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Temperatura elevada leva cidade do Rio ao Nível de Calor 2

A cidade do Rio de Janeiro entrou no Nível de Calor 2 (NC2), às 09h20 desta segunda-feira (2). Esta etapa é a segunda de cinco níveis e se caracteriza, segundo o Sistema Alerta Rio, órgão de meteorologia da Prefeitura do Rio, “pela previsão ou registro de índices de calor tanto em temperatura, como na umidade, entre 36ºC e 40ºC, por um período de um ou dois dias consecutivos e por quatro horas ou mais”.

Por causa das áreas de instabilidade, associadas à aproximação de uma frente fria, a previsão para hoje é temperatura máxima de 40°C. De acordo com o Sistema Alerta Rio, as condições meteorológicas devem continuar neste patamar ao longo do dia. Já amanhã (3) e na quarta-feira, a previsão é de declínio das temperaturas em decorrência da passagem desta frente fria.

O monitoramento das condições de tempo permanece sendo realizado pelo Sistema Alerta Rio e qualquer atualização será publicada nos canais oficiais da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro de Operações.

Para esta situação de intenso calor, a Prefeitura do Rio recomendou, que mesmo sem ter sede, a população aumente a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar. Além disso, consuma alimentos leves, como frutas e saladas; use roupas leves e frescas; evite bebidas alcoólicas com elevado teor de açúcar, porque pode provocar desidratação.

A exposição direta ao sol deve ser evitada, principalmente, entre 10h e 16h. Quanto aos pets, é preciso evitar os passeios na mesma faixa de horário e é necessário checar também a temperatura do solo. “Não esqueça de disponibilizar água fresca para o seu pet. Hidratação é fundamental”, completou.

A prefeitura sugeriu ainda que a população acesse as redes sociais e sites do Centro de Operações e da Secretaria Municipal de Saúde para se informar sobre os níveis de calor na cidade do Rio de Janeiro. É muito importante também, não deixar de tomar medicamentos de rotina, uma vez que o calor pode prejudicar mais quem tem hipertensão, diabetes ou insuficiência cardíaca. “Ofereça água com frequência a crianças e idosos, mesmo que não sintam sede”, acrescentou.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio esclareceu, no entanto, que “o nível de calor não altera os estágios operacionais da cidade” e que o Rio está no Estágio 1.

 

Taxa de juros elevada segura consumidores em inadimplência, diz CNC

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que a taxa de juros elevada no país está encarecendo as dívidas e segurando as famílias em situação de inadimplência.

O levantamento mostra que, em outubro, 29,3% dos consumidores estavam com dívidas em atraso de 30 dias ou mais, ante 29,0% em setembro. Em outubro de 2023 eram 29,7% os consumidores com dívidas em atraso de mais de um mês.

Já o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias atingiu 50,4% do total de endividados em outubro deste ano, o maior desde fevereiro de 2018, mostrando que os atrasos estão permanecendo por mais tempo. “Isso porque o aumento das taxas de juros leva a um encarecimento das dívidas”, diz a pesquisa.

Segundo o levantamento, a alta de juros está fazendo com que as famílias precisem de prazos mais longos para quitá-las. “O percentual de comprometimento da renda mais desafiador ajuda a explicar o aumento do percentual de famílias que não terão condições de pagar as contas atrasadas, mostrando que os prazos mais longos das dívidas e o menor endividamento não estão sendo suficientes para compensar a alta do nível de juros”, diz a pesquisa.

Baixa renda

Conforme o levantamento, a inadimplência entre as famílias de menor renda (até três salários mínimos) alcançou 37,7% em outubro, “refletindo o impacto dos juros elevados e das condições de crédito mais restritivas sobre o orçamento dos mais vulneráveis”. Esse aumento ocorreu apesar da redução geral do endividamento, que recuou para 76,9%, nível semelhante ao registrado em outubro do ano passado, indicando mais cautela das famílias com o uso de crédito.

“A dependência de crédito em um cenário de juros elevados torna a quitação de dívidas um desafio ainda maior para as famílias mais pobres”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “Acreditamos que, com medidas voltadas para a redução de gastos públicos, é possível abrir espaço para uma possível queda dos juros, o que traria um alívio significativo para os consumidores e para a economia como um todo”, afirmou.

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, com aproximadamente 18 mil consumidores.