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Sabesp restaura gradualmente atendimento após ataque cibernético

Os canais de atendimento ao cliente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão sendo reestabelecidos de forma gradual após incidente cibernético, informou nesta quarta-feira (23) a Companhia. Ontem (22), a Sabesp divulgou nota sobre ter sido alvo de um ataque cibernético que provocou instabilidade em sua rede digital.

Hoje, a Agência Virtual e a central telefônica 0800 055 0195 estão disponíveis. O atendimento presencial nas mais de 400 Agências em todo o estado de São Paulo segue em operação, mediante agendamento na Agência Virtual.

Já o WhatsApp (11 3388-8000) voltou a operar parcialmente, disponibilizando a maioria dos serviços, como registros de falta d’água, vazamentos, desligamento temporário, religação, alteração de vencimento e informar pagamento. O chatbot da Sabesp está temporariamente fora do ar. 

Segundo a companhia, na ocasião, foram adotadas de forma imediata todas as medidas de segurança e controle, além de um plano para restabelecimento dos sistemas afetados. No entanto, o tempo de espera para o atendimento hoje pode estar acima da média em determinados horários.

“De acordo com a investigação forense em andamento, até o presente momento, não foi identificado comprometimento de dados pessoais. As operações de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto não foram afetadas pelo ataque cibernético”, disse, em nota, atualizada nesta quarta.

Veja o que se sabe sobre suposto ataque cibernético contra a Venezuela

As autoridades venezuelanas afirmam que um ataque cibernético realizado do exterior prejudicou os trabalhos do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que segue com a página oficial na internet fora do ar. Essa tem sido a principal justificativa do CNE – e do governo da Venezuela – para o atraso na publicação dos dados detalhados da eleição de 28 de julho.

Mas, afinal, o que se sabe sobre esse suposto ataque? Segundo autoridades do país, os ataques foram feitos principalmente da Macedônia do Norte, país do leste europeu, e chegaram a 30 milhões por minuto. Além disso, continuariam ocorrendo até o último domingo (11).   

Na segunda-feira (12), a ministra da Ciência e Tecnologia da Venezuela, Gabriela Jiménez, apresentou balanço sobre o suposto ataque hacker. Ela disse que 25 instituições do país foram prejudicadas, incluindo desde a estatal petrolífera (PDVSA), passando por empresas de comunicação e de telecomunicações, até o sistema eleitoral.

“Os ataques aumentam 24 horas por dia. Todas as plataformas do Estado foram atacadas de múltiplas maneiras”, explicou Jiménez, acrescentando que 65% dos ataques foram para derrubar serviços na internet e 17% para roubo de informações.

O CNE entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (STJ) os dados que comprovariam o ataque cibernético depois que o TSJ iniciou investigação sobre o tema, a pedido do governo Maduro. A presidente do Supremo, a magistrada Caryslia Rodríguez, afirmou que revisará todos os dados sobre o ataque.  

“[O TSJ] fará perícia sobre o ataque cibernético massivo do qual foi objeto o sistema eleitoral venezuelano, para a qual a Sala [do Tribunal] contará com pessoal altamente qualificado e idôneo que fará uso dos mais altos padrões técnicos”, disse a juíza da Corte máxima do país.

O CNE informou ainda que os ataques não puderam alterar os votos, que são protegidos por sistema próprio, sem conexão com a internet. Além disso, Maduro acusou o multibilionário Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, de estar envolvido no caso. 

Netscout X Carter 

A versão do governo foi parcialmente corroborada por importante empresa de segurança da informação dos Estados Unidos – a Netscout Systems. A companhia afirma que, um dia após a eleição – 29 de julho – os ataques DDoS contra alvos na Venezuela aumentaram em dez vezes. Esse tipo de ataque é utilizado geralmente para derrubar sites e sistemas.  

“Mesmo uma pequena quantidade de tráfego, se enviada na hora certa para um alvo despreparado, pode resultar em interrupções de rede”, diz a Netscout, acrescentando que “quase todos os ataques contra a Venezuela nos dias em questão tiveram como alvo um único Provedor de Telecomunicações”. Porém, a análise da Netscout não incluiu os dias após 29 do mês passado.

Por outro lado, a chefe da missão de observação do Centro Carter, Jennie Lincoln – que participou da missão de observação das eleições na Venezuela -, afirmou que não há evidências desse ataque cibernético.

“Há empresas que monitoram e sabem quando há negações de serviço [ataques cibernéticos] e não houve um no dia da eleição ou naquela noite”, explicou Lincoln em entrevista exclusiva à agência francesa AFP, sem, contudo, informar quais empresas ela consultou.

Especialistas

Especialistas de tecnologia da informação entrevistados pela Agência Brasil destacaram que existem diversas empresas que monitoram os ataques cibernéticos em tempo real e podem consultar o histórico do tráfico de ataques maliciosos de dias e meses anteriores, comprovando ou não a tese do governo venezuelano.

O especialista em segurança da informação Breno Borges ponderou que, para monitorar esses movimentos cibernéticos, as empresas precisam ter servidores próximos das infraestruturas que sofreram esses ataques.

“É como se eu mandasse um monte de carta para lotar sua caixa de correios e impedir que novas cartas cheguem à sua casa. Eu só consigo descobrir esse ataque de cartas se estiver na rua vendo as cartas chegarem ou se você deixar eu entrar na sua casa e abrir a caixa de correios”, afirmou.

A forma mais precisa de confirmar a veracidade e dimensão do ataque é por meio das próprias instituições venezuelanas, caso elas permitam um monitoramento do histórico dos seus sistemas, acrescentou Borges.

DDoS

O especialista em tecnologia Pedro Markum, da organização Transparência Hacker, explicou que os ataques DDoS são comuns, ocorrem todos os dias e têm possibilidade de derrubar páginas e sistemas, mas não de alterar os votos, que estão em um sistema à parte.

“Esses ataques DDoS de maneira nenhuma deveriam impactar no resultado da eleição, mas podem sim provocar atrasos na tabulação [dos resultados], podem sim ser uma justificativa, tanto real quanto uma boa justificativa ficcional”, ponderou.  

Markum afirmou ainda que não tem motivos para desconfiar da avaliação da Netscout, que apontou para ataques no dia 29. Porém, analisando dados da empresa russa Kaspersky, que também monitora ataques cibernéticos, o especialista não encontrou qualquer anormalidade nos últimos dias. Para ele, as informações até agora prestadas pelo governo da Venezuela são escassas e pouco detalhadas. 

Transparência   

“Os prints [apresentados pela ministra Jiménez] estão descontextualizados, não há densidade de informação. Quando vamos olhar em outros provedores que monitoram essas informações – como o caso da Kaspersky, que é um provedor russo e, portanto, não tem compromisso com o imperialismo norte-americano – não detectamos nenhuma anomalia, não nesse volume [de 30 milhões por minuto]”, afirmou Pedro Markum.

O especialista ponderou, contudo, que ataques localizados não identificados pelos provedores poderiam derrubar páginas pouco protegidas e que somente o governo pode acabar com as dúvidas que cercam o suposto ataque cibernético contra a eleição venezuelana.

“Se eles realmente quisessem comprovar que esses ataques estão acontecendo, não seria difícil, qualquer sistema informático pode ir lá e verificar”, completou Markum.

O diretor do portal de análises eleitoral Votoscopio, Eugenio G. Martínez, chamou atenção para suspensão da auditoria das telecomunicações do CNE, prevista para ocorrer após a votação de 28 de julho e que poderia comprovar os ataques cibernéticos.

“Essa auditoria era essencial para verificar os registros de transmissão da máquina. A sua importância ficou ainda maior depois que o CNE denunciou a tentativa de ataque hacker”, afirmou Martínez.

Apagão cibernético afetou 8,5 milhões de computadores da Microsoft

A gigante da tecnologia Microsoft informou neste sábado (20) que o apagão tecnológico que afetou diversos setores ao redor do mundo prejudicou 8,5 milhões de máquinas com o Windows, software fabricado pela Microsoft. Montante representa menos de 1% do total dos processadores da empresa, segundo informou a companhia.  

“Embora a porcentagem tenha sido pequena, os amplos impactos econômicos e sociais refletem o uso do CrowdStrike por empresas que executam muitos serviços críticos”, afirmou a companhia em blog.

A Microsoft explicou que o apagão ocorreu porque a CrowdStrike – empresa independente de segurança cibernética – fez uma atualização do sistema, o que levou ao apagão de softwares de Tecnologia de Informação (TI) em todo o mundo.

“Desde que este evento começou, mantivemos comunicação contínua com nossos clientes, CrowdStrike e desenvolvedores externos para coletar informações e agilizar soluções. Reconhecemos a interrupção que este problema causou para as empresas e nas rotinas diárias de muitas pessoas”, acrescentou, em nota, a empresa.

A Microsoft disse ainda que trabalha junto à CrowndStrike para desenvolver uma solução, mobilizando “centenas de engenheiros e especialistas” para atuar diretamente com os clientes e restaurar os serviços. Colaboraram também outros provedores de nuvem – serviços de armazenamento on-line de dados – como a Google Gloud Platform e a Amazon Web Services (AWS).

Ao finalizar o informe, a gigante da tecnologia disse que o apagão demonstra a natureza interconectada de todos os sistemas que cercam o ambiente cibernético. “Também é um lembrete de quão importante é para todos nós no ecossistema de tecnologia priorizar a operação com implantação segura e recuperação de desastres usando os mecanismos que existem”, concluiu.

Apagão global

Na madrugada desta sexta-feira (19), uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de hackers, foi a causa do apagão cibernético que deixou milhares de empresas e pessoas em todo o mundo sem acesso a sistemas operacionais, especialmente o Windows, da Microsoft.

O evento afetou indústrias e serviços de diversos tipos, desde bancários, de transporte, de saúde até meios de comunicações de todo o mundo.

Criminosos usam apagão cibernético para aplicar golpes e coletar dados

O apagão cibernético que afetou o mundo nesta semana tem sido usado por criminosos como isca para aplicar golpes na internet, coletando dados confidenciais de pessoas e empresas. Nos Estados Unidos (EUA), a Agência de Defesa Cibernética (CISA) alertou sobre os riscos de se cair em ações criminosas.

“Vale ressaltar que a CISA observou ameaças de agentes tirando vantagem deste incidente [apagão cibernético] para phishing e outras atividades maliciosas. A CISA pede que organizações e indivíduos permaneçam vigilantes e sigam apenas instruções de fontes legítimas. A CISA recomenda que organizações lembrem seus funcionários de evitar clicar em e-mails de phishing ou links suspeitos”, afirmou o órgão dos EUA.

Phishing é roubo de dados mediante diversas formas de fazer a pessoa entregar a informação para o criminoso. Geralmente, é enviado um e-mail com link que leva para uma página falsa, contaminando o computador com um vírus que rouba dados sigilosos, como informações sobre contas bancárias ou dados sensíveis de empresas.

No Brasil, também têm sido relatado alguns casos de phishing usando como isca o apagão cibernético. Os criminosos oferecem soluções tecnológicas para problemas gerados pelo apagão cibernético. Uma empresa de Brasília enviou, neste sábado (20), um aviso aos seus funcionários.

“A Gerência Executiva de Tecnologia da Informação informa que diferentes atores de ameaça estão aproveitando o incidente relacionado ao CrowdStrike Falcon para realizar campanhas de phishing e outras atividades maliciosas. Foram implementadas medidas para bloquear e-mails maliciosos. No entanto, alguns ainda podem escapar dos filtros”, informou a companhia.

Apagão cibernético

Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de hackers, foi a causa do ataque cibernético desta sexta-feira (19), que deixou milhares de empresas e pessoas em todo o mundo sem acesso a sistemas operacionais, especialmente o Windows, da Microsoft. 

Dólar fecha a R$ 5,60 com apagão cibernético e eleições americanas

Em um dia tenso nos mercados internacionais, o dólar superou R$ 5,60, após iniciar o dia em queda. A bolsa de valores fechou estável, mas acumula queda de 1% na semana.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (19) vendido a R$ 5,604, com alta de R$ 0,017 (+0,3%). A cotação iniciou o dia em baixa, abrindo a R$ 5,52, após a antecipação do anúncio de congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento de 2024. No entanto, reverteu a trajetória e passou a subir durante a tarde, influenciada pelo cenário internacional.

Somente nos últimos três dias, o dólar subiu R$ 0,17. A moeda norte-americana acumula alta de 0,29% em julho. Em 2024, a divisa sobe 15,47%.

O mercado de ações também teve um dia de volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.626 pontos, com leve recuo de 0,03%. O indicador subiu durante a manhã, mas recuou durante a tarde, influenciado pelo mercado internacional.

O anúncio do congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento de 2024, a princípio, foi bem recebido pelo mercado. Na véspera, o dólar tinha disparado com a expectativa de que a suspensão de gastos ficasse abaixo de R$ 10 bilhões.

O alívio, no entanto, foi revertido por causa do mercado internacional. Dois fatores externos agravaram o desempenho no mercado financeiro. O primeiro foi o apagão cibernético que afetou todo o planeta, principalmente instituições financeiras, companhias aéreas, hospitais e emissoras de televisão. Uma falha no sistema da empresa de segurança CrowdStrike provocou a interrupção do funcionamento de computadores que usam sistemas da Microsoft.

O segundo fator foram as tensões eleitorais norte-americanas, com o primeiro discurso do ex-presidente Donald Trump ao aceitar a candidatura pelo Partido Republicano. A política de corte de impostos prometida por Trump reflete-se no aumento das taxas de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano, o que provoca a fuga de capitais de países emergentes para economias avançadas.

*Com informações da Reuters

Entenda falha no sistema da CrowdStrike que causou apagão cibernético

Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de hackers, foi a causa do ataque cibernético desta sexta-feira (19), que deixou milhares de empresas e pessoas em todo o mundo sem acesso a sistemas operacionais, especialmente o Windows, da Microsoft. 

A empresa de segurança cibernética Crowdstrike, responsável pelo apagão, foi categórica ao afirmar que o incidente de hoje não foi um ataque. O que de fato aconteceu na madrugada desta sexta-feira, de acordo com a empresa, foi uma atualização de conteúdo para os arquivos hosts Windows da Microsoft. 

Um arquivo Host é usado pelo sistema operacional no mapeamento de hosts amigáveis para endereços IP (Protocolo de Internet) numéricos que identificam e localizam um outro host em uma rede IP. Esses arquivos host contém linhas de texto que são endereços de IP e eles se comunicam.

O CrowdStrike Falcon que foi atualizado e acabou dando problema é um sensor que pode ser instalado justamente nos sistemas operacionais Windows, da Microsoft, Mac ou Linux. São módulos de produtos que se conectam a um ambiente de soluções de segurança chamados de endpoint, que é hospedado na nuvem. Esse sensor permite acesso instantâneo às informações de “quem, quando, onde e como” ocorreu um ataque, e sua arquitetura criada em nuvem permite períodos de resposta e correção rápidos e precisos. 

Um endpoint security, ou ponto final de segurança, oferece proteção para os dispositivos. A computação em nuvem é o fornecimento de serviços de computação, incluindo servidores, armazenamento, banco de dados, rede, software, análise e inteligência, pela internet (a nuvem), oferecendo inovações rápidas com recursos flexíveis e economias de escala. E foram esses serviços que apresentaram dificuldades de acesso a plataformas de empresas em todo o mundo. 

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP), a segurança de endpoint trabalha para garantir a proteção das informações sensíveis, e ajuda a empresa a cumprir as regras de proteção de dados. Isso quer dizer que há uma necessidade crescente de medidas de segurança que as empresas devem ter para evitar ameaças cibernéticas.

Mitigação

Mais cedo, a Microsoft informou que medidas de mitigação estavam sendo adotadas, mas alertou que muitos usuários poderiam não conseguir acessar vários aplicativos e serviços, como ocorreu ao redor do mundo. As empresas afetadas acabaram identificando que utilizam o sistema de segurança da CrowdStrike

Por causa da situação ocorrida hoje, as ações da empresa, cotadas na abertura do mercado acionário a US$ 351 dólares, eram negociadas na tarde desta sexta-feira a US$ 297, uma queda de mais de US$ 50, o  que significou uma perda de valor de mercado da CrowdStrike superior a US$ 2 bilhões em um único dia.   

Ataques rastreados

O site da empresa CrowdStrike informa, em seu Relatório Global de Ameaças, tendências e eventos notáveis em todo o cenário de ciberameaças, que detectou 34 adversários recém-identificados em 2023. Mais de 230 ataques adversários no total foram rastreados pela empresa, e as intrusões na nuvem, onde ocorreu o problema verificado hoje, aumentaram em 75%. 

Segundo a empresa, o tempo para comprometimento de e-crime mais rápido registrado foi de dois minutos e sete segundos. O relatório também apontou que o aumento de vítimas de roubo de dados identificados na dark web foi de 76%. O relatório de inteligência examina como os adversários estão operando e constata-se uma furtividade sem precedentes, com adaptação dos ataques rápidos para evitar a descoberta pelos sistemas de segurança.

Apagão cibernético afetou site e sistemas judiciais do Supremo

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que também foi afetado pelo apagão cibernértico que derrubou sistemas de informática em todo o mundo nesta sexta-feira (19).

De acordo com a Corte, a interrupção dos serviços eletrônicos ocorreu durante a madrugada de hoje. Por volta das 7h, o site do Supremo foi restabelecido, e os sistemas judiciais foram retomados.

A empresa de segurança cibernética CrowdStrike divulgou uma nota na qual assume a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas e serviços em vários países. De acordo com o CEO da empresa, George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.

O problema decorre de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. O computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com a máquina.

Além do Supremo, os sistemas de aeroportos, hospitais e bancos também foram afetados no Brasil.

Apagão cibernético mundial afeta hospitais de São Paulo

O apagão cibernético que provocou problemas nos serviços bancários e atrasos em voos em todo o mundo nesta sexta-feira (19) afetou, também, o funcionamento de diversos hospitais de São Paulo.

No Hospital Sírio Libanês, por exemplo, o apagão fez com que a coleta de exames laboratoriais fosse suspensa temporariamente pela manhã. Às 12h30, no entanto, a coleta de exames laboratoriais no hospital e em unidades foi restabelecida.

O hospital informou que as unidades operaram normalmente na manhã de hoje, mas com lentidão “em virtude da instabilidade nos sistemas gerada pela atualização do software de segurança da Microsoft”.

“Nossos sistemas foram restabelecidos rapidamente, e, de forma gradual, as rotinas foram normalizadas, sem grandes impacto para os pacientes, com exceção da coleta de exames laboratoriais, que foram temporariamente suspensos, uma vez que nosso parceiro que processa as amostras está enfrentando o mesmo problema”, disse o hospital, em nota. As operações já foram normalizadas.

Normalização

Já no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), maior complexo hospital da América Latina, o apagão cibernético afetou alguns equipamentos que usam a plataforma Windows 10. No entanto, disse o hospital, “o sistema já foi restabelecido, sem prejuízos relevantes aos serviços assistenciais”.

O Hospital Albert Einstein anunciou que o impacto da falha que resultou no apagão global de sistemas de informação “foi identificado imediatamente pelo Einstein”, ainda durante a madrugada, o que permitiu “as correções necessárias”.

“No momento, os sistemas estão restabelecidos. Não há nenhum setor de atendimento aos pacientes inoperante”, informou o hospital.

A Rede D’Or, informou que os serviços e o atendimento em seus 73 hospitais seguem funcionando normalmente.

GSI emite alerta com orientações sobre apagão cibernético

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado à Presidência da República, divulgou um alerta orientando instituições e entidades ligadas à administração pública federal sobre procedimentos a serem adotados diante do apagão cibernético ocorrido nesta sexta-feira (19). A pane, provocada pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike, afetou vários países, inclusive o Brasil.

“O Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR Gov) solicita às instituições da Administração Pública Federal (APF) e orienta as demais entidades que identifiquem em seus inventários de ativos a existência do CrowdStrike Falcon em seus parques computacionais e monitorem a publicação de atualizações da aplicação, disponibilizadas em https://supportportal.crowdstrike.com/s/login/”, informou, em seu site, o GSI.

Orientações

O alerta acrescenta que medidas de mitigação para casos de travamentos ou indisponibilidade de sistemas operacionais Windows envolvem a inicialização do Windows no modo de segurança ou no ambiente de recuperação. Na sequência, é necessário acessar o diretório C:\Windows\System32\drivers\CrowdStrike; identificar o arquivo que corresponde ao padrão “C-00000291*.sys” e excluí-lo. Por fim, reinicializar o sistema.

As orientações incluem informações preliminares divulgadas pela CrowdStrike sobre o incidente, indicando o link de acesso ao portal de suporte. Informam também o link disponibilizado pela plataforma de computação em nuvem Microsoft Azure com procedimentos para recuperação de máquinas virtuais em seu ambiente.

CrowdStrike

A empresa de segurança cibernética CrowdStrike divulgou uma nota na qual assume a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas e serviços em diversos países. De acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.

O problema decorre de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. Em consequência, o computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com o computador.

Há relatos de problemas em diversas empresas. Em especial, aplicativos de bancos, empresas da área de comunicação e companhias aéreas que, seguindo protocolos de segurança, acabam não podendo decolar voos.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, informou por meio das redes sociais o CEO da CrowdStrike, George Kurtz.

Kurtz sugeriu a seus clientes que acessem o portal de suporte da empresa para obter as atualizações mais recentes. “Recomendamos, ainda, que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, acrescentou.

Apagão cibernético afetou voos da Azul e aplicativo do Bradesco

O apagão cibernético global causado nesta sexta-feira (19) pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike afetou algumas empresas brasileiras, em especial do setor aereoportuário e bancário. Há queixas de usuários de aplicativos de bancos fora do ar e de atrasos de voos, em geral por dificuldades no sistema de check-in.

A companhia aérea Azul informou que, devido à intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas, alguns voos podem sofrer atrasos pontuais. “A recomendação é que os clientes que possuem voo hoje, e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia.”

No Aeroporto Internacional de Brasília, administrado pela Inframerica, o impacto foi muito pouco, restrito a voos da Azul. Até as 11 horas de hoje, cinco voos da empresa decolaram com atraso. Outros três ainda se encontravam atrasados. Todos da Azul. Diante da falha no sistema, o check-in passou a ser feito de forma manual, enquanto o sistema esteve fora do ar. “Outras companhias não reportaram impacto”, informou a Inframerica.

No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ocorreram alguns problemas devido à intermitência no sistema de check-in. Com as empresas passando a fazer o procedimento manualmente, não houve maiores impactos, segundo a Infraero, administradora do aeroporto.

A Força Aérea Brasileira não foi afetada pelo apagão cibernético. “O sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, permaneceu operando normalmente durante o período. Não houve impacto nos serviços de navegação aérea providos, mantendo-se o elevado nível de segurança das operações”, informou a FAB.

Aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários terminais espanhóis, relataram problemas em seus sistemas e atrasos. A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação.

“Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida”, disse a United em um comunicado. “Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos.”

A Ryanair, maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, também alertou sobre problemas em seus sistemas de reserva.

No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam fora do ar, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo.

Bancos

Clientes do Bradesco foram surpreendidos com uma falha no aplicativo do banco que, durante a manhã, apresentava uma mensagem dizendo que “em virtude de um apagão cibernético global, alguns canais digitais do Bradesco apresentam indisponibilidade”. O banco sugeriu, a seus clientes, que não desinstalem o aplicativo para não perderem a chave de segurança.

Em nota à imprensa, o Bradesco informou que equipes estão atuando para regularização o mais breve possível, e que seus terminais de autoatendimento funcionam normalmente.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços ainda pela manhã. “As demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente”, acrescentou ao informar que “alguns sistemas das instituições financeiras brasileiras chegaram a ser temporariamente afetados em diferentes escalas pela atualização do antivírus CrowdStrike, mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”.

O Banco Central informou que seus sistemas estão operando normalmente.

CrowdStrike

A CrowdStrike é uma empresa norte-americana de segurança cibernética. Ela divulgou uma nota na qual assume a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas e serviços em diversos países.

De acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.

O incidente decorre de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. Em consequência, o computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com o computador.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados.”

“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”, informou por meio das redes sociais o CEO da CrowdStrike.

George Kurtz sugeriu a seus clientes que acessem o portal de suporte da empresa para obter as atualizações mais recentes. “Recomendamos, ainda, que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, acrescentou.