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Mundial de Clubes: Praia e Tianjin, da China, duelam em semi no sábado

O Praia Clube confirmou nesta sexta-feira (20) a classificação às semifinais do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino, em Hangzhou (China), e será a única equipe brasileira remanescente na competição. O time de Uberlândia  ganhou duas de três partidas na fase de grupos, e teve hoje (20) a vaga confirmada após o Conegliano (Itália), líder do Grupo B, cravar a terceira vitória seguida. Os italianos aplicaram 3 sets a 0 (25/21, 25,20 ) no Red Rockets (Japão), que foi eliminado do torneio, com apenas um triunfo na primeira fase.

O Praia volta à quadra às 4h (horário de Brasília) deste sábado (20) contra o invicto Tianjin (China), dono da casa. O duelo tem transmissão ao vivo no site da Federação Internacional de Vôlei (Volleyball World). A equipe busca vaga inédita na final. Nesta edição, o Praia estreou com derrota para o Congegliano por 3 sets a 0 (25/20, 25/15 e 25/15) e na última quinta (19) superou Ninh Binh (Vietnã) por por 3 sets a 0 (25/15, 25/17 e 25/12). As melhores campanhas do clube no Mundial ocorreram  ano passado e em 2018: em ambas as edições o Praia terminou na quarta posição.   

A outra semifinal, um clássico do vôlei italiano, também será no sábado (21).  Conegliano e Vero Volley Miano, vice-líder do Grupo A, duelam às 8h30. Os vencedores das semis disputarão o título no às 8h30 de domingo (22) e os que perderem competirão antes, às 4h, pela terceiro lugar.

Os adversários do Praia Clube nas semifinais eliminaram hoje (20) o Minas, que também disputava a fase de grupos. O clube de Belo Horizonte foi derrotado pelo Tianjin, líder da chave A por 3 sets a 25/19, 25/22 e 25/22) e encerrou a competição em terceiro lugar, com apenas uma vitória: 3 set a 0 sobre o campeão africano Zamaek Sporting Club (Egito).

A oposta Kisy Nascimento, do Minas, empatou com a maior número de acertos – ao todo 22 pontos – com a ponteira chinesa Li Yingying. A brasileira cravou 20 ataques, um bloqueio e um ace. A central Thaisa marcou 10 pontos (quatro bloqueios, três ataques e três aces) e a ponteira Pri Daroit anotou outros 13.

“O Tianjin é um time com atacantes muito fortes, que tem um ataque pesado, e isso acabou dificultando bastante o nosso trabalho,” disse Thaisa. “Poderíamos ter errado menos e causado um pouco mais de dificuldade para elas, mas fizemos o que estava ao nosso alcance”, concluiu a central.

Após revés, Minas e Praia Clube vencem no Mundial de Clubes Feminino

Depois de tropeçarem na estreia, os times brasileiros Minas e Praia Clube venceram nesta quarta-feira (18) os jogos da segunda rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes de vôlei feminino, disputado no Huanglong Sports Center, em Hangzhou (China). Primeira a entrar em quadra, a equipe do Minas ganhou do Zamaek Sporting Club (Egito), campeão africano, por 3 sets a 0 (25/17, 25/21 e 25/14), em partida do Grupo A, que inclui também o Tianjin (China) e Vero Volley Milano (Itália).  Na sequência, o conterrâneo Praia Clube, time de Uberlândia (MG), derrotou o atual campeão asiático Red Rockets (Japão) pelo mesmo placar, com parciais de 25/17, 25/23 e 25/16, em jogo do Grupo B (que tem o italiano Conegliano e o vietnamita Ninh Binh).

CLUB WORLD CHAMPS: PRAIA CLUBE 🇧🇷 3-0 🇯🇵 RED ROCKETS

With an outstanding performance from outside hitter Sofya Kuznetsova, who scored 23 points, Praia Clube swept past the Red Rockets in straight sets. The Brazilian team now faces winless Ninh Binh 🇻🇳 in the final round of pool… pic.twitter.com/2zSESqC7cY

— Volleyball World (@volleyballworld) December 18, 2024

O Praia Clube pode carimbar a classificação à semifinal na madrugada desta quinta (18), se vencer o Ninh Binh (Vietnã), que também sofreu revés na estreia e segue zerado na tabela. O jogo terá início às 4h (horário de Brasília). Apenas os dois primeiros colocados em cada chave avançam no torneio. Após o triunfo de hoje (18), o time de Uberlândia somou os primeiro três pontos, já que perdera a primeira rodada para o Conegliano (3 sets a 0), atual líder do Mundial, com seis pontos. Com a classificação encaminhada, o time italiano, duas vezes campeão do Mundial de Clubes ( enfrenta o bicampeão japonês Red Rockets, na sexta (20), encerrando a fase de grupos.

Já o Minas enfrenta uma situação mais complicada para avançar no torneio. Com os três pontos, o time de Belo Horizonte está empatado na segunda posição do Grupo A com o Vero Volley Milano, para quem perdeu na estreia, por 3 sets a 0.. A equipe brasileira terá pela frente o chinês Tianjin, que lidera a chave, na próxima sexta (20), às 8h30.  Antes, na quinta (19), o Vero Volley Milano encerra a fase de grupos contra o Zamalek, que ainda não pontuou na competição.

O Mundial de Clubes reúne os clubes campeões e vice-campeões continentais em 2024. Os maiores campeões do torneio são os clubes turcos VakifBank (quatro títulos) e o Eczacıbaşı (três), ambos ausentes nesta edição. O últimos dos três títulos do Brasil no Mundial foi conquistado em 2012 pelo Osasco. 

Programação

GRUPO A 

quinta-feira (19) – 8h30 –  Vero Volley Milano (Itália) x Zamalek Sporting Club (Egito)

sexta (20) – 8h30: Tianjin (China) x Minas

GRUPO B

quinta (19) – 4h  – Ninh Binh (Vietnã) x Praia Clube 

sexta (20) – 4h – Conegliano (Itália) x Red Rockets (Japão)

SEMIFINAIS – sábado (21) 

4h – semifinal 1 (1º A x 2º B)

8h30 – semifinal 2 (1º B x 2º A)

FINAL E DISPUTA DE BRONZE – domingo (22) 

4h – partida valendo bronze

8h30 –  decisão do título

Cruzeiro vence italiano Trentino e fatura penta no Mundial de Clubes

O Sada Cruzeiro conquistou o pentacampeonato do Mundial de Clubes de Vôlei ao vencer o Trentino, time italiano que até este domingo (15) era o único maior campeão do torneio com cinco títulos. Os brasileiros bateram os italianos por 3 sets a 1 (parciais de 25/22, 20/25, 25/16 e 25/22) diante de mais de 8 mil torcedores nas arquibancadas da Arena Sabiazinho, em Uberlândia (MG). Foi a segunda vitória do time celeste contra a equipe europeia: na fase de grupos, o Cruzeiro já havia vencido de virada o time italiano no tie-break, por 3 sets a 2.

🏆 CLUB WORLD CHAMPS: SADA CRUZEIRO 🇧🇷5-TIME WORLD CHAMPION! ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐

The Brazilian powerhouse clinched their fifth Club World Championship title, defeating Trentino 🇮🇹 in a thrilling four-set battle in front of a packed arena in Uberlândia 🇧🇷. This was Sada Cruzeiro’s… pic.twitter.com/wq08nOarVR

— Volleyball World (@volleyballworld) December 15, 2024

No embate de gigantes do vôlei mundial, quem mais pontuou em quadra foram Wallace (oposto do Cruzeiro) e Alessandro Michieletto (ponteiro do Trentino). O brasileiro foi o melhor com 23 pontos, contra 21 do italiano.

A campanha do time celeste no Mundial começou pela fase de grupos: terminou na segunda posição da Chave B, ao somar duas vitórias (contra o argentino Ciudad Volley e o italiano Trentino) e uma derrota (para o time iraniano Shahdab). Na semifinal, os brasileiros derrotaram os iranianos do Fooland Sirjan e avançaram à final.

O Mundial reuniu oito times de elite do vôlei mundial. Além do Cruzeiro, o Brasil foi representado pelo dono da , o Praia Clube, que parou na fase de grupos.

Ao final da competição, a Federação Internaconal de Voleyball (Volleyball World, em inglês) premiou os melhores jogadores da competição. Wallace foi escolhido como atleta mais valioso (Most Valuable Player-MVP na sigla em inglês) na posição de oposto. Ao longo da competição, Wallace não só marcou 108 pontos, como foi o jogador que mais somou pontos no ataque (97) e também nos aces (sete).

Os outros três premiados do time celeste pela World Volleybal foram Lucão (melhor central), Alexandre Elias (melhor líbero) e Matheus Brasília (melhor levantador).

Melhores do Mundial de Clubes 2024

MVP: Wallace (Cruzeiro);

Melhor oposto: Wallace (Cruzeiro);

Melhores ponteiros: Alessandro Michieletto (Trentino) e Alireza Abdolhamidi (Foolad Sirjan);

Melhores centrais: Lucão (Cruzeiro) e Marco Pellacani (Trentino);

Melhor levantador: Matheus Brasília (Cruzeiro);

Melhor líbero: Alexandre Elias (Cruzeiro)

Clubes de livros estimulam leitura, vínculos e pensamento crítico

Leitora insaciável desde a adolescência, a escritora, cordelista e poeta Jarid Arraes quis ir além da leitura e da escrita em sua relação com os livros. O desejo de compartilhar seu interesse pela literatura de horror foi o que a levou, no início deste ano, a fundar o Encruzilhada, um clube de leitura dedicado a discutir os mais diversos aspectos que uma boa história de terror pode abordar.

“Queria mostrar para as pessoas que muitas questões complexas, questões sociais e discussões sobre a nossa existência, foram representadas na literatura de horror. Então, criei o clube para me aproximar de outras pessoas que também gostam de horror, mas não só. No clube existem muitas pessoas que até então nunca tinham lido nada de horror”.

Para a escritora e poeta Jarid Arraes os clubes de leitura são importantes porque criam comunidades de leitores que conseguem ampliar o seu alcance e atrair novas pessoas. Foto – Biblioteca de São Paulo/Divulgação

Nascida em Juazeiro do Norte, no Ceará, a autora de Redemoinho em dia quente, Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis e Corpo desfeito compartilha que o cordel, a escola e a internet foram importantes para o seu acesso à literatura. “Fui usando a internet para ter mais acesso, porque na minha cidade não tinha livraria onde eu pudesse comprar livros”.

Os clubes de leitura, para a escritora, são importantes porque criam comunidades de leitores que conseguem ampliar o seu alcance e atrair novas pessoas. Isso porque quem não se interessa na mesma medida pela leitura, ao ver pessoas conhecidas participando de reuniões com outros leitores, pode se interessar e querer fazer parte. “Para mim, então, a coisa mais importante dos clubes de leitura é o fator da comunidade”, afirma.

Clubes de leitura

Segundo a professora do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Marcia Lisbôa Costa de Oliveira, os clubes são historicamente espaços de encontro. Eles ocorrem de forma coletiva e dialógica, mesmo quando são organizados por instituições públicas ou privadas.

“Os clubes de leitura podem aproximar dos livros aqueles que atualmente se posicionam como não-leitores. Ler com um grupo que se reúne a partir de certas afinidades é um grande estímulo também ao desenvolvimento de uma postura crítica diante dos textos e do mundo, pelo contato com diferentes conhecimentos e múltiplos pontos de vista”, ressalta. 

Um exemplo é o Clube de Leitura do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro. O clube, criado durante a pandemia, começou com um pequeno grupo de leitores em 2022. No ano seguinte, de acordo com informações do CCBB, a quantidade de público cresceu 163%, chegando a 1.243 pessoas. Entre março e novembro deste ano, foram aproximadamente 1.100 pessoas participando dos encontros. 

As reuniões ocorrem com mediação e curadoria de Suzana Vargas, autora de Leitura: Uma Aprendizagem de Prazer, que ressalta o potencial dos encontros como atividade cultural.

“O objetivo é despertar as pessoas para o prazer da leitura. Sempre defendi a tese que não importa o suporte da leitura, o importante é que o leitor perceba que ler é prazeroso, que ler é uma questão de formação e aprendizagem”, destaca.

Ao longo de 2024, vários escritores passaram pelo CCBB, sendo os últimos autores Itamar Vieira Junior, de Torto Arado, Salvar o Fogo e Doramar ou a odisseia: Histórias;, Jefferson Tenório, de Estela sem Deus, O Avesso da Pele e De onde eles vêm; e Frei Betto, de Jesus militante: Evangelho e projeto político no Reino de Deus e Jesus rebelde: Mateus, o Evangelho da ruptura.

“Acredito muito na leitura como prazer, então, quando colocamos a leitura no CCBB, tanto na forma de roda de leitura como na forma de clube, estamos colocando a leitura como forma de lazer dentro de um centro cultural”, destaca Vargas. 

Desafios

Conforme a 6⁠ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o país teve uma redução de 6,7 milhões de leitores. Divulgado em 2024, o levantamento realizado pelo Instituto Pró-Livro também trouxe que a proporção de não-leitores foi maior que a de leitores, pela primeira vez na série histórica. Nos três meses anteriores à pesquisa, 53% das pessoas não leram nem parte de um livro — seja impresso ou digital — de qualquer gênero, incluindo livros didáticos e religiosos. Considerando apenas livros inteiros lidos no mesmo período, o percentual foi de 27%.

Um dos principais desafios para a formação de leitores, segundo Jarrid Arraes, é justamente o acesso ao livro. “É conseguirmos transformar a literatura em algo interessante e acessível para todas as pessoas, porque muitas têm ideia que os livros e a literatura são coisas muito intelectuais, muito inalcançáveis e só pessoas de determinada classe podem se relacionar com a literatura”, diz. “Na verdade, acho que já temos muitos exemplos de pessoas que criam literatura que pode ser mais relacionável com as pessoas”, completa.

A cordelista enfatiza a necessidade de demonstrar às pessoas que elas podem se identificar com a literatura, que também pode atuar como entretenimento e divertimento.

“Precisamos tirar a literatura de um pedestal e publicar mais pessoas com mais diversidade, de diferentes regiões do Brasil e que escrevem de maneiras diferentes para existir uma democratização da literatura, começando pelo próprio mercado editorial. Se não conseguimos fazer com que a literatura seja comum e de todos no mercado editorial, como vamos conseguir fazer isso em sociedade?”.

Além da identificação com a literatura, Márcia Oliveira aponta para fatores socioeconômicos, ressaltando características do cotidiano da maioria dos brasileiros. De acordo com a professora, “quem trabalha muito, ganha pouco, passa horas no deslocamento entre casa e trabalho, tem pouco acesso à educação de qualidade e a livros sem custo ou a baixo custo, sejam impressos ou digitais, dificilmente se apropriará da leitura, quando sequer lhe sobra tempo para viver”.

Outro ponto relevante para Márcia é o acesso à renda: apesar de existirem clubes de leitura em espaços que não exigem a aquisição de livros ou o pagamento de mensalidades para participar, fazer parte deles ainda demanda tempo dos leitores, nem sempre abundante. 

“No Brasil, os livros sempre foram e ainda são para poucos. Construir uma cultura de leitura poderia ser uma grande transformação, mas isso leva tempo. Precisamos de políticas de estado que fomentem o acesso à leitura e garantam a disponibilidade de materiais, para além da leitura escolar, assim como da mobilização da sociedade civil organizada para tentar mudar o cenário atual, em que quase metade da população brasileira não tem o direito à leitura garantido”, avalia.

Segundo o 9º Painel de Varejo de Livros no Brasil, produzido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o preço médio do livro no país subiu 12,20%, atingindo R$ 51,48. Em comparação, o salário mínimo em 2024 é de R$ 1.412,00

Incentivo à leitura

A pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro em 208 municípios também trouxe dados sobre o consumo de livros com relação à identidade de gênero, idade e região. Os resultados indicam que maioria dos leitores corresponde ao gênero feminino (50,4%), sendo a faixa etária de 11 a 13 anos a que mais lê (81%). Nesse ponto, o relatório aponta que livros didáticos também foram considerados para a investigação, podendo ser um dos motivos para a maior proporção de leitores com essa idade.

Quanto ao aspecto geográfico, a Região Sul apresentou a maior proporção de leitores (53%). Em seguida, surgem as regiões Norte (48%), Centro-Oeste (47%), Sudeste (46%) e Nordeste (43%), destacando-se com a menor quantidade.

“É difícil explicar essa diferença, tendo em vista a complexidade dos fatores envolvidos, porém, é notória a disparidade entre as regiões brasileiras. Essa pode ser uma pista para o entendimento da distribuição entre leitores e não-leitores no Brasil. A Região Sul, em contraponto à Região Nordeste, apresenta um dos mais baixos índices de analfabetismo do país (3%) e tem a terceira maior renda per capita média do país”, observa Márcia. 

Diante dos dados apresentados pela pesquisa, a professora reforça a necessidade de políticas de estado voltadas para o fomento à leitura, com foco, principalmente, na formação de professores, bibliotecários e agentes de leitura, além da importância de programas de implementação de bibliotecas públicas e de ampliação dos acervos literários em escolas. “Assim como espaços comunitários de diferentes perfis, além de campanhas de valorização da leitura como fonte de prazer e acesso a diferentes formas de conhecimento”.

Professora do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ana Isabel Borges afirma que “qualquer atividade que aproxime as pessoas à leitura é positiva, sem dúvida”, incluindo os clubes de leitura. “Acredito que os clubes de leitura podem funcionar bem, se conseguirem reunir pessoas para conversar sobre o que estão lendo. Não basta informar ‘estou lendo isso’ ou ‘estou lendo aquilo’: é preciso trocar ideias”.

Em entrevista à reportagem, a pesquisadora traz que, para que o número de leitores no Brasil cresça e volte a ser superior à quantidade de não-leitores, é preciso oferecer melhores condições de vida, como jornadas de trabalho de, no máximo, oito horas diárias, salários que correspondam ao atual custo de vida e “um pouco de segurança no futuro”, para diminuir os níveis de ansiedade e estresse entre os brasileiros. “Sem ócio não existe leitura nem outro uso não ‘produtivo’ do tempo, é só trabalhar e dormir”, conclui.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Fifa divulga tabela da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou neste sábado (7) a tabela completa da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025, competição que será disputado nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho. E a primeira equipe do Brasil a entrar em ação no torneio será o Palmeiras, que medirá forças com o Porto (Portugal) a partir das 19h (horário de Brasília) de 15 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Já o Botafogo, atual campeão da Copa Libertadores, terá o Seattle Sounders (Estados Unidos) como adversário inicial. A partida também será realizada no dia 15, mas a partir das 23h no Estádio Lumen Field, em Seattle. Um dia depois será a vez de o Flamengo enfrentar o Esperánce de Tunis (Tunísia), a partir das 22h no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. O último brasileiro a entrar em ação na primeira fase é o Fluminense, que mede forças com o Borussia Dortmund (Alemanha), a partir das 13h do dia 17 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Mark. Your. Calendars. ✍️🗓️

The #FIFACWC 2025 match schedule is here. pic.twitter.com/zZaab9Xi6h

— FIFA Club World Cup (@FIFACWC) December 7, 2024

Depois de enfrentar o Porto, o Palmeiras terá pela frente o Al Ahly (Arábia Saudita), a partir das 13h de 19 de junho no MetLife Stadium, e o Inter Miami (Estados Unidos), no dia 23 de junho a partir das 22h no Hard Rock Stadium, em Miami. Já o Botafogo não terá vida fácil nos dois últimos compromissos do Mundial na primeira fase, pois pega PSG (França), a partir das 22h do dia 19 de junho, e o Atlético de Madrid (Espanha), a partir das 16h do dia 23 de junho. Os dois confrontos terão como sede o Rose Bowl Stadium, em Los Angeles.

O segundo compromisso do Flamengo na competição será diante do Chelsea (Inglaterra), a partir das 15h de 20 de junho no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. E o terceiro será diante do León, quatro dias depois, a partir das 22h, no Camping World Stadium, em Orlando.

Já no dia 21 de junho o Fluminense encontra, a partir das 19h, o Ulsan (Coreia do Sul) no MetLife Stadium. E quatro dias depois será a vez de o Tricolor das Laranjeiras medir forças, a partir das 16h, com o Mamelodi Sundowns (África do Sul), no Hard Rock Stadium.

Definidos os grupos do Super Mundial de Clubes da Fifa de 2025

Foram definidos os grupos do novo Mundial de Clubes da Fifa, que pela primeira vez reunirá um total de 32 times – entre eles Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo – a partir de 15 de junho de 2025, em 11 cidades dos Estados Unidos. Tricampeão da Copa Libertadores, o Palmeiras abriu o sorteio da Fifa, ficando como cabeça da chave A, junto com Porto (Portugal), Al Ahly FC (Egito), e Internazionale de Milão (Itália).  Confira abaixo todas as chaves da primeira fase da competição.

O Palmeiras foi o primeiro clube sorteado do pote 1 ficando como cabeça de chave do Grupo A, junto com Porto (Portugal), Al Ahly FC (Egito), e Internazionale de Milão (Itália) – REUTERS/Brian Snyder/Proibida reprodução

Os clubes cariocas Flamengo e Fluminense também são cabeças de chave. O Rubro-Negro está à frente da Chave D, que inclui Espérance (Tunísia), Chelsea (Inglaterra) e León (México). Já o Tricolor puxa a Chave F, junto com Borussia Dortmund (Alemanha), Ulsan (Coreia do Sul), Mamelodi Sundowns (África do Sul).

Recém-campeão inédito da Libertadores, o Botafogo caiu no Grupo B, que tem o time francês Paris Saint-Germain como cabeça de chave, além de Atlético de Madrid (Espanha), e Seattle Sounders (Estados Unidos).

The #FIFACWC group stage draw. ✔️#TakeItToTheWorld pic.twitter.com/4GOctX7MgI

— FIFA Club World Cup (@FIFACWC) December 5, 2024

Ao abrir a solenidade do sorteio Miami (EUA), o presidente da Fifa Gianni Infantino celebrou a nova competição, que colocará novamente os principais clubes europeus contra sul-americanos, assim como ocorria na Copa Intercontinental (que durou de 1960 a 2004), além de incluir equipes dos demais continentes.

“Este é um dia histórico, o dia do primeiro do sorteio da primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa”, disse o dirigente.

Quem também participou do evento foi o ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo Fenômeno, que apresentou ao lado de Infantino o troféu do novo Mundial. Idealizada por uma joalheria de luxo norte-americana, a peça de ouro de 24 quilates imagens da história do futebol e os nomes dos 211 países membros da Fifa. Seu formato redondo simula o sistema solar no dia da abertura da competição (15 de junho).

“Por que não fez isso antes?”, brincou Ronaldo ao conferir a taça.

Antes do sorteio, os 32 times foram separados em quatro potes, tendo como critério os rankings continentais. No pote 1 ficaram os clubes cabeças de chave: quatro sul-americanos (entre eles Palmeiras, Flamengo e Fluminense) e quatro europeus.  O Botafogo ficou no pote 2, por ter sido o último classificado para o Mundial – a equipe carioca faturou a Libertadores no último sábado (1º).

O sorteio também foi norteado por alguma regras estabelecidas com antecedência pela Fifa, como a de que times do mesmo país não poderiam ficar no mesmo grupo. Além disso, cada chave não poderia ter mais de uma equipe do mesmo continente, com exceção da Europa que conta com 12 times. Sendo assim, previamente já estava certo que quatro grupos teriam ao menos dois times europeus. Por fim, os clubes dos Estados Unidos (país-sede) entraram nas Chaves A e B, antes do sorteio: o Inter de Miami ficou no Grupo A, e o Seattle Sounders no Grupo B.

A reminder of the pots before the #FIFACWC draw. 🗳️ pic.twitter.com/YJgOepQFCS

— FIFA Club World Cup (@FIFACWC) December 5, 2024

O formato do Super Mundial de Clubes na primeira fase (grupos) prevê cada time disputando três jogos. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam direto às oitavas de final (mata-mata em jogo único). O primeiro critério de desempate será o resultado do confronto direto dos dois times envolvidos – regra inédita em torneios da Fifa -, e depois será levado em conta o saldode gols marcados. A partir das oitavas, se houver empate, estão previstas prorrogação e disputa de pênaltis. .

A competição será disputada de 15 de junho e 13 de julho de 2025, quando ocorrerá a final no MetLife Stadium, em Nova York.

Grupos do Super Mundial de Clubes de 2025

Grupo A

PALMEIRAS

Porto (Portugal)

Al-Ahly (Egito)

Inter Miami (EUA)

Grupo B

Paris Saint-Germain (FRA)

Atlético de Madrid (ESP)

BOTAFOGO

Seattle Sounders (EUA)

Grupo C

Bayern de Munique (Alemanha)

Auckland City (Nova Zelândia)

Boca Juniors (Argentina)

Benfica (Portugal)

Grupo D

FLAMENGO

Espérance de Tunis (Tunísia)

Chelsea (Inglaterra)

León (México)

Grupo E

River Plate (Argentina)

Urawa Red Diamonds (Japão)

Monterrey (México)

Inter de Milão (Itália)

Grupo F

FLUMINENSE

Borussia Dortmund (Alemanha)

Ulsan (Coreia do Sul)

Mamelodi Sundowns (África do Sul)

Grupo G

Manchester City (Inglaterra)

Wydad Casablanca (Marrocos)

Al Ain (Emirados Árabes Unidos)

Juventus (Itália)

Grupo H

Real Madrid (Espanha)

Al-Hilal (Arábia Saudita)

Pachuca (México)

RB Salzburg (Áustria)

Clubes de futebol defendem no STF lei que regulamentou bets

Os principais clubes de futebol do país defenderam nesta terça-feira (12), no Supremo Tribunal Federal (STF), a Lei 14.790/2023, norma que regulamentou as apostas online de quota fixa,  chamadas de bets. 

Um manifesto assinado por 30 times foi lido durante audiência pública convocada pela Corte para ouvir os argumentos de especialistas sobre os efeitos da proliferação das apostas na economia e na saúde mental dos apostadores.

Durante a discussão, o advogado do Fluminense Futebol Clube, André Sica, leu uma declaração em nome de 30 clubes de futebol para defender o mercado de apostas. Segundo números apresentados pelas equipes, cerca de 75% dos times brasileiros são patrocinados por casas de apostas.

Para Sica, a lei regulamentou o mercado de apostas, trouxe direitos e obrigações para as bets e criou medidas de proteção aos apostadores e aos clubes.

“O fluxo financeiro oferece uma alternativa crucial para que os clubes possam investir na quitação de dívidas, ter a contratação de jogadores, contribuindo com a competitividade do futebol brasileiro, tanto na América do Sul, quanto no cenário global”, argumentou. 

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, falou pelo Cruzeiro Esporte Clube e afirmou que a suspensão do funcionamento das bets representaria o “fim do futebol” no país. Sem o patrocínio do mercado de apostas, os clubes não conseguem sobreviver, principalmente os pequenos times, disse Kakay. 

“Sem as bets, o futebol não subsiste no Brasil. Se hoje uma liminar suspendesse as bets, terminaria o campeonato brasileiro”, afirmou.

Jonas Decorte Marmello, advogado do Botafogo Futebol Clube, disse que a entrada do patrocínio das bets provocou aumento no número de torcedores pagantes nos estádios e o número de títulos de equipes brasileiras na Libertadores. 

“É evidente que não é uma mera coincidência. A injeção de capital trazido com as casas de apostas esportivas permitiu que a indústria do futebol brasileiro se fortalecesse e mantivesse seus talentos por mais tempo”, comentou.

Consumidor

Durante a audiência, a economista Ione Amorim, representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), afirmou que a atual regulamentação do setor é “fraca e lenta”. Ione também citou relatos de apostadores que perderam dinheiro, se endividaram e cometeram suicídio.

Conforme levantamento feito pelo Idec, as principais reclamações de consumidores contra as plataformas de jogos envolvem bloqueio de contas sem justificativa, falta de pagamento de saldo a receber e relatos de vício e dependência.

“As apostas e jogos eletrônicos estão muito mais direcionados à exploração da sorte, com falsas promessas de ganhos rápidos, do que ao lazer e ao entretenimento”, enfatizou.

Audiência

O processo que motiva o debate foi protocolado na Corte pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O ministro Luiz Fux é o relator do processo.

A entidade questiona a Lei 14.790/2023, norma que regulamentou as apostas online de quota fixa. Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI), a CNC diz que a legislação, ao promover a prática de jogos de azar, causa impactos negativos nas classes sociais menos favorecidas. Além disso, a entidade cita o crescimento do endividamento das famílias.

Mais cedo, Fux disse que o mercado de apostas no Brasil não pode ficar sem regulação.

Vôlei feminino: Mundial de Clubes começa em 17 de dezembro na China

A edição deste ano do Mundial de Clubes de vôlei feminino ocorrerá em Hangzhou (China), entre 17 e 22 de dezembro. O local e as datas foram anunciadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) nesta segunda-feira (28). O Brasil conta com duas das oito equipes participantes: Praia Clube (Uberlândia) e Minas Tênis Clube (Belo Horizonte). Ambas buscam o título inédito no Mundial. 

Tianjin 🇨🇳 to Host the 2024 Women’s Club World Championship!

The competition will be held at the Huanglong Sports Center in Hangzhou, where top teams will battle for the title from December 17 to 22 🔥.

Participants include Conegliano 🇮🇹, Vero Volley 🇮🇹, Minas 🇧🇷, Praia Clube… pic.twitter.com/6PDb0relvC

— Volleyball World (@volleyballworld) October 28, 2024

Maiores campeões do torneio, os times turcos VakiBank (quatro títulos) e Eazasibasi (três) estão fora desta edição. Além do Brasil, a Itália também competirá com duas equipes: Conegliano (bicampeão) e Vero Vôlei Milão.

Os times estão divididos em dois grupos, e os dois melhores em cada chave se classificam às semifinais. O Minas está no Grupo A, junto com Vero Vôlei Milão, Tianjin (China) e Zamalek (Egito). Na outra chave está o Praia Clube, ao lado de Conegliano, Red Rockets (Japão) e Ninh Binh (Vietnã).

Nos últimos três Mundiais, o Minas e o Praia Clube terminaram na quarta posição.

Lá se vão 12 anos desde que o Osasco VC (São Paulo) trouxe para o Brasil título de melhor do mundo. Outro dois clubes nacionais já foram campeões: CA Sorocaba (1994) e Sadia EC (1991). 

Programação

16/12  (segunda-feira)

Minas x Vero Vôlei Milão – 22h (horário de Brasília)

17 de dezembro

Praia Clube x Conegliano – 1h30

Red Rockets x Ninh Binh – 5h

Tianjin x Zamalek – 8h30

Conegliano x Ninh Binh – 22h

18 de dezembro

Minas x Zamalek – 1h30

Red Rockets x Praia Clube – 5h

Tianjin x Vero Vôlei Milão – 8h30

19 de dezembro

Ninh Binh x Praia Clube – 4h

Vero Vôlei Milão x Zamalek – 8h30

20 de dezembro

Conegliano x Red Rockets – 4h

Tianjin x Minas – 8h30

21 de dezembro 

semifinais

1° do Grupo A x 2° do Grupo B – 4h

1° do Grupo B x 2° do Grupo A – 8h30

22 de dezembro

Disputa pelo terceiro lugar – 4h

Final – 8h30

Uberlândia-MG sediará Mundial de Clubes de vôlei masculino em dezembro

Após hiato de dois anos, o Brasil voltará a sediar em dezembro o Campeonato Mundial de Clubes de vôlei masculino. A Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em francês) anunciou nesta sexta-feira (18) que a cidade de Uberlândia (MG) receberá a competição pela primeira na história. A 19ª edição do Mundial ocorrerá de 10 a 15 de dezembro, na Arena Sabiazinho. Serão ao todo oito times de elite na disputa, entre eles o anfitrião Praia Clube e o Cruzeiro.

Praia Clube 🇧🇷 will host the 2024 FIVB Men’s Club World Championship!

The tournament will be held from December 10 to 15 at the Sabiazinho Arena in Uberlândia.

The participating teams include Trentino 🇮🇹, Lube Civitanova 🇮🇹, Sada Cruzeiro 🇧🇷, Ciudad Voley 🇦🇷, Foolad Sirjan 🇮🇷,… pic.twitter.com/TNuupHevL5

— Volleyball World (@volleyballworld) October 18, 2024

Inicialmente, a competição seria na Índia, mas o país desistiu de sediar o evento. Além do Brasil, estão na disputa equipes da Itália (Trentino e Lube Civitanova), Argentina (Ciudad Voley, Irã (Fooland Sirjan e Shahdab Yazd) e Egito (Al Ahly SC).

O Brasil já recebeu oito vezes o Mundial de Clubes. A última cidade contemplada foi Betim (MG), em 2022. A FIVB anunciará nos próximos dias as datas e horário da fase de grupos do torneio.   

Clubes devem responder sobre publicidade de bets para público infantil

Os quatro grandes clubes de futebol do Rio de Janeiro – Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama – não responderam dentro do prazo à solicitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) sobre o pedido de retirar a publicidade de casas virtuais de apostas, as chamadas bets, estampada em produtos oficiais destinados ao público infantil.

A solicitação foi encaminhada aos clubes no último dia 1º, estabelecendo o prazo de 15 dias para resposta, que terminou na quarta-feira (16). Na manha desta quinta-feira (17), a Defensoria Pública informou à Agência Brasil que não houve retorno e que a instituição vai reiterar a solicitação.

A solicitação foi feita pela Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da DPRJ.

Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama têm bets como patrocínio master (principal exposição no uniforme, na parte da frente da camisa) segmento que está sob grande escrutínio no país, devido ao montante de recursos que estão drenando na economia e impactos comportamentais nos apostadores.

O documento assinado pelos defensores Rodrigo Azambuja Martins e Thiago Henrique Cunha Basílio cita as leis 8.069/90 e 8.078/90 e a resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentam a publicidade de artigos destinados ao consumo e utilização por crianças e adolescentes.

Além disso, apresenta a Portaria 1.231, de 31 de julho de 2024, da Secretaria de Prêmios e Apostas, órgão do Ministério da Fazenda. O artigo 17 assinala que “na hipótese de patrocínio por agente operador de apostas, sua logomarca não deverá ser incluída em artigos e bens cuja comercialização seja destinada a menores de 18 anos”.

Segundo a Defensoria, a iniciativa de oficiar os clubes surgiu após a instituição receber reclamações de que nomes de casas de apostas patrocinadoras dos clubes estavam estampadas em camisetas e artigos infantis.

No ofício a Defensoria “solicita e recomenda” que os clubes se abstenham de comercializar os produtos com nome da casa de aposta e que não haja esse tipo de publicidade em competições de equipes de base que incluam atletas menores de 18 anos.

Bets

Nos últimos meses, a atuação das bets têm enfrentado escrutínio público por causa de efeitos na economia e em famílias.

Levantamento do Instituto Locomotiva calculou que 25 milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024. Em cinco anos, o número chegou a 52 milhões.

Outro estudo, ligado à multinacional de auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers, apontou que apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E, impactando negativamente  o consumo de mercadorias e serviços.

O mercado de aposta conseguiu drenar parte de recursos de programas sociais. Segundo o Banco Central (BC), os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix em agosto. 

O governo tomou medidas para regulamentar o setor, por exemplo, retirando do ar sites de apostas ilegais. O Ministério da Fazenda estabeleceu a proibição do uso de cartão de crédito para pagar apostas.

Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pode acabar com o mercado das bets se a regulação não for suficiente para assegurar a saúde mental e financeira da população.

Clubes

A Agência Brasil procurou os clubes a respeito da solicitação da Defensoria Pública. O Botafogo de Futebol e Regatas informou que a questão deve ser esclarecida com a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) Botafogo, gestora do futebol do clube. Os demais clubes não enviaram comentários.

A Defensoria informou à Agência Brasil que os ofícios foram enviados aos clubes e que “cabe a eles, quando for o caso, fazer chegar à SAF”. O Vasco da Gama é outro clube que tem o futebol gerido por uma empresa SAF.