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Brasil elogia Corte Internacional por exigir medidas de Israel em Gaza

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil elogiou, em nota publicada neste sábado (30), a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que determinou que Israel adote medidas adicionais para garantir o fornecimento de serviços básico e assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

“O governo brasileiro saúda a adoção, em 28 de março, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), de novas medidas cautelares, no âmbito do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.”

A CIJ é o principal órgão jurídico das Nações Unidas (ONU) que julga denúncias de crimes contra Estados. Na última quinta-feira (28), a Corte emitiu decisão, por 14 votos contra dois, exigindo que Israel adote medidas cautelares adicionais para evitar a degradação da vida do povo palestino.

O Itamaraty recordou que as medidas determinadas pela CIJ têm “caráter vinculante”, o que significa que os países signatários da ONU concordaram em respeitar as decisões do Tribunal.

Ainda segundo o MRE, “o governo brasileiro espera que [as medidas] possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados”.

O governo brasileiro ainda lembrou que a fome instalada em Gaza matou “ao menos 31 pessoas, entre as quais 27 crianças, por malnutrição e desidratação, conforme relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários”.

Medidas Cautelares

Entre as medidas determinadas pelo Tribunal, está a cooperação plena com a ONU para a prestação desimpedida, e em grande escala, de assistência humanitária e prestação de serviços básicos, aumentando os pontos de passagem terrestre à Gaza, que devem ficar abertos pelo tempo que for necessário.

O órgão ainda exige que os militares israelenses não cometam atos que violem os direitos dos palestinos e que o governo de Israel apresente ao Tribunal um relatório sobre as medidas que adotou para cumprir a ordem da CIJ. A resposta de Israel deve ser apresentada até o dia 28 de abril.

De acordo com a decisão, “as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza deterioraram-se ainda mais, em particular devido a prolongada privação generalizada de alimentos e outras necessidades básicas a que os palestinos em Gaza foram submetidos”. Além disso, a Corte afirmou que “os palestinos em Gaza não enfrentam mais apenas o risco de fome, conforme consta do Despacho de 26 de janeiro de 2024, mas a fome está instalada”.

Entenda

Em 29 de dezembro de 2023, a África do Sul ingressou com uma ação na CIJ acusando Israel de genocídio. A ação recebeu o apoio de diversos países, incluindo o Brasil. Na última segunda-feira (25), a relatora da ONU para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, também denunciou Israel por genocídio em Gaza.

Grupo de especialistas apoiados pela ONU alertam que metade da população de Gaza, cerca de 1,1 milhão de pessoas, sofrem risco de “fome catastrófica” no enclave palestino. De acordo com a Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC), a desnutrição aguda entre crianças de 6 meses a 23 meses de idade aumentou de 16,2% para 29,2% entre janeiro e fevereiro deste ano.

O governo de Tel Aviv nega as acusações. Diz que a África do Sul e a relatora especial da ONU distorceram a situação no enclave palestino, que o país respeita o direito humanitário internacional e que a guerra seria contra o Hamas, e não contra o povo palestino.

Dados mais atualizados apontam que 32,5 mil pessoas morreram e outras 75 mil estão feridas após 175 dias de guerra na Faixa de Gaza. Esse número não inclui os 8 mil corpos que as autoridades locais de Gaza estimam estarem sob os escombros de prédios bombardeados por Israel.

Tênis de mesa: Brasil fatura 2 ouros e 1 bronze em Aberto Paralímpico

Esta sexta-feira (29) foi de pódios brasileiros – dois deles com medalhas de ouro – no último dia do Aberto Paralímpico de Tênis de Mesa Fa20, em Wladyslawowo (Polônia). Atual número cinco do mundo, a carioca Sophia Kelmer, que já conquistara prata na disputa individual na quinta (28), faturou o ouro hoje nas duplas da classe WD 14, ao lado da polonesa Katarzyna Marszal. As duas derrotaram na final a parceria da japonesa Yuri Tomono com a romena Gabriela Constantin, por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/8 e 11/9.

Brasil conquista dois ouros e um bronze e termina o Aberto Paralímpico Fa20 da Polônia com quatro medalhas no total

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— CBTM (@CBTM_TM) March 29, 2024

“Fico muito honrada de vestir a camisa da seleção brasileira e de jogar mais um campeonato internacional, dessa vez com o título. Levar esse título para o Brasil é muito gratificante. Joguei ao lado de uma polonesa da Classe 6, e a experiência de jogar na casa dela também foi muito bacana. Acho que eu consigo ver o quanto eu estou crescendo, o quanto eu estou melhorando em todos os aspectos e eu só tenho a agradecer a todo mundo que estava torcendo por mim”, disse Kelmer, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Outra dupla campeã foi a do brasileiro Israel Stroh com o espanhol Jordi Morales, que venceu de virada a final da classe MD14 contra a parceria do belga Ben Ashok Despineux com o norueguês Krizander Magnussen. As duplas já haviam se enfrentado na fase de grupos, quando Despineux e Magnussen levaram a melhor. Já na disputa do ouro, foi a parceria Brasil-Espanha que saiu vitoriosa com a medalha dourada. O triunfo foi obtido com parciais de 10/12, 8/11, 11/7, 11/7 e 11/8.
Também nesta sexta (29), teve bronze de Guilherme Costa e Iranildo Espíndola na disputa de duplas da classe MD4. Os dois foram superados na semifinal pela dupla do espanhol Daniel Rodríguez com o japonês Masanori Uno, por 3 sets a 0 (11/5, 11/6 e 11/5).

O Aberto Paralímpico conta pontos no ranking classificatório para os Jogos de Paris. A previsão da CBTM é anunciar a lista de classificados (disputas individuais) na próxima semana. Já a relação de classificados nas duplas sairá no final de abril.

Ao todo seis atletas já carimbaram a vaga paralímpica em Paris ao conquistarem o ouro no Parapan-Americano de Santiago (Chile), no ano passado. São eles: Thiago Gomes, Danielle Rauen, Marliane Santos, Cláudio Massad, Paulo Salmin e Luiz Manara.

Passagem do furacão Catarina no Sul do Brasil completa 20 anos

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29 de março de 2024

 

Há duas décadas, em 28 de março de 2004, o Brasil acordava com as notícias de um evento meteorológico sem precedentes: o Furacão Catarina. Esse fenômeno, que tocou terra no Sul do Brasil, deixou marcas profundas na memória dos brasileiros e continua sendo um marco singular na história climática do país.

O Furacão Catarina: Um Despertar para a Meteorologia Brasileira

Primeiro e Único: O Catarina foi o primeiro e único ciclone tropical documentado até hoje no Atlântico Sul. Sua intensidade ficou entre o limite superior da categoria 1 e o inferior da categoria 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados em torno de 150 km/h e rajadas mais fortes.Desafio Científico: A formação do Catarina desafiou a teoria científica, que afirmava que furacões não poderiam se formar sobre o Atlântico Sul. Vários debates seguiram-se na Meteorologia brasileira para classificar o fenômeno. A conclusão, após ouvir especialistas do exterior, foi a óbvia: foi um furacão.

Vítimas e destruição

No total, o furacão Catarina deixou 11 mortos e pelo menos 78 pessoas feridas. Além disso, foram 33.165 desabrigados e desalojados. Milhões de catarinenses foram afetados pelo fenômeno.

Os prejuízos foram estimados em mais R$ 850 milhões. Na época, nenhum município do estado de Santa Catarina estava preparado para um evento desse tipo. 14 municípios decretaram Estado de Calamidade Pública e 7, Situação de Emergência.

Legado e Mudanças

O desastre de 2004 forçou mudanças significativas. Hoje, há maior conhecimento sobre ciclones tropicais no Brasil, melhor capacidade de modelagem numérica de previsão e ferramentas de monitoramento.

No entanto, ainda há lacunas. As boias de monitoramento na costa do Brasil são quase inexistentes, e o que ocorre em mar aberto antes de um ciclone tocar terra permanece um mistério.

(erro) 

Artigo em destaque: passagem do furacão Catarina no Sul do Brasil completa 20 anos

29 de março de 2024

 

Há duas décadas, em 28 de março de 2004, o Brasil acordava com as notícias de um evento meteorológico sem precedentes: o furacão Catarina. Esse fenômeno, que tocou terra no Sul do Brasil, deixou marcas profundas na memória dos brasileiros e continua sendo um marco singular na história climática do país.

O Furacão Catarina: um despertar para a meteorologia brasileira

Primeiro e único: O Catarina foi o primeiro e único ciclone tropical documentado até hoje no Atlântico Sul. Sua intensidade ficou entre o limite superior da categoria 1 e o inferior da categoria 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados em torno de 150 km/h e rajadas ainda mais fortes.Desafio científico: A formação do Catarina desafiou a crença tradicional de que furacões não podem se formar sobre o Atlântico Sul. Vários debates seguiram-se na Meteorologia brasileira para classificar o fenômeno. A conclusão, após ouvir especialistas do exterior, foi a óbvia: foi um furacão.

Vítimas e destruição

No total, o furacão Catarina deixou 11 mortos e pelo menos 78 pessoas feridas. Além disso, foram 33.165 desabrigados e desalojados. Milhões de catarinenses foram afetados pelo fenômeno.

Os prejuízos foram estimados em mais R$ 850 milhões. Na época, nenhum município do estado de Santa Catarina estava preparado para um evento desse tipo. 14 municípios decretaram Estado de Calamidade Pública e 7, Situação de Emergência.

Legado e Mudanças

O desastre de 2004 forçou mudanças significativas. Hoje, há maior conhecimento sobre ciclones tropicais no Brasil, melhor capacidade de modelagem numérica de previsão e ferramentas de monitoramento.

 
 
 

Macron chega ao Planalto para último dia de agenda no Brasil

O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou ao Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (28), onde foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião bilateral entre os dois chefes de Estado.

A expectativa é de que às 13h sejam assinados e apresentados uma série de acordos firmados pelos dois presidentes, para, então, darem a uma declaração conjunta à imprensa. A agenda prevê, ainda, um almoço às 14h e uma reunião do presidente francês com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Lula e Macron participaram de diversos eventos, desde a chegada do presidente francês ao Brasil. Macron chegou na terça-feira (26) e foi recebido por Lula em Belém, no Pará.

Após um passeio de barco na Ilha de Combu, os dois presidentes participaram de uma cerimônia na qual o cacique Raoni Metuktire, líder do povo kayapó e um dos representantes indígenas mais reconhecidos internacionalmente, foi condecorado com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França, principal honraria concedida pela França a seus cidadãos e a estrangeiros que se destacam no cenário global.

No dia seguinte, os dois participaram da cerimônia de batismo e lançamento do submarino Toneleiro no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A embarcação é fruto de uma parceria entre Brasil e França, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub).

Na sequência, Macron foi a São Paulo, onde participou do Fórum Econômico Brasil-França, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Após o evento, o presidente francês fez críticas à tentativa de acordo que vem sendo costurado entre os países do Mercosul e a União Europeia.

TV Brasil é emissora oficial da Liga de Basquete Feminino

A partir de sexta-feira (29), o esporte ganha mais espaço na programação da TV Brasil. A emissora pública transmite, nas noites de sexta-feira, as disputas da Liga de Basquete Feminino (LBF Caixa), principal torneio da modalidade no país. Onze clubes participam da liga neste ano e a TV Brasil é a única emissora em sinal aberto que irá transmitir a competição. A partida de estreia será entre Corinthians e Unimed Campinas, com transmissão a partir de 21h.   

“Nossa meta é nos tornarmos a tela do esporte feminino – e ainda teremos outras novidades ao longo do ano. Estamos muito felizes em trazer o basquete voltar à TV aberta por meio da TV Brasil”, afirma o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima.  

Jogo entre Corinthians e Sodiê Mesquita durante disputa pela Liga de Basquete Feminino. Corinthians venceu a partida por 75×61. Foto: Beto Miller/LBF

Essa é a 13ª edição do torneio, fundado em 2010. A LBF Caixa 2024 conta com um número recorde de clubes participantes – ao todo, 11 times disputam o título. São eles: AD Santo André-SP, Bax Catanduva-SP, Corinthians-SP, Ituano-SP, Ponta Grossa Basquete/Curso ASB-PR, Sampaio Basquete-MA, Pontz São José Basketball-SP, SESI Araraquara-SP, Sodiê Mesquita-RJ, Unimed Campinas Basquete-SP e Unisociesc Blumenau-SC.

“Voltar à TV aberta no ano em que temos o recorde de equipes era um dos nossos principais objetivos. Estar na TV Brasil vai democratizar e engrandecer ainda mais a LBF, que segue em franca ascensão técnica e comercial. Agradeço ao grupo EBC e tenho certeza que a audiência é quem mais vai gostar dessa novidade”, afirma Valter Ferreira, presidente da Liga de Basquete Feminino

Sobre o torneio

Na LBF, todos os times jogam entre si em turno e returno, totalizando 110 partidas na primeira fase. Os oito melhores colocados classificam-se aos playoffs, com séries melhores de três jogos nas quartas de final e semifinais, subindo para até cinco partidas na série final e decisiva. Em 2023, o campeão foi o SESI Araraquara. Com quatro títulos conquistados entre 2012 e 2017, a extinta equipe de Americana-SP segue como a principal vencedora da LBF.

 

 

Brasil registra mais de 306 mil empregos formais em fevereiro

O Brasil fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de 306.111 empregos com carteira assinada, resultado de 2.249.070 admissões e de 1.942.959 desligamentos. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Os cinco grandes setores da economia registraram saldo positivo em fevereiro. Serviços lidera com 193.127 novos postos de trabalho; seguido pela indústria, 54.448 postos; construção, 35.053 postos; comércio. 19.724 postos; e agropecuária que fechou o mês com saldo de 3.759 postos de trabalho.  

No mês passado, 24 unidades da Federação registraram saldos positivos de postos de trabalho. Os estados com maior saldo foram São Paulo (101.163 postos), Minas Gerais (35.980 postos) e Paraná (33.043 postos). Os estados com saldo negativo foram Alagoas (-2.886); Maranhão (-1.220) e Paraíba (-9 postos).

O salário médio de admissão em fevereiro/2024 foi R$ 2.082,79. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 50,42 no salário médio de admissão, uma variação negativa de menos 2,36%. 

Acumulado do ano

No acumulado do ano (janeiro/2024 a fevereiro/2024), o saldo de empregos foi positivo em 474.614 empregos, resultado de 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos.

Nos últimos 12 meses (março/2023 a fevereiro/2024), foi registrado saldo positivo de 1.602.965 empregos, decorrente de 23.714.985 admissões e de 22.112.020 desligamentos.

Lula e Macron lançam 3º submarino de parceria entre Brasil e França

Já está flutuando e, em breve, submergindo nas águas brasileiras o submarino Tonelero, o terceiro fruto de uma parceria entre Brasil e França, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub). A cerimônia de batismo e lançamento da embarcação contou com a participação dos presidentes dos dois países, Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, no Complexo Naval de Itaguaí, localizado no sul do Rio de Janeiro.

“Hoje, o Brasil se posiciona dentro de um pequeno grupo de países que dominam a construção de submarinos. O ProSub é o maior e mais importante projeto de cooperação internacional em assunto de Defesa do Brasil. Ele garante a soberania brasileira no nosso litoral; fortalece a indústria naval, com geração de emprego e renda; e promove o desenvolvimento do setor com muita inovação”, discursou o presidente Lula durante o evento.

Lula lembrou que, em 2025, ano em que se comemorará o bicentenário de relações entre os dois países, será lançado o Angostura, o quarto submarino do programa. “O presidente Macron e eu concordamos em ampliar esse esforço, com a criação do Comitê Bilateral de Armamento, focado no desenvolvimento de sinergias e de promover maior equilíbrio em nosso comércio de produtos de defesa”, acrescentou.

Macron

Em discurso, Macron disse que o estaleiro construído para a fabricação do submarino é um dos mais modernos do mundo e o único instalado na América do Sul. “Jamais compartilhamos tanto o nosso know how como estamos fazendo agora com o Brasil. Temos muito orgulho de ter feito isso”, disse o presidente francês.

Macron acrescentou que potências pacificas como França e Brasil têm de “falar com firmeza e força”, caso não queiram ser lacaios de outras nações. “Nós temos a mesma visão de mundo. Rejeitamos um mundo que seja prisioneiro da conflitualidade entre duas grandes potencias. E temos de defender nossa independência, nossa soberania e o direito internacional”.

O comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio de Olsen, destacou que Brasil e França compartilham interesses convergentes em amplo espectro, em especial nos âmbitos de segurança, combate às mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.

“A obtenção do submarino com propulsão nuclear, maior ativo da Defesa Nacional, representará incremento diferenciado a capacidade de dissuasão fortalecerá a segurança e soberania nacional”, argumentou o comandante.

Também presente no evento, o ministro da Defesa, José Múcio, disse que os investimentos dos projetos estratégicos das Forças Armadas vão muito além do entendimento exclusivamente das exigências para defesa da Pátria. “Estamos falando de geração de empregos, de alta qualificação, aumento de renda e de arrecadação”.

Impacto

De acordo com o Planalto, a expectativa é de que o ProSub resulte em um “impacto significativo” na economia do país, gerando mais de 60 mil empregos diretos e indiretos. Cerca de 700 empresas estão envolvidas no projeto.

Com mais de 71 metros de comprimento e 1.870 toneladas, o submarino Tonelero (Submarino Convencional com Propulsão Diesel-Elétrica) é a terceira embarcação construída no âmbito do programa. A partir de hoje, ele iniciará testes de avaliação com relação à estabilidade em ambiente marítimo, bem como dos sistemas de navegação e combate.

Com a transferência de tecnologia prevista na parceria com a França, o Brasil terá ampliada a capacidade de projetar, construir, operar e manter seus submarinos convencionais e com propulsão nuclear.

A parceria inclui a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação de submarinos, o que abrangerá estaleiros, base naval e uma unidade de fabricação de estruturas metálicas em Itaguaí.

“O impacto na tecnologia, proporcionado pelo desenvolvimento e aprimoramento das inovações embarcadas no submarino, estimulará não só a área de Defesa, mas também setores nacionais civis nos campos de Ciência, Tecnologia e Inovação”, informou por meio de nota o Planalto.

O ProSub já resultou na entrega dos submarinos Humaitá e Riachuelo. A próxima entrega será a do submarino convencional Angostura. Está também prevista a fabricação do submarino brasileiro com propulsão nuclear Álvaro Alberto.

“Equipados com sensores modernos, mísseis e torpedos, os submarinos construídos no âmbito do ProSub possuem alta capacidade dissuasória por serem armas letais de difícil localização quando submersos. A possibilidade da presença de submarinos em uma área marítima obriga qualquer força naval oponente a mobilizar muitos meios e esforços para a localização e o combate a essas embarcações”, detalhou o Planalto.

Brasil e França lançam programa para arrecadar € 1 bilhão em 4 anos

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, lançaram nesta terça-feira (26) em Belém um programa de investimentos de € 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em projetos de bioeconomia (economia sustentável) para a Amazônia Legal brasileira e, também, da parte da Amazônia da Guiana Francesa.

O objetivo é levantar os recursos com investimentos públicos e privados em bioeconomia nos próximos quatro anos. A ação faz parte do Plano de Ação sobre a Bioeconomia e a Proteção das Florestas Tropicais, assinado pelos dois países.

No encontro com o presidente francês, Lula convocou outras nações a contribuírem para a preservação do bioma. “A gente vai acabar [com o desmatamento até 2030] para provar ao mundo que nós vamos preservar a nossa Amazônia e nós queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir, de forma muito importante, para que os países que ainda têm florestas as mantenham em pé.”

Macron reconheceu o compromisso do atual governo brasileiro na preservação do ecossistema. “Eu me felicito, hoje, ao ver que o presidente Lula no governo federal protege a Amazônia. O desenvolvimento do futuro dos povos autóctones e da biodiversidade não é apenas uma questão de resistência, é uma causa defendida pelo próprio governo federal”. O presidente francês também comentou os investimentos de € 1 bilhão.

“O que nós queremos fazer é preservar, conhecer melhor, multiplicar a cooperação científica, construir estratégias de apoio aos povos indígenas e juntos ter ações de investimentos na bioeconomia para isso crescer realmente.”

De acordo com nota conjunta divulgada ontem, os cinco pontos de condução do programa que devem ser observados pelos parceiros são:

diálogo entre as administrações francesa e brasileira sobre os desafios da bioeconomia;
parceria técnica e financeira entre bancos públicos brasileiros, incluindo o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a Agência Francesa de Desenvolvimento, presente no Brasil e na Guiana Francesa;
nomeação de coordenadores especiais para empresas francesas e brasileiras mais inovadoras no campo da bioeconomia;
novo acordo científico entre a França e o Brasil, operado pelo Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que possibilitará o desenvolvimento de novos projetos de pesquisa sobre setores sustentáveis, inclusive na Guiana Francesa; e
criação de um eixo de pesquisa, investimento e compartilhamento de tecnologias-chave para a bioeconomia, com foco na formação de redes de universidades francesas e brasileiras que possam contribuir para esses temas. Este núcleo deverá fortalecer o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA).

Na cidade de Belém, além do plano sobre bioeconomia e proteção de florestas tropicais, os dois chefes de Estado ainda assinaram outro documento relacionado à área ambiental: Chamado Brasil-França à ambição climática de Paris a Belém e além.

“Nós não queremos transformar a Amazônia no santuário da humanidade. O que nós queremos é compartilhar com o mundo a exploração, a pesquisa da nossa riqueza de biodiversidade”, exaltou Lula.

A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, apontou que o encontro entre os presidentes Lula e Macron é um pacto pela vida, com a inclusão de diversos segmentos da sociedade.

“[Todos] estão aqui para selar esse compromisso que ultrapassa as gerações. A juventude, as mulheres, os anciãos, juntos, a gente vai conseguir garantir o futuro para as próximas gerações”.

Na ocasião, houve ainda o lançamento de uma coalizão para combater o greenwashing (maquiagem verde) no mercado voluntário de carbono, que ocorre quando marcas criam uma falsa aparência de sustentabilidade sem, necessariamente, colocá-la em prática.

Os governantes também pretendem finalizar até a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), em Baku, no Azerbaijão, as negociações sobre o Artigo 6 do Acordo de Paris. O objetivo é estabelecer um mercado de carbono regulado, eficiente e transparente.

Bioeconomia

A bioeconomia na Amazônia é apontada como geradora de desenvolvimento sustentável da região, nos setores econômico e social, em harmonia com a proteção do meio ambiente. O modelo adota o uso racional de recursos naturais renováveis, conservação da integridade da floresta, processos sustentáveis na produção de bens, energia e serviços.

Alguns exemplos de bioeconomia são o extrativismo sustentável de produtos da floresta com a garantia de preservação dos recursos naturais; agricultura sustentável que respeita a biodiversidade e os ciclos naturais da região – como cultivo de espécies nativas e sistemas agroflorestais; manejo florestal para uso sustentável da madeira e outros produtos florestais; biotecnologia, com pesquisas e desenvolvimento de produtos a partir de recursos naturais da região; e reuso de matéria e energia, entre outros.

Como resultados, a bioeconomia pode promover a transição justa para modelos energéticos de baixo carbono; mitigar as emissões de gases de efeito estufa; contribuir para valorizar e conservar a biodiversidade da região; reduzir o desmatamento e prevenir a degradação do solo; diminuir a concentração de riqueza e renda e, consequentemente, as desigualdades socioeconômicas; ganhos de produtividade e redução de custos.

 

Brasil empata em 3 a 3 com Espanha em amistoso

A seleção brasileira de futebol empatou em a 3 a 3 com a Espanha nesta terça-feira (26) em amistoso disputado no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri. O jogo é preparatório para a Copa América, que será disputada em junho e julho deste ano.

Rodrygo, Endrick e Lucas Paquetá marcaram para a seleção canarinho. Rodri, duas vezes, e Dani Olmo fizeram para os espanhóis.

O atacante Endrick, que fez gol contra a Espanha e também no jogo disputado com a Inglaterra no último dia 23, descreveu o sentimento de vestir a camisa do Brasil.

“A gente precisa vencer, a gente precisa mostrar a cara do Brasil. A gente não vai prometer que vai ganhar todos os jogos, mas o que não vai faltar é raça, determinação, garra”, afirmou em entrevista à imprensa.

 

Seleção Brasileira de Futebol enfrenta a Espanha, no Santiago Bernabéu. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O goleiro Bento fez um balanço dos amistosos na Europa.

“Foram amistosos que altíssimo nível. Geralmente, somente com as equipes sul-americanas que temos as eliminatórias. Foi bom para o Dorival [técnico da seleção] mostrar o que tem para gente, para o torcedor. A gente tira as melhores coisas desses amistosos para chegar muito forte na Copa América”, disse.

O Brasil só volta a campo em junho para mais dois amistosos preparatórios, diante do México e dos Estados Unidos.