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Saúde anuncia centro de emergência para conter epidemia de dengue

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira (1) o lançamento de um Centro de Operações de Emergência para controle da epidemia de dengue no Brasil. Durante reunião tripartite na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), e Brasília, Nísia fez um chamamento pedindo mobilização nacional por parte de estados e municípios. 

“Quero fazer aqui um chamamento público para a união de todo o país neste momento. para proteger nossa população e para prevenir, uma vez que sabemos que a maior parte dos focos [do Aedes aegypti], mais de 75%, se encontra nas casas”, disse. “Apenas com essa união podemos avançar no sentido de estarmos protegendo nossa população desse quadro de dengue e, possivelmente, de outras arboviroses.”

A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC – Arte/EBC

Na abertura da reunião, a ministra voltou a dizer que a vacinação contra a dengue não pode ser vista como solução para a epidemia por conta da limitação de doses da Qdenga cedidas pelo laboratório fabricante. Outro ponto crítico da imunização destacado por Nísia é a não-indicação do imunizante para idosos, grupo mais acometido por formas graves da dengue. 

“A vacina é esperança, é instrumento fundamental, mas não é resposta para um momento de crise”, disse. “É hora de prevenir e cuidar. A dengue é uma doença para a qual o Sistema Único de Saúde (SUS) pode operar de forma eficiente, evitando mortes. Isso tem que ser uma tônica nossa neste momento”, concluiu. 

BNDES Azul tem o mar como centro de estratégia de desenvolvimento

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quarta-feira (24) a iniciativa BNDES Azul, que terá quatro frentes de atuação. Uma delas é o Planejamento Espacial Marinho (PEM) da costa brasileira, cujo contrato destinado à Região Sul do Brasil foi assinado na ocasião. Há também incentivos à inovação e descarbonização da frota naval, estímulo à infraestrutura portuária e apoio a projetos de recursos hídricos via Fundo Clima.

Além das novas frentes, o banco dispõe de cerca de R$ 22 bilhões em carteira, relacionados à economia azul. Desse total, R$ 13,6 bilhões destinam-se a projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros e R$ 7,7 bilhões são para iniciativas nas áreas de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações. Para o setor de turismo marinho e costeiro, estão disponíveis R$ 296,7 milhões e, para o apoio a projetos de recuperação de manguezais, R$ 47 milhões, destinados à iniciativa Floresta Viva, em parceria com a Petrobras. Oito manguezais estão sendo protegidos para preservar a vida marinha.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o objetivo é colocar o mar de volta no centro da agenda estratégia nacional para fortalecimento da indústria naval e o aprofundamento de pesquisas marinhas no país. “Os interesses que estão nos oceanos, especialmente para um país com 8,5 milhões de quilômetros de costa, são decisivos para o futuro.”

O Planejamento Espacial Marinho da Região Sul terá R$ 7 milhões não reembolsáveis e prazo de conclusão do estudo, de 36 meses. Será feito o mapeamento dos usos atuais e potenciais do ambiente marinho da Região Sul, que concentra instituições de pesquisa com tradição em estudos costeiros e marinhos e cinco dos dez principais portos do Brasil. Para a Região Sudeste, cujo edital foi lançado durante a solenidade, haverá recursos não reembolsáveis de 12 milhões. As inscrições para seleção de propostas para o PEM Sudeste podem ser feitas até 15 de março.

Descarbonização

Aloizio Mercadante chamou a atenção para o fato de 95% das exportações brasileiras serem feitas por navios. No ano passado, o país comercializou mais de R$ 1,5 trilhão. “Nós precisamos fazer navio. Já fizemos. E temos tecnologia e erros cometidos, para aprender com os erros e corrigir”. No âmbito da economia azul, projetos de construção de embarcações podem ter redução de até 0,24 pontos percentuais (pp) na taxa de juros.

Para projetos de modernização, conversão ou jumborização de embarcações, essa redução pode ser de até 0,40 pp. Já para projetos de docagem, reparo e manutenção de embarcações, a redução pode ser de até 0,2 pp na taxa de juros, caso a empresa tenha política de responsabilidade socioambiental publicada em sítio de internet e apresente inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

A Marinha pode sair na frente na área e disputar com outros países e, com isso, seriam reativados também os estaleiros nacionais, disse Mercadante. No ano passado, o BNDES liberou R$ 1 bilhão para a construção naval, com alta na comparação com os R$ 600 milhões desembolsados em 2022. Mercadante garantiu que, em 2024, o desembolso não ficará abaixo de R$ 2 bilhões. “O que nós precisamos é de bons projetos. O BNDES reage às iniciativas”, afirmou.

Até 2025, a Organização Marítima Internacional (IMO, do nome em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), vai concluir o planejamento de descarbonização das emissões de navios. Segundo Mercadante, até 2030, o Brasil terá que reduzir as emissões, com combustível renovável, nos navios. “A janela que está se abrindo é para produzirmos navios com combustível sustentável e renovável. Substituir petróleo por outras fontes de energia, como amônia verde, hidrogênio verde.”

Setor portuário

Para apoiar o novo ciclo de investimentos portuários, que prevê cerca de R$ 45 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor, em arrendamentos e Terminais de Uso Privativo, o BNDES dispõe de linhas específicas com prazos favoráveis de financiamento que podem chegar a até 34 anos. “Nosso objetivo não é o lucro imediato”, destacou Mercadante, completando que o compromisso dele “é com o desenvolvimento do Brasil”. Além disso, em atuação conjunta com o mercado privado para alavancar o setor portuário, o BNDES pode realizar operações de mercado de capitais, por meio da emissão de debêntures, em condições atrativas.

Também como estímulo à inovação do setor naval, o Programa BNDES Mais Inovação, que oferece crédito em taxa TR (cerca de 2%) para investimentos em inovação e digitalização, está aberto para dar suporte às indústrias relacionadas à economia azul.

Em mais uma frente de apoio estratégico do BNDES, o Fundo Clima entra em 2024 com a possibilidade de incluir projetos relacionados a recursos hídricos em uma de suas seis linhas (Florestas Nativas e Recursos Hídricos). A novidade promete proporcionar mecanismos mais amplos para estruturação de projetos ligados à economia azul, com a menor taxa do Fundo, de 1% ao ano.

“Este é um momento responsável. São obras do Estado brasileiro: precisamos cuidar do que é nosso, do Brasil de amanhã, o que perpassa governos, mandatos”, salientou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, que estava presente à cerimônia.

Ciência e políticas públicas

Marina Silva, durante lançamento do BNDES Azul – Tomaz Silva/Agência Brasil

 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que a ciência vai ser a base das políticas públicas daqui para a frente. “Claro que vai existir sempre o espaço para o imponderável e a criatividade, mas, cada vez mais, as políticas públicas terão de ser feitas e pensadas com base em evidências. E nada melhor do que ter o conhecimento do nosso imenso oceano, nada mais do que ter conhecimento das nossas florestas, da nossa biodiversidade, dos nossos recursos terrestres, enfim, de tudo que a natureza dispõe.”

Segundo Marina Silva, o objetivo do Planejamento Espacial Marinho que os ministério de Minas e Energia e da Defesa estão fazendo, juntamente com a Marinha e com apoio do BNDES, é usar, da melhor forma possível, os meios de que o país dispõe não só quanto à biodiversidade marinha e às capacidades oceanográficas, mas também quanto ao grande desafio que a humanidade tem em relação ao problema da mudança do clima.

Marina Silva acentuou que os oceanos são responsáveis pela absorção de cerca de 30% das emissões de CO2 (gás carbônico), mas têm estoque de carbono maior do que o existente na superfície terrestre. “Se essa biota marinha for destruída e tivermos um processo de emissão de CO2 a partir dela, acabaremos com as condições que promovem e sustentam a vida no planeta.” A ministra enfatizou que o Brasil é o lugar em que se pode fazer uma inflexão civilizatória.

“Pode-se criar um novo ciclo de prosperidade em que se fortaleça a democracia e se combatam as desigualdades, mas com sustentabilidade econômica, social e cultural. Esta é a diferença de termos tantos recursos, alguns recursos financeiros, alguns deles não retornáveis, para que a gente possa inovar, criar experiências inovadoras que sejam capazes de criar esse ciclo de prosperidade, sem deixar ninguém para trás.”

Ciência no Mar

Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia – Tomaz Silva/Agência Brasil

 

O oceano, por seu papel cada vez mais relevante na agenda climática, é uma pauta prioritária para a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação, afirmou a ministra Luciana Santos.

Entre as atividades desenvolvidas pela pasta, Luciana citou o programa Ciência no Mar, de gestão da ciência brasileira em águas oceânicas.

O programa, que tem duração prevista até 2030 e está relacionado ao Planejamento Espacial Marinho, compromete-se com o avanço da pesquisa oceânica para produzir e aplicar conhecimento tecnológico, buscando atingir benefícios econômicos, sociais e ambientais.

A ministra anunciou ainda que o Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica, criado no ano passado e situado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já iniciou atividades, tornando-se um catalizador de ações sobre o tema.

O Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica é uma organização social vinculada ao ministério que vai atender às demandas de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento, bem como à otimização do uso dos navios brasileiros de pesquisa.

Pela 1ª vez, equipe feminina responde por centro de operações do ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) teve pela primeira vez uma equipe 100% feminina conduzindo turno de um centro de operação do órgão. As quatro engenheiras, Daiany Beda, Wanessa Santos, Ana Carolina de Lima e Marayanne Cristalino, ficaram responsáveis pelo Centro de Operação Norte / Centro-Oeste, em Brasília, que executa a operação em tempo real do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos estados das duas regiões .

Elas controlaram, nessa terça-feira (16), o funcionamento das instalações de geração e transmissão de energia elétrica para garantir o pleno atendimento à carga de forma otimizada e segura, em um dia caracterizado por elevada demanda de carga nos estados do Norte e Centro-Oeste, que representam mais da metade do território nacional e possuem importantes usinas geradoras de energia. O ONS possui cinco centros de operação no país e uma equipe de 142 funcionários para cumprir os turnos, dos quais 21 são mulheres.

A participação do sexo feminino nos centros de operação vem aumentando nos últimos anos, devido à mudança do perfil que se busca para a atividade. priorizando profissionais com formação superior em engenharia elétrica. Segundo afirmou o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, “estamos em uma trajetória dedicada a ampliar a diversidade, equidade, inclusão, e promover um ambiente de trabalho ainda mais positivo, inovador, acolhedor e produtivo. Esse movimento se iniciou em 2021, com a definição da nossa estratégia ASG, estruturada em três pilares: ONS +Humano, +Verde e +Social. Acreditamos que a diversidade e inclusão potencializam nossa energia”, concluiu Ciocchi.

ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é responsável pela coordenação e pelo controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), além do planejamento da operação dos sistemas isolados do país. Estão sob o comando do ONS 161 hidrelétricas em 22 bacias hidrográficas, de múltiplos proprietários, que deverão totalizar quase 110GW no SIN até 2027.

Atualmente, a matriz elétrica brasileira é considerada um exemplo mundial de sustentabilidade, uma vez que cerca de 88% da energia elétrica produzida no país vêm de fontes renováveis. O Operador mantém equipes atuando durante sete dias por semana, 24 horas por dia, em salas de controle localizadas no Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Florianópolis. 

Israel conduz novos ataques aéreos e terrestres no centro e sul da Faixa de Gaza

11 de janeiro de 2024

 

Os militares de Israel realizaram na quinta-feira ataques aéreos e terrestres no centro e no sul da Faixa de Gaza, com o Ministério da Saúde de Gaza afirmando que os ataques israelenses durante a noite mataram dezenas de pessoas.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que os mais de 60 mortos incluem pessoas de Khan Younis, a cidade do sul que é a segunda maior da Faixa de Gaza.

Os militares israelenses também conduziram jornalistas em um passeio por um túnel subterrâneo em Khan Younis, onde disseram haver evidências da presença de reféns.

Israel não identificou nenhum dos reféns nem deu informações adicionais.

O Hamas matou cerca de 1.200 pessoas no seu ataque de 7 de outubro a Israel e capturou 240 reféns, cerca de metade dos quais já foram libertados.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que a contra-ofensiva de Israel matou mais de 23.300 palestinos. Vastas áreas de Gaza ficaram em escombros e 85% da sua população de 2,3 milhões de pessoas foi deslocada.

O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na quarta-feira que as agências de ajuda estão enfrentando “desafios quase intransponíveis” na entrega de ajuda humanitária.

“Temos os suprimentos, as equipes e os planos em vigor. O que não temos é acesso”, disse Tedros ao pedir a ajuda de Israel para facilitar os pedidos de entrega de ajuda.

 

Ataques israelenses matam dezenas no centro e sul de Gaza

10 de janeiro de 2024

 

Os ataques israelenses mataram dezenas de pessoas na Faixa de Gaza em meio a novos ataques militares no centro e no sul de Gaza.

Os militares israelenses disseram na quarta-feira que atingiram 150 alvos na área de Maghazi, no centro de Gaza, e na área de Khan Younis, na parte sul do enclave palestino. Descreveu os mortos como “terroristas”.

O ministério da saúde em Gaza disse que 70 pessoas foram mortas e 130 ficaram feridas em ataques durante a noite. O ministério não faz distinção entre civis e combatentes nos seus números de vítimas.

A violência contínua ocorreu quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, permaneceu na região. Em reuniões com líderes regionais, Blinken discutiu a governação de Gaza no pós-guerra e formas de promover a paz, apesar de não apoiarem anteriormente um cessar-fogo.

As Nações Unidas alertaram para os terríveis efeitos do conflito sobre os civis em Gaza, com a maioria das pessoas a fugirem das suas casas e os trabalhadores humanitários e as instalações de saúde a enfrentarem dificuldades na prestação de ajuda.

 

Forças israelenses atacam o centro e o sul de Gaza; ao todo mais de 22 mil mortos

8 de janeiro de 2024

 

Israel disse na segunda-feira que as suas forças realizaram novos ataques no centro e sul de Gaza, bem como ataques aéreos contra o Hezbollah no sul do Líbano.

Os ataques ocorreram no momento em que as autoridades israelitas se preparavam para uma visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que disse que levantaria a questão de Israel fazer mais para evitar vítimas civis nas suas operações em Gaza e para facilitar a entrega de ajuda humanitária a civis palestinianos.

Anteriormente, os Estados Unidos, maior aliado de Israel, se posicionou contra um cessar-fogo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar a guerra durante seu discurso em uma reunião semanal de gabinete no domingo.

“A guerra não deve parar até que alcancemos todos os objetivos: a eliminação do Hamas, o regresso de todos os nossos reféns e garantir que Gaza não represente mais uma ameaça para Israel”, disse ele no domingo. “Digo isso tanto para nossos inimigos quanto para nossos amigos.”

A campanha israelita deixou grandes áreas da Faixa de Gaza em ruínas. O Ministério da Saúde em Gaza disse que a ofensiva israelense matou mais de 22.800 pessoas. O ministério não faz distinção entre militantes e civis, mas afirma que 70% dos mortos eram mulheres e crianças.

A agência da ONU para os refugiados palestinos diz que quase 1,9 milhão dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão abrigados nos locais da agência em ou perto de Gaza.

Até domingo, 79 jornalistas haviam sido mortos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. A organização disse que entre os mortos estavam 72 palestinos, quatro israelenses e três jornalistas libaneses.

“O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo das partes em conflito”, afirmou Sherif Mansour num comunicado.

A Al Jazeera condenou a morte de dois jornalistas, um deles independente da rede, que foram mortos num ataque aéreo israelita enquanto viajavam no seu carro cobrindo a guerra perto de Rafah.

A rede Al Jazeera, sediada no Qatar, afirmou num comunicado que os últimos assassinatos demonstram “sem dúvida a determinação das forças israelitas em continuar estes ataques brutais contra jornalistas e suas famílias, com o objetivo de dissuadi-los de cumprir a sua missão, violando os princípios da liberdade de expressão”.

A Al Jazeera instou “o Tribunal Penal Internacional, os governos, as organizações de direitos humanos e as Nações Unidas a responsabilizar Israel pelos seus crimes hediondos” e exigiu “o fim dos ataques e assassinatos de jornalistas”.

Os militares de Israel não comentaram o ataque, mas numa declaração de 16 de dezembro, em resposta à morte de outro jornalista da Al Jazeera em Gaza, os militares disseram: “As FDI nunca atacaram deliberadamente jornalistas, nem o farão”.

 

Projeto de centro de pesquisa geológica é retomado no Rio de Janeiro

O Serviço Geológico do Brasil (SGB), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, anunciou a retomada do projeto de construção do Complexo Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro. A Petrobras, que deve investir cerca de R$ 249 milhões, deu início ao processo de financiamento. Depois de preenchidas todas as exigências burocráticas, as duas empresas assinarão um termo de cooperação técnico-científico, que será enviado para a aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O projeto inclui a revitalização do Museu de Ciências da Terra (MCTer), de um conjunto de laboratórios de isotopia e geocronologia, e de uma litoteca com amostras do pré-sal brasileiro, que poderá ser acessada tanto pela indústria como por pesquisadores. A previsão é que as obras comecem em abril de 2024 e terminem em 2027. 

“Do ponto de vista cultural, teremos um museu científico de referência no Brasil, que irá tratar da evolução do planeta Terra e de como nós, seres humanos, nos inserimos neste processo evolutivo. Do ponto de vista do setor mineral, o Centro de Referência em Geociências terá como foco avaliar as possibilidades do território brasileiro para novas descobertas dos minerais críticos para transição energética, como o cobre, níquel, cobalto e lítio”, disse Inácio Melo, diretor-presidente do SGB. 

Na nova estrutura, está prevista a construção dos laboratórios de Preparação Mecânica de Fósseis; Preparação Química de Fósseis; Micropaleontologia; Modelagem (Replicagem) de Fósseis; Preparação de Amostras Minerais; Conservação de Acervos; Restauro de Fósseis; Microscopia e Petrografia; e Ilustração. 

O Museu de Ciências da Terra também planeja ter um portfólio de projetos de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PD&I), principalmente nas áreas de sedimentologia, estratigrafia, bioestratigrafia, paleontologia, micropaleontologia, paleoecologia, paleoambiente, paleoclima, sistemas petrolíferos e tectônica de bacias. 

A expectativa é que o novo complexo de pesquisa e desenvolvimento ajude a aprofundar os estudos e o conhecimento geológico no país. E beneficie setores estratégicos da economia. 

“A disponibilização das amostras do pré-sal tanto para a academia quanto para a indústria de forma imediata certamente vai gerar inúmeros trabalhos científicos e de ciência aplicada, que podem contribuir no processo prospectivo das bacias costeiras do Brasil e até mesmo das bacias equatoriais”, disse Inácio Melo.

Detentos fogem de centro de detenção em São Paulo

Sete detentos em regime semiaberto fugiram do Centro de Detenção Provisória I de Chácara Belém, na zona leste de São Paulo, na noite desta segunda-feira (25). O grupo conseguiu escapar após fazer uma abertura na cerca de arame que circunda a unidade. 

Durante a fuga, os presos também renderam um agente de segurança, e pegaram o rádio que o agente usava para se comunicar com outros guardas da penitenciária. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como evasão e roubo no 30º DP. 

A Agência Brasil procurou a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e aguarda retorno.