Lula se comprometeu a atender às demandas locais.

“Ser advogado é fazer justiça e é isso que estamos fazendo aqui hoje. Como um povo desse tem tanta terra, tanto mar e não pode pescar e produzir porque não tem a terra?”, questionou Messias.

“O acordo coloca só as bases da casa, a gente precisa construir as paredes, o telhado, que é trazer posto de saúde, escola, MCMV pra esse povo. Só que nos só poderíamos trazer tudo isso depois do decreto”, disse o advogado-geral da União.

Messias agradeceu a parceria do Ministério da Defesa e do comando da FAB na construção do acordo. Segundo ele, é desejo do comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, que os quilombolas tenham oportunidades de trabalho na nova empresa, a Alada.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou ainda que, a partir de agora, os quilombolas de Alcântara têm direito a acessar recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e participar dos programas de aquisição de alimentos do governo federal e de alimentos nas escolas.

“Aqui é uma entrega para Alcântara, mas também é uma entrega para os quilombos do Brasil”, disse.

Durante o evento, Lula também entregou 21 títulos de Domínio a comunidades quilombolas de todo Brasil e assinou 11 decretos de Interesse Social. “As entregas representam a garantia de direitos a 4,5 mil famílias, com a destinação de mais de 120 mil hectares para 19 comunidades de nove estados”, informou a Presidência.

Presidente Lula visita a comunidade quilombola de Mamuna – Ricardo Stuckert/PR

 

Resistência

Alcântara é o município com a maior proporção de população quilombola do país, com 84,6% dos moradores autodeclarados. O Território Quilombola de Alcântara tem 152 comunidades, com cerca de 3.350 famílias, e foi ocupado por populações negras escravizadas a partir do século 18.

A dirigente da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas Maria Socorro Nascimento lembrou a resistência quilombola ao longo dos anos e a relação dos povos quilombolas com a terra.

“É muita honra a gente poder receber esse título para que a gente possa viver. A terra para nós quilombolas é um bem imensurável. O que temos dela é a posse e precisamos que o nosso direito seja respeitado”, afirmou a dirigente quilombola.

“Trouxeram nossos antepassados escravizados e quando falo daqui, de Alcântara, como berço é porque foram nossos antepassados que colocaram as pedras nessas ruas”, continuou Maria, que pediu que o público presente repetisse as palavras de ordem: “Resistência quilombola: nenhum quilombo a menos!”.

O presidente do Sindicato Trabalhadores Rurais de Alcântara, Aniceto Araújo Pereira, disse que o momento sela 40 anos de luta pelo direito à terra. “Não basta só assinar o decreto e ele ficar escondido na prateleira. Precisa assinar o decreto, mas precisa a concretização da titulação”, pontuou.

Durante sua fala, Pereira citou algumas comunidades quilombolas de Alcântara, como Canelatiua, Areia, Manuma, Brito, Tapera, Retiro e Ponta de Areia, situadas no litoral, e que sofriam com a dificuldade de acesso em razão da disputa pela terra coma base espacial de Alcântara.

“As comunidades de Alcântara são comunidades simples, trabalhadoras, e precisamos que a gente desenvolva a questão da pesca”, disse o quilombola, cobrando melhorias na educação, na saúde, a construção de estradas para interligar as comunidades e também ligá-las à área urbana do município. “Precisamos de qualidade e da qualificação profissional e, para isso, precisa melhorar a educação da pré-escola até a capacitação profissional”, cobrou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a cerimônia para firmar o acordo com as comunidades quilombolas foi resultante de um trabalho iniciado desde o início do governo Lula. Para ela, mais do que o caminho para a titulação da terra, a conciliação representa “trazer sonhos, trazer dignidade de vida” para a população quilombola.

“Eu estou muito feliz e emocionada, o que eu tenho de idade é o que esse conflito tem também de tempo. São 40 anos que a gente batalha e luta para ter dignidade e manter a resistência, a ressignificação desse lugar. Mas todas as organizações, todos os envolvidos e envolvidas nesses espaços aqui sabem que nós temos um compromisso de projeto político de país, que dá momentos como esse”, disse Anielle.

Conflito histórico

O Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara, põe fim a um conflito histórico. O CLA foi construído na década de 1980 pela FAB como base para lançamento de foguetes. O local foi escolhido por ser considerado vantajoso para operações dessa natureza, pela proximidade à Linha do Equador, mas, para viabilizar a obra, 312 famílias quilombolas, de 32 povoados, foram retiradas do local e reassentadas em agrovilas em regiões próximas. Ainda assim, a titulação das terras nunca foi efetivada, e as comunidades sofreram com a insegurança jurídica e a constante ameaça de expulsão para a ampliação da base.

O processo de regularização de terras quilombolas é composto por quatro grandes fases: a publicação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), a Portaria de Reconhecimento, o Decreto de Interesse Social e o Título de Domínio.

Presidente Lula durante visita à comunidade quilombola de Mamuna – Ricardo Stuckert/PR

 

Em 2004, a Fundação Palmares certificou o território como quilombola. Em 2008, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) publicou o RTID identificando como território tradicionalmente ocupado a área de 78.105 hectares.

Ainda assim, a FAB planejava ampliar o território da base de 8,7 mil hectares para 21,3 mil hectares, avançando sobre comunidades do litoral maranhense. Após a publicação do relatório, o Ministério da Defesa manifestou a existência de interesses do Programa Espacial Brasileiro.

No ano passado, o governo brasileiro chegou a reconhecer a violação de direitos de propriedade e de proteção jurídica de comunidades quilombolas, durante a construção da base, e pediu desculpas oficiais, em meio a um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que determinou a titulação da área para as famílias remanescentes de populações negras escravizadas.

Acordo

Ainda em 2023, foi instituído um grupo de trabalho (GT) interministerial para buscar solução sobre o impasse, coordenado pela Advocacia-Geral da União. O acordo celebrado hoje, então, permite a titulação integral do território quilombola de Alcântara, com a área reconhecida no RTID, e consolidação da área atual do Centro de Lançamento de Alcântara.

O Ministério da Defesa, A FAB e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação se comprometem a não apresentar novos questionamentos quanto a esse tema e a respeitar a afetação da área quilombola feita pela União. As comunidades, por sua vez, representadas por suas entidades, ficam de acordo com a existência e o funcionamento do CLA na área onde está instalado.

Em até 12 meses, o Incra iniciará a titulação do território identificado e declarado, outorgando o título de domínio das áreas que já se encontram registradas em nome da União e, dentro dessas, priorizando as áreas limítrofes e situadas ao norte da área da base de lançamentos.

O ministro Jorge Messias destacou a presença no evento de juízes e defensores que deverão, a partir de agora, atuar na conciliação nos diversos processos em andamento sobre a área. “Com o decreto, vamos começar o processo de regularização fundiária e precisamos dessa parceria para que esses títulos sejam efetivados”, disse.

Foi assinado acordo para acelerar a tramitação dessas ações judiciais de desapropriação de territórios quilombolas em Alcântara.

Goalball brasileiro encerra participação na primeira fase em Paris

Neste sábado (31), as duas seleções brasileiras de goalball concluíram seu calendário na primeira fase da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Paris. Enquanto a equipe masculina empatou com o Irã por 7 a 7 e terminou invicta, as mulheres perderam para a China por 3 a 1 e fecharam sem vitórias, em último lugar na chave. Como todas as oito equipes avançam de fase no goalball, tanto no masculino quanto no feminino, o Brasil segue vivo em ambos os naipes.

As brasileiras saíram atrás da China, perdendo o primeiro tempo por 1 a 0. O Brasil conseguiu um empate com gol de Moniza, porém não resistiu ao adversário e sofreu outros dois. Na chave C, a seleção feminina fechou com um empate e duas derrotas, em quarto e último lugar. Na próxima fase, vai encarar o primeiro colocado do grupo D, que tem Japão, Canadá, Coréia do Sul e França. As quartas de final acontecem na terça-feira, dia 3.

Já entre os homens o Brasil deixou escapar a certeza de terminar em primeiro no grupo A. A seleção derrotava o Irã por 7 a 4 com gols de André Dantas (4), Emerson, Leomon e Parazinho, faltando pouco mais de um minuto para o fim da partida, porém sofreu três gols em sequência, o último deles quando restavam menos de três segundos. Uma vitória e, consequentemente, a manutenção dos 100% de aproveitamento, garantiriam a liderança. No entanto, na última rodada, o Irã, que joga contra os Estados Unidos neste domingo e tem uma vitória e um empate, ainda pode ultrapassar o Brasil no saldo de gols. No momento, os brasileiros têm uma pequena vantagem (oito contra quatro).

A incerteza sobre a posição final na chave não altera muito o panorama para as quartas de final, que serão realizadas na segunda-feira, dia 2. O Brasil enfrentará o terceiro ou o quarto colocado do grupo B, que obrigatoriamente será o Japão ou o Egito. Estas seleções se enfrentam no domingo para definir quem fica em cada colocação.

A seleção masculina é a atual tricampeã do mundo, além de detentora do título paralímpico, conquistado em Tóquio. A equipe também tem uma prata, conquistada em Londres 2012 e um bronze, no Rio, em 2016.

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra covid

O Instituto Butantan confirmou nesta sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota. 

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.

 

Justiça Eleitoral encerra nomeação de mesários para eleição municipal

Terminou nesta quarta-feira (7) o prazo para a Justiça Eleitoral nomear todos os mesários convocados para trabalhar nas eleições municipais de 2024, que ocorrem em 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro. 

Para saber se foi convocado para trabalhar, o eleitor que se inscreveu como voluntário deve buscar o edital publicado no Diário de Justiça Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral  de seu estado ou entrar em contato com o cartório eleitoral onde possui registro. Todos os contatos podem ser encontrados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os convocados podem atuar também com o apoio logístico ao pleito. 

Quem quiser se opor à convocação deve se manifestar em cinco dias úteis a partir da publicação do edital. Segundo o TSE, o prazo para resposta é de dois dias, cabendo recurso juntamente aos tribunais regionais eleitorais (TREs), dentro de três dias, com igual período para resposta. Partidos e federações também podem contestar os nomes convocados, no mesmo prazo de cinco dias. 

Pode ser convocado para ser mesário qualquer eleitor acima de 18 anos que esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral. Costumam ser convocados primeiro, contudo, aqueles que se voluntariaram no respectivo TRE local. 

Quem for convocado e não comparecer ao treinamento ou faltar no dia da votação precisa justificar a ausência ou pode estar sujeito a punições a serem decididas pelo juiz eleitoral responsável. 

Os mesários não recebem pagamento, mas têm direito a uma ajuda de custo no valor de R$ 60 por cada turno trabalhado. Se for trabalhador formal, o mesário tem ainda direito a dois dias de folga para cada dia trabalhado nas eleições, sem prejuízo do salário. 

Há pessoas que são proibidas de serem mesárias. São elas: 

– candidatas e candidatos, seus cônjuges e parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau inclusive

– membros de diretórios de partidos políticos e de federações

– autoridades e agentes policiais

– ocupantes de cargos de confiança do Poder Executivo

– servidores da Justiça Eleitoral

– eleitoras ou eleitores menores de 18 anos.

Jucielen Romeu cai nas quartas e encerra participação do boxe em Paris

Chegou ao fim a participação do Brasil no boxe nos Jogos Olímpicos de Paris. A última brasileira a lutar foi Jucielen Cerqueira Romeu, que buscava uma semifinal na categoria peso-pena, até 57 kg para mulheres, mas foi eliminada pela turca Esra Ylidiz Kahraman.

No combate, a adversária se saiu melhor do que a brasileira no primeiro round, que terminou com todos os cinco juízes apontando vitória da boxeadora da Turquia. No segundo round, Jucielen Romeu melhorou o desempenho no ringue, e conseguiu reverter a desvantagem ganhando a preferência de quatro dos cinco árbitros. Mas a situação se inverteu no terceiro e decisivo round. Foi Esra quem teve o melhor desempenho nos golpes, segundo a avaliação de quatro dos cincos juízes. No fim, a vitória da atleta turca veio nos pontos por 4 a 1.

“Entreguei tudo o que eu podia em cima do ringue. Infelizmente a vitória não veio, mas estou feliz com o meu desempenho. Não vou sair dessa Olimpíada com o sentimento de ‘ah, eu podia’, ‘ah, se eu tivesse feito isso’, porque eu realmente fiz tudo o que estava ao meu alcance. Estou muito feliz com o meu desempenho, por não ter deixado nada para depois. Obviamente triste por não ter conquistado a medalha, por ter chegado tão perto. Mas é isso, cabeça erguida. O trabalho não para. Tentar mais um ciclo. E se der tudo certo na próxima eu consigo a tão sonhada medalha olímpica”, disse a brasileira.

Na semifinal, a turca Esra Kahraman vai enfrentar Lin Yu-ting, de Taiwan, que enfrentou uma situação semelhante à da argelina Imane Khelif. Lin foi reprovada em um teste de gênero realizado pela Associação Internacional de Boxe (IBA), entidade que está suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional. Mas o COI aprovou a participação da atleta, assim como a da argelina, afirmando que elas cumprem todos os requisitos médicos necessários para participar do torneio de boxe.

Brasil

Após as três medalhas – um ouro, uma prata e um bronze – na edição de Tóquio, em 2021, havia grande expectativa em relação à participação do boxe brasileiro na Olimpíada de Paris. Afinal, eram dez boxeadores classificados entre as 13 categorias olímpicas. Mas não se confirmou a projeção de, pelo menos, duas medalhas, feita pelo técnico-chefe da delegação, Mateus Alves, antes do início dos jogos. O Brasil conquistou apenas um bronze com Beatriz Ferreira. Atual campeã mundial, a baiana era favorita ao ouro na categoria até 60 kg para mulheres. Mas foi derrotada na semifinal pela irlandesa Kellie Harrington, a mesma que venceu a brasileira na final da Olimpíada de Tóquio.

Nas demais categorias, Caroline Almeida (até 50 kg), Tatiana Chagas (até 54kg), Barbara Santos (até 66 kg), Michael Trindade (até 51 kg), Luiz “Bolinha” Oliveira (até 57 kg) e Abner Teixeira (acima de 92 kg) foram eliminados na luta de estreia. E outros dois boxeadores do Brasil caíram nas quartas de final: Wanderley Holyfield Pereira (até 80 kg) e Keno Marley (até 92 kg).

“O boxe veio com uma expectativa maior do que um bronze. Essa é a questão. Então a gente fica com uma campanha ruim, principalmente a minha equipe masculina, com um desempenho de ringue ruim. O desempenho não foi o que a gente apresenta em todos os eventos. E eu não posso sair satisfeito, como head coach, com apenas um bronze de uma equipe que tem quatro medalhistas mundiais, oito medalhistas pan-americanos”, analisou Mateus Alves, que não garantiu a permanência no posto de chefe do boxe brasileiro para o novo ciclo olímpico até os Jogos de Los Angeles.

Canoagem slalom: Ana Sátila encerra final do C1 na quinta posição

A mineira Ana Sátila encerrou nesta quarta-feira (31) a sua participação na disputa do C1 (canoa) da canoagem slalom dos Jogos Olímpicos de Paris (França) na quinta posição, cinco posições à frente do recorde brasileiro anterior na prova, que pertencia a ela mesma e que foi conquistado nos Jogos de Tóquio (2020).

“Não estou feliz. Estava me sentindo muito bem, muito preparada. Tinha uma equipe gigante do meu lado, lutando dia e noite para que eu estivesse aqui na minha melhor forma, e eu estava. Infelizmente não consegui essa medalha. Ainda estou assimilando tudo o que aconteceu, mas estou orgulhosa por ter colocado tudo o que eu podia dentro dessa competição. Claro que não foi o que eu queria, mas é analisar o que aconteceu, descansar e me preparar para a última categoria que eu tenho”.

No primeiro dos três eventos de canoagem slalom nos quais estava inscrita, Ana Sátila garantiu um quarto lugar no K1 (caiaque) no último domingo (28). Porém a brasileira ainda tem mais uma oportunidade de conquistar a sonhada medalha olímpica nos Jogos de Paris, pois na próxima sexta-feira (2) começa a disputa do caiaque extremo, modalidade mais radical do programa da canoagem nos Jogos Olímpicos.

Dengue: Saúde encerra atividades do Centro de Operações em Emergência

O Ministério da Saúde encerrou as atividades do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE). Instalado em fevereiro de 2024 em razão da explosão de casos de dengue no país, o centro permaneceu ativo por 142 dias, para promover uma resposta coordenada, integrando ações da pasta com as dos estados.

“Superada a situação emergencial, o Ministério da Saúde mantém vigilância intensiva das arboviroses e trabalha no planejamento para evitar novas epidemias no país”, informou a pasta. 

Dentre as principais ações realizadas no âmbito do COE estão:

– visitas técnicas para apoio local nos seguintes estados: Goiás, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Amapá, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre; 

– apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal e nos territórios indígenas Guarita (RS) e Xapecozinho (SC);

– investigação epidemiológica e entomológica em municípios com casos detectáveis de febre Oropouche nos seguintes estados: Amazonas, Acre, Roraima, Santa Catarina e Bahia; 

– plataforma de vigilância epidemiológica de arboviroses nas áreas indígenas;

Em nota, o ministério informou que, com o encerramento do COE, reativou a Sala Nacional de Arboviroses, que volta a funcionar de forma permanente no acompanhamento e enfrentamento de casos de dengue, chikungunya, zika e febre Oropouche.

Plano

Ainda de acordo com o comunicado, a pasta trabalha na construção do Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025, pautado em vigilância em saúde, manejo clínico, organização dos serviços de saúde, controle vetorial, lacunas de conhecimento para financiamento de pesquisas, comunicação e mobilização social.

Participam da elaboração do plano representantes de organismos internacionais, pesquisadores, gestores e sociedade civil, além do próprio ministério. A proposta é apresentar um conjunto de ações a serem implementadas a curto, médio e longo prazo.

“Os últimos anos têm sido marcados por importantes registros de mudanças climáticas. Como consequência, cerca de 90 países tiveram aumento no número de casos suspeitos de dengue. Os efeitos das anomalias meteorológicas, a grande extensão territorial e o elevado contingente populacional colocam o Brasil em uma posição negativa em números absolutos”, destacou a pasta.

“Porém, estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, proporcionalmente, outros países apresentaram aumentos superiores ao observado no Brasil em relação ao mesmo período de 2023, como o México, o Paraguai e a sub-região do Caribe”.

FAB encerra arrecadação para campanha Todos Unidos pelo Sul

Termina neste sábado (15) a fase de arrecadação da campanha Todos Unidos pelo Sul, que destinará donativos às vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta frente de ações, foram arrecadadas mais de 16 mil toneladas de alimentos, roupas, água potável, sapatos, ração para pets, entre outros materiais.

As arrecadações foram centralizadas nas Bases Aéreas de Brasília, São Paulo e do Galeão (RJ). “A fim de manter viva a intensa corrente já estabelecida, passaremos, neste momento, a concentrar os esforços logísticos no processamento e na entrega dessa extraordinária quantidade de donativos à população”, informou por meio de nota a FAB.

Nos últimos dias, a FAB sugeriu que, prioritariamente, fossem doados materiais de higiene pessoal e de limpeza, bem como alimentos de cesta básica e ração para pets. Tudo terá como destino a Defesa Civil no RS.