Skip to content

Exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira chega ao Rio

Encruzilhada é o cruzamento de ruas, estradas e caminhos. Para as religiões de matriz africana, é nas encruzilhadas que os caminhos materiais e não materiais são abertos ou fechados. Onde se estabelece a comunicação entre o visível e o invisível. Usando a força desta palavra, a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é um convite a conhecer percursos da produção de artistas negros no Brasil, mostrando que “A arte contemporânea é negra”- como afirma a obra de Elian Almeida, que está entre os artistas da mostra.  

A exposição será inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rio de Janeiro no sábado (16) e poderá ser conferida até 17 de fevereiro de 2025. A entrada é gratuita. A exposição é composta por mais de 140 obras de 62 artistas brasileiros. Doze deles nasceram ou vivem no Rio de Janeiro.

Obras da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Fernando Frazão/Agência Brasil

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira já passou pelos Centros Culturais do Banco do Brasil em São Paulo e Belo Horizonte e foi vista por mais de 300 mil pessoas.

A mostra chega ao Rio durante a realização dos encontros do G20 Social e pretende proporcionar ao público nacional e internacional o contato com a arte brasileira.

“A gente teve, durante muito tempo, essa imagem da pessoa negra sendo retratada, sendo pintada, fotografada, registrada, pelo olhar, pela ótica da pessoa branca, inclusive do artista branco”, diz o curador da exposição, Deri Andrade.

A exposição vem mostrar a contribuição negra para a arte, destacando que ela vem desde a época do Império e segue até a contemporaneidade.

Andrade explica que a exposição é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 400 artistas catalogados na plataforma. São nomes que abarcam um vasto período da produção artística no Brasil, do século 19 até os contemporâneos, nascidos nos anos 2000. 

Além de reunir obras tanto já conhecidas quanto raras de grandes nomes da arte, a exposição traz também obras encomendadas exclusivamente para a mostra. “A exposição, além de trazer um contexto e uma abrangência nacional dessa arte produzida por artistas negros de todas as regiões do Brasil, traz também um contexto temporal. A gente consegue perceber que esses artistas estão produzindo há muito tempo, sempre estiveram presentes. Aqui na exposição, isso fica muito marcado, nessas maneiras, nesses caminhos, nessas encruzilhadas”, diz o curador. 

Obras da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). – Fernando Frazão/Agência Brasil

O público terá acesso ainda a obras interativas, como a de Elidayana Alexandrino. “Ela desenvolve uma pesquisa que recolhe várias imagens de próprias referências de história da arte e aí ela propõe que o público crie suas próprias curadorias, digamos assim. Estas imagens ficam todas espalhadas pela mesa e ela convida o público a interagir a criar aproximações entre essas imagens, a criar colagens”, diz Andrade.

A abertura, no dia 16, contará com uma programação especial. Às 16h o Terreiro de Crioulo se apresenta, gratuitamente, no térreo do Centro Cultural. A entrada é livre, mas haverá emissão de ingressos, disponibilizados na bilheteria digital e no site do CCBB. Às 14h, o público poderá conferir a performance Do Que São Feitos os Muros, de Davi Cavalcante. O artista construirá um muro, com tijolos que trazem diversas palavras.

“Esse trabalho se inicia em 2020, em um momento pandêmico, pensando nesses muros dentro de casa”, conta Cavalcanti. “A gente passou para o São Paulo por Belo Horizonte e agora estamos no Rio e eu acho muito simbólico, nesse momento em que muitas nações estão se encontrando aqui no Rio para pensar, falar sobre diversidade, sobre política, sobre como é que a gente pode pensar o mundo, pensar o nosso futuro. Erguer um muro aqui para falar um pouco, refletir sobre esse lugar de separação e tensionar o diálogo sobre como a gente pode se aproximar e derrubar esses muros depois”.

No dia 16, a exposição estará aberta ao público já a partir das 9h e as galerias permanecerão abertas durante todo o dia. Nos demais dias de mostra, as visitas seguem o horário de funcionamento do CCBB, de quarta a segunda, de 9h às 20h.

Lucro da Caixa sobe 21,6% e chega a R$ 9,4 bilhões em 2024

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal (Caixa) nos nove primeiros meses de 2024 atingiu R$ 9,4 bilhões, montante 21,6% superior ao registrado pelo banco no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo banco.

As despesas de pessoal e administrativas da Caixa totalizaram R$ 33 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, segundo o banco, foi influenciado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela instituição. Desconsiderando o efeito do PDV, em curso, o aumento nas despesas seria de 7,2% para o período.

No terceiro trimestre de 2024 (julho, agosto e setembro), o lucro líquido da instituição foi de R$ 3,3 bilhões, 0,7% acima do registrado nos mesmos meses do ano passado e 0,7% abaixo do lucro do segundo trimestre de 2024 (abril, maio, junho). Nesse período, as despesas de pessoal e administrativas chegaram a R$ 10,8 bilhões, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 0,3% quando comparado ao segundo trimestre de 2024.

Carteira de crédito

A carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 com saldo de R$ 1,2 trilhão, crescimento de 10,8% em relação a setembro de 2023 e de 3% quando comparado a junho de 2024. O destaque, segundo o banco, foram os aumentos, nos últimos doze meses, de 14,7% no setor imobiliário, de 13,8% no agronegócio, e de 3,9% no saneamento e infraestrutura.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, foram concedidos R$ 465,5 bilhões em créditos totais pelo banco, aumento de 15,3% na comparação com mesmo período de 2023. No terceiro trimestre de 2024, foram concedidos R$ 163,4 bilhões, elevação de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e 2,7% em comparação com o segundo trimestre de 2024.

O índice de inadimplência da carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 em 2,27%, redução de 0,40 pontos percentuais (p.p.) em relação a setembro de 2023 e aumento de 0,07 p.p. quando comparado a junho de 2024. 

Crédito imobiliário

O crédito imobiliário da Caixa é o mais representativo na composição do crédito total do banco, com 67,2% de participação e saldo de R$ 812,2 bilhões em setembro de 2024, crescimento de 14,7% em comparação a setembro de 2023 e de 3,6% em relação a junho de 2024. 

Desse saldo, R$ 474,9 bilhões utilizaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), aumento de 17,3% em comparação a setembro de 2023 e de 4% quando comparado a junho de 2024. Outros R$ 337,3 bilhões utilizaram recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), crescimento de 11,3% em comparação a setembro de 2023 e de 3,1% em relação a junho de 2024.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as contratações habitacionais totalizaram R$ 176 bilhões, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, foram R$ 63,4 bilhões em contratações, elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,5% em comparação ao segundo trimestre de 2024.

Décimo voo da FAB com 213 repatriados do Líbano chega a São Paulo

O décimo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou brasileiros no Líbano pousou às 4h06 desta terça-feira (5) na Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos. Estavam a bordo 213 repatriados e quatro animais de estimação no voo que integra a Operação Raízes do Cedro, iniciada em 2 de outubro e coordenada pelo governo federal.

A operação atingiu a marca de 2.072 brasileiros e 24 animais de estimação repatriados. A aeronave KC-30, utilizada nas repatriações, também transportou ao Líbano 27,3 toneladas de doações essenciais.

Articulação

A logística de repatriação envolve o uso de avião e de servidores da Força Aérea Brasileira (FAB) e um intenso trabalho de articulação do Itamaraty. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano tem cerca de 20 mil pessoas.

As ações de repatriação foram determinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o agravamento do conflito naquele país, com bombardeios aéreos intensos de Israel contra cidades libanesas. Os bombardeios significam um desdobramento da campanha militar israelense na Faixa de Gaza, território palestino ocupado por Tel-Aviv.

Assim como as milícias do Iêmen e do Iraque têm lançado ataques contra Israel ou aliados de Tel-Aviv em represália aos bombardeios em Gaza, a chamada resistência libanesa – coalizão de sete grupos político-militares liderados pelo Hezbollah – tem promovido ataques contra Israel desde o dia 7 de outubro, também em solidariedade a Gaza.

Avião com 221 brasileiros repatriados do Líbano chega em Guarulhos

Uma aeronave com 221 brasileiros repatriados do Líbano pousou às 5h55 desta terça-feira (29) na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). A informação foi confirmada, em nota, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Este é o nono voo de repatriação de brasileiros da zona de conflito no Líbano.

Além do grupo, a aeronave modelo KC-30 trouxe também um animal de estimação. A Operação Raízes do Cedro, responsável pelas ações de repatriação, teve início no último dia 2.

Três mil querem voltar

A logística envolve o uso de aeronaves e servidores da FAB, além do trabalho de articulação via Itamaraty. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano contabiliza de cerca de 20 mil pessoas, das quais pelo menos três mil manifestaram desejo de retornar ao Brasil.

No fim de setembro, bombardeios israelenses no Líbano deixaram dois adolescentes brasileiros mortos – Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, participam de ataques na fronteira desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza, no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah.

EBC chega aos 17 anos com missão de fortalecer a democracia

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) completa 17 anos de fundação neste mês de outubro. Em quase duas décadas, ela tirou do papel a exigência constitucional de complementaridade dos sistemas de comunicação e busca cumprir o desafio de fortalecer a democracia e garantir o direito à informação. 

Segundo especialistas em comunicação, uma empresa nos moldes da EBC está prevista na Constituição Federal de 1988 e reforça a democracia no país.

“O serviço público de radiodifusão é essencial para fortalecer sociedades democráticas, atuando como sistema independente e com foco no interesse público. Estratégico para garantir diversidade de conteúdos e participação social na definição do que será veiculado”, avalia a jornalista Nélia Rodrigues Del Bianco, professora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo ela, pesquisa realizada pela European Broadcasting Union (EBU) em 2021 demonstrou que nas localidades onde há mais serviço público de rádio e TV, há uma maior qualidade democrática. Conforme o estudo, “quando há mais oferta de notícias politicamente equilibradas, naturalmente se tem o antídoto para partidarismo e polarização na sociedade. Ou seja, quando o serviço público é forte, menos cidadãos pensam em soluções autoritárias e há mais interesse em participar da vida pública”.

“É extremamente importante o Brasil ter uma empresa de comunicação como a EBC, porque este é um caminho necessário para garantir uma estrutura de informação da população fora dos critérios dos conglomerados comerciais de mídia”, aponta professor de jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) Pedro Aguiar, pesquisador de agências de notícia.

A EBC está em todas as grandes coberturas no país, com olhar prioritário na sociedade e em toda sua pluralidade  – Tânia Rego/Agência Brasil

A estatal foi criada no dia 24 de outubro, com a publicação do Decreto nº 6.246, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criando a EBC e aprovando o seu estatuto.

Para o diretor-presidente da EBC, Jean Lima, a empresa celebra 17 anos de compromisso com o acesso à informação, à cultura, à diversidade e ao entretenimento de qualidade para todos os brasileiros.

“A data é um marco, fruto do trabalho dedicado e da competência de cada uma das empregadas e de cada um dos empregados que fazem a empresa funcionar todos os dias. Vivemos um ciclo muito positivo de retomada da comunicação pública e de fortalecimento dos nossos veículos e marcas. Que os próximos anos sejam ainda melhores”. 

Tripé da comunicação 

Para o coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Admirson Medeiros, a EBC é o instrumento para garantir o princípio da complementaridade que está previsto na Constituição. Ele ressalta o Artigo nº 224 com a determinação de que “compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal”.

“A EBC é importante para completar o tripé da comunicação no Brasil definido pela Constituição, com a promoção da comunicação pública, o que requer independência do mercado e do governo, financiamento público, controle social e autonomia”, concorda Rita Freire, ex-presidenta do Conselho Curador da EBC.

O conselho foi extinto pelo governo de Michel Temer (2016-2018). Para ela, a construção da comunicação pública “foi interditada” com a decisão e as consequências legais, institucionais e estruturais são sentidas até hoje, como se viu nas dificuldades do grupo de trabalho voltado a discutir alternativas que resultaram na proposta do Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (Sinpas), que está com inscrições abertas

Admirson Medeiros também lamenta o fechamento do Conselho Curador e diz que o FNDC tem atuado para “garantir de novo a participação da sociedade civil na construção dos conteúdos e na orientação da empresa.” Ele defende que “para ser pública tem que ter a participação da sociedade civil.”

Justa e equilibrada 

A professora Nélia Del Bianco destaca que a importância da comunicação pública não é consensual na sociedade brasileira, “como parte do um direito humano à comunicação justa e equilibrada”. 

Segundo ela, permanece em alguns grupos sociais a percepção errônea de que existem dois tipos de emissoras: as privadas e as estatais. “E em geral, se associam emissoras estatais, educativas e públicas como EBC à ausência de qualidade e de autonomia com relação a instâncias de poder governamental”, comenta.

“Percebo que precisamos caminhar um pouco mais enquanto sociedade para entender o papel da radiodifusão pública e parar de pensar que se trata de uma ideia fora de lugar na realidade brasileira”, diz a acadêmica reconhecendo “os esforços da EBC em se aproximar do conceito, separando as suas operações entre público e estatal, mas sempre convivendo com a dúvida sobre a capacidade de ser objetivo, acima da questão governamental.”

O registro do fotógrafo Paulo Pinto, da Agência Brasil, em manifestação a favor do passe livre, em São Paulo, foi o vencedor desde ano do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Pedro Aguiar, da UFF, lembra a importância dos veículos da EBC, como a TV Brasil, a TV Brasil Internacional, as emissoras de rádio, a Radioagência Nacional e a Agência Brasil.  

“Há números que comprovam que a Agência Brasil é o setor dentro da EBC com maior capilaridade dentro do mercado de mídia brasileiro, porque o conteúdo dela é reproduzido por, literalmente, milhares de outros veículos, desde grandes portais e jornais até pequenos sites jornalísticos do interior ou de cidades de pequeno e médio porte”. 

Além dos veículos públicos, redes sociais, serviço de língua estrangeira e fotografia, a EBC conta com o Canal Gov, a Agência Gov e a Rádio Gov, com foco nas informações governamentais em programas como A Voz do Brasil e Bom Dia Ministro. 

Alcance da comunicação pública

Entre janeiro e julho deste ano, a Agência Brasil foi acessada por 26 milhões de usuários. Uma média de 3,7 milhões por mês e teve 73.677. A agência conta com um acervo de mais de 200 mil fotos, usadas gratuitamente por todos os veículos nacionais de comunicação.

A TV Brasil alcançou no primeiro semestre 38 milhões de pessoas e é a quinta emissora mais vista no país. Focada na inclusão e acessibilidade, a emissora lidera a transmissão de programas com libras (16 horas semanais das produções da casa) e com audiodescrição (27 horas semanais). Toda a programação conta com legenda oculta.

Há outros números superlativos na EBC. As emissoras AM e FM da Rádio Nacional e da Rádio MEC alcançaram, só em janeiro deste ano, 390 mil ouvintes em Brasília e no Rio de Janeiro. Além dessas cidades, há emissoras em Alto Solimões (AM) Belo Horizonte, Recife, São Luís e São Paulo, além da Rádio Nacional da Amazônia (em ondas curtas) com programação para os estados que formam a Amazônia Legal.

Sétimo voo da FAB com 82 repatriados do Líbano chega a São Paulo

O sétimo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que resgatou brasileiros do Líbano pousou às 14h40 da tarde desta terça-feira (22) na Base Aérea de São Paulo (Basp), em Guarulhos. Estavam a bordo 82 repatriados e um animal de estimação, no voo que integra a Operação Raízes do Cedro, iniciada em 2 de outubro e coordenada pelo governo federal.

A logística de repatriação envolve o uso de aeronave e de servidores da FAB e um intenso trabalho de articulação do Itamaraty. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano tem cerca de 20 mil pessoas, dos quais cerca de 3 mil manifestaram desejo de retornar ao Brasil.

As ações de repatriação foram determinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o agravamento do conflito no país, com bombardeios aéreos massivos de Israel contra cidades libanesas. Os bombardeios são desdobramento da campanha militar israelense na Faixa de Gaza, território palestino ocupado por Tel-Aviv.

Assim como as milícias do Iêmen e do Iraque têm lançado ataques contra Israel ou aliados de Tel-Aviv em represália aos bombardeios em Gaza, a chamada resistência libanesa – coalizão de sete grupos político-militares liderados pelo Hezbollah – tem promovido ataques contra Israel desde o dia 7 de outubro, também em solidariedade a Gaza.

JUBs 2024 chega ao final e deixa lembranças e ensinamentos

Brasília recebeu a maior competição universitária da história da América Latina. Foram 12 dias de competição da edição 2024 dos Jogos Brasileiros Universitários (JUBs) na capital federal. Depois de muito esforço, suor e dedicação dos atletas para alcançar o lugar mais alto do pódio, ficam as lembranças e ensinamentos para os próximos compromissos esportivos de cada atleta. Mas também ficam os números.

A 71ª edição dos JUBs recebeu mais de 7 mil participantes de todos os estados do país e do Distrito Federal. Foram 31 modalidades, 18 hotéis utilizados, 13 locais de competição e um total de 2.661 medalhas entregues em todo o evento. Os JUBs cresceram e tiveram de ser divididos em duas etapas: a primeira semana com modalidades individuais e a segunda, majoritariamente, com disputas coletivas.

O resultado final foi comemorado pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), mas ele exige ainda mais para os próximos eventos. Para o presidente da entidade, Luciano Cabral, quanto maior a exigência, melhor: “Costumamos dizer que nossa obrigação é sempre fazer maior e melhor. O maior tem sido natural, à medida que vamos qualificando os jogos, vai trabalhando muito na base, nos jogos estaduais, os jogos estaduais vão se fortalecendo, as delegações vão aumentando e o quantitativo final acaba sendo maior. Portanto, ser maior acaba sendo natural pela qualidade do processo. Isso causa um problema na fase final, que é o desafio de fazer melhor. Mas gostamos de desafios e planejamos para oferecer condições melhores em todos os aspectos, sem esquecer das condições técnicas. Procuramos melhorar muito a oferta do esporte, mas também pela estrutura, que surpreende cada vez mais”.

Além da hospedagem, dos locais de competição, das rotas circulares de transporte pela cidade, do refeitório, quem comparecia ao Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), sede administrativa dos JUBs Brasília 2024, também tinha acesso ao Boulevard dos Atletas. Uma área dividida em dois andares com 12 stands interativos de patrocinadores, espaço para socialização e instalações como uma pista de kart elétrico. Aberto das 9h às 21h, o local foi o ponto de encontro de atletas e ficava lotado entre as competições.

“Criamos uma logística otimizada, permitindo que todos os locais do evento fossem acessados em até 20 minutos para atletas, equipes e público. O Boulevard dos Atletas, principal ponto de concentração, reuniu grande parte das modalidades esportivas, proporcionando um ambiente vibrante, repleto de experiências esportivas, ativações estratégicas de marcas patrocinadoras e momentos de lazer. Entre os destaques, montamos uma pista de hoverkart para oferecer uma experiência diferenciada aos participantes. E, em parceria com o Governo do Distrito Federal, promovemos city tours, incluindo sorteios de passeios de balão. Foi uma edição marcada pela excelência em cada detalhe”, afirmou o gerente de logística e marketing da CBDU, Paulo Souza.

Os JUBs Brasília 2024 encerraram o ciclo de competições universitárias no país neste ano. Em 2025, os atletas terão pela frente o maior desafio esportivo universitário, os Jogos Mundiais Universitários, que serão disputados na Alemanha entre 16 e 27 de julho.

Copa do Brasil: Flamengo segura empate com Corinthians e chega à final

Mesmo jogando com um homem a menos desde os 27 minutos do primeiro tempo, o Flamengo mostrou força para segurar um empate sem gols com o Corinthians, neste domingo (20) em pleno estádio de Itaquera, e garantiu a presença na final da Copa do Brasil. A classificação para a decisão foi obtida, no jogo transmitido pela Rádio Nacional, porque o Rubro-Negro triunfou por 1 a 0 no confronto de ida.

VEM PARA MINHA DECISÃO, MENGÃO! 👏👏👏

O @flamengo está na final da #CopaBetanoDoBrasil pelo 3º ano consecutivo. Pela 10ª vez. O Rubro-Negro buscará o penta diante do Atlético-MG na grande decisão. 🤩 pic.twitter.com/im5aTg0ddW

— Copa do Brasil (@CopaDoBrasilCBF) October 20, 2024

Precisando da vitória para buscar a classificação, o Timão buscou o gol desde o primeiro minuto, mas esbarrou na segurança da defesa do Rubro-Negro. Já a equipe comandada pelo técnico Filipe Luís chegou a superar o goleiro Hugo Souza aos 8 minutos do primeiro tempo com Alex Sandro, mas o lance foi anulado, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), por causa de posição irregular do lateral.

Ainda na etapa inicial, mas aos 27 minutos, o atacante Bruno Henrique levantou demais a perna e acertou a cabeça do lateral Matheuzinho em dividida e acabou recebendo cartão vermelho direto. Com um homem a menos, o técnico Filipe Luís decidiu tirar o atacante Gabriel Barbosa para colocar o zagueiro Fabrício Bruno.

A partir daí o Corinthians até conseguiu criar algumas oportunidades, em especial com o atacante Yuri Alberto, mas o Flamengo mostrou muita organização e determinação para segurar o empate até o final e garantir a classificação.

A final está DEFINIDA! 🏆

Simplesmente, @Atletico x @Flamengo ! 🔥O adm quer saber rapidinho.. Quem será o campeão?#CopaBetanoDoBrasil pic.twitter.com/x83jCIzcaj

— Copa do Brasil (@CopaDoBrasilCBF) October 20, 2024

O adversário do Flamengo na decisão será o Atlético-MG, que segurou um empate de 1 a 1 com o Vasco, no último sábado (19) no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. Na partida de ida, em Belo Horizonte, os mineiros triunfaram por 2 a 1. O Rubro-Negro e o Galo disputam as finais da Copa do Brasil nos dias 3 e 10 de novembro.

Sexto voo de repatriação do Líbano chega com 212 passageiros

O sexto voo do Operação Raízes do Cedro, com 212 passageiros resgatados do Líbano, pousou hoje (19) às 7h15 na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). Já são mais de 1.300 pessoas, entre brasileiros e libaneses parentes de brasileiros, trazidos pela Força Aérea Brasileira (FAB), que fugiram do conflito entre Israel e o grupo Hezbollah. No desembarque deste sábado estavam 14 crianças e um gato.

Cerca de três mil pessoas pediram para vir ao Brasil desde que a guerra entre Israel e o Hamas se estendeu para o território libanês, no início do mês.

A Operação Raízes do Cedro repatriou até agora, no total, 1.317 passageiros, sendo 242 crianças, 40 bebês, 138 idosos, 12 gestantes, 101 pessoas com alguma complicação de saúde e 12 pessoas com deficiência, além de 15 animais domésticos.

Pelo acordo entre o Itamaraty e o governo libanês, são prioridade das listas de embarques mulheres, crianças, idosos e brasileiros não moradores do Líbano. Desde 4 de outubro, início da operação de resgate, a FAB tem feito voos diários entre Brasil e Líbano, com escala para reabastecimento em Lisboa, Portugal.

Corinthians derrota Boca e chega à final da Libertadores Feminina

O Corinthians se garantiu na grande decisão da Copa Libertadores de futebol feminino após derrotar, nesta terça-feira (15), o Boca Juniors (Argentina) por 1 a 0 no Estádio Conmebol, situado na cidade de Luque (Paraguai). Agora as Brabas do Timão aguardam a partida entre Independiente Del Valle Dragonas (Equador) e Santa Fé (Colômbia) para conhecerem seu adversário na final.

No próximo sábado (19), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai), a equipe do Parque São Jorge buscará o seu quinto título na competição, após as conquistas de 2017, 2019, 2021 e 2023.

Corinthians e Boca Juniors protagonizaram uma partida muito equilibrada nesta terça no Paraguai. Apesar de apresentar um bom futebol no primeiro tempo, a equipe comandada pelo técnico Lucas Piccinato conseguiu garantir a vitória apenas na etapa final. Aos 13 minutos Jaqueline avançou com liberdade pela ponta direita e cruzou na área para Millene, que apenas escorou para Gabi Zanotti, que acertou de virada para marcar o gol da classificação.

Agora as Brabas do Timão jogam para ampliar ainda mais o domínio do Brasil na competição. Os times brasileiros somam 12 títulos em 15 Libertadores femininas disputadas. O Corinthians triunfou em quatro oportunidades, o São José em três, Santos e Ferroviária em duas cada e o Palmeiras em uma.