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Manifestantes bloqueiam entrada de gestores em hospital do Rio

Pelo quarto dia consecutivo, servidores fazem manifestação na porta do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), no Rio de Janeiro, para impedir a entrada, na unidade da zona norte, de integrantes do Ministério da Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), escolhido para ser o novo gestor do HFB.

Os manifestantes são contra a transferência de gestão do HFB para o GHC, escolhido pelo Ministério da Saúde, que marcou para a última terça-feira (15) o início do trabalho dos novos gestores na unidade. Os servidores questionam ainda a contratação de funcionários temporários e chamam de fatiamento a decisão de passar a administração de unidades hospitalares federais do Rio para novas gestões que classificam como privatização.  

A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev/RJ), Christiane Gerardo, que participa da manifestação, disse que os servidores vão permanecer com o bloqueio até a audiência de conciliação marcada para a próxima segunda-feira (21).

“Vamos permanecer até audiência na segunda-feira, onde vamos levar todas as suspeitas de ilegalidades e atos lesivos à administração pública já fomentados pelo Grupo Hospitalar Conceição e pedir sensibilidade ao juiz no sentido que verifique com proatividade todas as ilicitudes que estamos denunciando junto ao Ministério Público Federal. Estamos na expectativa de que sejam acolhidas pelo judiciário”, afirmou à Agência Brasil.

Para o secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde, do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, a manifestação está sendo realizada por um pequeno grupo que representa o conjunto dos trabalhadores do Hospital de Bonsucesso.

“[Os funcionários] estão nos mandando inúmeras mensagens de apoio com a expectativa de que a gente entre o mais rápido possível para reabrir os 200 leitos fechados, a emergência, as UTIs e o Centro Cirúrgico”, disse à Agência Brasil

“A situação de hoje (dia 18) permanece infelizmente com o impasse. Estamos aguardando uma decisão judicial e o possível planejamento das forças policiais, que não fomos comunicados. O Ministério da Saúde reforça a importância de sempre mantermos o diálogo e tentarmos – até as últimas consequências por meio de diálogo e meios pacíficos – o cumprimento das decisões judiciais anteriores, que foram reiteradamente descumpridas ao longo da semana. O sindicato está sob multa a cada dia que não cumpre a decisão judicial”, afirmou.

Sucateamento

O HFB vive ao longo dos anos um processo de sucateamento com falta de funcionários, infraestrutura debilitada, suspensão dos serviços do setor de emergência e fechamento de 210 leitos em consequência da falta de equipamentos e pessoal. Além disso, as redes elétrica e hidráulica estão comprometidas. O mau funcionamento da rede elétrica foi a causa do incêndio no HFB em outubro de 2020. 

O Ministério da Saúde destacou que a empresa pública GHC, do Rio Grande do Sul, é vinculada ao governo federal, tem atuação nacional e atende integralmente ao Sistema Único de Saúde (SUS). Acrescentou que já tem experiências desenvolvidas com o GHC em missões no Haiti, no território Yanomami e no enfrentamento à grave crise climática do Rio Grande do Sul.

“Por ser vinculado ao Ministério da Saúde, o GHC é um ponto central para o nosso trabalho de qualidade. Essa é a razão do GHC: um hospital de excelência e que vai contribuir de forma fundamental no Rio de Janeiro. Estamos trazendo o que temos de melhor na gestão hospitalar do Brasil”, garantiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em texto divulgado pelo Ministério da Saúde.

Contratação

Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União portaria para a contratação de 2.252 profissionais de saúde em vagas temporárias. O diretor presidente do GHC, Gilberto Barichello, disse que, em princípio, esses profissionais serão contratados pelo período de seis meses, podendo ocorrer a renovação por mais um período igual.

“São temporários porque mais adiante, no período de seis meses, vamos fazer todo o dimensionamento de pessoal para ver quais, realmente, são as vagas necessárias para tocar o Hospital de Bonsucesso que tem essa vocação, essa carteira de serviços, esse perfil, essa complexidade de serviços. Há um método que a gente utiliza para dimensionar o número de profissionais”, revelou.

De acordo com Barichello, o GHC quer concluir esse dimensionamento da necessidade de vagas em 180 dias. As contratações definitivas devem ocorrer depois dessa etapa da contratação temporária.

“Um ano no máximo de temporário porque a gente tem preocupação com a qualidade do cuidado. A gente tem que ter quadro permanente efetivo que garanta a retenção dos trabalhos, que a gente treine e capacite. O GHC tem uma política para que esses trabalhadores permaneçam por muito tempo na empresa”, observou.

Entre os temporários há vagas para médicos, enfermeiros, técnicos e funcionários administrativos. “O processo seletivo vai priorizar profissionais do Rio de Janeiro, com o objetivo de dar capacidade plena ao Hospital Federal de Bonsucesso”, indicou o Ministério da Saúde em nota divulgada nesta sexta-feira (18) hoje em seu site.

Os EUA bloqueiam atividades financeiras de importante traficante brasileiro

15 de março de 2024

 

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impõe limitações às atividades financeiras de Diego Macedo Gonçalves do Carmo, que cumpre 7 anos de prisão no Brasil por atividades de tráfico de drogas.

As atividades financeiras do narcotraficante brasileiro Diego Macedo Gonçalves do Carmo nos Estados Unidos agora contam sanções impostas pelo Departamento do Tesouro.

Gonçalves do Carmo é membro “ativo” do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa sediada no Brasil, mas com forte atuação na região, segundo escritório do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). ).

“Com uma extensa rede em toda a América Latina, bem como uma presença global em expansão, o PCC representa uma das organizações de tráfico de drogas mais importantes e preocupantes da região”, afirmou em comunicado o Subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Terrorismo. Inteligência, Brian Nelson.

Gonçalves cumpre atualmente pouco mais de 7 anos de prisão por tráfico de droga, mas Washington considera que continua “ativo” pelo que continua a “dar instruções atrás das grades”.

As sanções anunciadas bloqueiam propriedades e participações em quaisquer bens que a pessoa sancionada possua em território dos EUA ou em nome de qualquer pessoa.

“A ação de hoje faz parte de um esforço de todo o governo para combater a ameaça global representada pelo tráfico ilícito de drogas para os Estados Unidos, que mata dezenas de milhares de americanos anualmente”, afirmou o comunicado do Tesouro.

 

Milhares de agricultores poloneses fazem greve e bloqueiam fronteira com a Ucrânia

10 de fevereiro de 2024

 

Milhares de agricultores poloneses realizaram na sexta-feira bloqueios em 250 locais e bloquearam passagens de fronteira para a Ucrânia para protestar contra as medidas da União Europeia contra as alterações climáticas e o fluxo de produtos agrícolas para o país.

A mídia e vídeos nas redes sociais mostraram longas filas de tratores em vários postos de fronteira com a Ucrânia e em rodovias de todo o país. O canal de notícias nacional Polsat informou que a polícia em Varsóvia emitiu avisos de trânsito para grande parte do país, especialmente na fronteira com a Ucrânia.

Em Poznan, a cerca de 300 quilômetros a oeste de Varsóvia, os agricultores estacionaram cerca de 1.000 tratores em frente aos escritórios do governo regional.

O sindicato dos agricultores da Polônia disse que as ações de sexta-feira dão início a uma greve geral de um mês.

Os agricultores poloneses juntaram-se a uma série mais ampla de protestos dos seus homólogos em toda a Europa nas últimas semanas, incluindo na Alemanha, França, Roménia, Grécia, Lituânia, Bélgica e Letónia.

Embora a Polônia se junte aos agricultores desses países no protesto contra as regulamentações ambientais impostas pela UE, o sindicato dos agricultores polacos e os líderes agrícolas dizem que foram prejudicados em particular pelo fluxo de produtos mais baratos vindos da Ucrânia para o país, criando uma concorrência desleal.

Numa entrevista à Polsat esta semana, o Ministro da Agricultura da Polônia, Czesław Siekierski, disse que os agricultores em greve têm queixas legítimas e estão “protestando no interesse de todos nós como consumidores”.

A UE relaxou algumas tarifas e regulamentos relativos aos produtos agrícolas da Ucrânia após a invasão da Rússia em 2022. Siekierski disse que a Polônia tem estado em conversações com as autoridades da UE.

Falando terça-feira ao parlamento da UE em Estrasburgo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os agricultores mereciam ser ouvidos.