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Temporada de chuvas de 2023-2024 chega ao fim em Piracicaba (SP) com rios abaixo da vazão média

21 de abril de 2024

 

Avanço de um temporal no dia 29 de novembro de 2023

A cidade de Piracicaba despede-se da temporada de chuvas de 2023-2024 com uma leve garoa que caiu na noite de quarta-feira (17), marcando o fim de um período marcado por extremos climáticos. Após uma última chuva intensa na noite de terça-feira (16), os moradores testemunharam o encerramento de meses que alternaram entre tempestades severas e ondas de calor recordes.

A Climatempo reportou que abril trouxe 99 mm de precipitação para a cidade, um número que representa 174% da média mensal histórica de 57 mm. Este excesso contrasta com o resto da temporada, onde, com exceção de outubro, que registrou 233 mm (quase o dobro da média de 123 mm), todos os outros meses registraram índices abaixo do esperado.

El Niño

O fenômeno El Niño trouxe consigo uma série de ondas de calor, com a temperatura atingindo um pico histórico de 40,8°C em 24 de setembro de 2023, antes mesmo do início da temporada de chuvas, que foi atrasado para 27 de setembro, quando um intenso temporal com ventos de mais de 108 km/h causou diversos estragos na cidade.

Tempestades com frequência fora do comum

Granizo que caiu no Jardim Itapuã durante um temporal no dia 8 de março de 2024

As frequentes tempestades foram outra característica marcante do período. Houve registro de ventos de mais de 90 km/h, chuvas torrenciais e até mesmo granizo em dois eventos (17/12/2023 e 08/03/2024). A maior velocidade do vento medida oficialmente na cidade no ano de 2023 foi de 91,8 km/h no dia 17 de dezembro pelo INMET, quando um forte temporal acompanhado de granizo e ventos fortes atingiu a região central de Piracicaba. Também foram estimados ventos de mais de 100 km/h nos dias 27 de setembro de 2023, como mencionado anteriormente, e em 31 de janeiro de 2024, dia em que um intenso vendaval atingiu a zona sul da cidade.

Vazão dos rios abaixo da média

Apesar das chuvas acima da média em abril, a vazão dos rios em Piracicaba continua abaixo do esperado, deixando a região vulnerável para a temporada seca, que tradicionalmente se estende até agosto. Na manhã de 15 de abril de 2024, em pleno dia do Rio Piracicaba, o mesmo registrou uma vazão de 41 mil metros por segundo, o que é 60% abaixo do esperado para o mês.

Previsão para os próximos dias

A Climatempo prevê um prolongado período de falta de chuvas nos próximos dias, que já está em curso, sem previsão de término. Espera-se um significativo acúmulo de calor, com temperaturas que podem chegar a 36°C.

Enquanto Piracicaba se prepara para enfrentar os meses mais frios e secos do ano, as autoridades locais e os cidadãos mantêm um olhar cauteloso sobre os recursos hídricos, conscientes dos desafios que a falta de chuva pode trazer nos próximos meses.

 
 
 

Chuvas devem ficar acima de média em maio no Norte e Sul, diz Inmet

O mês de maio promete ser de chuvas acima das médias históricas, pelo menos para grande parte das regiões Norte e Sul do Brasil. Também estão previstas chuvas acima da média para o leste da região Sudeste (principalmente São Paulo) e para o Rio Grande do Norte e Paraíba, além de áreas pontuais do centro sul nordestino (tons de azul na 1ª figura). A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  

Para o leste de São Paulo e o sudoeste de Mato Grosso do Sul também estão previstas chuvas acima da média em maio (tons de cinza e azul da 1ª figura). “Entretanto, na parte oeste do Paraná, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras onde a previsão aponta chuvas ligeiramente abaixo da média”, destaca o instituto.

O Inmet prevê ainda chuvas próximas ou abaixo da média (tons de cinza, amarelo e laranja na 1ª figura) para o extremo-norte e sul da região Norte, norte da região Nordeste, região Centro-Oeste e interior da Região Sudeste, além de áreas do centro-norte do Paraná.

“Não estão descartados eventos de chuva na parte norte e leste da região Nordeste, ainda devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), bem como o aquecimento do Atlântico Tropical”, informa o instituto.

Matopiba

O Inmet avalia o impacto da chuva para a safra de grãos. Ele prevê que a região do Matopiba (que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e concentra boa parte do agronegócio brasileiro), está apresentando níveis satisfatórios de umidade do solo nos últimos meses, favorecendo o plantio.

“Para maio/2024, a previsão de chuva próxima e acima da média na região poderá beneficiar o potencial produtivo das lavouras em desenvolvimento e colheita”, diz o instituto, acrescentado que, a partir de maio, há uma redução da chuva no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino.

“Assim, algumas áreas do norte de Minas Gerais, parte central da Bahia, sul de Tocantins, divisa de Mato Grosso e Goiás, oeste de São Paulo e de Mato Grosso do Sul podem sofrer redução dos níveis de umidade do solo”, finalizam os meteorologistas.

Fortes chuvas e inundações matam mais de 100 pessoas no Paquistão e no Afeganistão

16 de abril de 2024

 

As autoridades do Paquistão e do Afeganistão disseram nesta terça-feira que intensas chuvas fora de época, relâmpagos e inundações em ambos os países vizinhos mataram pelo menos 100 pessoas nos últimos dias.

Um porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres do Afeganistão disse que as inundações causaram perdas humanas e materiais em 13 das 34 províncias do país. Janan Saiq relatou que o desastre resultou em quase 50 mortes, dezenas de feridos e a perda de centenas de animais.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Afeganistão disse que as recentes fortes chuvas e inundações afetaram mais de 1.200 famílias e danificaram quase 1.000 casas e pelo menos 25.000 hectares de terras agrícolas e que a ONU e os parceiros “estão a avaliar o impacto e as necessidades relacionadas e a prestar assistência”.

A agência meteorológica afegã previu que são esperadas chuvas mais fortes na maioria das províncias.

O Afeganistão, atingido pela pobreza, tem sofrido com a devastação de anos de conflito e catástrofes naturais, incluindo inundações, secas e terramotos. Em Outubro passado, uma série de terremotos abalou o oeste de Herat e as províncias vizinhas, matando cerca de 1.500 pessoas.

Devastação no Paquistão

Hoje as autoridades federais e provinciais do Paquistão informaram que mais de 50 pessoas morreram devido a fortes chuvas, que causaram inundações repentinas e deslizamentos de terra. A maioria das mortes ocorreu na província noroeste de Khyber Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão, e na província central de Punjab. As autoridades disseram que pelo menos 42 pessoas foram mortas em ambas as províncias e muitas outras ficaram feridas.

A província do sudoeste do Baluchistão e outras áreas do Paquistão relataram o restante das vítimas e perdas em casas, bem como em terras agrícolas.

A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres aconselhou os serviços de emergência a permanecerem em alerta máximo, uma vez que outro período de fortes chuvas é esperado no final desta semana. As autoridades culparam as alterações climáticas pelas chuvas invulgarmente fortes no Paquistão.

Embora a nação do Sul da Ásia, com uma população estimada em 250 milhões de habitantes, contribua com menos de 1% para as emissões globais de gases com efeito de estufa, está listada como um dos países mais vulneráveis ​​aos impactos das alterações climáticas.

O Paquistão sofreu graves inundações em 2022 devido às fortes chuvas sazonais de monções e inundações, resultando em pelo menos 1.700 mortes, afetando 33 milhões de pessoas e submergindo aproximadamente um terço do país.

Depois de visitar áreas atingidas pelas enchentes em 2022, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que os paquistaneses estavam “enfrentando uma monção com esteróides – o impacto implacável de níveis históricos de chuva e inundações”. Guterres criticou a falta de ação climática, apesar do aumento das emissões globais de gases com efeito de estufa. “Vamos parar de sonambulismo rumo à destruição do nosso planeta pelas mudanças climáticas. Hoje é o Paquistão. Amanhã, pode ser o seu país”, disse ele então.

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Feriado da Páscoa pode ter chuvas intensas em grande parte do Nordeste

O feriado da Páscoa – na próxima sexta-feira (29) – será com tempo instável e muita chuva em grande parte da região Nordeste. É o que indica a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  

As chuvas começam a partir desta quarta-feira (27) e devem ocorrer até o domingo (31), com maior destaque para a faixa leste da região, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, incluindo o litoral desde o Ceará até o Maranhão, informa o Inmet.

Acrescenta que a previsão indica, ainda, a intensificação das chuvas, com volumes mais significativos, podendo superar 100 milímetros (mm) entre quinta-feira (28) e sexta-feira (29), na faixa leste da região e, pontualmente, no agreste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte.

A intensidade das chuvas se deve ao transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente, aliado a uma maior atividade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Esse cruzamento contribui para a formação de áreas de instabilidade sobre a porção litorânea do Nordeste e, como consequência, o deslocamento das nuvens para o interior da região.

Alerta

Nesta quarta-feira (27), a Meteorologia emitiu um aviso de mau tempo com chuvas intensas para o Nordeste, entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e ventos intensos (60-100 km/h). Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O alerta – válido até amanhã – é para o sul cearense, sudeste paraense, região metropolitana do Recife, oeste maranhense, norte cearense, noroeste cearense, central potiguar, sertões cearenses, oeste potiguar, sertão pernambucano, leste maranhense, agreste pernambucano, centro-norte piauiense, sertão paraibano, mata pernambucana, agreste paraibano, sudeste piauiense, norte maranhense, borborema, mata paraibana, Jaguaribe, leste alagoano, centro-sul cearense, região metropolitana de Fortaleza, área ocidental de Tocantins, centro maranhense, leste potiguar, nordeste paraense, agreste potiguar, norte piauiense, agreste alagoano, sul maranhense e sudoeste piauiense.

Aumenta número de mortes em consequência das chuvas no Espírito Santo

Subiu para 20 o número de mortes no Espírito Santo, após as fortes chuvas que atingiram o sul do estado no fim de semana. Segundo a última atualização do boletim da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, sete pessoas ainda estão desaparecidas.

Desse total, 18 aconteceram no município de Mimoso do Sul, onde uma casa de atendimento à pessoa com deficiência foi invadida pelas águas do Rio Muqui do Sul e vitimou cinco pessoas. Outras duas foram confirmadas na cidade de Apiacá.

A Defesa Civil baixou para moderado o nível de alerta para fortes chuvas nesta terça-feira (26) e também não descartou os riscos de deslizamentos de encostas nas áreas urbanas e quedas de barreira às margens de rodovias, em 21 municípios do sul do estado.

Os municípios mais afetados pelo temporal desde a última sexta-feira (22), são Apiacá, Mimoso do Sul, Vargem Alta Muniz Freire e Bom Jesus do Norte, onde a Defesa Civil contabilizou 7.296 pessoas desalojadas e outras 408 desabrigadas.

Os municípios de Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Vargem Alta, Mimoso do Sul, Ibitirama, Muqui, Muniz Freire, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Rio Novo do Sul e São José do Calçado tiveram o reconhecimento sumário da situação de emergência pela Defesa Civil Nacional, para que pudessem solicitar recursos destinados a ações de assistência humanitária.

Ao todo, 30 municípios receberam algum tipo de socorro às vítimas como água potável, cestas básicas, kit de higiene pessoal ou material de construção para recomposição de estrutura pública.

Rodovias

Algumas rodovias continuam com trechos interditados em decorrência de deslizamentos, como a BR-482 entre os quilômetros 35 e 42, entre os municípios de Alegre a Guaçuí. As rodovias estaduais ES-393, ES-379 e ES-181 operam parcialmente com portos de interdição e a ES-297 foi totalmente interditada entre o quilômetro 45 e o quilômetro 4 da BR-101, sem previsão de liberação.

Sobe para 19 número de mortes pelas chuvas no Espírito Santo

Mais duas mortes foram confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo no município de Mimoso do Sul, vítimas das fortes chuvas que atingem o Sul do estado desde o último sábado (23).

Até esta segunda-feira (25), o estado contabiliza 19 mortes, sendo 17 na cidade cortada pelo Rio Muqui do Sul, onde seis pessoas ainda estão desaparecidas, e outras duas mortes em Apiacá.

Em Mimoso do Sul as ruas continuam alagadas e a população está sem abastecimento de água potável. O governo do estado realiza campanha para doação e envio de água mineral, cestas básicas e itens de higiene pessoal aos municípios atingidos pelas chuvas.

A estimativa é de que haja 7.287 pessoas desalojadas e outras 411 desabrigadas nos municípios de Apiacá, Mimoso do Sul, Vargem Alta e Bom Jesus do Norte, que foram os mais afetados.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, decretou desde sábado (23) situação de emergência em treze municípios.

A BR-482 permanece interditada entre os quilômetros 35 e 42, nos trechos que ligam os municípios de Alegre a Guaçuí. As rodovias estaduais ES-393 e ES-297 também têm pontos de interdição.

A Defesa Civil manteve até terça-feira (26) o alerta para fortes chuvas na região sul do estado, com riscos de deslizamentos de encostas nas áreas urbanas e quedas de barreira às margens de rodovias.

Espírito Santo anuncia medidas para atender afetados pelas chuvas

O governo do Espírito Santo anunciou, neste domingo (24), a liberação de R$ 50 milhões para medidas de apoio às pessoas atingidas pelas fortes chuvas dos últimos dias na região sul capixaba, com investimento. Em entrevista coletiva no fim da tarde, o governador Renato Casagrande oficializou a adoção de um conjunto de medidas econômicas voltadas para aqueles que tiveram prejuízos.

O estado vai liberar o Cartão Reconstrução, um benefício no valor de R$ 3 mil para aquisição de móveis, eletrodomésticos, roupas, alimentos, material de construção ou qualquer item que a família entenda como prioritário. Já os empreendedores terão linhas de financiamento especiais, além da prorrogação das operações de crédito em curso pelo prazo de seis meses.

“O governo do estado vai investir R$ 50 milhões para subsidiar as operações junto ao Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), por meio do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba – Fortec. Além disso, serão abertas novas linhas para o microcrédito, por meio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes)”, informa nota divulgada pelo governo.

Na manhã de hoje, Casagrande esteve novamente em Mimoso do Sul, onde acompanhou o início do trabalho de limpeza de ruas e o atendimento às pessoas afetadas pelas chuvas. O governador já havia visitado o município no sábado, logo após fortes chuvas que atingiram a região entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de ontem.

Neste domingo, o governador visitou ainda os municípios de Apiacá e Bom Jesus do Norte, que também registraram prejuízos causados pelas fortes chuvas.

Consequências

Até o momento, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) do Espírito Santo confirmou 17 mortes em decorrência das chuvas – 15 em Mimoso do Sul e 2 em Apiacá.

A estimativa, segundo o último boletim extraordinário da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã de hoje, é que 5.481 pessoas estejam desalojadas e 255, desabrigados.

No sábado, o governador decretou situação de emergência nos municípios de Alegre, Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.

Bombeiros atendem mais de 230 ocorrências relacionadas a chuvas no Rio

Desde a última quinta-feira (21), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro atendeu  237 ocorrências relacionadas às chuvas. O número de mortes chegou a 8 nesse período. Até o momento, os bombeiros do Rio de Janeiro atuaram em 111 inundações e alagamentos, 30 desabamentos ou deslizamentos e fez 52 cortes de árvores.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES RJ) fez, neste domingo (24), nova entrega de medicamentos e insumos a municípios afetados pelas chuvas. Os itens que compõem os chamados kits calamidade, contendo medicamentos, como analgésicos e antibióticos, e insumos, como máscaras, agulhas, seringas, agulhas e soro, foram levados da Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da secretaria, em Niterói, região metropolitana do Rio, para as cidades de Petrópolis e Teresópolis, na região serrana, e Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do estado.

No sábado (23), Teresópolis e Petrópolis já tinham recebido a visita de técnicos da SES-RJ e da própria secretária, Claudia Mello. Eles foram ver os estragos na região e verificar as necessidades dos municípios na área da saúde.

Até o momento, foram enviados mais de 20 mil itens aos municípios afetados. As equipes permanecem de plantão na secretaria para qualquer necessidade relacionada aos estragos provocados pelas chuvas.

Objetivos

Segundo a Secretária de Saúde, o objetivo é orientar os gestores municipais para que os impactos à população não sejam agravados. “A gente sabe a dificuldade de atuação em momentos como estes. Por isso, o governo do Rio está atuando de forma efetiva no apoio às cidades prejudicadas”, disse Claudia Mello.

Em Teresópolis, a equipe da SES-RJ se reuniu com a subsecretária municipal de Atenção à Saúde, Michelli Pinto, no Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, na Várzea. Os abrigos temporários instalados no Colégio Municipal Dorvalino de Oliveira, no bairro Correia, e no Ciep Sebastião Melo, no bairro Barroso, também foram visitados.

Em Petrópolis, foram entregues kits calamidade no Núcleo de Assistência Farmacêutica da cidade e vistoriados os abrigos temporários na Escola Municipal Johann Noel, no Bigen, e na Escola João Batista, no bairro Duarte da Silveira. Em Magé, agentes da SES-RJ fizeram contato com a secretária municipal de Saúde, Dra. Larissa Malta e, em seguida, visitaram as unidades básicas de saúde da cidade, afetadas pela chuvas.

Doenças de veiculação hídrica

Segundo a superintendente de Emergências em Saúde Pública da SES-RJ, Silvia Carvalho, um dos pontos de atenção nas visitas é o aumento de casos de doenças de veiculação hídrica, que são aquelas transmitidas por água e lama contaminadas.

“É uma preocupação recorrente. São inúmeros os microrganismos que podem provocar adoecimento. Eles se manifestam diretamente em enfermidades como leptospirose e doenças diarreicas, entre outras, e indiretamente, na dengue, que se torna uma preocupação ainda maior, devido ao cenário epidêmico. São doenças sérias que, sem o manejo clínico adequado e no tempo oportuno, podem causar internações e óbitos”, alerta Sílvia.

Visando agilizar o recebimento da ajuda às cidades, a secretaria mudou a logística de distribuição dos insumos e medicamentos. Antes, as retiradas eram feitas pelos gestores municipais na Coordenação Geral de Armazenagem, em Niterói, região metropolitana do Rio e, posteriormente, em suas sedes.

Ministério

Um representante do Ministério da Saúde, Lucas Fonseca, integrante do Departamento de Emergências em Saúde Pública, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, acompanhou, neste domingo, os serviços de saúde prestados aos abrigados no Ponto de Apoio do Alto Independência. Fonseca faz parte da equipe do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil do governo federal.

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, enfatizou que é  importante receber , neste momento, o apoio do governo federal, que se dispôs a reforçar as equipes de saúde, se for necessário, e a atender outras demandas do município. “Isso nos tranquiliza, por saber que não estamos sozinhos nas situações de emergência em nossa cidade”, afirmou Bomtempo.

Acompanhado do secretário de Saúde, Marcus Curvelo, Lucas Fonseca esteve na Escola Municipal Alto Independência, que é a unidade de apoio com maior número de pessoas abrigadas.

Sobe para 16 o número de mortes por causa das chuvas no Espírito Santo

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) do Espírito Santo confirmou mais uma morte em decorrência das chuvas no estado. Agora são 16 as vítimas, sendo 14 em Mimoso do Sul e duas em Apiacá.

A estimativa, segundo novo boletim extraordinário da Defesa Civil do estado, divulgado às 11h deste domingo (24), é que 5.481 pessoas estejam desalojadas, além de 255 desabrigados por causa  das chuvas.

Segundo o governo estadual, as equipes da Defesa Civil continuam trabalhando, e o nível da água está baixando, permitindo a chegada de ajuda a lugares antes inacessíveis. Em várias cidades,houve deslizamentos, alagamentos e enxurradas.

Vídeos feitos por moradores das regiões atingidas e obtidos pela TVE Espírito Santo mostram ruas cobertas de água, correntezas arrastando até 20 carros de passeio, gado isolado em alagamentos, pessoas sendo resgatadas em botes e moradores no telhado de casas esperando socorro. Nas imagens, é possível ver a água se aproximando de telhados, ou seja, atingindo cerca de três metros de altura.

Espírito Santo tem 15 mortes por causa das chuvas

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) do Espírito Santo informou que, até o momento, foram confirmadas 15 mortes em decorrência das chuvas, sendo 13 em Mimoso do Sul e duas em Apiacá.

A estimativa, segundo boletim extraordinário divulgado na manhã deste domingo (24) pela Defesa Civil do estado, é que 4.481 pessoas estejam desalojadas e 273 desabrigadas por causa das chuvas.

Segundo o governo estadual, as equipes da Defesa Civil continuam trabalhando, e o nível da água está baixando, o que permite a chegada de ajuda a lugares antes inacessíveis. Em vários municípios, houve deslizamentos de terra, alagamentos e enxurradas.

Vídeos feitos por moradores das regiões atingidas e obtidos pela TVE Espírito Santo mostram ruas cobertas de água, correnteza arrastando até 20 carros de passeio, gado isolado em alagamentos, pessoas sendo resgatadas em botes e moradores no telhado de casas, à espera de socorro. Nas imagens, é possível ver a água se aproximando de telhados, ou seja, atingindo cerca de 3 metros de altura.