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G20 Social coloca sociedade civil no centro dos debates globais

O G20 Social deu oportunidade à sociedade civil organizada de incluir nas discussões questões necessárias para toda a população, como direito à alimentação, à terra e à transição energética, afirmou, neste sábado (16), a titular da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais.

“Este espaço nos deu oportunidade de trazer essas discussões ao centro do debate, o que é louvável. Temos a expectativa de que a marca da participação deixada pelo G20 Social se reflita e se consolide, que continue nas outras cúpulas de chefes do G20, crie um ambiente propício à construção de uma agenda estratégica para o futuro e tenha um horizonte com o bem viver”, disse Mazé, no encerramento do G20 Social, no Boulevard Olímpico, região portuária do Rio.

A expectativa de Mazé é que, a partir do G20 Social, haja avanços com compromissos e práticas efetivas para a transformação do sistema agroalimentar para uma perspectiva agroecológica que promova o diálogo com a natureza, com a biodiversidade, mas que leve à transição energética justa, que não envenene a terra, o bem mais precioso, e as águas. “Que não destruam os nossos biomas, que não violentem, nem matem as pessoas, que respeitem os seres vivos e os bens comuns. Que se protejam nosso territórios e nossos corpos e que se nutram com nossos saberes populares e ancestrais.”

A representante da Contag defendeu ainda o direito à alimentação, que, segundo ela, é negado sobretudo, às mulheres e aos negros. “Para garantir esse direito, será necessário investir em mudanças estruturais  capazes de romper com modelos produtivos nocivos e a sua lógica destruidora que contribui para a crise climática que o mundo vem vivendo”, afirmou.

Para Mazé, não é pela via dos mecanismos de mercado que se enfrentará a crise climática. “Não é possível enfrentar o dilema sem democratizar o acesso à terra, às sementes, à água e à energia, sem que se fortaleçam as práticas produtivas, a cultura e os modos de vida da agricultura familiar camponesa, da agricultura praticada pelos povos indígenas e pelos povos de comunidades tradicionais, sem que se reconheçam os solos do campo e da floresta como parte importante da solução, tanto para a mitigação e adaptação, como o enfrentamento aos impactos climáticos.”

G20 Social deve ser exemplo para o futuro, diz presidente do Comitê Econômico Europeu – Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente do Comitê Econômico e Social Europeu e representante da sociedade civil internacional, Oliver Röpke, defendeu a mudança imediata da governança global, que, como explicou, não representa os desafios atuais. “A força global do século 21 está enfrentando uma crise, estamos em uma encruzilhada. Os sistemas de governança não servem mais para lidar com os desafios do nosso tempo, que são enormes. Estamos falando da mudança climática, transição digital, estabilidade geopolítica e do aumento das desigualdades. Mais da metade dos trabalhadores no mundo ainda não têm o conteúdo específico de proteção social e trabalhista. Estamos vendo índices de direitos globais e violações dos direitos sociais e trabalhistas, que estão definhando.”

De acordo com Röpke, o G20 Social precisa ser um exemplo para o futuro, com combate às desigualdades globais e luta por uma melhor situação mundial. “Estamos vendo agora uma estrutura global de governança que deixa muitas vozes em silêncio, com poucos mecanismos para garantir a participação democrática da sociedade civil, que permanece sub-representada. Para lidar com todos os desafios, precisamos de uma reforma fundamental na governança global. A hora para o multilateralismo é agora. Não é momento de isolamento. Temos que fortalecer as organizações multilaterais, as Nações Unidas e as organizações internacionais de trabalho”, indicou.

Röpke destacou, no entanto, que a governança tem que refletir o trabalho de hoje e mostrar a diversidade do que vem sendo feito. “Não pode ser feito de cima para baixo, estreitando os interesses nacionais. Precisamos trazer a sociedade civil para o cerne dos processos de tomada de decisão. A sociedade civil representa as necessidades e aspirações de organizações de base para sindicatos, que muitas vezes são deixados de lado”, disse ele, ao destacar a cúpula do G20 Social “é um exemplo de como fazer as coisas corretamente”.

O presidente do Comitê Econômico e Social Europeu elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por estabelecer no Brasil um conselho de desenvolvimento sustentável e defendeu uma ação conjunta com o órgão que repesenta. “O nosso comitê vem buscando sempre mais inclusão, mais governança, e temos reiteradamente nos esforçado pela promoção do crescimento inclusivo e demais salvaguardas dos direitos sociais. A cooperação global significa ter escuta e aprender uns com os outros”, observou,

Como coordenador do G20 Social, o secretário-geral da Presidência da República, ministro Márcio Macêdo, agradeceu a todos os que contribuíram para a realização do encontro, que reuniu cerca de 47 mil pessoas. “Isso aqui foi um momento muito significativo e só foi possível por causa da sensibilidade e da determinação política do presidente Lula. Só um presidente com a característica do Lula é capaz de colocar na agenda da discussão mundial, no centro, os movimentos sociais e o povo. Só foi possível a gente estar aqui porque tem um movimento organizado do nosso país com cultura, com força, com determinação e com compromisso com nossa pátria e nosso povo”, afirmou o ministro.

Emocionado, Macêdo enfatizou que os trabalhos do G20 Social foram concluídos de forma bem-sucedida e concluiu: “Vamos entregar o documento com as impressões digitais do povo do G20 aos chefes de Estado. Está declarado o encerramento dos nossos trabalhos.”

Enap realiza Semana de Inovação com debates presenciais e online

A 10ª edição da Semana de Inovação, promovida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), começa nesta terça-feira (29) e vai até o próximo dia 31. O evento gratuito será realizado na sede da Enap, em Brasília, com atividades presenciais e online.

A semana é promovida anualmente pela Enap desde 2015, com o objetivo de fomentar a cultura de inovação entre os agentes públicos, promover a participação social e apresentar tendências e possibilidades para a transformação das organizações. 

Com o tema “Novas Formas de Cuidar”, serão oferecidas mais de 600 horas de programação gratuita. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por meio da Agência Brasil, é mídia parceira do evento.

Foram confirmadas 199 atrações por meio de chamada pública (138 presenciais e 61 online), entre oficinas, debates, palestras, mesas-redondas, vivências artísticas e primeiros passos (palestras de conhecimentos introdutórios). A expectativa é de que 20 mil pessoas participem do evento.

Participações

O evento terá conferencistas renomados e líderes de diversos setores e países, além de painéis de discussão com especialistas sobre as tendências e os desafios da inovação no setor público. São cinco eixos temáticos: Trabalho e Saúde, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Clima, Diversidade e Inclusão e Cidades e Territórios. 

A chef e apresentadora Bela Gil vai fazer parte da mesa-redonda “Gênero, pobreza e segurança alimentar e nutricional: olhando através da lente dos cuidados”, na frente temática Diversidade e Inclusão. Participam também da atividade, no dia 30 de outubro, a doutora em Sociologia Betania Ávila e a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Lilian Rahal.

Outra participação confirmada é a da ex-prefeita da noite de Nova York, Ariel Palitz. Na palestra, que será realizada no dia 30 de outubro, às 14h, ela deverá abordar como a gestão da vida noturna pode ser feita de maneira inclusiva, equilibrando as demandas de segurança, economia e convivência social. 

A EBC vai participar do evento em mesa-redonda sobre inovação e comunicação pública, no dia 31 de outubro, às 10h, no Palco Nexus Petrobras. A gerente de Jornalismo Digital, Juliana Cézar Nunes, vai falar sobre os novos caminhos no jornalismo digital e a  coordenadora da Radioagência Nacional, Izabella Silveira, abordará a cidadania nas ondas do rádio e da web. A assessora da Presidência da EBC, Eloiza Galdino, vai falar sobre a importância da participação social na construção de um novo sistema na comunicação pública.  

A Semana de Inovação 2024 é realizada pela Enap em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério das Mulheres e patrocínio da Itaipu Binacional. 

As inscrições podem ser feitas no site do evento.

F20: favelas cariocas promovem fórum de debates sociais de olho no G20

Lideranças de favelas do Rio de Janeiro se reúnem nesta segunda-feira (8) para o Favelas 20 (F20), fórum de debates que pretende apresentar demandas para o G20 Social. O evento será na Casa Voz Vidigal, na zona sul da cidade. Já confirmaram presença representantes da Vila Kennedy, de Manguinhos, da Rocinha, do Vidigal, Complexo do Alemão, da Maré, de Acari, do Caju, Fumacê e Jacarezinho.

A Cúpula Social do G20 será realizada entre os dias 14 e 16 de novembro, também no Rio de Janeiro. O F20 pretende ampliar a base de participação e de decisão dos movimentos de favelas nos processos da Cúpula. Lideranças entendem que é uma oportunidade para fortalecer a estratégia de deixar a participação social como grande legado da presidência brasileira no G20.

O F20 quer dar protagonismo às vozes faveladas na luta por justiça social e fortalecer as pautas que visam a superar problemas como pobreza, violência, impactos ambientais e falta de infraestrutura. Sem a perspectiva das favelas nas discussões do G20, existe a preocupação de que necessidades específicas dessas comunidades possam ser ignoradas.

“O objetivo do F20 é fazer a população da favela participar da tomada de decisão. A gente quer incluir muito mais a favela nos debates locais, regionais e especialmente globais a partir do que acontece dentro dela. Vamos levar a favela para as discussões globais”, afirma Gabriela Santos, diretora executiva do Voz das Comunidades.

O F20 é dividido em cinco grupos de trabalho (GTs): combate às desigualdades, pobreza, fome e promoção da saúde mental; acesso à água potável, saneamento básico e higiene pessoal; combate à crise climática e promoção da transição energética justa; combate ao risco de desastres naturais;  transformação, inclusão digital e cultural.

Serviço

Cerimônia de lançamento do F20

Data: segunda-feira, 8 de julho de 2024

Horário: 9h às 11h da manhã

Local: Casa Voz Vidigal – Rua Armando Almeida Lima, número 8 – Vidigal

Biden e Trump concordam com debates em junho e setembro

16 de maio de 2024

 

O presidente dos EUA, Joe Biden, e seu adversário nas eleições de 5 de novembro, o ex-presidente Donald Trump, concordaram na quarta-feira com dois debates, um em 27 de junho e outro em 10 de setembro.

A CNN disse que as duas campanhas concordaram em realizar o primeiro confronto em seis semanas em seus estúdios em Atlanta, sem público. O segundo debate está sendo apresentado pela ABC News.

O anúncio da dupla de debates foi feito rapidamente na quarta-feira.

Trump, um republicano que perdeu sua candidatura à reeleição para Biden em 2020, embora ainda afirme falsamente que foi enganado em um novo mandato na Casa Branca, há várias semanas convocou uma série de debates que antecederam a votação nacional de 2024. Biden, um democrata, concordou recentemente em debatê-lo.

Na quarta-feira, a campanha de Biden sugeriu as datas de junho e setembro, ao mesmo tempo que afirmou que não participaria nos três debates propostos para setembro e outubro pela comissão apartidária de debate presidencial que organiza os debates quadrienais há três décadas.

Trump, numa publicação no seu site Truth Social, disse que estava “pronto e disposto a debater” Biden no próximo mês e em setembro. A CNN, rede de notícias a cabo 24 horas por dia, anunciou a data do primeiro debate pouco tempo depois e disse que dois de seus âncoras veteranos, Jake Tapper e Dana Bash, iriam moderá-lo.

Os dois candidatos imediatamente se provocaram, deixando para outro dia as decisões sobre os parâmetros do debate, como até que ponto os dois candidatos teriam seus microfones desligados quando o outro estivesse falando e quanto tempo duraria cada debate.

“Donald Trump perdeu dois debates para mim em 2020, desde então, ele não apareceu para um debate”, disse Biden em uma postagem na plataforma de mídia social X. “Agora ele está agindo como se quisesse debater comigo novamente. Bem, faça o meu dia, amigo.”

Trump, por sua vez, disse que Biden foi o “PIOR debatedor que já enfrentei – ele não consegue juntar duas frases!”

Antes de 27 de junho, uma quinta-feira, ser escolhido para o primeiro encontro, a equipe de Biden provocou Trump, dizendo que o republicano estava “livre às quartas-feiras”, o habitual dia de folga no meio da semana para o julgamento criminal de Trump em andamento para ocultar o dinheiro em Nova York.

De qualquer forma, o depoimento no caso, no qual Trump é acusado de falsificar registros comerciais em seu conglomerado imobiliário Trump Organization para esconder um pagamento secreto a uma estrela pornô pouco antes de sua bem-sucedida campanha de 2016, está chegando ao fim, com deliberações do júri.

O julgamento provavelmente terminará nas próximas duas semanas ou mais.

Da forma como está, o debate da CNN será apenas entre Biden e Trump, embora a rede tenha deixado aberta a possibilidade de que um candidato independente, Robert F. Kennedy Jr., ou outro candidato de um terceiro partido, pudesse atingir um limite de votação de 15% e votação requisitos de acesso para ingressar na fase de debate.

Tanto Biden como Trump têm estado cautelosos em relação à candidatura de Kennedy, temendo que ele consiga obter votos suficientes em estados-chave de batalha política para influenciar o resultado nacional.

Nos EUA, o voto popular nacional não determina quem se torna presidente. Em vez disso, a eleição é essencialmente uma votação estado a estado, com o vencedor em cada um dos 50 estados a ganhar votos eleitorais para determinar o resultado geral.

Os estados mais populosos têm o maior número de votos eleitorais e, portanto, têm maior influência na determinação de quem ganha a Casa Branca para um novo mandato de quatro anos que começa em 20 de janeiro.

Fonte
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