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Gabrielzinho domina os 50m costas e leva mais um ouro na natação

O roteiro foi parecido com o dos 100 metros, dois dias atrás. Neste sábado (31), em sua segunda prova nos Jogos Paralímpicos de Paris, o mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho não deu chances aos adversários nos 50 metros costas classe S2 (atletas com elevado nível de limitação físico-motora) e garantiu sua segunda medalha de ouro na França.

Agora, o atleta de apenas 22 anos já soma cinco medalhas paralímpicas na carreira, três douradas e duas de prata. Nos 50 costas, ele agora é bicampeão paralímpico.

Mesmo sendo uma prova com apenas uma volta na piscina, Gabrielzinho abriu grande vantagem logo de cara e só foi abrindo cada vez mais. Ele fechou os 50 metros em 50s93, melhor marca pessoal e recorde das Américas. O segundo colocado, o russo Vladimir Danilenko, que compete sob bandeira neutra, chegou mais de seis segundos depois (57s54). O terceiro colocado, o chileno Alberto Caroly Abarza Díaz, fechou com 58s12.

Gabrielzinho, responsável por quase um terço dos sete ouros do Brasil em Paris até o momento, ainda compete em outras três provas nas piscinas da Arena La Defense. Neste domingo (1), ele disputa os 150 metros medley pela classe S3, para atletas com comprometimento físico e motor um pouco menor. Na segunda (2), ele nada os 200 metros livre, de volta à S2. Por último, no dia 6, o brasileiro participa dos 50 metros livre na S3.

Angola: Taxa de desemprego entre jovens chega a 63,5 cento e economia informal domina o mercado

25 de maio de 2024

 

A taxa de desemprego na faixa etária dos 14 aos 24 anos, em Angola, chegou a 63,5 por cento no primeiro timestre deste ano, enquanto que a nível geral ficou em 32,4 por cento, contra os 31,9 por cento no trimestre anterior.

O Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas, indica que entre a camada mais jovem a taxa subiu 9,1% em relação ao último trimestre de 2023, que foi de 58,3%.

O levantamento indica ainda que a economia informal domina o mercado, com 79,8 por cento das mais de 11,7 milhões de pessoas em idade ativa a desenvolveram a sua atividade económica fora do sistema formal.

Desse universo, 88,5 por cento são mulheres e 70,7 por cento homens.

Ainda de acordo com IEA, o maior número de pessoas empregadas está entre os grupos etários 35-44 anos e 45-54 anos.

Quase metade das pessoas empregadas, 47,5%, trabalham na agricultura, caça e pescas, seguindo-se o comércio com 22,6%.

O IEA é um inquérito por amostragem que abrage trimestralmente 10.944 agregados familiares, dos quais 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural.

 
 

Surfe: Brasil domina ISA Games e vai com força máxima para Paris 2024

O surfe brasileiro competirá com força máxima na Olimpíada de Paris. Serão seis atletas (três em cada gênero)  nas águas da praia de Teahupo’o (Taiti), onde ocorrerá a disputa da modalidade nos Jogos. As vagas extras saíram para o Brasil neste domingo (3), no encerramento dos Jogos Mundiais de Surfe, o ISA Games, em Arecibo (Porto Rico), que reuniu atletas de mais de 50 países. 

Tricampeão mundial, Gabriel Medina conquistou o título do ISA Games e, de quebra, carimbou a tão sonhada vaga olímpica. No feminino, a gaúcha Tatiana Weston-Webb – já classificada para Paris – foi vice-campeã do ISA Games, posição suficiente para garantir a terceira vaga, do país, que será de Luana Silva, filha de brasileiros, nascida no Havaí. Luana também competiu no ISA Games, mas foi eliminada no round cinco da repescagem. 

Nos vemos em Teahupo’o, @timebrasil! 😁🏄

O único país com SEIS representantes no surfe em #Paris2024! Não tem jeito! 🇧🇷🏄 #OlympicQualifier #RoadToParis2024 pic.twitter.com/HnTrwGKzNi

— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) March 3, 2024

Com o título de Medina, a equipe brasileira foi a que mais pontou no ISA Games: somou 3696, deixando para trás a França (3360) em segundo lugar, e a Austrália (2895) em terceiro.  O surfista, nascido em São Sebastião (SP), representará o país nos Jogos de Paris, ao lado dos já classificados Filipe Toledo, o Filipinho,  e João Chianca, o Chumbinho.

“Eu não sabia se minha vaga viria, mas eu só tentei dar o meu melhor. Se eu não fosse [aos Jogos de Paris] alguém iria, e é isso, nós somos um time. E eu acho que todos estavam com esse espírito, então isso ajuda muito e eu quero agradece o time brasileiro que trabalhou muito nos bastidores também, todos os caras, é, isso foi incrível – comemorou Medina, que fez uma campanha invicita ao vencer oito baterias mais a disputa final masculina do ISA Games.

Primeira atleta do surfe a se classificar para Paris 2024, Tati Weston-Webb era só emoção ao final da decisão do título. Ela assegurou Luana Silva nos Jogos, e a equipe feminina contará ainda com Tainá Henckel, que carimbou a vaga na última quinta, em Arecibo (Porto Rico).

“Significa muito não só para mim, mas para a equipe. Estamos sempre nos ajudando, sabemos o quanto é importante. Quando soube que tinha conseguido a terceira vaga, foi muito emocionante”, revelou Tati Weston-Webb, em depoimento ao Comitê Olímpico Internacional (COI).  

Domingo decisivo

No último dia de disputas, Medina e Yago Dora seguiam firmes no ISA Games na disputa das equipes masculinas, e Tati e Tainá na competição feminina.  No entanto, o catarinense Yago Dora, que disputava a repescagem, parou logo na primeira bateria do domingo e coube a Medina a missão de definir a competição. O paulista de São Sebastião, triunfou na primeira bateria da chave principal, e na final levou a melhor no somatório com total de 16.40, à frente do marroquino Ramzi Boukhiam (15.34), primeiro colocado na repescagem.

Ele é O CARA! 🏄🔥 Gabriel Medina decolou nas ondas do #ISAWorlds, saiu campeão e classificado para os Jogos Olímpicos! A tempestade está chegando, #Paris2024! 🌩️ #RoadToParis2024 #OlympicQualifier @cbsurf_oficial @timebrasil pic.twitter.com/HJypTLkgjj

— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) March 3, 2024

Já na competição feminina, Tati e Tainá começaram o domingo disputando a nona etapa da repescagem. Tati avançou em segundo lugar, com nota 13.04 – atrás da israelense Anat Leilor (13.97) – e Tainá foi eliminada, ao ficar em terceiro lugar (11.13), assim como a norte-americana Carissa Moore (9.33).

Tati seguiu segui dominando a 10ª e última etapa da repescagem: somou 12.83 contra 9.93 da australiana Sally Fitzgibbons. No entanto, na decisão do título, a australiana levou a melhor com nota 13.10 e a brasileira ficou com em segundo lugar ao somar 12.24.

Final para Tati Weston-Webb! 🇧🇷

Com soma total de 12.83, nossa brasileira chegou na decisão do ISA Games e vai forte pelo título!

Pra cima delas, Tati 🌊🌊

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— Time Brasil (@timebrasil) March 3, 2024

Retrospectiva: Brasil domina Parapan e brilha rumo aos Jogos de Paris

O ano do esporte paralímpico brasileiro foi marcado, principalmente, pelo desempenho histórico do país nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. A meta de superar a campanha de Lima, em 2019, foi atingida com louvor. Na capital chilena, o Brasil alcançou 343 medalhas, sendo 156 douradas. Quatro anos antes, no Peru, foram 308 pódios, 124 deles no topo.

Já estamos com saudade de Santiago! 🇨🇱

Foram tantos momentos bons que vivemos na capital chilena.

Confira 23 motivos que fizeram o Parapan inesquecível: https://t.co/kk0ou4EzBE pic.twitter.com/XDIBl4y2c9

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) November 27, 2023

A natação foi a modalidade que mais rendeu medalhas douradas ao Brasil na capital chilena: 67. Oito delas conquistadas por Douglas Matera, da classe S12 (baixa visão). Destaque também para Victor Almeida, o Vitinho, e Alessandra Oliveira. Nadadores mais jovens da seleção brasileira, com 15 anos, eles retornaram de Santiago como campeões parapan-americanos. Vitinho é da classe S9, enquanto Alessandra compete na S5, ambas categorias voltadas a atletas com deficiências físico-motoras (quanto maior o número, menor o grau de comprometimento).

Em alguns esportes o Parapan serviu de classificatório à Paris. No tênis de mesa, o Brasil garantiu seis vagas nominais aos Jogos, destinadas aos campeões individuais: Marliane Santos (classe 3), Paulo Salmin (7), Luiz Manara (8), Danielle Rauen (9), Cláudio Massad (10) e Thiago Gomes (11). As categorias de 1 a 5 envolvem atletas cadeirantes, enquanto as de 6 a 10 são disputadas por mesatenistas andantes. A 11, por sua vez, é para jogadores com deficiência intelectual.

Na bocha, a medalha de ouro do trio formado por Andreza Oliveira, Iuri Tauan e Maciel Santos assegurou lugar em Paris à equipe brasileira das classes BC1 e BC2 (atletas com grau elevado de comprometimento físico-motor e que utilizam mãos ou pés para jogar). No rugby em cadeira de rodas, o bronze inédito levou o Brasil à repescagem mundial, que será disputada em março, na Nova Zelândia, valendo três vagas à Paralimpíada.

Brasil supera Lima 2019 e registra melhor campanha em uma edição do Parapan.

Saiba mais: https://t.co/iN0oIyYDcl#Santiago2023 #BrasilNoParapan pic.twitter.com/T7BGFFHb2l

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No tiro com arco, Eugênio Franco, 63 anos, membro mais velho da delegação brasileira, venceu a disputa da classe W1 (deficiências graves em três ou quatro membros) e já se garantiu em 2024. Assim como Alexandre Galgani, ao ganhar a prova da carabina de ar mista em pé da classe SH2 (atiradores que não conseguem suportar o peso da arma e necessitam de suporte).

O Brasil encerrou o ano tendo 103 lugares confirmados em Paris, sendo que 85 deles foram assegurados ao longo de 2023. O país iniciou a temporada já classificado no goalball masculino e no vôlei sentado feminino. A equipe masculina de vôlei (12 vagas, uma por atleta) se credenciou aos Jogos ao ser campeã do Campeonato Pan-Americano, disputado no Canadá.

Paris 2024, AÍ VAMOS NÓS! 💪

Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado é campeã no Canadá e se classifica para os Jogos Paralímpicos de Paris. 🏐🥇

Confira a matéria: https://t.co/hye7MHoaC1 pic.twitter.com/Ay9DwhxJVi

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) May 13, 2023

Em duas modalidades, as vagas foram asseguradas pelo ranking mundial. No ciclismo, o Brasil garantiu um lugar na disputa masculina e outro na feminina. No parataekwondo, seis lutadores classificaram o país nas categorias até 52 quilos (kg), até 57 kg, até 58 kg, até 63 kg, até 65 kg e acima de 65 kg. Destaque para Silvana Fernandes, ouro no Parapan e bicampeã do mundo no México.

Top-5 mundial

Por falar em Mundial, o Brasil conquistou vagas paralímpicas em cinco dos que foram realizados em 2023. No de futebol de cegos, a medalha de bronze na Grã-Bretanha assegurou a seleção em Paris, onde buscará o hexa. No de tiro com arco, na República Tcheca, Jane Karla e Reinaldo Charão chegaram à final por equipes mistas do arco composto e garantiram lugar a dois atletas do país (um por gênero) na Paralimpíada.

VAGA GARANTIDA! 🇫🇷 PARIS É LOGO ALI!

Seleção de futebol de cegos vence França, avança à semifinal da Copa e se classifica para Paris 2024. ⚽️

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No Mundial de paracanoagem, na Alemanha, vieram quatro vagas, sendo três nas provas de canoa (VL) e uma no caiaque (KL), graças ao ouro de Fernando Rufino na classe VL2 (atletas que utilizam tronco e braços) masculina, à prata de Luís Carlos Cardoso na KL1 (somente braços), ao bronze de Mari Santilli na VL3 (braços, tronco e pernas) e ao quinto lugar de Débora Benevides na VL2 feminina. Já no de remo, realizado na Sérvia, a classificação veio com a sétima colocação de Claudia Santos na classe PR1xW (remadores com função mínima – ou nenhuma – de tronco).

O Mundial de atletismo, em Paris, foi o que mais assegurou vagas ao Brasil à Paralimpíada do ano que vem: 37 (25 masculinas e 12 femininas). O país foi o que mais medalhas conquistou (47) e o segundo com mais ouros (14, dois a menos que a China). Foi o melhor desempenho da história brasileira no evento.

RECORDE DE MEDALHAS! 🥇🥈🥉

Brasil termina Mundial de atletismo com mais medalhas que a China e tri de Petrúcio! 🏆🇧🇷

Foram 47 medalhas no total! 😱 Parabéns a toda a delegação brasileira que tornou isso possível. 💚💛

Confira os resultados: https://t.co/mjPL9UCtE7 pic.twitter.com/p86HPaxcJ9

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 17, 2023

No Mundial de natação, disputado na Grã-Bretanha, foram 46 pódios, sendo 16 ouros. Três deles conquistados por Gabriel Araújo, da classe S2. Não à toa, o nadador foi eleito o melhor atleta masculino de 2023 no Prêmio Paralímpicos. Entre as mulheres, a vencedora foi Bruna Alexandre, do tênis de mesa, que brilhou, também, entre as jogadoras sem deficiência, ajudando a seleção feminina do Brasil a se classificar a Paris. Ela pode se tornar a primeira brasileira a disputar a Olimpíada e a Paralimpíada.

Já no paradesporto de inverno, Aline Rocha fez história ao conquistar o primeiro ouro do país em um Mundial na neve. Ela venceu a prova de sprint (1 km) do esqui cross-country na competição realizada na Suécia. Na mesma prova, mas no naipe masculino, Cristian Ribera foi bronze. Antes a brasileira já havia obtido um terceiro lugar na disputa de 18 quilômetros.

É OURO E BRONZE PARA O BRASIL! ⛄

Aline Rocha 🥇 e Cristian Ribera 🥉, direto da Suécia, trouxeram mais duas medalhas para o Brasil no Mundial de Esqui Cross-Country. Temos uma nova campeã mundial da modalidade e ELA É UMA BRASILEIRA!

🎥: @ParaSnowSports pic.twitter.com/aUyxHmaQHZ

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) January 24, 2023

Considerando as modalidades do programa da Paralimpíada de verão, o Brasil disputou 15 Mundiais em 2023, com 118 pódios (34 ouros, 30 pratas, 54 bronzes). O desempenho colocaria o país no quinto lugar de um virtual quadro de medalhas, atrás somente de China (70 ouros), Grã-Bretanha (62), Itália (47) e Ucrânia (39) e à frente dos Estados Unidos (26).