Skip to content

Acusado de matar Rafael Miguel destitui defesa e julgamento é anulado

A Justiça anulou o julgamento de Paulo Cupertino na noite de ontem (10), após o réu desistir da defesa de seu advogado, Alexander Neves Lopes. O julgamento havia começado por volta das 15h30 no Fórum Criminal da Barra Funda, zona Oeste da capital paulista e foi anulado pelo juiz do caso às 19h30.

A justificativa para a anulação foi que a lei não permite que um réu seja julgado sem um defensor. Outros sete jurados terão de ser escolhidos novamente e as testemunhas serão ouvidas mais uma vez. Ainda não há data para o novo júri.

Cupertino e dois amigos dele respondem em processo que apura os assassinatos do ator Rafael Miguel e de seus pais, no dia 9 de junho de 2019 na zona sul da capital paulista.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Cupertino matou Rafael, de 22 anos, e o casal João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma Silva Miguel, 50, com 13 tiros.

O crime teria sido cometido porque o réu, de 54 anos, tinha ciúmes da filha, Isabela Tibcherani, que na época tinha 18 anos e namorava o ator. Cupertino não aceitava o relacionamento.

Cupertino responde ao processo preso e é acusado por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa das três vítimas.

Os outros dois réus no mesmo processo são Eduardo Jose Machado, de 45 anos, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, de 59. Eles são acusados de favorecimento ilegal porque ajudaram Cupertino a fugir e a se esconder após o crime. Eles respondem em liberdade.

Crime

O assassinato aconteceu em frente a casa onde Isabela morava com a mãe. Ambas disseram que o empresário foi o responsável pelos disparos que atingiram Rafael, João e Miriam.

As câmeras de segurança do local registraram o momento dos tiros e a fuga de Cupertino após o crime. Ele tentou se esconder em outros estados e países e foi preso quase três anos após o crime.

A Polícia Civil o encontrou, em 17 de maio de 2022, escondido e disfarçado, com identidade falsa e nome de outra pessoa num hotel em São Paulo.

PL destitui assassino de Chico Mendes de diretório do partido no PA

O diretório estadual do PL no Pará informou hoje (28) que destituiu Darci Alves Pereira do comando do diretório municipal da legenda em Medicilândia, no oeste paraense. A decisão ocorreu após a repercussão de que Darci Alves, assassino confesso do ambientalista Chico Mendes, havia tomado posse, no fim de janeiro, como mandatário local do PL.

“O PL Pará destituiu Darci Alves da presidência do PL de Medicilândia, conforme recomendação do Presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Valdilene Lambert, vereadora e pré-candidata à prefeitura, é quem deve assumir a presidência do partido no município”, diz nota assinada pelo presidente estadual do partido, o deputado federal Delegado Éder Mauro.

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, recomendou a destituição de Darci Alves Pereira do cargo após o site ((o))eco ter revelado que ele havia tomado posse, no final de janeiro, como presidente da legenda no município.

Em nota, divulgada nessa terça-feira (27), Valdemar recomendou a Éder Mauro a imediata destituição de Darci.

“Agradeço à imprensa por trazer ao nosso conhecimento esse importante fato. Diante dessas circunstâncias, recomendei ao presidente da estadual do PL do Pará, deputado Éder Mauro, a imediata destituição de Darci Alves Pereira do cargo, conhecido atualmente como Pastor Daniel”, disse Valdemar, em nota.

Darci se apresentava nas redes sociais como “Pastor Daniel” e já havia anunciado sua pré-candidatura ao cargo de vereador. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, ele foi indicado para assumir o diretório do PL de Medicilândia, cidade de cerca de 32 mil habitantes, em novembro do ano passado e ficaria no comando da legenda até novembro deste ano.

Chico Mendes

Chico Mendes – Arte/Agência Brasil

Réu confesso, Darci Alves Pereira foi condenado em 1990, juntamente com o pai, Darly Alves da Silva, a 19 anos de prisão pelo assassinato de Chico Mendes. O ambientalista foi executado aos 44 anos, com um tiro no peito, em 22 de dezembro de 1988, no quintal de sua casa, em Xapuri, no Acre.

Governo destitui servidor envolvido em esquema de propina com pastores

A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC), após o fim de um processo administrativo disciplinar que concluiu que o agente público atuou em conluio com os pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia para facilitar a liberação de recursos da pasta para prefeituras, em troca de propina.

O caso foi revelado no ano passado, por matérias na imprensa, e levou à exoneração do então ministro Milton Ribeiro, que chefiou a pasta da Educação durante parte do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo o processo disciplinar da CGU, o indiciado recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores. Além da exoneração do cargo de confiança, Musse fica proibido de ser indicado, nomeado ou tomar posse em cargo efetivo ou funções de confiança no Poder Executivo federal.

Em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em abril de 2022, prefeitos de três municípios confirmaram aos senadores que foram abordados por pastores que pediam o pagamento de propina em troca da liberação de verbas do MEC.

Conforme as denúncias, mesmo sem cargos formais, os pastores tinham livre trânsito no MEC e intermediavam os pleitos de prefeituras junto ao então ministro Milton Ribeiro. Ele deixou o comando da pasta após a divulgação de áudios em que afirma dar “prioridade” ao repasse de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC), uma autarquia vinculada ao MEC, aos “prefeitos que são amigos do pastor Gilmar Santos”.

Nos áudios, Ribeiro enfatizava que a prioridade atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Em sua defesa, o ministro afirmou que não praticou atos ilícitos.

 

Pedro Rafael Vilela