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Aumentam as necessidades dos brasileiros deslocados pelas fortes chuvas

Alagamento em zona urbana da região metropolitana de Porto Alegre

12 de maio de 2024

 

Enquanto o estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, enfrenta graves inundações, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) pede maior apoio para ajudar dezenas de milhares de refugiados, que estão entre as pessoas mais vulneráveis ​​afetadas por o desastre.

“Os afetados incluem aproximadamente 41 mil refugiados e outras pessoas que necessitam de proteção internacional, incluindo muitos venezuelanos e haitianos que vivem nas áreas afetadas, alguns dos quais só podem ser alcançados por barco”, disse o porta-voz do ACNUR, William Spindler, em comunicado aos jornalistas na sexta-feira. em Genebra.

Segundo as autoridades locais, pelo menos 126 pessoas morreram nas inundações, 141 estão desaparecidas, cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas e mais de 400 mil estão desabrigadas.

Spindler disse que o ACNUR, em coordenação com as autoridades locais, está distribuindo itens de primeira necessidade, como cobertores e colchões. Ele confirmou também que outros produtos como utensílios de cozinha, lâmpadas solares e kits de higiene estão sendo enviados ao Brasil.

“Nos próximos dias, o ACNUR apoiará a emissão de documentação, caso esta tenha sido perdida ou danificada, para garantir que os refugiados e requerentes de asilo continuem a ter acesso a benefícios sociais e serviços públicos”, disse ele.

Spindler observou que os refugiados não vivem em campos separados da população, mas estão em comunidades, nas mesmas condições em que vivem os habitantes locais.

“Portanto, são as comunidades de acolhimento que estão no centro do nosso apoio. Precisamos de reforçar a sua capacidade para que possam continuar a acolher refugiados. Isso significa reforçar os serviços sociais, o acesso à educação, o acesso à saúde, e assim por diante. a população local, bem como para os refugiados”, disse ele.

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Congonhas volta a operar após queda de energia; voos foram deslocados

Com a suspensão das operações de pouso e de decolagem, os voos que tinham como destino o Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, tiveram que ser remanejados na tarde desta sexta-feira (15) para outros aeroportos, como os de Confins (MG), Galeão (RJ) e Viracopos (SP), informou a Força Aérea Brasileira (FAB). As operações no aeroporto já foram retomadas. 

Por causa de um problema externo no abastecimento de energia e que afetou a torre de controle, o Aeroporto de Congonhas precisou suspender as operações das 14h25 às 15h51. De acordo com a FAB, isso afetou 28 voos que decolariam de Congonhas e 19 pousos que precisaram ser desviados para outros locais.

De acordo com a Aena, concessionária que administra o aeroporto, todas as operações de pouso e decolagem no aeroporto foram suspensas até que a energia fosse restabelecida. No terminal de passageiros, os geradores foram acionados imediatamente e a energia voltou. Mas no restante do aeroporto, o problema demorou um pouco mais a ser normalizado. No período em que as operações ficaram suspensas, a Aena disse ter contabilizado 14 cancelamentos de voos, 25 decolagens canceladas e 13 voos alternados para outros aeroportos.

Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Força Aérea, o problema foi provocado por ocorrência de fogo na linha de transmissão próxima ao aeroporto, às 13h59. A partir das 14h28, informou o órgão, isso provocou “degradação nas comunicações da torre”, o que obrigou a FAB a remanejar os voos de Congonhas para outros aeroportos.

“Adicionalmente, a energia ainda ficou suspensa nas proximidades do aeroporto de Congonhas, inclusive, no próprio terminal, afetando as operações. Às 15h46, houve o restabelecimento total das operações de decolagem e pouso em Congonhas. Às 15h59, a Torre de Controle voltou a operar com a energia comercial”, informou a FAB.

A Aena recomenda que todos os passageiros com voos previstos para Congonhas nesta sexta-feira entrem em contato com as companhias aéreas para verificar a situação dos voos.

Procurada pela Agência Brasil, a Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia, informou que houve “uma ocorrência na rede elétrica que abastece o aeroporto de Congonhas, que causou a interrupção no fornecimento de energia na localidade”. A concessionária disse que “realizou manobras em sua rede e atuou para restabelecer o serviço, que já encontra-se normalizado”. Ainda segundo a Enel, as causas do ocorrido ainda serão apuradas.

O que dizem as companhias aéreas

A Latam informou que a companhia alternou ou cancelou parte de seus voos em São Paulo. “Esta é uma situação totalmente alheia ao controle da companhia, que está prestando a assistência necessária aos passageiros”. De acordo com a companhia, os voos já foram retomados e os clientes afetados estão sendo reacomodados em outros voos da empresa.

Em nota, a Azul disse que dois de seus voos tiveram que ser remanejados para Viracopos. Outros cinco foram cancelados. “A companhia destaca que os clientes estão recebendo toda a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes”.

Segundo a Gol, 11 voos da companhia tiveram ser cancelados por causa do problema e outros 11, que tinham como destino Congonhas, foram transferidos para outros aeroportos. “Todos os clientes afetados estão recebendo as devidas facilidades e sendo reacomodados nos próximos voos”.