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Celso Sabino é eleito presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo

O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi eleito para comandar o Conselho Executivo da ONU Turismo. Ele é o primeiro brasileiro a ocupar um alto cargo de representatividade na agência da Organização das Nações Unidas para o turismo desde sua criação, em 1975. A eleição que escolheu o nome de Sabino aconteceu em Cartagena, na Colômbia, durante a 122ª reunião do conselho.

É um dia muito importante para o Brasil, para o turismo na América do Sul, na África no Caribe, para toda essa região do planeta, disse Celso Sabino, ao comentar sua eleição para o posto mais alto do Conselho Executivo da ONU Turismo. Com isso, afirmou o ministro, é possível enfatizar a necessidade de todos reconhecerem que é preciso “virar a chave”.

“Precisamos prestigiar, valorizar, reconhecer a necessidade de criar oportunidades de produzir desenvolvimento sustentável para povos como os da América do Sul, da África, da Ásia, de diversas partes do mundo que hoje ainda estão na margem do desenvolvimento. No nosso entendimento, que foi o vencedor, a melhor forma de garantir o desenvolvimento sustentável na economia, na sociedade, para que todas as pessoas no mundo tenham oportunidade, é através da exploração do turismo sustentável. Seja o ecoturismo, seja o turismo de aventura, seja o turismo convencional, seja o de experiência.”

Por fim, Celso Sabino parabenizou a delegação brasileira, a América do Sul, a África, a Ásia e a Europa, todos os que apoiaram sua eleição. “O desafio agora é dobrado, mas tenho certeza de que, com parceria, cooperação e colaboração, vamos conseguir vencer.”

Em nota, o Ministério do Turismo destacou que, em 2025, o Brasil ocupará o posto mais alto do setor, em um ano no qual o país será palco de dois grandes eventos mundiais: a presidência rotativa do Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).

De acordo com a pasta, durante o mandato, que tem duração de um ano, Celso Sabino vai liderar a agência da ONU em meio a decisões estratégicas para o setor, incluindo atração de investimentos, qualificação profissional, sustentabilidade, relação com as mudanças climáticas e digitalização.

Formado em direito e em administração, Celso Sabino é natural de Belém. Auditor fiscal concursado pela Secretaria Estadual da Fazenda, iniciou a vida pública como deputado estadual em 2011 e 2012 e, posteriormente, entre 2015 e 2018. Atuou ainda como secretário estadual de Trabalho, Emprego e Renda e como presidente do Instituto de Metrologia do Estado do Pará.

Foi eleito deputado federal em 2018 e em 2022. Na Câmara dos Deputados, foi relator da reforma do Imposto de Renda em 2021 e, em 2022, foi presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Escritório no Brasil

Ainda segundo o ministério, a cidade do Rio de Janeiro, “principal porta de entrada dos turistas estrangeiros no país”, foi escolhida para sediar o primeiro escritório da ONU Turismo nas Américas. A previsão é que a unidade atenda a região da América Latina e do Caribe e conte com consultores brasileiros e estrangeiros.

“Caberá ao escritório dar continuidade às atividades da ONU em âmbito regional; desenvolver ações relacionadas à promoção do turismo responsável, sustentável e universalmente acessível; bem como promover a integração do turismo na agenda global; melhorar a competitividade do turismo; construir parcerias para fortalecer a atividade, entre outras”, concluiu a pasta.

Celso Amorim viaja à Venezuela para acompanhar eleição de domingo

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, embarca nesta sexta-feira (26) para a Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais. O pleito ocorre no próximo domingo (28) e terá na disputa o atual presidente, Nicolás Maduro, e mais nove concorrentes.

O ex-chanceler Celso Amorim – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A informação sobre a ida do ex-chanceler Amorim ao país vizinho foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã, após participar de um evento. Nos últimos dias, o presidente defendeu a presença de observadores internacionais no pleito.

Cerca de 21 milhões de venezuelanos deverão eleger o próximo presidente.

O processo eleitoral na Venezuela tem sido questionado por potências como os Estados Unidos e pela União Europeia, sobretudo em pontos como a segurança do resultado das eleições. Na quarta-feira (24), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar dois representantes para acompanhar o pleito, após Nicolás Maduro afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas.

Nos últimos anos, por conta dos questionamentos, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais. 

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Morre Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central

Morreu nesta quarta-feira (21) em São Paulo o economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore, 84 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde o último fim de semana. A causa da morte não foi informada.

Pastore foi um dos economistas mais respeitados do país. Atuou como professor, consultor e foi presidente do Banco Central de 1983 a 1985, nos últimos anos da ditadura militar. Ele também escreveu livros e foi secretário da Fazenda de São Paulo entre os anos de 1979 e 1983. Foi um dos fundadores e primeiro presidente do Centro de Debate de Políticas Públicas, órgão que reúne economistas e pensadores.

Autoridades e instituições nacionais lamentaram a morte do economista. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Josué Gomes da Silva, disse que com a morte de Pastore, o Brasil perde um importante pensador. “Além de um estudioso das nossas questões econômicas, também teve relevante trajetória pública, atuando em momentos-chave, como na negociação da dívida externa brasileira quando era presidente do BC. Deixa relevante legado intelectual e uma lacuna no debate econômico nacional”, afirmou.

Para o Banco Central, a morte de Affonso Celso Pastore deixará uma lacuna no debate econômico brasileiro. “Em sua passagem pelo BC, dedicou-se ao trabalho de lançar as bases de uma economia estável e com crescimento sustentável. Deu significativa contribuição para a resolução do problema do endividamento externo brasileiro. Com exímia habilidade, foi negociador junto ao Fundo Monetário Internacional e os bancos credores internacionais, ajudando de forma definitiva a evitar que o país entrasse numa situação de insolvência externa. No campo acadêmico, deixa trabalhos inovadores que serviram de inspiração a uma geração de ex-alunos e que certamente serão consultados por novos economistas. Em vida, ganhou o reconhecimento dos mais renomados economistas do país”, diz nota do BC.

Também em nota, o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) lamentou a morte de seu fundador. “Professor e pesquisador, teve enorme impacto na formação de várias gerações de economistas. Foi presidente do Banco Central e se tornou um intelectual público na melhor acepção do termo: engajado em debates nos mais variados fóruns, capaz de traduzir a teoria econômica para o grande público, aberto a novas ideias, mas sem jamais abrir mão da coerência e do rigor acadêmico. Impressionava a todos que o conheciam pela firmeza de opiniões e retidão moral. É uma imensa perda para todos que tiveram o privilégio de conviver com ele no CDPP. Foi um grande brasileiro que muito contribuiu para o progresso do Brasil”.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) definiu Pastore como um dos economistas mais renomados do país. “Homem público, também foi presidente do BC e representou o Brasil em diversas instituições internacionais, entre elas o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O secretário Samuel Kinoshita e o corpo de servidores da Sefaz-SP estendem suas condolências à família desse incansável estudioso das políticas econômicas, que tanto se dedicou ao país”.

O velório será realizado hoje no cemitério Morumbi, na zona sul da capital paulista, das 13h às 17h.

* Com informações da TV Brasil