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Lula anuncia R$ 194 milhões para construção de 1,3 mil casas no Piauí

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (21), do encerramento da 10ª Caravana Federativa, em Teresina, no Piauí, e fez anúncios do governo federal para o estado. Entre os atos figuram a cessão de terrenos da União, investimentos para o setor portuário e para a transformação digital e a contratação de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

A caravana é um evento itinerante do governo federal que apresenta ações e programas aos gestores públicos e parlamentares locais.

Ao discursar, Lula lembrou de suas várias histórias com o Piauí, como o lançamento do Programa Fome Zero, há 21 anos.

“Toda vez que a gente discutia o lançamento de um programa de combate à fome, sempre aparecia o Piauí como estado mais pobre do país. Não sei porque com ajuda do Wellington [Dias, hoje ministro do Desenvolvimento Social] a gente foi encontrar Guaribas para que a gente entregasse o primeiro cartãozinho do Fome Zero. Era uma miséria, R$ 50. Mas era o primeiro que a gente estava dando, era o primeiro sinal, era uma demonstração de que, se a gente quiser, as coisas acontecem”, disse.

“Eu estou muito orgulhoso de estar aqui no Piauí, mas muito orgulhoso não só por causa da minha relação de amizade com esse estado, com essas pessoas, mas porque é um estado que está dando certo”, acrescentou o presidente, destacando potencialidades do estado, como na área de energias renováveis.

Cessão de áreas e moradias

Para o setor portuário, foi anunciada a disponibilização de terrenos e espaços físicos em águas públicas da União para a consolidação do Complexo Portuário e Industrial, no município de Luís Correia. O complexo será o primeiro porto marítimo do Piauí.

Para a construção de um Polo de Inovação para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) cedeu um imóvel onde estava instalado a Procuradoria Regional do Trabalho, no centro de Teresina. O investimento com a reestruturação e ampliação é estimado em R$ 15,3 milhões e será realizado com recursos do Ministério da Educação (MEC).

Durante a solenidade, foi autorizada a contratação de 1.351 moradias no estado, em 15 empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial. Seis municípios piauienses devem ser beneficiados: Água Branca, Floriano, José de Freitas, Piripiri, Teresina e União. Considerando os valores máximos para cada município, o montante de investimento somado pode chegar a R$ 193,7 milhões.

Estratégia digital e gestão

O evento de hoje também marcou o lançamento da Estratégia Nacional de Governo Digital, com assinatura de decreto pelo presidente Lula. De acordo com o governo, a política é resultado de um “amplo processo participativo” com estados, municípios e sociedade civil, realizado em 2023 em todas as regiões do país e de uma consulta pública.

O objetivo da estratégia é melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados à população, “de forma inclusiva, transparente, participativa e sustentável”. Um dos pilares da estratégica é a carteira de identidade nacional, documento único emitido por todos os estados e que usa o Cadastro de Pessoa Física (CPF) como número de identificação.

“É a primeira Estratégia Nacional do Brasil. Há quatro anos, o governo brasileiro lançou uma Estratégia de Governo Digital (EGD), mas ela só alcançava a administração pública federal. Agora o governo federal ampliou o olhar digital para estados e municípios, e trouxe como visão de futuro um governo digital inclusivo e responsivo, que promove a integração de serviços presenciais e digitais, além de ampliar meios de financiamento para municípios”, explicou a Presidência, em comunicado.

Para isso, a Caixa Econômica Federal vai disponibilizar uma linha de financiamento para a transformação digital de municípios.

Acesso a soluções

A adesão do Piauí ao Programa Nacional de Gestão e Inovação também foi formalizada no encerramento da Caravana Federativa. O programa facilita o acesso a soluções do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com foco na qualificação da gestão pública e no fortalecimento das capacidades do estado e de seus municípios para prover serviços públicos.

Para isso, foi assinado um acordo de cooperação técnica com cerca de 30 ações, entre elas a criação da estratégia estadual de governo digital; a implantação de uma solução de prova de vida no sistema previdenciário; a expansão do uso do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) nos municípios, para tramitação eletrônica de processos; e a regulamentação de um percentual reservado de vagas nas contratações públicas para mulheres em situação de violência.

O Decreto 11.430/2023 regulamenta a lei de licitações, de 2021, e estabelece percentual mínimo de 8% de vagas para as mulheres em situação de violência doméstica e familiar nas contratações públicas dos órgãos e entidades federais, o que, no Piauí, representa mais de 100 vagas. “A iniciativa de inclusão laboral para as mulheres nesta situação contribui para a ruptura dos ciclos de violência e vulnerabilidade”, explicou a Presidência.

Diálogo

Esta foi a primeira Caravana Federativa que contou com a participação do presidente Lula. A décima edição da ação começou nessa quinta-feira (20) em Teresina e, durante dois dias, técnicos de diversas áreas do governo federal estão promovendo painéis, palestras e oficinas, abordando temas como assistência social, educação, saúde, habitação e infraestrutura.

O objetivo é aproximar órgãos federais de gestores locais, promovendo um diálogo direto com estados e municípios para a soluções de questões diversas de interesse dos entes. Até agora, a caravana já passou pelos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Amapá.

RS: Governo libera R$ 17,5 bi para construção de 12 mil moradias no RS

O governo federal liberou mais de R$ 17,5 bilhões em crédito extraordinário para ações de recuperação do Rio Grande do Sul. Os recursos são para ajudar empresas afetadas e a contratação de moradias para as famílias que perderam as casas com as enchentes que devastaram o estado no mês passado. Com essa medida, chega a R$ 90,9 bilhões o montante de recursos liberado até o momento para apoiar o estado, informou o Ministério do Planejamento e Orçamento. 

De acordo com a Medida Provisória, publicada nesta terça-feira (18), R$ 15 bilhões serão destinados para apoio às empresas, que poderão contratar serviços, comprar máquinas, financiar obras, como de construção civil, e para capital de giro emergencial. Outros R$ 2,18 bilhões são para subsidiar 12 mil moradias, sendo 10 mil em área urbana, com valor médio de R$ 200 mil, e 2 mil rurais (R$ 90 mil).

Mais de R$ 407 milhões são para equalizar juros de crédito rural e novos financiamentos (R$ 201,8 milhões), estruturação de projetos (R$ 200 milhões) e R$ 6 milhões para operação da Base Aérea de Canoas, que passou a receber voos comerciais por causa do fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, que está inundado e sem data para voltar a operar. 

Brasil tinha 3,5 milhões de imóveis em construção e reforma em 2022

O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou cerca de 3,5 milhões de imóveis em construção ou em reforma no país naquele ano.

Os dados são do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), divulgado nesta sexta-feira (14).

Em 2010, os imóveis nessa situação somavam 2,5 milhões, segundo o Censo. Isso representava em torno de 3,2% dos 78,1 milhões de endereços do país na época.

Na comparação de 2022 com 2010, houve um crescimento de 40% nos imóveis em construção ou reforma e de 37% no número de endereços do país, o que inclui residências e estabelecimentos de uso comercial.

O CNEFE é um banco de dados sobre todos os endereços no país, que servem para guiar o IBGE no planejamento e execução de pesquisas.

O cadastro é construído com base nas informações dos censos demográficos e atualizado rotineiramente pelo IBGE. Para o planejamento do Censo de 2022, por exemplo, o instituto recebeu informações sobre 89,3 milhões de endereços que deveriam visitados pelos pesquisadores.

No momento da realização do Censo 2022, no entanto, foi verificado que muitos desses endereços foram modificados. Cerca de 16,5 milhões deles foram excluídos da base do CNEFE e outros 34 milhões foram incluídos.

As informações do CNEFE podem ser usadas também por gestores públicos e pela população em geral, para seleção de amostras, estudos acadêmicos diversos e apoio aos órgãos de defesa civil em situações de emergência.

Um exemplo de uso dos dados é a própria informação sobre construções e reformas, que permite visualizar situações com o rumo da expansão de uma cidade ou de modernização de determinados bairros. “No município de São Paulo, em 2022, foram identificadas 7.157 edificações residenciais em construção, que dariam origem a múltiplos novos domicílios”, conta o pesquisador do IBGE Gustavo Cayres.

Também é possível fazer a mesma análise comparando-se dados dos endereços de 2022 com 2010. “Um exemplo é a possibilidade de identificação de áreas de verticalização [ou seja, substituição de casas por prédios] utilizando o tipo de edificação”, explica Cayres.

Vendo-se um mapa com os endereços de Barra dos Coqueiros (SE) em 2022 e comparando-o com os dados do censo anterior, percebe-se o surgimento de vários condomínios de apartamento. Em 2010, havia apenas 86 domicílios registrados como apartamentos. Em 2022, já eram 3.568, ou seja, um crescimento de mais de 40 vezes.

É possível visualizar também quantos endereços existem em determinado Código de Endereçamento Postal (CEP), os tipos de estabelecimentos não residenciais existentes em determinada área (escolas, igrejas, unidades de saúde, agropecuários ou estabelecimentos de outras finalidades), a categorização de estabelecimentos por nome (como Igreja Batista ou Casa de Umbanda), entre outros.

Inflação da construção civil cai para 0,17% em maio

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 0,17% em maio deste ano, taxa inferior ao 0,41% de abril e ao 0,36% de maio do ano passado. O dado foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado o custo da construção acumula inflação de 2,31% em 12 meses, ou seja, de junho de 2023 a maio deste ano, percentual abaixo do acumulado de maio de 2023 a abril deste ano (2,51%). No ano, o custo da construção acumula alta de 0,99%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, passou de R$ 1.736,37 em abril para R$ 1.739,26 em maio deste ano.

O custo da mão de obra subiu 0,46% em maio e chegou a R$ 732,46, por metro quadrado. Já os materiais ficaram 0,05% mais baratos e passaram a custar R$ 1.006,80 por metro quadrado.

Governo autoriza construção de nova ponte sobre o Rio Caí, no RS

O ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou com os prefeitos de Nova Petrópolis (RS), Jorge Darlei Wolf, e de Caxias do Sul (RS), Adiló Didomenico, na terça-feira (4), a ordem de serviço para construção de uma nova ponte sobre o Rio Caí, na divisa entre os dois municípios, na rodovia federal BR-116/RS.

Em maio, a ponte anterior cedeu no pilar central, instalado dentro do rio, após pressão do alto volume de águas das chuvas que atingiram a Serra Gaúcha. Em 12 de maio, devido aos danos estruturais e rachaduras no asfalto, a ponte foi interditada. Atualmente, é o único trecho totalmente bloqueado na BR-116/RS.

De acordo com o Ministério dos Transportes, a ponte definitiva custará cerca de R$ 31 milhões. O prazo para execução da obra será de oito meses. Porém, o ministro Renan Filho afirmou que a construtora e o governo tentarão dar celeridade à obra e entregar a nova ponte em menor tempo. “Nós já temos os recursos e queremos entregá-la, no máximo, em seis meses”, previu Renan Filho.

Nova ponte

O projeto prevê o uso de novas tecnologias na construção da ponte, sem a necessidade de um pilar central para sustentá-la. O ministro também explicou que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) têm trabalhado para adaptação das margens do rio, com construção nas cabeceiras para receber a estrutura.

O projeto autorizado pelo governo federal inclui o serviço de demolição da ponte antiga, que neste momento tem um trecho rebaixado; e também a instalação de uma ponte metálica provisória que será erguida nos próximos dias pelo Exército. A instalação da ponte metálica permitirá o fim da interrupção da BR-116, enquanto durarem as obras da estrutura definitiva.

“O Exército Brasileiro pede até 15 dias para entregar a ponte provisória, mas a gente espera que ela fique pronta até o final da semana que vem”, estimou Renan Filho.

Mesmo na pandemia, emprego na construção cresceu 21,6%, revela IBGE

Enquanto a pandemia de covid-19 causava reflexos econômicos em grande parte da economia do país por causa das medidas de isolamento e rígidos controles sanitários, a indústria de construção civil foi um dos setores que ajudaram o mercado de trabalho a resistir aos impactos recessivos.

Em 2020, 2021 e 2022, o setor da construção aumentou a empregabilidade em todos os anos, acumulando um acréscimo de 411,6 mil pessoas, o que corresponde a uma alta de 21,6% no período.

O dado faz parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento oferece um raio X do setor. Os dados mais recentes são de 2022, quando o país tinha 2,3 milhões de trabalhadores na indústria da construção.

O analista da pesquisa, Marcelo Miranda Freire de Melo, contextualiza que esse patamar de emprego ainda fica distante do pico de empregabilidade no setor, que chegou a 3 milhões em 2013. Mas aponta uma tendência recente de crescimento. Em 2019, eram 1,9 milhão de ocupados.

“Durante a pandemia, temos visto um crescimento ano a ano do número de pessoas ocupadas. O setor da construção impulsionou o emprego dentro do país. Isso mostra a relevância da indústria da construção na economia”, avalia o analista do IBGE.

Para ter noção do quão díspar essa tendência positiva de emprego na construção ficou do restante da economia durante a pandemia, nos anos de 2021 e 2022, enquanto crescia a ocupação no setor, o país vivenciava taxas de desemprego próximas a 15%, um recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE.

Valores

Apesar de alta no emprego durante a pandemia, a pesquisa sobre a indústria da construção revela que houve queda no nível do salário médio mensal. Em 2019, a remuneração média era de 2,3 salários mínimos, terminando 2022 em 2,2 salários mínimos – ligeira recuperação ante 2021 (2,1 salários mínimos). Cada ano considera o respectivo valor do salário mínimo. Em 2022, por exemplo, o valor era R$ 1.212.

O levantamento mostra que havia 174,7 mil empresas no setor, que pagaram R$ 79,6 bilhões em salários e outras remunerações para os 2,3 milhões de trabalhadores.

Ao somar todas as incorporações (empreendimentos imobiliários que partem do zero), obras e serviços de construção executados em 2022, o IBGE chega ao valor de R$ 439 bilhões.

 

A pesquisa divide esse montante em três grandes grupos. O maior deles é o de construção de edifícios, que movimentou R$ 186,1 bilhões. Em seguida, veem obras de infraestrutura (R$ 147,8 bilhões), como rodovias, ferrovias e transporte por dutos, e o grupo serviços especializados para construção (R$ 105,1 bilhões), que engloba instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento e demolição.

Construção de edifícios é também o grupo que mais emprega, com 862,8 mil pessoas, seguido por serviços especializados (770,3 mil) e obras de infraestrutura (684,7 mil).

Observando a proporção de cada um desses três grandes grupos na indústria da construção, percebe-se que o de obras de infraestrutura perdeu participação desde 2007, quando começa a série histórica do IBGE. Na época, respondia por 45,6%, chegando a 33,7% em 2022.

Já o grupo construção de edifícios, que em 2007 era o segundo mais importante (38,8% de participação), passou a ser o de maior participação desde 2011. Em 2022, respondia por 42,4%.

O grupo serviços especializados sempre figura como o terceiro de maior proporção, porém é o que mais cresceu nos últimos anos. Em 2007 representava 15,6%, terminando 2022 em 23,9%.

Regiões e estados

A Região Sudeste concentrava em 2022 praticamente metade do valor das incorporações, obras e serviços de construção (49,5%), nível abaixo dos 52,3% registrados em 2013.

No período, a região que ganhou mais volume foi a Sul, que saltou de 12,2%, em 2013, para 16,7%, em 2022.

O analista Marcelo Miranda acrescenta que os efeitos da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul neste mês de maio poderão ser observados em edições futuras da Pesquisa Anual da Indústria da Construção.

“Ainda não temos esses dados de 2024 nas pesquisas estruturais, mas é importante ter esse valor histórico para poder estabelecer um patamar e, futuramente, discutir as consequências do que aconteceu especificamente na indústria da construção.”

No intervalo de dez anos, São Paulo figura como principal estado em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção. O Rio de Janeiro perdeu a segunda posição para Minas Gerais. A Bahia caiu de quarto para quinto. Já Pernambuco, que era o quinto em 2013, aparece em 2022 no 11º lugar. Na contramão, o Paraná saltou da sétima para a quarta posição.

Público x privado

Outro cenário revelado pela pesquisa é o fato de o setor público perder relevância na indústria da construção em dez anos, passando de 33,7% de participação em 2013 para 30,2% em 2022.

Apesar da queda nesse intervalo, 2022 representa um crescimento de 4,1 pontos percentuais ante 2021.

Já a relevância do setor privado saltou de 66,3% em 2013 para 69,8% em 2022. Desde 2020, a iniciativa privada representa mais da metade inclusive na atividade de obras de infraestrutura, o que inclui obras para setores como energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos.

Para o analista da pesquisa, Marcelo Melo, a explicação para o ganho de importância do setor privado nesse tipo de atividade passa pelas parcerias público-privadas (PPP).

“Antes o governo fazia tudo por conta própria e, hoje em dia, costuma atrair parceria público-privada por meio de licitações, fazendo um ganho de participação desse demandante [setor privado].”

Custos e concentração

O levantamento do IBGE detalha que praticamente metade (48,3%) dos custos da indústria da construção é referente ao gasto com pessoal, seguido por consumo de materiais de construção (37,4%) e obras e serviços contratados a terceiros (14,3%).

Uma mudança exposta pela pesquisa é a redução no grau de concentração. As oito maiores empresas do setor tinham 10,1% de participação em 2013. Após dez anos, o índice caiu para 3,5%, o menor valor da série histórica.

Minha Casa, Minha Vida aumenta vendas e lucros da construção civil

O Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) ajudou significativamente o setor da construção civil para aumentar, em 6%, as vendas de unidades residenciais no primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o total de imóveis vendidos passou de 76.794 unidades para 81.376 neste ano. Já o percentual de residências do MCMV no total comercializado passou passou de 33,7% em 2023, para 38,59%.

Nos últimos 12 meses foram vendidas 331.311 unidades, número 3,9% maior que nos 12 meses anteriores, quando foram comercializadas 318.973 unidades. Os dados são da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º Trimestre de 2024, divulgada nesta segunda-feira (27) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O estudo abrange 220 cidades, incluindo as 27 capitais e as principais regiões metropolitanas do país.

Sinal positivo

“Se em unidades vendidas, nós estamos com 6% a mais, em valores estamos com 12,5% a mais nos últimos 12 meses. Trata-se de um bom sinal para o restante do ano, pois os demais trimestres costumam concentrar mais vendas”, disse o economista Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) Celso Petrucci ao anunciar os números.

No primeiro trimestre deste ano, foram comercializadas 31.407 unidades do programa MCMV – quase 6 mil unidades a mais do que o resultado (25.882 unidades) observado no primeiro trimestre de 2023.

Petrucci explica que, também na comparação com 2023, o mercado tem respondido positivamente aos “avanços promovidos no MCMV”, apresentando “grande diferença” de resultados em relação ao que vinha acontecendo no primeiro semestre de 2023. Os lançamentos do MCMV cresceram 24,7% (de 21.207 para 26.439 unidades) e as vendas cresceram 21,3%, na mesma base de comparação.

“O aumento das vendas, de fato, foi impulsionado pelo MCMV. Isso mostra que o programa vem respondendo bem desde os avanços de julho de 2023”, disse o economista ao lembrar que essa situação veio após “um período de desencadeamento” do programa, observado antes de 2022.

Até então, a participação do MCMV era de quase 50% no mercado dessas 220 cidades. “Chegou a cair para 31% no segundo trimestre do ano passado, mas as mudanças feitas em julho de 2023 deram resultado, e já vemos uma tendência de estar muito mais próximo de 50% das unidades em lançamento. Estamos voltando aos patamares que tínhamos antes do programa se mostrar desenquadrado e, vamos dizer, atrasado em relação às curvas de subsídio e aos limites operacionais”, acrescentou.

Em julho do ano passado, o governo mudou as regras do programa, aumentando o subsídio para aquisição de imóveis e reduzindo a taxa de juros para famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa.

O presidente da CBIC, Renato Correia, disse ter recebido muitos retornos positivos de prefeitos e parlamentares, no sentido de ampliar a abrangência ao programa. “Nas conversas que tive com eles, tenho observado acenos no sentido de fortalecer o movimento habitacional do país. É um setor muito importante para várias coisas. Hoje nós estamos com 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada na construção civil”, argumentou.

Minha Casa, Minha Vida aumenta vendas e aquece construção civil

O Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) ajudou significativamente o setor da construção civil para aumentar, em 6%, as vendas de unidades residenciais no primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o total de imóveis vendidos passou de 76.794 unidades para 81.376 neste ano. Já o percentual de residências do MCMV no total comercializado passou passou de 33,7% em 2023, para 38,59%.

Nos últimos 12 meses foram vendidas 331.311 unidades, número 3,9% maior que nos 12 meses anteriores, quando foram comercializadas 318.973 unidades. Os dados são da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º Trimestre de 2024, divulgada nesta segunda-feira (27) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O estudo abrange 220 cidades, incluindo as 27 capitais e as principais regiões metropolitanas do país.

Sinal positivo

“Se em unidades vendidas, nós estamos com 6% a mais, em valores estamos com 12,5% a mais nos últimos 12 meses. Trata-se de um bom sinal para o restante do ano, pois os demais trimestres costumam concentrar mais vendas”, disse o economista Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) Celso Petrucci ao anunciar os números.

No primeiro trimestre deste ano, foram comercializadas 31.407 unidades do programa MCMV – quase 6 mil unidades a mais do que o resultado (25.882 unidades) observado no primeiro trimestre de 2023.

Petrucci explica que, também na comparação com 2023, o mercado tem respondido positivamente aos “avanços promovidos no MCMV”, apresentando “grande diferença” de resultados em relação ao que vinha acontecendo no primeiro semestre de 2023. Os lançamentos do MCMV cresceram 24,7% (de 21.207 para 26.439 unidades) e as vendas cresceram 21,3%, na mesma base de comparação.

“O aumento das vendas, de fato, foi impulsionado pelo MCMV. Isso mostra que o programa vem respondendo bem desde os avanços de julho de 2023”, disse o economista ao lembrar que essa situação veio após “um período de desencadeamento” do programa, observado antes de 2022.

Até então, a participação do MCMV era de quase 50% no mercado dessas 220 cidades. “Chegou a cair para 31% no segundo trimestre do ano passado, mas as mudanças feitas em julho de 2023 deram resultado, e já vemos uma tendência de estar muito mais próximo de 50% das unidades em lançamento. Estamos voltando aos patamares que tínhamos antes do programa se mostrar desenquadrado e, vamos dizer, atrasado em relação às curvas de subsídio e aos limites operacionais”, acrescentou.

Em julho do ano passado, o governo mudou as regras do programa, aumentando o subsídio para aquisição de imóveis e reduzindo a taxa de juros para famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa.

O presidente da CBIC, Renato Correia, disse ter recebido muitos retornos positivos de prefeitos e parlamentares, no sentido de ampliar a abrangência ao programa. “Nas conversas que tive com eles, tenho observado acenos no sentido de fortalecer o movimento habitacional do país. É um setor muito importante para várias coisas. Hoje nós estamos com 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada na construção civil”, argumentou.

Leite anuncia construção de 538 casas para vítimas das chuva no RS

As famílias que perderam tudo nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul já podem sonhar com um novo lar. Os termos de compromisso que permitirão iniciar a construção de 538 casas definitivas, em cidades dos vales do Taquari, Rio Pardo, Caí e Paranhana, foram assinados pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nesta quinta-feira (23).

O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante entrevista à imprensa. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Trezentas residências de 44 metros quadrados (m²) serão construídas no âmbito do programa estadual A Casa É Sua, por meio do qual o governo gaúcho disponibilizará R$ 41,8 milhões do Tesouro estadual. Os imóveis beneficiarão pessoas que perderam suas moradias e que forem selecionadas pelas prefeituras de Muçum, onde serão erguidas 56 casas definitivas, além de Cruzeiro do Sul (40); Estrela (40); Venâncio Aires (40); Encantado (35); Roca Sales (35); Lajeado (30) e Santa Teresa (24).

Doações

Outros 238 imóveis serão viabilizados por doações. A Construtora Inova, cuja sede fica em Jacupiranga, em São Paulo, doará 200 unidades de 36 m² cada, a um custo de R$ 22 milhões. Destas, 100 casas serão construídas em Cruzeiro do Sul, 50 em Igrejinha e 50 em São Sebastião do Caí. Outras 38 moradias de 44 m² serão erguidos em Arroio do Meio, graças a R$ 5 milhões doados pelo Ministério Público (MP) estadual.

A previsão é que todas as 538 casas fiquem prontas em 120 dias a contar da conclusão da preparação do terreno. De acordo com suas possibilidades, os municípios deverão oferecer o terreno, em áreas não-alagáveis, e disponibilizar a infraestrutura local. Segundo o governo estadual, a iniciativa visa oferecer um lar seguro e digno, com toda a infraestrutura necessária, para as famílias que perderam suas residências com as inundações.

“Elas começam a ser construídas já nos próximos dias, especialmente no Vale do Taquari”, assegurou o governador Eduardo Leite durante a cerimônia de assinatura dos contratos, esta manhã, em Estrela, município do Vale do Taquari, a cerca de 110 quilômetros de Porto Alegre.

“Vamos dar toda ênfase não só para que tenhamos abrigos [públicos] com a qualidade que essas pessoas [desalojadas demandarão] pelos próximos meses, mas também para proporcionar um recomeço, uma moradia definitiva, para as pessoas atingidas”, acrescentou Leite.

Ainda segundo Leite, a iniciativa habitacional se insere no chamado Plano Rio Grande, de reconstrução dos danos socioeconômicos causados por eventos climáticos extremos que afetaram o estado a partir de 2023. O governo estadual garante já ter aplicado cerca de R$ 658 milhões em ações do programa. E promete anunciar, em breve, outras iniciativas, incluindo a ampliação da construção de casas e linhas de financiamento para a aquisição e reforma de imóveis. Pelo mais recente boletim da Defesa Civil estadual, há, em todo o estado, 65.762 pessoas em abrigos.

Leite anuncia construção de 538 casas para vítimas das chuva no RS

Uma parte das famílias que perdeu tudo nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul já pode sonhar com um novo lar. Os termos de compromisso que permitirão iniciar a construção de 538 casas definitivas, em cidades dos vales do Taquari, Rio Pardo, Caí e Paranhana, foram assinados pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nesta quinta-feira (23). Em todo o estado, 65.762 pessoas estão em abrigos.

O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante entrevista à imprensa. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Trezentas residências de 44 metros quadrados (m²) serão construídas no âmbito do programa estadual A Casa É Sua, por meio do qual o governo gaúcho disponibilizará R$ 41,8 milhões do Tesouro estadual. Os imóveis beneficiarão pessoas que perderam suas moradias e que forem selecionadas pelas prefeituras de Muçum, onde serão erguidas 56 casas definitivas, além de Cruzeiro do Sul (40); Estrela (40); Venâncio Aires (40); Encantado (35); Roca Sales (35); Lajeado (30) e Santa Teresa (24).

Doações

Outros 238 imóveis serão viabilizados por doações. A Construtora Inova, cuja sede fica em Jacupiranga, em São Paulo, doará 200 unidades de 36 m² cada, a um custo de R$ 22 milhões. Destas, 100 casas serão construídas em Cruzeiro do Sul, 50 em Igrejinha e 50 em São Sebastião do Caí. Outras 38 moradias de 44 m² serão erguidos em Arroio do Meio, graças a R$ 5 milhões doados pelo Ministério Público (MP) estadual.

A previsão é que todas as 538 casas fiquem prontas em 120 dias a contar da conclusão da preparação do terreno. De acordo com suas possibilidades, os municípios deverão oferecer o terreno, em áreas não-alagáveis, e disponibilizar a infraestrutura local. Segundo o governo estadual, a iniciativa visa oferecer um lar seguro e digno, com toda a infraestrutura necessária, para as famílias que perderam suas residências com as inundações.

“Elas começam a ser construídas já nos próximos dias, especialmente no Vale do Taquari”, assegurou o governador Eduardo Leite durante a cerimônia de assinatura dos contratos, esta manhã, em Estrela, município do Vale do Taquari, a cerca de 110 quilômetros de Porto Alegre.

“Vamos dar toda ênfase não só para que tenhamos abrigos [públicos] com a qualidade que essas pessoas [desalojadas demandarão] pelos próximos meses, mas também para proporcionar um recomeço, uma moradia definitiva, para as pessoas atingidas”, acrescentou Leite.

Ainda segundo Leite, a iniciativa habitacional se insere no chamado Plano Rio Grande, de reconstrução dos danos socioeconômicos causados por eventos climáticos extremos que afetaram o estado a partir de 2023. O governo estadual garante já ter aplicado cerca de R$ 658 milhões em ações do programa. E promete anunciar, em breve, outras iniciativas, incluindo a ampliação da construção de casas e linhas de financiamento para a aquisição e reforma de imóveis. Pelo mais recente boletim da Defesa Civil estadual, há, em todo o estado, 65.762 pessoas em abrigos.