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Gabrielzinho domina os 50m costas e leva mais um ouro na natação

O roteiro foi parecido com o dos 100 metros, dois dias atrás. Neste sábado (31), em sua segunda prova nos Jogos Paralímpicos de Paris, o mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho não deu chances aos adversários nos 50 metros costas classe S2 (atletas com elevado nível de limitação físico-motora) e garantiu sua segunda medalha de ouro na França.

Agora, o atleta de apenas 22 anos já soma cinco medalhas paralímpicas na carreira, três douradas e duas de prata. Nos 50 costas, ele agora é bicampeão paralímpico.

Mesmo sendo uma prova com apenas uma volta na piscina, Gabrielzinho abriu grande vantagem logo de cara e só foi abrindo cada vez mais. Ele fechou os 50 metros em 50s93, melhor marca pessoal e recorde das Américas. O segundo colocado, o russo Vladimir Danilenko, que compete sob bandeira neutra, chegou mais de seis segundos depois (57s54). O terceiro colocado, o chileno Alberto Caroly Abarza Díaz, fechou com 58s12.

Gabrielzinho, responsável por quase um terço dos sete ouros do Brasil em Paris até o momento, ainda compete em outras três provas nas piscinas da Arena La Defense. Neste domingo (1), ele disputa os 150 metros medley pela classe S3, para atletas com comprometimento físico e motor um pouco menor. Na segunda (2), ele nada os 200 metros livre, de volta à S2. Por último, no dia 6, o brasileiro participa dos 50 metros livre na S3.

Carol Santiago é ouro nos 100m costas e faz história para o Brasil

A primeira medalha de Carol Santiago em Paris foi cheia de história. Neste sábado (31), a nadadora pernambucana conquistou o ouro na prova dos 100 metros costas classe S12, para atletas com baixa visão e chegou a quatro ouros em Jogos Paralímpicos na carreira.

O resultado a coloca ao lado de Ádria Santos, velocista que marcou época pelo Brasil e, até então, estava isolada como a mulher brasileira com mais primeiros lugares em Paralimpíadas. Ádria – que segue como a atleta feminina com mais medalhas do país – somou 13 pódios pelo Brasil e Carol agora tem seis.

“Estou muito feliz, a prova foi incrível, a gente testou algumas coisas de manhã (na eliminatória) e tudo o que o meu técnico pediu para eu fazer eu vim aqui e fiz. E deu certo. Foi a melhor natação da minha vida. Estou muito satisfeita”, disse a atleta, em êxtase, em entrevista ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) na saída da piscina.

Na final dos 100 costas, prova da qual é atual campeã mundial, Carol largou na frente e não foi incomodada em nenhum momento do percurso. Ela fechou com 1min08s23, melhor marca pessoal e recorde das Américas. Em segundo lugar, ficou a ucraniana Anna Stetsenko (1min09s43), enquanto a espanhola Maria Delgado Nadal conquistou o bronze (1min11s33).

Com o resultado, a pernambucana de 39 anos, que tardou em entrar para o movimento paralímpico e estreou em Jogos Paralímpicos apenas em Tóquio, tem seis pódios em oito provas disputadas na história dos Jogos. São quatro ouros, uma prata e um bronze, conquistado justamente nos 100 metros costas, há três anos.

Em Paris, Carol Santiago ainda corre atrás de mais quatro medalhas. O próximo compromisso é na segunda-feira (2), nos 50 metros livre classe S13, junto com atletas com deficiência visual menos severa. Depois, ela ainda nada os 200 metros medley, também na S13, além 100 livre e dos 100 peito, ambos na S12.