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Força-tarefa inicia demolição de condomínio na Favela da Maré, no Rio 

A Secretaria de Ordem Pública, órgão da prefeitura do Rio de Janeiro, iniciou nesta terça-feira (13) a demolição de um condomínio, com mais de 40 construções irregulares no Parque União, uma das 16 comunidades, que compõem o Complexo da Maré, zona norte da cidade. A operação foi feita com apoio das Polícias Civil e Militar, além do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual. 

Cerca de 90% dos imóveis ainda estão em fase de alvenaria e desocupados. Eles foram erguidos sem autorização da prefeitura e não têm responsável técnico pelas obras. Engenheiros da prefeitura estimam prejuízo de R$ 30 milhões aos responsáveis pelas construções.

De acordo com investigações da Polícia Civil, as construções irregulares são o resultado de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas local. No início de julho, agentes da Secretaria de Ordem Pública estiveram no local e notificaram todas as estruturas.

Duas coberturas foram avaliadas em R$ 5 milhões. Uma delas possui dois andares, acabamento em mármore e porcelanato e uma área de lazer com churrasqueira e uma piscina de 40 mil litros de água. Já a outra construção tem quatro andares, acabamento de luxo, jacuzzi e closet, além de uma piscina com cascata e churrasqueira. 

As investigações apontam que o Parque União é utilizado há anos na construção e abertura de empreendimentos para lavar o dinheiro oriundo do comércio de drogas. Segundo os agentes da Polícia Civil, foi constatada a participação de funcionários de órgãos representativos da comunidade no esquema.

Impactos

A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que, na região do Complexo da Maré, 22 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais para demolição das construções irregulares no Parque União.

A Secretaria Municipal de Saúde informou, em nota, que a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspendeu o funcionamento na manhã de hoje. A Clínica da Família Diniz Batista dos Santos manteve o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, foram suspensas.

Já a Secretaria de Estado de Saúde informa que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo da Maré funciona normalmente, sem interrupção no atendimento à população.

SP: Justiça determina que agressora de humorista deixe condomínio

A Justiça de São Paulo determinou que a aposentada Elisabeth Morrone e o filho devem deixar o condomínio onde moram na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, depois de se envolverem em um episódio de racismo contra o humorista e músico Eddy Júnior, em outubro de 2022. Elizabeth e o filho têm 90 dias desde a data de publicação da sentença no Diário Oficial (16).

Segundo a decisão da juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível, ambos devem deixar o condomínio por terem comportamento antissocial. Caso não cumpram a decisão, podem ser retirados do prédio “sob pena de adoção das medidas coercitivas pertinentes”, diz a decisão.

A expulsão dos moradores foi um pedido da administração do Condomínio United Home & Work – Home, em processo no qual a aposentada pedia indenização e cancelamento de multas devido aos problemas daquele período. Os moradores também haviam decidido, em assembleia, que mãe e filho se mudassem do prédio.

“O comportamento antissocial em questão restringe o direito de propriedade dos demais condôminos do edifício. E a impossibilidade de se conviver harmonicamente no condomínio permite que os condôminos adotem medidas de restrição ao direito de propriedade do antissocial, além daquelas previstas no Artigo 1.337 do Código Civil”, disse a juíza.

Como Elizabeth Morrone é proprietária do apartamento, mesmo sendo expulsa, mantém o direito de propriedade e pode alugar ou vender o imóvel. Além da expulsão, a aposentada recebeu duas multas, no valor de R$ 1.646,13 e R$ 5.259,6. Elizabeth pediu indenização de R$ 50 mil contra o condomínio por danos morais e a anulação das multas, mas acabou condenada a deixar o prédio.

Ela e o filho se tornaram réus em julho de 2023 por crime de ameaça contra Eddy Jr. no condomínio onde moram, em São Paulo, além de ser processada por injúria racial e agressão, por ter chamado o humorista de “macaco” e “ladrão, sujo e imundo”. Os dois também foram à porta do apartamento de Edy, que era no mesmo andar portanto uma garrafa e uma faca.

A reportagem da Agência Brasil tenta contato com a defesa de Morrone.

Obra de Metrô abre cratera em condomínio da zona norte de São Paulo

A obra para construção da futura estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado da linha 6-laranja do metrô abriu uma cratera em um condomínio na zona norte da capital paulista, na Avenida Ministro Petronio Portela, na Freguesia do Ó.

Segundo a Linha Uni, concessionária responsável pela linha 6-laranja, um trecho da avenida precisou ser parcialmente interditado, no sentido norte, por causa da cratera. “O local já estava isolado como medida preventiva e a região já era monitorada devido a esta condição atípica do solo e sua interface com as escavações do túnel com a tuneladora norte. As equipes técnicas do projeto e da Concessionária Linha Uni já se encontram no local e neste momento não há indicativo de riscos às edificações no entorno”, informou a concessionária.

Esta é a segunda vez que uma cratera é aberta por causa das obras de construção da linha 6-laranja. Em 2022, um acidente nas obras da linha laranja do metrô abriu uma cratera na pista local da Marginal Tietê.

Com 15 km de extensão e 15 estações, a linha 6-laranja de metrô de São Paulo vai ligar o bairro da Brasilândia, na zona norte da capital, à Estação São Joaquim, na região central da cidade. 

A previsão é que a linha transporte cerca de 630 mil passageiros por dia.