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Doença não diagnosticada no Congo põe crianças e desnutridos em risco

 Uma doença misteriosa na República Democrática do Congo está se espalhando principalmente entre as crianças e colocando em risco pessoas gravemente desnutridas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que enviou especialistas à região para investigar o surto.

Em atualização publicada na noite de domingo (8), a OMS disse que 406 casos da doença foram registrados entre 24 de outubro e 5 de dezembro, 31 dos quais resultaram em mortes.

Os sintomas da doença, cuja causa não foi estabelecida, são febre, dor de cabeça, tosse, coriza e dores no corpo. A doença está se espalhando na zona de saúde de Panzi, na província de Kwango, no sudoeste do Congo.

Todos os casos graves foram registrados em pessoas gravemente desnutridas e a maioria dos casos relatados era em crianças, especialmente aquelas com menos de cinco anos de idade, disse a OMS.

“A área é rural e remota, com acesso ainda mais dificultado pela atual estação chuvosa”, acrescentou a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU). “Esses desafios, juntamente com os diagnósticos limitados na região, atrasaram a identificação da causa subjacente.”

O comunicado diz que a malária é comum na área e pode contribuir para os casos. Os especialistas dizem que é possível que mais de uma doença esteja contribuindo para os casos.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Mpox: OMS já confirmou 258 casos de nova variante fora do Congo

A República Democrática do Congo (RDC) notificou, ao longo do ano de 2024, cerca de 18 mil casos prováveis ou suspeitos de mpox e 629 mortes provocadas pela doença – incluindo mais de cinco mil casos e 31 mortes registradas nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, onde a nova variante 1b foi identificada.

“O número de casos reportado da nova variante vem aumentando rapidamente há diversas semanas. Felizmente, relativamente poucas mortes foram registradas ao longo das últimas semanas”, destacou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Dados da entidade mostram ainda 258 casos da variante 1b confirmados no Burundi; quatro em Ruanda; quatro na Uganda; e dois no Quênia, além de um na Suécia e um na Tailândia – as primeiras infecções fora do continente africano. “Também seguimos preocupados com surtos da variante 1a [mais antiga] em outras partes da RDC”, disse Tedros.

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), em Genebra, o diretor-geral da OMS informou ter se reunido com o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, que prometeu US$ 10 milhões para combater o surto na região. “Também me reuni com parceiros globais e locais para tratar da ampliação da vacinação contra outras doenças, incluindo pólio, sarampo e malária”.

Vacina

Tedros destacou que a OMS está se mobilizando para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e em países vizinhos que enfrentam surtos. Segundo ele, os fabricantes de duas vacinas que previnem a doença entregaram à entidade, na última sexta-feira (23), pedidos para uso emergencial das doses.

“Estamos analisando essa documentação o mais rápido possível. A segurança e a eficácia de vacinas são nossas prioridades mais altas. Não pegaremos nenhum atalho”, disse Tedros. “Os dois principais compradores de vacinas para países de baixa renda, Gavi [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização] e Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância], exigem autorização da OMS para uso emergencial em países que ainda não possuem autorização local”, acrescentou.

“A necessidade de autorização da OMS para uso emergencial, entretanto, não é uma barreira na RDC. A agência reguladora do país aprovou ambas as vacinas contra a mpox em junho deste ano e o governo apelou por doações de doses por parte de países de alta renda”, destacou o diretor.

Testagem, medicamentos e pesquisas

Segundo Tedros, a OMS solicitou, nessa quinta-feira (29), que fabricantes de testes para diagnóstico de mpox também submetessem manifestações de interesse para uso emergencial. “Hoje, recebemos a primeira expressão de interesse”, disse.

“Nos últimos dois dias, promovemos encontros com pesquisadores para identificar prioridades nas pesquisas sobre mpox e auxiliar numa abordagem coordenada e colaborativa para o desenvolvimento de vacinas, testes e medicamentos”, completou. “É importante destacar que, apesar de serem uma ferramenta poderosa, as vacinas não são a única ferramenta de combate à mpox.”

O diretor-geral da OMS lembrou que o surto da nova variante 1b acontece em uma das regiões mais pobres e inseguras da RDC, dificultando a reposta contra a doença. “O que essa região da RDC precisa, mais do que qualquer outra coisa, é de uma solução política para a insegurança, sobretudo no leste”.

Congo tem mais de 18 mil casos e 615 mortes por mpox

A República Democrática do Congo (RDC) já contabiliza, este ano, mais de 18 mil casos de mpox, além de 615 mortes provocadas pela doença. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26), em Brazzaville, pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante abertura da reunião do comitê africano da entidade.

“Há uma preocupação particular com a rápida transmissão da nova variante do vírus que causa a mpox, a variante 1b. No mês passado [em julho], mais de 220 casos da variante 1b foram reportados em quatro países vizinhos ao Congo e [eles] não haviam registrado casos da doença até então: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda”, disse.

Nova variante

Em seu pronunciamento, Tedros lembrou que casos da nova variante da mpox já foram confirmados também na Suécia e na Tailândia – os primeiros fora do continente africano. Os pacientes, segundo ele, tinham histórico de viagem por países que enfrentam surtos da doença, sem especificar por quais localidades eles passaram.

“Mas a variante 1b não é nossa única preocupação. Casos de outras variantes também foram reportados este ano na parte ocidental da RDC, assim como em Camarões, na República Central da África, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo e África do Sul. É um cenário complexo e dinâmico.”

“Responder a cada um desses surtos e controlá-los vai exigir uma resposta internacional complexa e coordenada. Por isso, decidi declarar emergência em saúde pública de importância internacional”, destacou Tedros.

Durante a reunião de hoje, o diretor-geral da OMS voltou a estimar que serão necessários US$ 135 milhões ao longo dos próximos seis meses para implementar um plano de resposta capaz de combater a disseminação da doença. A cifra já havia sido anunciada na semana passada em reunião com estados-membros da OMS.

Vacina

Ainda segundo Tedros, na última sexta-feira (23), a OMS recebeu “informações necessárias por parte de um dos fabricantes” para analisar mais uma possível vacina contra a mpox. “Esperamos ter uma lista [de doses] para uso emergencial nas próximas três semanas”, destacou.

E acrescentou: “Estou confiante de que, por meio da liderança coordenada de países afetados e do apoio da OMS em todos os seus níveis e de parceiros como o CDC África [Centro de Controle e Prevenção de Doenças], podemos ter essa epidemia sob controle rapidamente, como já fizemos com vários outros surtos em anos recentes. Aprendemos lições valiosas por meio de nossas experiências com ebola, covid-19 e outras doenças”, concluiu. 

Ocupação Manoel Congo, no Rio, deve ser regularizada ainda em 2024

Nas paredes de mármore do corredor de entrada, estão fixadas dezenas de papéis com escalas de trabalho. Moradores se revezam de dia e de noite, em turnos de duas horas e meia, para garantir que a portaria nunca fique vazia. Mais do que garantir a segurança do prédio, está em questão o cuidado de um bem coletivo, organizado pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLP) desde 2008.

A Ocupação Manoel Congo fica em um edifício de dez andares na Rua Alcindo Guanabara, número 20, no centro do Rio de Janeiro. É vizinha de parede da Câmara Municipal e está a poucos passos do Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional. Cerca de 40 famílias, ou 128 pessoas, vivem no prédio. Recentemente, a Caixa Econômica Federal anunciou que a regularização definitiva do prédio está próxima e deve acontecer ainda nesse semestre.

Elci da Silva Freitas mora na Ocupação Manoel Congo com os dois filhos – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para quem está lá desde o início da ocupação, quando o prédio ainda pertencia ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), mas estava abandonado há dez anos, é até difícil acreditar que o final feliz está logo ali.

“Tinha muita incerteza no início, foi uma luta muito difícil. Mas valeu a pena, a gente conseguiu. Hoje estamos aqui felizes com a nossa casinha quase pronta. A expectativa é boa, mas também tem uma ansiedade para concluir o que a gente lutou até agora”, confidenciou Elci da Silva Freitas, que mora em um apartamento com os dois filhos.

Elci entrou no movimento de luta por moradia a convite de uma amiga. Antes de ir para a ocupação, ela morava na favela do Cantagalo. Era uma casa própria, mas as condições eram tão difíceis que começaram a afetar a saúde dela.

“Lá era muito perigoso, eu via muita violência. Morava em um lugar onde os bandidos matavam embaixo da minha varanda. Depois de ver tanta coisa acontecendo, passei até a sofrer do coração. Eu cheguei a fazer duas cirurgias. Mas a ocupação foi uma tranquilidade para mim. Porque aqui estamos no meio de amigos”, afirma Elci. “A gente também passa a enxergar melhor a necessidade do povo. No centro, tem tudo. Mas quem mora na Baixada Fluminense, por exemplo, sofre muito. Sai de madrugada para trabalhar, não sabe que horas volta, se o ônibus ou o metrô vai quebrar. É um povo sofrido.”

Wilson Azevedo mora há cinco anos na Ocupação Manoel Congo – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Wilson Azevedo tem 72 anos e vive em um apartamento com a mãe de 93 anos. Também morou na favela do Cantagalo por muito tempo. Por incentivo do irmão, passou a frequentar encontros de movimentos sociais e decidiu entrar para o MNLM. Morou um tempo na Ocupação Mariana Crioula, na região da Gamboa, até mudar há cinco anos para a Manoel Congo.

“Uma das coisas mais importantes que encontrei aqui no movimento, que mais gostei, foi saber que eu teria que me responsabilizar pelo filho do próximo, que cada um ia cuidar do filho do outro, e que cada um estaria seguro na mão do outro para caminhar. E só assim conseguimos chegar aonde nós queríamos”, afirma Wilson. “Aqui é uma família. Nós estamos sempre nos preocupando um com o outro. E a luta é grande nessa coordenação. Não vamos deixar ninguém para trás.”

Elisete da Silva Napoleão, de 58 anos, é uma das lideranças da Ocupação Manoel Congo. No apartamento dela, vivem o marido, um filho e uma neta. Ela conta que a maior motivação para participar do movimento foi o sentimento de exclusão quando morava em favela.

Para Elisete da Silva Napoleão, o desfecho da Ocupação Manoel Congo não pode ser um caso isolado – Tânia Rêgo/Agência Brasil

“Quando você luta por uma moradia digna, principalmente nas áreas com maior estrutura como o centro, você está dizendo que o trabalhador tem direitos e eles precisam ser garantidos”, afirma Elisete.

“Na favela, você não se sente parte da cidade. Parece que é um mundo à parte. O Rio de Janeiro é uma cidade excludente. Não tem política de habitação. Por isso que vim morar na ocupação. Aqui, não ficamos subjugados à lei do tráfico. O que mais me irritava era querer sair de casa para trabalhar e não conseguir por causa de tiroteio”, completa.

Para Elisete, regularizar a Manoel Congo não é o capítulo final dessa história. É um marco de que é possível conquistar o direito básico à moradia, que deveria ser garantido para toda a população.

“Quando é que nós teríamos dinheiro para comprar um apartamento nesse local? Nem que eu trabalhasse a vida toda conseguiria. A ficha não caiu totalmente. Até porque aparecem sempre novos desafios. Depois de regularizar, vamos seguir com as outras lutas. Não pode ser um modelo isolado. Queremos políticas públicas de habitação que atendam todos aqueles milhões que não têm casa”, disse Elisete.

Maria de Lourdes Lopes, conhecida como Lurdinha, tem 68 anos, e também está entre as líderes da Ocupação Manoel Congo. Nascida em Minas Gerais, viveu em favelas de Volta Redonda e depois se mudou para o Rio de Janeiro. Ela corrobora o discurso de Elisete, de que a vitória do movimento é um primeiro passo de uma luta que ainda tem muita estrada pela frente.

Maria de Lourdes Lopes é moradora da Ocupação Manoel Congo e coordenadora do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) – Tânia Rêgo/Agência Brasil

“A gente colocou mais de 40 famílias pobres no coração do Rio de Janeiro. E ninguém conseguiu tirar a gente daqui. Até hoje tentam, mas não conseguem. É uma alegria, é uma cerca que a gente cortou. Estamos mostrando que é possível. Tem solução. Basta o poder público ter o compromisso de mudar essa situação”, disse Lurdinha.

“Precisamos pegar essa referência e transformar em política pública universalizante. Não é fazer mais casa, alimentar a indústria da construção civil. É garantir que quem não tem condições de pagar por uma moradia possa ter esse direito. Se não vira só mais um caso. Dá alguma repercussão e depois não se fala mais. Imóveis públicos não utilizados ou mal utilizados precisam ser colocados à disposição do trabalhador. Imóvel precisa garantir a função social da propriedade. Ela precisa estar submetida ao bem comum”, complementou.

Situação jurídica

Segundo a Caixa Econômica, a Ocupação Manoel Congo foi contratada no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida Faixa I – Entidades, com a Entidade Organizadora Associação de Apoio à Moradia, sob o regime de Autogestão – administração direta, na qual a entidade é responsável pelas obras. Elas foram financiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Social (administrado pela Caixa), no valor de R$ 3,8 milhões. Cada unidade habitacional custou cerca de R$ 91 mil.

O edifício foi dividido em 42 apartamentos, sendo 20 de um quarto e 22 de dois quartos, além de sala, cozinha e banheiro, contando também com uma área comum. A Caixa também afirmou que, durante a conclusão das obras, a entidade teve dificuldades em legalizar o empreendimento e alguns serviços não evoluíram.

Com a regulamentação da Portaria 146/2023 do Ministério das Cidades “surgiu a possibilidade de a Entidade pleitear suplementação de recursos junto ao Ministério para finalização dos serviços e a legalização, porém está em tramitação.  Assim, com a finalização dos serviços faltantes e obtenção dos documentos legais, como o Habite-se, será possível realizar os trâmites de regularização necessários junto ao cartório de registro de imóveis”.

Crise humanitária no leste do Congo: confrontos e deslocamentos alcançam níveis críticos

Conflitos entre as FARDC e M23

24 de fevereiro de 2024

 

Os confrontos intensificam-se no Leste da República Democrática do Congo (RDC), elevando a crise humanitária a níveis críticos. Deslocações generalizadas e riscos crescentes para mulheres e crianças são resultados dessa situação. Mais de 200,000 pessoas foram recentemente deslocadas de Sake e de assentamentos próximos na província de Quivu do Norte devido aos combates recentes. Esse número soma-se aos mais de 6 milhões de deslocados atualmente na RDC, sendo mais de 80% atribuídos a conflitos, principalmente na região oriental, que representa 97% do deslocamento total.

O Diretor Nacional da CARE RDC, Sidibe Kadidia, alerta para a catástrofe no Leste da RDC, destacando os riscos para milhões de vidas, especialmente mulheres e crianças. O aumento constante de casos de desnutrição, doenças e violência contra mulheres e jovens requer uma ação imediata para atender às necessidades humanitárias urgentes, incluindo acesso a alimentos, água, cuidados de saúde e serviços de proteção.

Desde janeiro de 2024, a crise agravou-se com a propagação dos confrontos pelas aldeias próximas à fronteira com o Quivu do Sul, forçando as pessoas a fugir para Goma. O influxo de deslocados sobrecarrega os recursos, resultando em aumento nos preços dos alimentos devido à interrupção das rotas. Antes do conflito, 2.8 milhões de crianças enfrentavam subnutrição, agora sofrem perturbações na educação e saúde. Estima-se que 1.1 milhões de crianças e 605,000 mulheres enfrentem desnutrição aguda. Crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas ou lactantes são particularmente vulneráveis. Além disso, o conflito causou danos significativos e vítimas civis.

A violência baseada no género (VBG) está em ascensão, aumentando os riscos para mulheres e jovens. A falta de acesso a alimentos leva a mecanismos negativos de sobrevivência, como sexo transacional e mendicância por alimentos, aumentando o risco de exploração e abuso. Desde a escalada de violência em 2023, o número de vítimas de violência sexual continua a crescer.

Com a escalada do conflito, a região enfrenta precipitações intensas e inundações, resultando em um saldo de mais de 300 óbitos e afetando cerca de 1.8 milhão de pessoas. Essa situação agrava as fragilidades da população com recursos limitados para acesso à água e saneamento e há relatos de um surto de cólera. A possível propagação ao longo da rota para Goma e dos assentamentos de deslocados internos é uma preocupação séria, demandando medidas imediatas para conter o aumento do risco de surto de cólera devido à sobrecarga das instalações sanitárias.

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ONU afirma que inundações na República do Congo deixam 350 mil necessitados

21 de janeiro de 2024

 

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) afirmou na sexta-feira que as piores inundações em seis décadas na República do Congo deixaram mais de 350 mil pessoas necessitadas de assistência humanitária.

Falando numa conferência de imprensa na sede da agência em Genebra, porta-voz Jens Laerke disse aos jornalistas que as inundações causadas pelas fortes chuvas no final do ano passado criaram uma situação sem precedentes, em que nove das 12 províncias do país ficaram “debaixo de água”, afetando 1,8 milhões de pessoas.

Laerke disse que as inundações deixaram as comunidades sem abrigo ou acesso a serviços primários de saúde. “Aldeias, escolas e instalações de saúde foram inundadas e muitos pontos de água e instalações de saneamento já não funcionam”, disse.

A avaliação do OCHA indicou que mais de 350 mil pessoas no país necessitam de assistência de emergência, mas o porta-voz da agência disse que muitas das aldeias só podem ser alcançadas por barco ou canoa.

Laerke disse que a ONU alocou 3,6 milhões de dólares do seu fundo central de resposta a emergências para atender às necessidades mais prementes do país. Ele também apelou à comunidade internacional por fundos adicionais para enfrentar a crise.

As chuvas acima da média durante o último semestre de 2023 na República do Congo, na vizinha República Democrática do Congo, no Quênia e noutros países da África Central e Oriental causaram inundações devastadoras e deixaram centenas de mortos e milhares de desalojados.

As autoridades culparam o evento climático El Nino pelas chuvas excecionalmente fortes na região.