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Em busca do hexa, Brasil estreia com vitória no futebol de cegos

A seleção brasileira de futebol de cegos estreou em grande estilo nos Jogos Paralímpicos de Paris. Jogando na charmosa arena aos pés da Torre Eiffel, a equipe fez 3 a 0 contra a Turquia neste domingo (1º) e largou bem na busca pelo sexto ouro consecutivo na modalidade. Nonato (convertendo dois pênaltis) e Jefinho marcaram os gols do triunfo brasileiro.

O Brasil teve tranquilidade para construir o placar, porque saiu na frente com seis minutos de jogo. O goleiro turco segurou a bola fora da área permitida, cometendo pênalti. Nonato cobrou com força e colocou a seleção brasileira na frente.

Na segunda etapa, foram dois gols em sequência. Aos cinco, Jefinho fez bela jogada pela esquerda e finalizou cruzado para ampliar. Logo depois, Ricardinho foi derrubado. Outro pênalti para o Brasil, convertido novamente por Nonato.

O segundo compromisso da seleção em Paris será nesta segunda-feira (2). Os comandados de Fábio Vasconcelos enfrentam a França, às 15h30 no horário de Brasília. O último adversário do Brasil na primeira fase do grupo A é a China, na terça-feira (3). São oito seleções divididas em duas chaves com quatro cada, em que os dois primeiros colocados avançam às semifinais.

Em Paris, a seleção brasileira segue tentando manter o status de invencível em Jogos Paralímpicos. Desde que a modalidade estreou no programa, em Atenas, em 2004, o Brasil nunca foi derrotado, somando agora 22 triunfos e seis empates em 28 jogos. Além disso, todas as cinco edições do futebol de cegos em Jogos Paralímpicos terminaram com a seleção brasileira campeã.

Casa Brasil mescla cultura e esporte durante a Paralimpíada de Paris

Durante os Jogos Paralímpicos de Paris, a pequena cidade de Saint-Ouen, de 52 mil habitantes e conhecida como “Brookyln parisiense”, será um pedacinho do Brasil na França. Um complexo gastronômico local, situado em uma espécie de boulevard, foi escolhido para receber a Casa Brasil Paralímpico, ponto de encontro de torcedores, fãs da cultura brasileira, autoridades e atletas medalhistas.

O espaço fica a cerca de 40 minutos de carro de Paris e está aberto ao público desde a última quinta-feira (29). Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a expectativa é que até quatro mil visitantes diários passem pelo ambiente até o próximo dia 8 de setembro, quando a Paralimpíada chega ao fim.

Um telão instalado no palco próximo à praça de alimentação permite aos torcedores acompanharem as provas dos atletas. No mesmo espaço, o músico cego Luan Richard canta clássicos da música brasileira – em uma das apresentações, fez um dueto com o ex-goleiro Jackson Follmann, sobrevivente do acidente com o voo da Chapecoense, em 2016, e que tem a perna direita amputada. Na entrada, simuladores dão aos visitantes a oportunidade de “praticar” algumas modalidades, como a canoagem.

Cultura e inclusão

O espaço também recebe apresentações que mesclam cultura e inclusão. O batuque do Samba Inclusivo da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), que reúne passistas e ritmistas com deficiência, colocou todo mundo para dançar – principalmente os não brasileiros – com músicas famosas do nosso carnaval.

Entre os sambistas, Wagner Esteves, conhecido como Gavião, é um dos mais animados. Ele toca repinique e utiliza uma prótese na perna direita, devido a um acidente de carro. Além disso, é atleta de futebol de amputados, modalidade que, hoje, não faz parte da Paralimpíada. Vivenciar os Jogos de Paris, no entanto, mexe com o sonho de ver o esporte que pratica, um dia, também integrar o megaevento.

“A gente espera que ele [futebol de amputados] seja reconhecido e está insistindo para isso se concretizar no futuro. Assim como o esporte é renovador, é superação, é força, a música também é e transforma vidas. É se reinventar. A perna já foi, então, é tentar viver de uma forma melhor”, disse Gavião.

Paris-França 1°/09/2024 Casa Brasil é ponto de encontro de brasileiros em Saint-Ouen. Foto: Carol Rizzotto/Agência EA.

À frente de Wagner e os demais ritmistas, está Melina Reis, uma pioneira. Vítima de um acidente de moto, ela teve a perna esquerda amputada por conta das sequelas após muitas cirurgias. Bailarina clássica, parecia distante de voltar a fazer o que mais amava. Uma prótese inédita e personalizada, que a permite ficar outra vez na ponta dos pés, devolveu-a ao mundo da dança.

“Os atletas são a base de tudo. É de onde tiramos força, a partir do momento que você se desafia. A dança também é muito parecida. E poder prestigiar tantos amigos que estão competindo [em Paris], que estou na torcida, e fazer parte do projeto do samba inclusivo, é especial. É levar esperança para quem está desmotivado”, contou a bailarina.

Ela não está sozinha. Desde a última sexta-feira (30), as bailarinas da Associação Fernanda Bianchini também se apresentam na Casa Brasil. Trata-se do único grupo profissional de balé do mundo formado por dançarinas cegas. E não é a primeira vez que a companhia, criada em 1995 e que reúne mais de 400 alunos com deficiência, envolve-se com o movimento paralímpico. Em 2012, as meninas participaram da cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres, na Grã-Bretanha.

A bailarina Gisele Nahkur foi uma das que se apresentaram no Estádio Olímpico da capital britânica. Antes de perder a visão, ela sonhava em ser jogadora de basquete. Quis o destino que, após a cegueira, tenha surgido a oportunidade de estar em um megaevento esportivo.

“[Em Londres] Dançamos para 82 mil pessoas. O mundo inteiro pôde acompanhar pela TV. Eu não sei se é mera coincidência. Será que eu, jogando e enxergando, chegaria em uma Olimpíada? Depois de cega, enquanto bailarina clássica, o que nunca imaginei na vida, devolveram minha vontade de sorrir e viver e me trouxeram a uma segunda Paralimpíada”, recordou.

A “xará” Gisele Camillo, que nasceu com deficiência visual, perdeu toda a visão por causa de um glaucoma. Apaixonada por dança, chegava a “fingir” que enxergava, quando ainda tinha baixa visão, para não ser excluída. O balé inclusivo mudou a história dela, que se aventurou no atletismo entre 2018 e 2020, em provas de pista.

“Hoje, sou formada em balé clássico, sou professora. Também sou profissional de educação física. Sou aquela pessoa que prepara os atletas para estarem competindo. Estar aqui [em Paris, na Paralimpíada], uma pessoa com deficiência, representando nossa escola e estar perto dos atletas paralímpicos, é indescritível. Assim como nós estamos realizando sonhos aqui, eles [atletas] também estão”, concluiu.

Carol Santiago é ouro nos 100m costas e faz história para o Brasil

A primeira medalha de Carol Santiago em Paris foi cheia de história. Neste sábado (31), a nadadora pernambucana conquistou o ouro na prova dos 100 metros costas classe S12, para atletas com baixa visão e chegou a quatro ouros em Jogos Paralímpicos na carreira.

O resultado a coloca ao lado de Ádria Santos, velocista que marcou época pelo Brasil e, até então, estava isolada como a mulher brasileira com mais primeiros lugares em Paralimpíadas. Ádria – que segue como a atleta feminina com mais medalhas do país – somou 13 pódios pelo Brasil e Carol agora tem seis.

“Estou muito feliz, a prova foi incrível, a gente testou algumas coisas de manhã (na eliminatória) e tudo o que o meu técnico pediu para eu fazer eu vim aqui e fiz. E deu certo. Foi a melhor natação da minha vida. Estou muito satisfeita”, disse a atleta, em êxtase, em entrevista ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) na saída da piscina.

Na final dos 100 costas, prova da qual é atual campeã mundial, Carol largou na frente e não foi incomodada em nenhum momento do percurso. Ela fechou com 1min08s23, melhor marca pessoal e recorde das Américas. Em segundo lugar, ficou a ucraniana Anna Stetsenko (1min09s43), enquanto a espanhola Maria Delgado Nadal conquistou o bronze (1min11s33).

Com o resultado, a pernambucana de 39 anos, que tardou em entrar para o movimento paralímpico e estreou em Jogos Paralímpicos apenas em Tóquio, tem seis pódios em oito provas disputadas na história dos Jogos. São quatro ouros, uma prata e um bronze, conquistado justamente nos 100 metros costas, há três anos.

Em Paris, Carol Santiago ainda corre atrás de mais quatro medalhas. O próximo compromisso é na segunda-feira (2), nos 50 metros livre classe S13, junto com atletas com deficiência visual menos severa. Depois, ela ainda nada os 200 metros medley, também na S13, além 100 livre e dos 100 peito, ambos na S12.

X é bloqueado no Brasil após Musk descumprir decisão de Moraes

A rede social X, antigo Twitter, já está bloqueada no território brasileiro. Desde o início da manhã deste sábado (31), usuários de algumas operadoras de telefonia celular relataram não conseguir mais acessar a plataforma, enquanto outros ainda afirmavam que ela estava disponível. O bloqueio na internet do país se dá em cumprimento à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou na sexta-feira (30) a suspensão do X no Brasil. A medida foi tomada após descumprimento ao prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma, para indicar um representante legal do X no país.

Em nota publicada pouco tempo após a determinação de Moraes, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou, ainda na sexta-feira, que foi intimada pelo STF sobre a decisão pela suspensão do funcionamento do X e que “está dando cumprimento às determinações nela contidas”. Procurada pela Agência Brasil, a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) confirma que suas associadas, empresas prestadoras de serviços de comunicação multimídia, receberam a notificação sobre o bloqueio da plataforma X e vão cumprir a decisão judicial.

No último dia 17, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça. O anúncio foi feito após sucessivos descumprimentos de determinações de ministro. Entre elas, a que determinou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados.

No post que anunciou a saída do Brasil, o bilionário divulgou uma decisão sigilosa do ministro. O documento diz que o X se negou a bloquear perfis e contas no contexto de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

A decisão

Pela decisão de Moraes, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumprir a suspensão integral da plataforma em até 24 horas e comunicar as operadoras de telefonia sobre os bloqueios. A medida tem validade em todo o território nacional até que as ordens judiciais de bloqueio sejam cumpridas e as multas aplicadas à X sejam pagas.

Ao justificar a suspensão da rede social, Moraes citou o Marco Civil da Internet e disse que empresas de internet devem ter representação no Brasil e cumprir decisões judiciais sobre a retirada de conteúdo considerado ilegal. O ministro também afirmou que Musk retirou a empresa do Brasil com o objetivo de não cumprir decisões do STF.

Em seu perfil no X, Musk postou, na madrugada deste sábado, que a plataforma é a fonte de notícias mais utilizada no Brasil. “É o que o povo quer”, escreveu. “Agora, o tirano de Voldemort está destruindo o direito das pessoas à liberdade de expressão”, continuou, se referindo à Moraes e fazendo uma analogia com o vilão da saga Harry Potter, Lord Voldemort. “A liberdade de expressão é o fundamento da democracia”, escreveu Musk

Questionamentos à falta de moderação de conteúdo no X tem levado o bilionário a colecionar atritos com autoridades de diversos países, desde o Brasil, até a Austrália, a Inglaterra, o bloco da União Europeia (UE), a Venezuela. 

Brasil conquista mais duas medalhas no tênis de mesa em Paris

O tênis de mesa brasileiro somou mais duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris neste sábado (31) e chegou a três pódios no total até o momento. Duas duplas do país pararam nas semifinais em suas categorias e, assim, asseguraram o bronze, já que na modalidade não há disputa pelo terceiro lugar.

Bruna Alexandre e Danielle Rauen, na classe WD20 e Cláudio Massad e Luiz Manara, da MD18, confirmaram suas medalhas. Sãoclasses no tênis de mesa formadas por atletas andantes, que podem ter diferentes graus de comprometimento.

A primeira parceria brasileira a entrar em quadra buscando uma vaga final foi a dupla feminina, que acabou derrotada pelas australianas Qian Yang e Lina Lei por 3 sets a 0 (11-8, 11-9, 12-10) em um duelo acirrado que durou 24 minutos.

Esta é a quinta medalha paralímpica na carreira de Bruna Alexandre (a quarta de bronze), que recentemente participou dos Jogos Olímpicos em Paris. Para Danielle, esta é a terceira medalha paralímpica, todas de bronze.

 O tênis de mesa brasileiro somou mais duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris neste sábado: Cláudio Massad e Luiz Manara, da MD18. Foto – Wander Roberto/CPB

Mais tarde, Cláudio Massad e Luiz Manara, que haviam eliminado uma dupla francesa e comemorado muito diante da torcida da casa, encararam os chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao. Eles caíram por 3 sets a 1, parciais de 11-5,11-4, 9-11 e 11-8. O duelo durou 34 minutos.

Para ambos os atletas, esta foi a primeira subida ao pódio em Jogos Paralímpicos na carreira.

Com estes resultados, o tênis de mesa brasileiro fecha sua participação nas chaves de duplas em Paris com três pódios. Cátia Oliveira e Joyce Oliveira já haviam conquistado o bronze na classe WD5. A equipe do país tenta igualar ou superar o melhor desempenho da história, quando conquistou quatro medalhas no Rio, em 2016.

A partir deste domingo (1), começam as disputas das chaves de simples.

TV Brasil transmite confrontos da 24ª rodada da Série B

A TV Brasil mostra, ao vivo, dois jogos válidos pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B neste final de semana. A jornada esportiva do canal acompanha os duelos Novorizontino (SP) x Vila Nova (GO), neste sábado (31), às 17h; Goiás (GO) x Paysandu (PA), neste domingo (1º), às 18h30.

A cobertura da emissora pública para esses confrontos tem início antes das disputas com um pré-jogo. Durante o aquecimento, a equipe da TV Brasil traz informações sobre os clubes, revela a escalação dos times e atualiza a tabela do Brasileirão. Essa programação entra no ar com 15 minutos de antecedência para a partida de sábado e tem duração de 30 minutos no domingo.

A transmissão da Série B faz parte da estratégia da TV Brasil de ampliar a presença do esporte na sua programação. A emissora apresenta atualmente o Brasileirão Feminino da Série A1. O canal já exibiu a final do Brasileirão Feminino Sub-17, as fases decisivas das Séries A2 e A3 do futebol feminino e as disputas da Liga de Basquete Feminino (LBF).

Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que reúne 98 emissoras afiliadas da TV Brasil, os torcedores de todo o país poderão assistir às partidas e acompanhar seus times na disputa pelo título. 

Jornada

O destaque da jornada esportiva apresentada pela TV Brasil no sábado é o jogo Novorizontino (SP) x Vila Nova (GO) no estádio Jorge de Biasi, mais conhecido como Jorjão, em Novo Horizonte, em São Paulo. A cobertura começa às 16h45 e o jogo tem início às 17h. A narração é de Rodrigo Campos. Os comentários sobre o confronto são de Carlos Molinari e Rachel Motta.

Líder do campeonato, o clube paulista busca ampliar a vantagem em relação aos adversários. O Novorizontino (SP) está com 40 pontos na tabela. O time tem 11 vitórias, sete empates e cinco derrotas. Já o Vila Nova (GO) também está na faixa de acesso à Série A, com 39 pontos, na quarta colocação. O time goiano ganhou 11 disputas, empatou sete e perdeu seis.

A partida Goiás (GO) x Paysandu (PA) tem transmissão da TV Brasil neste domingo (1º), às 18h30. O pré-jogo entra no ar às 18h na telinha. O confronto será disputado no estádio Hailé Pinheiro, também conhecido como Serrinha, em Goiânia. André Marques narra o duelo que tem comentários de Rodrigo Ricardo e Carlos Molinari.

O clube da casa está em nono lugar na competição. O Goiás (GO) fez 32 pontos. A performance da equipe goiana traz nove vitórias, cinco empates e oito derrotas. Já o visitante ocupa posição abaixo na tabela da Série B do Brasileirão. O Paysandu (PA) é o décimo quinto no campeonato, com 26 pontos. O time paraense tem apenas cinco vitórias, 11 empates e sete resultados negativos.

Série B

Neste ano, 20 clubes disputam o campeonato que vai até novembro e vale vaga na Série A e na Copa do Brasil. Dos 380 jogos da competição, a TV Brasil exibe 114 partidas.

Disputam a competição os seguintes clubes: Amazonas (AM), América (MG), Avaí (SC), Botafogo (SP), Brusque (SC), Ceará (CE), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), CRB (AL), Goiás (GO), Guarani (SP), Ituano (SP), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Operário (PR), Paysandu (PA), Ponte Preta (SP), Santos (SP), Sport (PE) e Vila Nova (GO).

Em 2024, a Série B será disputada no sistema de pontos corridos, em turno e returno, com 19 jogos de ida e 19 jogos de volta. Os quatro primeiros conquistam uma vaga na Série A em 2025 e os quatro últimos são rebaixados para a Série C.

Ao vivo e on demand   

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.   

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.   

Serviço

Brasileirão Série B 2024 na TV Brasil
Sábado, dia 31/8, às 16h45 – Novorizontino (SP) x Vila Nova (GO)
Domingo, dia 1º/9, às 18h – Goiás (GO) x Paysandu (PA)

“Pandemia” de bets avançou mais rápido que surto da covid-19 no Brasil

Vinte e cinco milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024, de janeiro a julho, uma média de 3,5 milhões por mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é maior do que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021.

Em cinco anos, o número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O levantamento traçou um perfil dos apostadores de bets. Cinquenta e três por cento são homens e 47% são mulheres. Quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.

Sete de cada dez apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Sessenta por cento dos que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar nova jogada. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a facilidade de fazer aposta nos celulares à mão, o apelo publicitário das bets patrocinando times e campeonatos brasileiros, e a dinâmica do jogo são atrativos das plataformas de jogos online.

“A pessoa aposta em quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo, como ficará a tabela do Campeonato Brasileiro, se alguém vai tomar cartão vermelho ou não… Essa lógica faz com que alguma coisa o sujeito ganhe. No final ele perde mais do que ganha, mas essa sensação de ganho é uma sensação muito forte na cabeça dele. E isso acaba permeando esse imaginário de que está sempre ganhando”, diz o presidente do Instituto Locomotiva.

Nome sujo

O Instituto Locomotiva também verificou que 86% das pessoas que apostam têm dívida e que 64% estão negativados na Serasa. Do universo de pessoas endividadas e inadimplentes no Brasil, 31% jogam nas bets. “Quando uma pessoa endividada opta por apostar, muitas vezes na perspectiva de sair do endividamento, nós temos alguma coisa errada nisso”, pondera Renato Meirelles.

A situação econômica ajuda a entender por que “ganhar dinheiro” é a principal razão apontada para fazer apostas esportivas online (53%) – acima de “diversão/entretenimento/prazer” (22%); “emoção e adrenalina” (10%); “passar o tempo” (7%); “curiosidade” (6%); e “aliviar o estresse” (2%).

Meirelles considera o fenômeno das apostas esportivas eletrônicas “uma pandemia” com efeitos sobre a saúde mental. A pesquisa levantou informações e opiniões sobre o impacto psicológico das apostas. Sessenta e sete por cento dos entrevistados conhecem pessoas que “estão viciadas em apostas esportivas”.

Estado emocional

Entre os entrevistados, há quem acredite que o jogo aumente a ansiedade (51%); cause mudanças repentinas de humor (27%); possa gerar estresse (26%) e sentimento de culpa (23%). Quanto aos entrevistados que fazem apostas online, seis de cada dez admitem que a prática afeta o estado emocional e causa sentimentos negativos como ansiedade (41%); estresse (17%) e culpa (9%).

O relatório da pesquisa assinala descontrole entre parte dos apostadores. Segundo os dados, 45% dos entrevistados jogadores admitem que as apostas esportivas “já causaram prejuízos financeiros”, 37% dizem ter usado “dinheiro destinado a outras coisas importantes para apostar online” e 30% afirmaram ter “prejuízos nas relações pessoais”.

Mas também são apontados sentimentos positivos como emoção (54%); felicidade (37%) e alívio (11%). Para 42%, as apostas esportivas online “são uma forma de escapar de problemas ou emoções negativas.”

A pesquisa do Instituto Locomotiva entrevistou 2.060 pessoas, com 18 anos ou mais, de 142 cidades de todo o país. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 7 de agosto, por meio de telefone em plataforma de autopreenchimento. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

O crescimento de apostadores a partir de janeiro deste ano ocorreu após a sanção da Lei 14.790/2023, que regulamentou a atividade das bets no Brasil. Atualmente, o Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de regulamentação das plataformas de aposta online. 

Moraes determina suspensão da rede social X no Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (30) a suspensão da rede social X no Brasil. A medida foi tomada após o fim do prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da rede social, para indicar um representante legal no Brasil. O prazo terminou às 20h07 desta quinta-feira (29).

Na quarta-feira (28), o ministro intimou Musk a realizar a indicação. A intimação foi feita no perfil do STF na rede social. No dia 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça.

Pela decisão desta sexta-feira, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumprir a suspensão em 24 horas e comunicar as operadoras de telefonia para realizarem os bloqueios. As operadoras também deverão bloquear o uso de VPN por usuários que tentem burlar a suspensão.

A medida terá validade em todo o território nacional até que todas as ordens judiciais de bloqueio sejam cumpridas e as multas aplicadas sejam pagas.

Matéria ampliada às 16h57.

Tênis de mesa: Brasil vai à semi nas duplas e crava 2º bronze em Paris

As brasileiras Bruna Alexandre e Danielle Rauen avançaram às semifinais de duplas femininas do tênis de mesa na classe W20 (atletas andantes) e já asseguraram ao menos a medalha de bronze, a segundo o país na modalidade, na Paralímpíada de Paris. Nesta sexta-feira (30), Bruna e Dani venceram com facilidade as ucranianas Iryna Shynkarova e Maryna Lytovchenko, por 3 sets a 0 (parciais de 11/04, 11/02 e 11/03), pelas quartas de final na Arena Paris Sul.

Como no tênis de mesa não há disputa de terceiro lugar, Bruna e Danielle já têm lugar garantido no pódio, resta saber qual. As mesa-tenistas disputam as semifinais neste sábado (31) a partir das 7h (horário de Brasília), contra as australinas australianas Yang Qian e Lei Lina, bicampeãs paralímpicas (Tóquio 2020 e Rio 2025). Se vencerem se classificam à final valendo ouro. Em caso de derrota, levarão o bronze.

Vem aí semifinais no tênis de mesa para a dupla Bruna Alexandre e Dani Rauen 🏓🇧🇷

As semifinais de duplas femininas WD20 ocorrem amanhã, a partir de 7h e estamos prontos para mais uma medalha! 🤩 #BrasilParalimpico #jogosparalimpicos #Paris2024 pic.twitter.com/J255d9c5BP

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 30, 2024

“A gente merece muito esse resultado. Obviamente a gente vai buscar muito mais. Vamos pegar a Austrália na semi. A gente jogou com elas este ano em Montenegro, vencemos mas é um jogo bem difícil. Elas são campeãs da Rio 2016 e Tóquio 2020, mas a gente merece muito. A gente treinou muito para estar aqui”, disse Bruna Alexandre, após a classificação, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Natural de Criciúma (SC), Bruna, de 29 anos, está em sua quarta Paralimpíada. Prata em Tóquio 2020 e bronze na na Rio 2016, a mesa-tenista perdeu o braço direito, aos seis meses de vida, quando precisou ser submetida a uma amputação, em razão de uma trombose provocada por uma injeção mal aplicada. Há poucas semanas, Bruna fez história em Paris, ao se tornar a primeira brasileira a disputar tanto a Olimpíada quanto a Paralimpíada.

Horas antes da alegria da classificação nas duplas femininas, Bruna e Dani amargaram derrotas em suas respectivas duplas mistas. Ao lado do compatriota Paulo Salmin, com quem divide o atual título mundial, Bruna foi superada pelos ucranianos Iryna Shynkarova e Viktor Didukh, por 3 sets a 0, em partida das quartas da classe XD17 (atletas andantes). Também pelas quartas, a dupla de Dani Rauen com Luiz Manara perdeu de virada para os poloneses Piotr Gruszien e Karolina Pek, cabeças de chave número 1, também por 3 set a 2.

“O tênis de mesa é muito mental, a gente fala que o mental vale muito mais que o físico. Eu perdi um jogo na mista para a dupla número 1 do mundo, saí muito triste, fiquei muito sentida mesmo, mas tive que virar a chave muito rápido. Até faleu com a Bruna: se a gente vai ganhar eu não sei, mas vamos nos dedicar muito para isso. Então saímos com a vitória e a gente está muito feliz com isso”, comemorou Dani, catarinense de São Bento do Sul, que sofre como artrite reumatóide juvenil, diagnosticada aos quatro anos de idade.

Não perca as contas, torcedor! Temos mais uma medalha chegando para o #BrasilParalímpico! 🇧🇷🥉

A dupla Catia Oliveira e Joyce Quinzote, da classe WD5, garantiu a primeira medalha do tênis de mesa brasileiro em #Paris2024. Arrasaram muito! 🇧🇷🏓#Paris2024 #JogosParalímpicos pic.twitter.com/CzBUxhLlgM

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 30, 2024

As brasileiras Cátia Oliveira e Joyce  Quinzote arremataram o bronze, a primeira medalha do pais no tênis de mesa  em Paris, nesta sexta (30), após derrota para as sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon, por 3 sets a 0 (parciais de 06/11, 09/11 e 11/13),  nas semifinais da classe WD5 (atletas cadeirantes). 

Copa do Brasil: Vasco sai na frente do Athletico por vaga na semi

O Vasco mostrou força e derrotou o Athletico-PR por 2 a 1 de virada, na noite desta quinta-feira (29) no estádio de São Januário, para ficar em vantagem na disputa por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. A Rádio Nacional transmitiu o confronto ao vivo. Com este resultado o Cruzmaltino avança na competição mesmo com um empate no confronto de volta, que será disputado em Curitiba no dia 11 de setembro.

NA BARREIRA DO VASCO, NA ZONA NORTE DO RIO DE JANEIRO, O TIME DA VIRADA VENCE O ATHLETICO PARANAENSE PELO JOGO DE IDA DAS QUARTAS DE FINAL DA COPA DO BRASIL! 💢

VASCO DA GAMAAAAAAAAAAAA!

⚽ PUMA RODRÍGUEZ
⚽ HUGO MOURA

📸: Matheus Lima | #VascoDaGama #VASxCAPpic.twitter.com/qyLTs8cjGq

— Vasco da Gama (@VascodaGama) August 30, 2024

Apesar de ver o Furacão abrir o placar aos 31 minutos do primeiro tempo com o volante Christian, o Vasco ficou com a vitória final graças a gols de Puma Rodríguez, aos 34 do segundo tempo, e de Hugo Moura, já aos 47.

Juventude vence

Quem também saiu na frente com uma vitória em casa pelo placar de 2 a 1 foi o Juventude. A equipe gaúcha superou o Corinthians no Alfredo Jaconi. O time de Caxias do Sul contou com gols de Carrillo e Danilo Boza, enquanto Gustavo Henrique descontou para o Timão.

52/2º | Juventude 2×1 Corinthians | #JUVxSCCP

Com gols de Ronie Carrillo e Danilo Boza, o Juventude venceu o Corinthians por 2 a 1, no Alfredo Jaconi, no confronto de ida das quartas de final da @CopaDoBrasilCBF

Vamos meu Juzão, vamos pelear até o fim pela classificação!… pic.twitter.com/xSs3Sj87Km

— E.C. Juventude (@ECJuventude) August 30, 2024