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Mendes decide que cabe ao STF julgar processo contra Eduardo Cunha

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nesta sexta-feira (20) a competência da Corte para julgar o ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro Eduardo Cunha pelo suposto crime de corrupção.

Cunha é réu em ação penal apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Em outubro deste ano, o ex-parlamentar tornou-se réu pela acusação de atuar na apresentação de requerimentos na Câmara dos Deputados para constranger empresários da construtora Schahin a pagar vantagens indevidas.

No recurso apresentado, a defesa alegou que as acusações tratam do período em que Cunha era deputado federal. Dessa forma, o cabe ao STF julgar o caso com base no julgamento, que ainda não terminou, sobre o alcance do foro privilegiado. Os advogados também queriam a anulação da decisão que transformou o ex-deputado em réu. 

Ao julgar o caso, Gilmar Mendes entendeu que as acusações de Cunha devem tramitar no STF, mas negou o pedido da defesa para que o recebimento da denúncia pela primeira instância seja anulado.

“Reputo válida a decisão de recebimento da denúncia proferida pelo magistrado de primeira instância, assim como atos de citação e cientificação eventualmente praticados em virtude dessa decisão”, decidiu.

O ministro disse que o novo entendimento da Corte sobre o foro privilegiado pode ser aplicado mesmo sem o término do julgamento. “Mostra-se necessário o deslinde da questão suscitada à luz dessa tese endossada pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ainda que não concluído em definitivo o julgamento, de modo a garantir a segurança jurídica na condução do processo penal e preservar a competência do tribunal”, justificou o ministro.

Em setembro deste ano, o plenário formou placar de 6 votos a 2 para firmar novo entendimento sobre o foro privilegiado na Corte. Contudo, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Pelo entendimento, o foro privilegiado de um parlamentar federal (deputado ou senador) fica mantido no STF se o crime tiver sido cometido durante o exercício da função de parlamentar. Esta é a regra válida atualmente. Contudo, no caso de renúncia, não reeleição ou cassação, o processo também será mantido na Corte.

Conforme a regra de transição, todos os atos processuais de ações que estão em andamento devem ser mantidos.

Ana Marcela Cunha é heptacampeã do Circuito Mundial de Águas Abertas

A brasileira Ana Marcela Cunha garantiu nesta sexta-feira (22) o heptacampeonato do Circuito Mundial de Águas Abertas. O feito alcançado após a baiana de 32 anos de idade fechar a etapa da Arábia Saudita na sétima posição, o que a levou ao total de 2.750 pontos no circuito, contra os 2.648 pontos da alemã Lea Boy, que também disputou todas as cinco etapas da temporada.

Na temporada 2024, Ana Marcela venceu a etapa da Itália, ficou em segundo em Portugal, fechou a disputa do Egito na quinta posição, garantiu a nona posição em Hong Kong e fechou com a sétima posição na Arábia Saudita nesta sexta.

A medalhista de ouro nos Jogos de Tóquio (2020) já havia ficado com o título do Circuito Mundial nos anos de 2010, 2012, 2014, 2018, 2021 e 2022.

Toffoli nega pedido para encerrar processo da Lava Jato contra Cunha

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou nesta quarta-feira (6) pedido do ex-deputado federal Eduardo Cunha para encerrar o processo que tramita contra ele na Operação Lava Jato.

A defesa de Cunha recorreu ao Supremo para anular o processo em função da decisão que reconheceu a parcialidade do então juiz Sergio Moro para julgar os processos oriundos da Lava Jato. Com base no entendimento, diversas sentenças de condenados foram anuladas pela Corte.

Ao analisar o caso, Dias Toffoli entendeu que Cunha não pode ser beneficiado pela anulação. Para o ministro, a situação jurídica do ex-parlamentar não é mesma dos demais acusados.

“Trata-se de questões estranhas ao julgado cuja extensão de efeitos se busca, não havendo a aderência necessária ao deferimento do pedido”, decidiu o ministro.

No Supremo, a condenação de Cunha já foi anulada, no entanto, os processos foram enviados para a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro.

A condenação envolve acusação de que Cunha teria recebido propina proveniente de contratos da Petrobras para a construção de navios-sonda. Nesse caso, ele foi condenado a 15 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ana Marcela Cunha briga, mas termina em 4º lugar na maratona aquática

Campeã olímpica da maratona aquática nos Jogos de Tóquio, Ana Marcela Cunha brigou, mas não conseguiu repetir o pódio na edição de Paris. A brasileira foi a quarta colocada na prova dos 10 quilômetros, com o tempo final de 2h04min15seg, 41 segundos atrás da holandesa Sharon van Rouwendaal (2h03min34s2), medalhista de ouro. A prata ficou com a australiana Moesha Johnson e o bronze com a italiana Ginevra Taddeucci.

Na manhã desta quinta-feira (8), o #TimeBrasil teve duas representantes na maratona aquática feminina de 10km.

Ana Marcela Cunha ficou na 4ª posição e Viviane Jungblut foi a 11ª colocada.

Valeu o empenho, meninas! 💚

📸 Luiza Moraes / COB#TimeBrasil #JogosOlímpicospic.twitter.com/rcAmRA1hnd

— Time Brasil (@timebrasil) August 8, 2024

Apesar das preocupações em relação à qualidade da água do rio Sena para a prática esportiva, os 10 km da maratona aquática foram realizados normalmente. As 24 atletas largaram na ponte Alexandre III e fizeram voltas em um percurso de cerca de 1 km até a ponte de l’Alma, no centro da capital francesa. Um dos principais desafios da prova foi a correnteza do rio, que exigiu maior esforço das atletas.

Baiana de Salvador, Ana Marcela Cunha, e 32 anos, começou entre as primeiras colocadas, mas depois se distanciou da liderança. Na metade do percurso, se recuperou e buscou a aproximação. Porém a tentativa não foi suficiente para ultrapassar a italiana Ginevra Taddeucci, que conquistou o bronze com o tempo de 2h03min42. A australiana Moesha Johnson foi a líder na maior parte da prova, mas acabou ultrapassada no trecho final por Sharon Rouwendaal. A atleta da Holanda bateu na primeira posição com o tempo de 2h03min34 e foi campeã olímpica pela segunda vez – ela levou o ouro nos Jogos do Rio, em 2016, e foi prata em Tóquio. Johnson acabou com a prata, com a marca de 2h03min39.

“Tenho muito orgulho do que fiz para estar aqui. Talvez, se não tivesse feito, não estivesse. Queria muito essa medalha, mas estou feliz com meu desempenho. Mais difícil, para mim, foi nadar a favor da corrente, mas depois da última boia, as meninas desgarraram”, disse Ana Marcela em declaração à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Outra brasileira na competição, Viviane Jungblut terminou na 11ª posição, com o tempo de 2h06min15.

“Foi uma prova bem desgastante. Há muitos anos não nadamos em um local com tanta correnteza, mas tínhamos que estar preparados para nadar. Faltou uma volta e meia e o pelotão acabou desgastando um pouco e ai ficou difícil de irmos atrás”, detalhou a gaúcha, de 28 anos.

Na sexta-feira (9) , a partir das 2h30 (horário de Brasília), será disputada a versão masculina da maratona aquática, com a participação de 31 atletas. Entre eles estará o nadador brasileiro Guilherme Costa, o Cachorrão.

Atual campeã olímpica, Ana Marcela Cunha se garante em Paris 2024

Atual campeã olímpica nas águas abertas, Ana Marcela Cunha está classificada para buscar o bi nos Jogos de Paris, na França. Neste sábado (3), a baiana chegou em quinto lugar na prova de 10 quilômetros (km) do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Doha, no Catar. Ela precisava terminar a disputa entre as 13 primeiras.

“Com toda certeza o objetivo foi concluído. Tive uma mudança muito grande no último ano e estar aqui, disputando a vaga, é bem importante para mim. Vou ter uma nova oportunidade de fazer história em Paris. Vou ter seis meses para dar sequência nos treinos e competições. Estou muito feliz”, celebrou Ana Marcela, que participará da quarta Olimpíada da carreira.

Além dela, Viviane Jungblut também se credenciou aos jogos, ao finalizar a prova na 14ª colocação. Ela se beneficiou de a França – que tinha ao menos um lugar garantido como país-sede da Olimpíada – colocar duas atletas entre as 13 melhores em Doha. Como cada nação pode classificar somente duas nadadoras, uma dessa vaga francesa será realocada justamente à brasileira, que aguarda a World Aquatics (antiga Fina, sigla para Federação Internacional de Natação) comunicar oficialmente a conquista da gaúcha, que fará sua estreia olímpica em Paris.

Ana Marcela concluiu os 10 km em 1h57min31seg10, oito segundos à frente de Viviane. A vitória foi da holandesa Sharon van Rouwendaal, com 1h57min26seg80, menos de um segundo de vantagem sobre a espanhola Maria de Valdés, que chegou em segundo lugar. A portuguesa Angélica André completou o pódio, a dois segundos de Van Rouwendaal.

O Brasil chegou a 148 vagas olímpicas asseguradas em Paris, em 27 modalidades, podendo conquistar mais duas neste domingo (4). A partir de 4h30 (horário de Brasília), Henrique Figueirinha e Pedro Farias caem na água para a prova masculina dos 10 km. Como na disputa feminina, os 13 nadadores mais bem colocados vão aos Jogos.

As disputas em águas abertas no Mundial de Doha seguem na quarta-feira (7), com as provas masculina e feminina de 5 km. Na quinta-feira (8), será disputado o revezamento misto 4×1500 m.