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Começa hoje a CCXP 2024, maior evento de cultura pop da América Latina

O CCXP 2024 (Comic Com Experience) começa hoje (5) para o público em geral. Trata-se da maior feira sobre cultura pop da América Latina, com a presença de artistas, criadores de conteúdo, campeonatos de eSports e exibição de filmes. O CCXP acontece na São Paulo Expo, na rodovia dos Imigrantes, na capital, e vai até o domingo (8). A expectativa dos organizadores é receber 300 mil participantes nos 11 espaços temáticos do evento.

Ontem a noite (4), na abertura oficial do evento, houve a pré-estreia de O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim. Hoje (5) há a presença de Vincent Martella, ator, dublador e músico norte-americano, conhecido por sua participação em Todo mundo odeia o Chris, entre 2005 e 2009. Também está na grade de programação Misha Collins, também ator, ativista, escritor, que atuou como o anjo Castiel, na série Supernatural.

O Palco Thunder by Claro tv+ é o maior do evento, com 3 mil lugares. Ali serão recebidos artistas de cinema e televisão, nacionais e internacionais. Também estão previstas pré-estreias, lançamentos de trailers e rodas de conversa. No Palco Ultra, o roteiro será de debates e palestras, como o de Geoff Johns – roteirista de histórias em quadrinhos, séries de TV e produtor de filmes. Mas a programação completa pode ser conferida aqui.

Amanhã (6) a programação consta com a presença de Giancarlo Esposito, outro ator norte-americano, que participou da série Breaking Bad, de 2009 a 2013.  Também haverá uma mesa com representantes da Gullane, produtora de filmes clássicos como Bicho de Sete Cabeças e da série Senna, além de Motel Destino e da animação Arca de Noé.

No sábado (7), os atores Matheus Nachtergaele e Selton Mello vão discutir a sequência de um dos maiores sucessos do cinema nacional, O Auto da Compadecida, que segue com as aventuras dos personagens João Grilo e Chicó.

Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa, da Mauricio de Souza Produções e dirigido por Fernando Fraiha, terá sua pré-estreia no domingo (8). Para os cinemas, a chegada do filme acontecerá apenas em 9 de janeiro. Nos debates, a presença dos intérpretes de Chico Bento (Isaac Amendoin), Zé Lelé (Pedro Dantas), Rosinha (Anna Julia Dias), Zé da Roça (Guilherme Tavares), Hiro (Davi Okabe) e Tábata (Lorena de Oliveira).

Os ingressos para aproveitar o evento são divididos em várias modalidades. A mais cara sai por R$ 3,3 mil, dando direito a passeio guiado na montagem da CCXP24 e acesso aos quatro dias com entrada uma hora antes da abertura para o palco geral. O de R$ 800,00 garante presença nos quatro dias de programação, sendo que os de R$ 200,00 são para cada dia do encontro. Há ainda opções por R$ 2,5 mil, com acesso aos quatro dias, dando descontos e uma foto ou autógrafo de um artista convidado para o evento. E, por R$ 1,8 mil, o participante conta com programação exclusiva, com palestras e painéis, entre outras atividades.

Festa Literária das Periferias celebra cultura de mulheres negras

“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. A célebre frase da pensadora norte-americana Angela Davis, proferida em 2017, durante visita à Bahia. dará a tônica dos debates da Festa Literária das Periferias (Flup), no Rio de Janeiro.

A festa, que terá uma inédita proporção de 90% de mulheres negras na programação, chega à 14ª edição, com o tema Roda a Saia, Gira a Vida. Entre as participantes estão grandes nomes da literatura mundial, como a nigeriana Oyeronke Oyewumi, e brasileiras relevantes, como Conceição Evaristo.

Programada para o período de 11 a 17 de novembro, no Circo Voador, a festa literária gratuita vai coincidir com o G20 Social, que será entre os dias 14 e 16. O debate sobre literatura se conecta com as discussões globais, defende o diretor-fundador da Flup, Julio Ludemir.

“O Rio de Janeiro receberá as principais lideranças políticas e econômicas mundiais enquanto a Flup conectará periferias brasileiras a um diálogo global, sobre raça e cultura – inerente às discussões econômicas do G20”, ressalta Ludemir.

A mesa intitulada Mulheres Transatlânticas, marcada para segunda-feira, às 20h, reunirá mulheres nascidas em países desenvolvidos que posicionaram o feminismo negro como elemento central para discutir criticamente os legados coloniais, entre as quais estão a professora nigeriana Oyeronke Oyewumi, a escritora e professora holandesa Gloria Daisy Wekker e a fotógrafa franco-senegalesa Mame Fatou Niang.

Na terça-feira (12), às 13h, a mesa Quilombo Acadêmico: Histórias de Mulheres Afrodiaspóricas – Escritoras e Escrevivências terá como debatedoras a escritora colombiana Maricel Lopes, as educadoras Renata Falleti, Ádria Cerqueira e Jhenifer dos Santos e as doutoras em história Iraneide Silva e Marley Silva.

As escritoras Conceição Evaristo, brasileira, e Bernardine Evaristo, britânica, participarão na quarta-feira (13), às 19h50, da mesa literária Tão inseridas/Tão excluídas. No dia seguinte, às 19h30, outra mesa literária, No Conforto da Minha Concha, reunirá as escritoras brasileiras Eliana Alves Cruz e Luciany Aparecida e a francesa Marie NDiaye.

Na sexta-feira (15), às 18h, o destaque é o podcast Angu de Grilo, ao vivo, na Flup. As jornalistas Bela Reis e Flavia Oliveira, que são mãe e filha, entrevistam a escritora e ativista Sueli Carneiro e a artista de performance Luanda Carneiro, que também são mãe e filha.

No sábado (16), às 20h30, destaque para a mesa literária Notícias Poéticas entre Brasil e Angola, com o cantor e compositor brasileiro Tiganá Santana, a poeta e dramaturga Leda Maria Martins e o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga.

No domingo (17), último dia da Flup, às 16h, haverá a mesa literária Se eu não contasse a minha história, ninguém o faria por mim, com a historiadora e pesquisadora francesa Olivette Otele e a ativista antiglobalização e de direitos e escritora malinesa Aminata Traoré.

Durante o Ciclo de Debates Aquilombamentos, representantes de comunidades e de organizações ligadas a questões raciais, étnicas, de gênero e climáticas precederão o fórum do G20, fortalecendo o debate público sobre as questões das periferias – globais e brasileiras – em conexão com movimentos de resistência.

Reconhecida em 2023 como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Flup é gratuita, para todas as idades.

Apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Shell, a Festa Literária das Periferias tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e Globo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Fundação Ford. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas.

K-pop: capital paulista tem atrações coreanas nas fábricas de cultura

As unidades do Programa Fábricas de Cultura, do governo estadual de São Paulo, espalham a cultura sul-coreana e o gênero musical k-pop pela capital paulista, neste sábado (9).

Apesar de o foco central ser a música, o evento conta com uma programação bastante variada, com oficinas de maquiagem, de criação de produções audiovisuais, os chamados k-dramas e de dança, além de atividades com gastronomia e animes.

Há atividades para atender tanto as comunidades das zonas norte, leste e sul da capital como a de Osasco. Segundo a organização do evento, pode ser uma grande oportunidade para se aproximar “desse grande mapa cultural do k-pop” e criar, a partir dele, um repertório com inúmeras referências.

No Brasil, o interesse pela Coreia do Sul e a audiência dos k-dramas vem aumentando, sobretudo os transmitidos em serviços de streaming. Os dramas que dominam as telas dos brasileiros contam histórias de romance e comédia romântica, com protagonistas frequentemente retratados como emotivos e carinhosos.

Confira abaixo alguns destaques por região. A programação completa pode ser obtida através do site https://www.fabricasdecultura.org.br/kpop.

Zona Norte

A partir das 10h, a Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha recebe a produtora e gerente de turismo Carol Akioka para um bate-papo sobre O que é K-pop?. Na conversa, a produtora, que atua desde 2016 com artistas do gênero, abordará as tendências e proporcionará um entendimento sobre a cultura e o sucesso do K-pop.

Já o Núcleo Taipas, da Fábrica de Cultura Brasilândia, estará com uma programação mais extensa a partir das 11h. Entre as atrações, uma oficina de experimentação de maquiagens sul-coreanas e um bate-papo com a maquiadora Fernanda Andrade; uma experimentação na gastronomia sul-coreana, em que os participantes poderão preparar as próprias bebidas à base de geleia de frutas; apresentação de coreografias populares de grupos de K-pop como BTS, Blackpink, Twice e EXO; haverá ainda um desafio em chroma key em que os fãs de produções audiovisuais coreanas (k-drama) serão desafiados a criar o roteiro e gravar um conteúdo de no máximo um minuto; e a agenda termina com uma oficina de produção de estampas inspiradas na cultura pop sul-coreana utilizando a técnica de serigrafia.

Às 14h, a Fábrica de Cultura Brasilândia promove o workshop K-pop e racialidades ministrado por Érica Imenes que abordará a inclusão de pessoas negras em ambientes de fandom e K-pop.

A Fábrica de Cultura Jaçanã terá a Mostra de dança: k-pop é pop na k-brada às 13h. Nesta atividade, o público aproveitará apresentações da dança com fãs e grupos amadores, participando do Random play de K-pop – momento em que se pode arriscar a fazer a coreografia de um clipe durante o refrão da música.

Zona Leste

Com a atividade Experiência K-pop, que ocorre na Fábrica de Cultura Vila Curuçá a partir das 10h, os visitantes poderão aproveitar uma exposição de fotos e vídeos sobre a cultura K-pop por meio de monóculos temáticos com imagens de grupos famosos a serem descobertos pelo público.

Além disso, o local terá um espaço instagramável e outro de karaokê para os visitantes soltarem a voz com os sucessos deste gênero musical, sem esquecer as apresentações de grupos de K-pop locais.

Apresentações artísticas de K-pop, concurso de cosplay, brincadeiras sul-coreanas e desafios de random vão agitar a Fábrica de Cultura Sapopemba durante a tarde, com início às 13h30.

Já na Fábrica de Cultura Itaim Paulista a diversão fica por conta do evento K-star, às 14h, que receberá grupos deste gênero, dentre eles, Star Six, Red Kisses, Get a Guitar, Violet Crazy e Sweet Dreams.

Outra unidade que irá receber grupos de dança e cantores de K-pop, além de promover o Randon e disponibilizar um painel fotográfico inspirados em animes para os visitantes tirarem fotos, é a Fábrica de Cultura Parque Belém. A programação começa às 14h.

Neste mesmo horário, mas na Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes, ocorre o Especial K-arena, que além das apresentações de dança e do Randon, oferecerá medalhas de participação aos grupos.

Zona Sul

A produtora de eventos Idols in Concert leva para o palco da Fábrica de Cultura Jardim São Luís mais uma edição do K-stage Experience, a partir das 12h, com grupos de dança de São Paulo, da Baixada Santista, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte para celebrar o K-pop com muita dança e performances elaboradas, além de atrações especiais.

Já a Fábrica de Cultura Capão Redondo será palco do evento K-pop Experience na Periferia, que contará com diversas atividades interativas, como Random Play Dance, concursos de dança, workshops de coreografias e painéis de conversa sobre a cultura K-pop e sua influência no Brasil. As atividades começam a partir das 13h.

Osasco

Para os amantes da cultura sul-coreana residentes de Osasco, a Fábrica de Cultura promove o K-pop Day Oz das 14h às 19h com uma programação diversa. O evento contará com apresentações dos grupos ZBR, cover focado em ZEROBASEONE, e A2B; e um workshop ministrado pela artista Tina, membro do grupo WeStay, da BNB Entertainment, com foco nos movimentos de uma coreografia original de K-pop.
 
Seviço:
Toda a programação é gratuita e a classificação é livre. Os destaques, a seguir, não exigem inscrição. É só chegar e aproveitar!
 
Fábrica de Cultura Parque Belém
Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho | Tel: (11) 2618-3447
K-pop na Fábrica
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Brasilândia
Avenida General Penha Brasil, 2508 | Tel: (11) 3859-2300
Workshop K-pop e racialidades com Érica Imenes
Das 14h às 16h

Fábrica de Cultura Capão Redondo
Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conjunto Habitacional Jardim São Bento | Tel: (11) 5822-5240
K-pop Experience na periferia
Das 13h às 20h30

Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes
Rua Henriqueta Noguez Brieba, 281 – Conj. Hab. Fazenda do Carmo | (11) 2556-3624
Especial K-pop: K-arena
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Itaim Paulista
R. Estudantes da China, 500 | (11) 2025-1991
K-star edição especial
A partir das 14h

Fábrica de Cultura Jaçanã
Entrada 1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 | Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 | Tel: (11) 2249-8010
Mostra de dança: K-pop é pop na k-brada
Das 13h às 17h

Fábrica de Cultura Jardim São Luís
Rua Antônio Ramos Rosa, 651 | Tel: (11) 5510-5530
Idol in Concert: k-stage experience
Das 12h às 18h

Fábrica de Cultura Osasco
Rua Santa Rita, s/nº, Jardim Rochdale – Osasco | Tel: (11) 3689-7600
K-pop Day Oz
Das 14h às 19h

Fábrica de Cultura Sapopemba
Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta | (11) 2012-5803
Especial K-pop na Fábrica
A partir das 13h30

Núcleo Taipas – Fábrica de Cultura Brasilândia
Rua Joaquim Pimentel, 200 | Tel: (11) 3971-3640
Agenda:
Experimentação em maquiagem sul-coreana
Das 11h às 13h
Minuto K-drama em chroma key
Das11h às 12h; e das 13h30 às 14h30
Produção de estampas K-pop
Das 11h às 15h
Fresh Milk: experiência gastronômica sul-coreana
Das 14h às 16h
K-pop: música, dança e idols!
Das 15h30 às 16h30

Fábrica de Cultura Vila Curuçá
R. Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru | (11) 2016-3316
Experiência K-pop
Das 10h às 16h

Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha
Rua Franklin do Amaral, 1575 | Tel: (11) 2233-9270
“O que é K-pop?” com Carol Akioka
Das 10h às 11h

Governo quer ampliar ensino de história e cultura afro-brasileira

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou, nesta quarta-feira (6), que o governo quer ampliar o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, conforme prevê a Lei 10.639/03, que segue sendo um desafio para o país, mesmo após 21 anos de aprovação. Segundo ela, apenas 17% das escolas do país aplicam a lei.

“Apagar essa parte da história é muito cruel com o povo negro”, disse Anielle no programa Bom dia, ministra, exibido pelo Canal Gov. “A aplicabilidade da 10.639, o Camilo [Santana, ministro da Educação] está muito empenhado para que isso venha a ser realidade, mas têm estudos que demonstram que, infelizmente, apenas 17%, às vezes em algumas regiões menos do que isso, aplicam essa lei”, acrescentou.

Anielle comentou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O tema dá uma visibilidade às nossas pautas, à luta do ministério, luta do povo negro, dos movimentos negros também”, disse.

“Eu fui professora desde os meus 17 anos e, muitas vezes, eu que imprimia fotos de pessoas negras em momentos felizes e levava pra sala de aula porque nos livros não tinham. Então, por isso a lei é tão importante, por isso a gente precisa fortalecer [o ensino] com editais e [a população negra] com oportunidade, com empregabilidade. Esse tema é tão importante para o nosso país e eu sempre digo que um país mais diverso é um país fortalecido pela igualdade racial”, completou a ministra.

Nesse sentido, o governo lançou o programa Caminhos Amefricanos, uma ação de intercâmbio entre países latino-americanos e africanos para estudantes de licenciatura e docentes. No próximo dia 21, ocorre a formatura da primeira turma de 150 docentes que participaram do programa.

O objetivo, segundo Anielle, é que os professores se apropriem da história e da cultura dos países latino-americanos e africanos e retornem à sala de aula com bagagem para aplicação desses estudos.

Novos editais já estão previstos para o próximo ano, para países como Angola, República Dominicana e Peru. Os dois primeiros editais enviaram docentes e estudantes para Moçambique, Cabo Verde e Colômbia.

No mês da consciência negra, a ministra Anielle falou, durante o Bom dia, ministra, sobre as agendas do ministério e como o governo vem trabalhando para acelerar a titulação de terras quilombolas, levantar a pauta da igualdade racial em fóruns internacionais e combater a violência política de gênero e raça. Ainda este mês, o ministério deve lançar um edital de R$ 30 milhões, em parceria com BNDES, para fortalecer quilombos da Amazônia.

No próximo dia 20 de novembro será comemorado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, data, agora considerada feriado nacional, que remete ao marco da morte do líder do Quilombo dos Palmares – um dos maiores do Brasil durante o período colonial, de resistência contra a escravização negra no país.

Investimentos na cultura têm recorde; Lei Rouanet soma R$ 3 bilhões

A cultura recebeu do governo federal o maior investimento de sua história. A afirmação da ministra da Cultura, Margareth Menezes (foto), teve como mote a data de hoje: 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura.

Segundo ela, o setor tem reservados – apenas por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Incentivo à Cultura – investimento “direto e contínuo” de R$ 15 bilhões até 2027 para estados e municípios.

Em pronunciamento oficial em rede nacional, ela disse, nessa segunda-feira (4), que, entre as prioridades da pasta, está o fortalecimento da diversidade cultural e o apoio aos profissionais da área.

Para a ministra, a Lei Paulo Gustavo resultou em repasses de R$ 3,8 bilhões “para todos os estados e 98% dos municípios”. Essa lei tem como meta ajudar trabalhadores do setor que tenham sido afetados pela pandemia da covid-19.

Margareth Menezes citou também a criação de linhas especiais de patrocínio nas periferias, na região Norte e nos territórios criativos. O ministério informou que tem priorizado “políticas públicas culturais que garantam que a cultura alcance cada canto do Brasil, por meio de programas, lançamentos, retomadas, editais e outras ações”.

Geração de ações

“A reativação de políticas de fomento já estabelecidas, como o incentivo fiscal da Lei Rouanet, também trouxe uma nova geração de ações. Desde sua criação em 1992, a lei tem sido uma ferramenta fundamental para o fomento da cultura. Com mais de R$ 28,5 bilhões investidos em cerca de 75 mil projetos culturais, a Rouanet tem contribuído de forma significativa para a economia e a diversidade cultural do país”, informou o Ministério da Cultura.

Cerca de 4,5 mil projetos são patrocinados a cada ano por aproximadamente 4,6 mil empresas e 11 mil pessoas físicas que recebem incentivo fiscal do governo.

“Apenas em 2024, o orçamento destinado aos projetos da [Lei] Rouanet é de R$ 3 bilhões. O impacto econômico total dela, desde sua implementação, foi estimado em R$ 49,8 bilhões, incluindo tanto os efeitos diretos quanto os indiretos sobre a economia brasileira, comprovando que o investimento em cultura é também um investimento em crescimento econômico sustentável”, detalhou a pasta.

A inclusão da cultura no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pretende viabilizar ainda mais o crescimento econômico e a inclusão social do país.

Equipamentos culturais

“Estamos construindo 250 equipamentos culturais – os CEUs da cultura – no interior e nas capitais, nas comunidades que mais precisam. E para as comunidades menores e mais afastadas, criamos equipamentos culturais itinerantes que estão rodando o Brasil”, disse a ministra.

A ministra acrescentou que a economia criativa representa mais de 3% do Produto Interno Bruto (soma de todas riquezas produzidas no país) e emprega mais de 7,5 milhões de pessoas.

“É na cultura que mora a alma do povo, o encantamento da vida, a liberdade de pensamento e a prática da cidadania. É também na cultura que o Brasil encontra espaço para crescer com geração de emprego e renda, justiça social e sustentabilidade ambiental”, finalizou a ministra Margareth Menezes.

Projeto paulista vence concurso para Centro Cultura Rio-África no Rio

O projeto vencedor do concurso para o Centro Cultural Rio-África, que será construído próximo ao Cais do Valongo, na região conhecida como Pequena África, no porto do Rio de Janeiro, foi anunciado nesta terça-feira (29) pela prefeitura da capital. A iniciativa, realizada em parceria entre a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), recebeu 36 inscrições de profissionais de todo o país.O projeto vencedor é assinado pelo arquiteto Marcus Vinicius Damon Martins De Souza Rodrigues, do Estúdio Modulo De Arquitetura e Urbanismo, de São Paulo.

A banca de jurados que elegeu o escritório foi composta por arquitetos do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Cabo Verde.  O concurso foi direcionado a arquitetos negros brasileiros e africanos de língua portuguesa, com a finalidade de encontrar a melhor solução técnica para a criação do Centro Cultural.

Damon ressaltou a importância do tema da ancestralidade africana na criação do trabalho vencedor, e que há referência de várias Áfricas no projeto vencedor. “Como as espadas de São Jorge na entrada do Centro Cultural e a fachada que remete às tramas africanas”, disse em nota.

O Centro Cultural Rio-África pretende ser um espaço dedicado à ancestralidade afro-diaspórica, com exposições, mostras e programas educativos que mostrem ao público a história e a cultura da região de forma sensível e crítica. Ao todo, os três primeiros colocados receberão R$ 105 mil, dos quais R$ 60 mil serão destinados ao primeiro lugar, que será contratado para o desenvolvimento completo do projeto.

Coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Yago Feitosa, explicou que o centro cultural também terá um olhar no futuro, principalmente, porque o espaço vai dar condições para o desenvolvimento de talentos.

“O Centro Rio-África é um espaço expositivo de apresentações artísticas para desenvolver talentos negros. A África civilizou o Brasil. Isso é o mais importante que temos para dizer com relação à criação do centro cultural”, afirmou Feitosa, em nota.

TV Brasil acompanha Círio de Nazaré em parceria com TV Cultura do Pará

A TV Brasil transmite a procissão do Círio de Nazaré em parceria com TV Cultura do Pará, emissora que integra a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), neste domingo (13), ao vivo, a partir das 6h.

A programação acompanha a grande romaria realizada anualmente em Belém, capital do Pará. A celebração da fé reúne mais de dois milhões de pessoas, entre promesseiros, romeiros e devotos nas ruas da capital do Pará.

Na telinha, o público pode acompanhar a cobertura especial da festividade religiosa em que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, percorre pouco mais de três quilômetros até a Basílica Santuário de Nazaré em uma berlinda atrelada à corda dos fiéis. A TV Brasil mostra o início da procissão no começo da manhã e destaca também a benção final do Círio.

Ao vivo e on demand   

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize  

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site ou por aplicativo no smartphone. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV:   

Serviço 

Especial Círio de Nazaré com a TV Cultura do Pará – domingo, dia 13/10, às 6h, na TV Brasil 

Instrumentos do samba se tornam manifestações da cultura nacional

Nove instrumentos musicais do samba, entre eles o pandeiro, o tam-tam, a cuíca e o tamborim, foram reconhecidos como manifestações da cultura nacional, em todo o território brasileiro. A lei que oficializa a decisão foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (30).

Também estão reconhecidas como práticas e tradições culturais os modos de fazer os instrumentos musicais.

Na lista dos nove instrumentos conhecidos das rodas e escolas de samba também estão o surdo, o rebolo, a frigideira, a timba e o repique de mão.

De acordo com a lei, todos os instrumentos deverão ser denominados como manifestações da cultura nacional quando seguirem as práticas e tradições culturais a eles associadas em seus respectivos modos de produção. As formas e os modos de produção dos instrumentos musicais serão detalhados em decreto.

Mestra de percussão, a paulista Jackie Cunha, de 32 anos, sabe tocar esses instrumentos, com exceção da cuíca. Ela conta que começou aprender sobre os instrumentos ainda criança, levada pela mãe nas rodas de samba paulista. Aos sete anos, já tocava o primeiro pandeiro. 

Para a percussionista, o reconhecimento oficial dos instrumentos do samba deve ser celebrado, mesmo que tardio.

“A importância é gigantesca. Você encontra surdo, caixa, tamborim e pandeiro em diversos ritmos, além do samba, por trazerem essa sonoridade, essa riqueza de detalhes, essa riqueza sonora”, disse. 

O percussionista Glauber Marques é a terceira geração de cuiqueiros da família. Aprendeu com o avô batuqueiro a tocar o instrumento numa das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo: a Nenê de Vila Matilde.

“A alma do samba é o instrumento, o coração da batucada, a manifestação está no batuque, no som. Sem instrumento não tem samba. A cuíca, como dizia meu avô, é o instrumento mais malandro, ela chora e dá risada ao mesmo tempo”, conta.

De instrumento de samba, a mestra de bateria Rafa entende. Sob o comando dela, estão 172 ritmistas da escola de samba Imperatriz da Pauliceia. Em 2015, ela se tornou a primeira mulher no comando de uma bateria de escola de samba em São Paulo.

Para Rafa, mesmo com afinações e andamentos melódicos diferentes, seja numa roda de samba, seja numa bateria de escola durante o carnaval, os instrumentos musicais dão corpo e alma ao samba.

Festival Revelando SP leva cultura regional a 80 mil paulistanos

A edição de 2024 do festival Revelando São Paulo, maior evento dedicado às culturais regionais do estado, termina neste final de semana, após passar pelas cidades de Barretos, Iguape, Presidente Prudente e São José dos Campos. Segundo a assessoria do festival, as edições no interior atenderam 200 mil visitantes. A edição na capital, que começou na quinta-feira (12) e vai até domingo (15) tem previsão de público de 80 mil pessoas, com maior concentração no sábado e domingo. O festival é gratuito.

São Paulo – Show do cantor Almir Sater no Festival Revelando São Paulo, no Parque da Água Branca – Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil

A programação é variada, com barracas de artesanato e comidas típicas da culinária paulista, distribuídas na área de exposições do Parque da Água Branca, que sedia órgãos do governo como a Secretaria de Agricultura, e fica localizado na zona oeste da cidade. Os 142 participantes representam 88 municípios de 12 regiões paulistas. Também haverá apresentações de dança e música típicas, além de shows como o do violeiro Almir Satter, que encerrou a programação do palco ontem.

Em nota, a organização informou à Agência Brasil que a curadoria do Revelando São Paulo é pautada pela tradição e pela transmissão desses conhecimentos, que são passados de geração para geração. “É uma reverência a esses mestres, guardiões das expressões mais tradicionais da nossa cultura tão diversa”.

São Paulo – Festival da tradicional cultura paulistana, Revelando São Paulo ocorre no Parque da Água Branca – Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil

Essa diversidade pode ser observada no evento por meio das comunidades representadas: caipiras, caiçaras, povos originários, quilombolas e ciganos. Além disso, este ano o Revelando fez parcerias com outras instituições, como o Catavento e o Museu de Arte Sacra, que trazem a experiência das culturas tradicionais por meio da estética”. Detalhes da programação estão no site do evento.

Ministério da Cultura lança edital de apoio a rádios comunitárias

O Ministério da Cultura (MinC) publicou, hoje (12), edital de apoio cultural às rádios comunitárias. Serão investidos R$ 2 milhões para veiculação de mensagens de valorização e difusão de manifestações culturais, e do Plano Nacional de Cultura. No total, serão selecionadas 811 rádios comunitárias.

As inscrições serão realizadas entre os dias 16 de setembro e 7 de outubro. A lista de rádios que podem concorrer ao apoio pode ser consultada aqui.

A iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR). Segundo o Minc, a meta é ter a participação de rádios comunitárias para a divulgação de programas do Ministério da Cultura, dentro das ações previstas pela Política Nacional de Cultura Viva (PNCV).

A política é “direcionada à valorização, ao reconhecimento e ao fomento de entidades, coletivos e agentes que fazem a cultura acontecer em suas comunidades. As rádios deverão divulgar comunicados que contribuam para o acesso à política cultural.”

De acordo com a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, estão sendo investidos mais de R$ 400 milhões em ações voltadas para as culturas tradicionais e populares, a exemplo da ampliação da rede de pontos e pontões de cultura.

“A parceria com as rádios comunitárias nos permitirá ampliar a divulgação dessa política nos territórios, para que mais fazedores e fazedoras de cultura possam ser reconhecidos e fomentados como Pontos de Cultura”, explicou.

Regras

Pelas regras do edital, as rádios contempladas deverão divulgar pelo menos dez mensagens, com 60 segundos cada, com foco no fortalecimento e articulação da rede de pontos e pontões de cultura nos territórios. Os veículos ficarão responsáveis pela gravação e transmissão de áudios, com base no conteúdo definido pelo Ministério da Cultura.

As inscrições devem ser feitas no sistema. Além do formulário de inscrição, a rádio deve entregar um plano de trabalho e a declaração conjunta conforme o edital, devidamente datada e assinada pela pessoa que representa a rádio comunitária.

Após a verificação da documentação, o resultado será publicado pelo MinC na Plataforma Rede Cultura Viva, no Mapa da Cultura e no Diário Oficial da União, com a relação das inscrições habilitadas e inabilitadas.

Em seguida, será celebrado o termo de execução cultural. Após a celebração, serão enviadas as mensagens, a vinheta e o cronograma com o período em que deverão divulgar a Política Nacional de Cultura Viva.

Os recursos serão depositados, via desembolso único, em conta bancária especificamente indicada pela rádio comunitária.