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França elimina Brasil no tênis de mesa por equipe

O Brasil foi eliminado pela França, por 3 a 0, nas quartas de final de tênis de mesa por equipe, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. As parciais do confronto ficaram em 3 a 0; 3 a 1 e 3 a 1. Com o resultado, a equipe francesa enfrentará a favorita China na semifinal.

Na modalidade por equipe, a disputa é feita em uma melhor de cinco partidas. Com isso, vence aquela que obtiver três vitórias. Os embates seguem a seguinte ordem: jogo de duplas; jogo simples; jogo simples; jogo simples; e jogo de duplas.

A equipe brasileira é formada por Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro, e a francesa, por Simon Gauzy e os irmãos Alexis e Felix Lebrun.

O primeiro embate foi o jogo das duplas Guilherme Teodoro e Vitor Ishiy contra Simon Gauzy e Alexis Lebrun. Os franceses bateram a equipe brasileira por 3 a 0, com as partidas terminando em 11 a 8; 11 a 9; e 11 a 6. Com o resultado, o Brasil iniciou em desvantagem de 1 a 0 para as partidas seguintes, no individual.

O primeiro set ficou equilibrado até o oitavo ponto, quando a França empata o placar e, com uma cortada carregada de efeito, assume a vantagem no placar, em 9 a 8. O game point em favor da dupla francesa veio após um erro de recepção de Guilherme Teodoro. Um ataque rápido de Alexis Lebrun abre a vantagem de 1 set a zero para os franceses.

No segundo set da primeira partida, a dupla francesa impôs seu ritmo, abrindo vantagem de 8 a 3. Os brasileiros ameaçam uma reação, aproveitando uma sequência de erros dos franceses que possibilitaram a equipe brasileira se aproximarem no placar, fazendo 9 a 7.

A fim de quebrar a sequência de pontos do Brasil, os franceses gastam um pedido de tempo. Na volta, a partida é retomada com equilíbrio, mas a França aproveita a vantagem obtida no início da partida e fecha o segundo set em 11 a 9.

O Brasil inicia o terceiro set da primeira partida de duplas com a obrigação de vencer três sets seguidos, para seguir em vantagem nas partidas seguintes, no individual. Começa bem, abrindo vantagem de 3 a 1 após uma bola revertida por Guilherme Teodoro.

A França reage e empata em 3 a 3 para então virar, em um ataque de Alexis Lebrum. Dali em diante assume a vantagem no placar, deixando a partida em 7 a 4, quando o Brasil pede tempo. Os franceses conseguem manter o ritmo e ampliam a vantagem após o tempo pedido pelo Brasil, chegando a 9 a 5. O match point do primeiro embate veio com uma tentativa errada de paralela, pela dupla brasileira, e a França fecha o set em 11 a 6, abrindo em 1 a 0 o placar das partidas por equipe.

Segundo confronto

O brasileiro Hugo Calderano enfrentou o francês Felix Lebrun no segundo confronto – o primeiro entre as disputas individuais. Apesar de ter um histórico positivo nos confrontos contra Lebrun, Calderon acabou frustrando as expectativas, perdendo o primeiro set por 11 a 6.

O segundo set começou com um rali empolgante que abriu o placar em favor do brasileiro. Após fazer 2 a 0, Calderano acabou deixando o Francês se recuperar e virar a partida em vantagem, fazendo 5 a 2.

O brasileiro conseguiu então se recuperar e, com jogadas de deslocamento e paralelas, empatou em 5 a 5 o set, o que deixou, ainda que momentaneamente, o francês irritado, cometendo erro de ataque que deu, a Calderano, vantagem momentânea no placar, em 6 a 5.

Uma sequência de erros do brasileiro, no entanto, permite a Lebrun reverter o placar, chegando ao gamepoint em 10 a 6 e, na sequência, fechando o set em 11 a 7. A França faz, então, 2 a 0, dependendo de apenas mais um set para ampliar sua vantagem no placar geral.

Lebrun começou forte o terceiro set, abrindo vantagem de três pontos. Pressionado e demonstrando certo nervosismo, Calderano pede tempo. No retorno faz dois pontos seguidos e, em seguida, empata a partida em 4 a 4 para então virar e deixar a partida em 8 a 4 em seu favor.

O francês se recupera até encostar no placar, em 9 a 8. O Brasileiro explora algumas jogadas de efeito, mas erra na recepção e a partida fica empatada em 10 a 10 e, depois, em 11 a 11. Para vencer o set, era necessário abrir vantagem de dois pontos, o que aconteceu em seguida, quando Calderon fechou o set em 13 a 11 – deixando o segundo confronto em 2 a 1.

O quarto set inicia com o francês adotando a estratégia de forçar erros do brasileiro, o que o permitiu abrir rapidamente vantagem de 8 a 2 e, na sequência, vencer o set por 11 a 6. A derrota parcial brasileira, de 2 a 0, foi a última participação de Calderano nos Jogos de Paris.

Terceiro confronto

O terceiro confronto, também individual, foi disputado entre o brasileiro Vitor Ishiy e o francês Alexis Lebrun, que abriu e manteve a vantagem, fechando o set em 11 a 6. O set seguiu equilibrado até o empate em 7 a 7.

O segundo set foi vencido pelo brasileiro por 11 a 9, empatando o embate em 1 a 1, mas o terceiro set acaba colocando Lebrun novamente em vantagem, que o venceu por 11 a 5, deixando o jogo em 2 a 1.

O jogo, então. vai para o quarto set, mas termina com viória francesa por 11 a 7 (3 a 1, no confronto, favorável ao francês). Com a vitória por 3 a 1 neste confronto, a França vence por 3 a 0 no placar geral, eliminando a equipe brasileira.

Vale elimina barragem que tirou quase 300 pessoas de distrito em Minas

A mineradora Vale concluiu a descaracterização da barragem B3/B4, localizada no município de Nova Lima (MG). A estrutura havia sido elevada ao mais alto nível de emergência em 2019. O risco de rompimento fez com que quase 300 moradores do distrito de São Sebastião de Águas Claras, conhecido popularmente como Macacos, tivessem que deixar suas casas.

A descaracterização foi anunciada em comunicado ao mercado, divulgado pela Vale na última segunda-feira (13). Dessa forma, a estrutura já não é mais considerada uma barragem. No informe, a mineradora garantiu que ela “está permanentemente livre de qualquer risco às comunidades e ao meio ambiente”.

A Vale ainda fará intervenções no terreno, para implantação de um sistema de drenagem e revegetação. Também será removido um muro construído de forma preventiva, para bloquear a passagem dos rejeitos em uma eventual ruptura da estrutura.

A eliminação de todas as barragens construídas pelo método de alteamento a montante se tornou uma exigência legal após a tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) em janeiro de 2019. Na ocasião, uma estrutura da Vale se rompeu causando 270 mortes e provocando devastação ambiental. Anos antes, em 2015, outro desastre similar já havia ocorrido. Dezenove pessoas morreram e dezenas de municípios mineiros e capixabas ao longo da bacia do Rio Doce foram afetados pela lama, que escoou após a ruptura de uma barragem construída em Mariana (MG) pela mineradora Samarco .

A Lei Estadual 23.291/2019, conhecida como Lei Mar de Lama Nunca Mais, deu três anos para que todas essas estruturas fossem eliminadas. As mineradoras não cumpriram o prazo. Diante da situação, acordos com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) estabeleceram valores indenizatória. A Vale, com 30 barragens para serem eliminadas, arcou com R$ 236 milhões.

De acordo com a Vale, 14 barragens já foram descaracterizadas. Em algumas estruturas, como a B3/B4, o processo tem sido conduzido com equipamentos não tripulados, controlados de forma remota em um centro de operações. A mineradora afirma que pretende concluir 70% do seu programa de descaracterização de barragens até o fim de 2026. O cronograma original, divulgado em 2022, estimava que os trabalhos seriam 100% finalizados apenas em 2035.

Destino turístico

Situado a 20 quilômetros de Belo Horizonte, Macacos é um dos destinos turísticos procurado devido à beleza natural, com um cenário composto por montanhas, mananciais e cachoeiras. A comunidade foi uma das diversas localidades afetadas pela onda de evacuações que se seguiu após o rompimento da barragem em Brumadinho. Dias após o episódio, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e outros órgãos de controle iniciaram uma ofensiva fiscalizatória para prevenir tragédias similares.

Após esse pente-fino na situação das barragens, diversas estruturas perderam suas declarações de estabilidade, o que exige a paralisação e o acionamento automático do nível 1 de emergência. Nos casos classificados como nível 2 ou 3, as mineradoras foram obrigadas a organizar a retirada de moradores em todo o perímetro que seria alagado em um eventual tragédia. Em todo o estado de Minas Gerais, quase mil pessoas precisaram deixar suas casas.

Em Macacos, a primeira remoção aconteceu em fevereiro de 2019, apenas duas semanas antes do carnaval, afugentando os turistas. Na época, a prefeitura de Nova Lima lamentou o prejuízo econômico para o município e informou que praticamente 100% das reservas nas pousadas foram canceladas, incluindo as localizadas fora do perímetro evacuado.

Pouco mais de um mês depois, a barragem atingiu o nível de emergência 3, que significa risco iminente de ruptura. Após uma segunda evacuação, foi anunciado que o número de moradores removidos chegava a mais de 270. No início de 2023, 46 famílias ainda estavam fora de seus imóveis, não tinham previsão de retorno e viviam em residências temporárias alugadas pela Vale. Elas precisariam aguardar a conclusão da descaraterização da barragem B3/B4.

No fim de 2022, um acordo reparatório foi firmado entre a mineradora, o MPMG, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a prefeitura de Nova Lima. A Vale se responsabilizou por um aporte de R$ 380 milhões, que financiariam um programa transferência de renda para os atingidos, a requalificação do comércio e do turismo e o fortalecimento do serviço público municipal.