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Com virada no fim, Rayssa Leal é bicampeã mundial de skate street

Duas vezes medalhista olímpica e agora duas vezes campeã mundial. Este é o currículo da maranhense Rayssa Leal, que conquistou o bi do mundo neste sábado (14), durante o campeonato mundial de skate street, em Roma, na Itália.

Para sair com o título, Rayssa precisou de uma grande manobra, que garantiu a virada no final da competição. A skatista de 16 anos competiu contra outras sete atletas na decisão, todas elas japonesas. A brasileira foi campeã do mundo também em 2022.

Agora, na primeira competição após os Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa mostrou grande forma. No skate street, a disputa se inicia com cada atleta tendo direito a duas voltas dentro de um percurso, onde vale a melhor nota entre essas duas tentativas. A brasileira teve as duas melhores notas entre todas as competidoras, registrando primeiro um 86,44 e depois um 88,43 (nota que carregou para a continuação da final).

A segunda parte da competição consiste em manobras únicas. Cada atleta tem direito a cinco tentativas e as duas melhores notas entram para o somatório. Nesta fase, Rayssa encontrou uma adversária ferrenha: Momiji Nishiya – ouro nos Jogos de Tóquio – emendou boas manobras em sequência, alcançando a maior nota única entre todas as finalistas, um 94.88. Com isso, pulou para a liderança, já que Rayssa não conseguiu completar as manobras nas duas primeiras tentativas.

Pontuação

Nas duas seguintes, no entanto, a brasileira encaixou boas performances e pontuou alto, primeiro com um 88,14 e depois um 93,99, que a fez superar Nishiya em sua penúltima tentativa. Restando apenas uma tentativa para cada atleta, somente Nishiya ainda tinha chances de tirar o título de Rayssa. No entanto, ela falhou em sua última manobra e a brasileira confirmou a conquista.    

O feito de Rayssa chama a atenção porque ela competiu contra sete atletas do país considerado a maior potência na atualidade. Para se ter uma ideia, as duas edições do skate street em Jogos Olímpicos terminaram com vitória japonesa. Tanto em Tóquio quanto em Paris, Rayssa (prata em 2021 e bronze em 2024) foi a intrusa em pódios formados somente com atletas do Japão. Aliás, as quatro japonesas que estiveram nesses pódios (Momiji Nishiya, Funa Nakayama, Coco Yoshizawa e Liz Akama) também estavam presentes na final deste sábado.

Pouco depois da decisão feminina, houve a final entre os homens. O Brasil foi representado por Kelvin Hoefler, que, após sair mancando de sua segunda volta, acabou desistindo da competição, terminando em oitavo lugar.

2ª edição dos JUBs Atléticas chega ao final com Halterada bicampeã

O último dia do Jogos Universitários Brasileiros-Atléticas (JUBs Atléticas) é sempre o mais emocionante. As últimas medalhas são distribuídas e todos esperam os dois momentos finais: o cabo de guerra e o anúncio da campeã geral.

O cabo de guerra é a atração principal da competição. A brincadeira de criança, na verdade, é um esporte que coloca à prova a força e a resistência dos atletas. Inclusive, já foi esporte olímpico entre 1900 e 1920.

No cabo de guerra do JUBs Atléticas, quem levou a melhor foi a Atlética Furiosa, do curso de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). E a galera foi à loucura. Maxuell Lopes terminou a prova extenuado e emocionado: “Decidimos de última hora inscrever a Atlética nesta modalidade. Todo mundo abraçou a causa, se entregou do começo ao final. Estamos super cansados, participamos de várias modalidades, saímos do handebol e corremos pra cá, mas vale a pena”.

Logo após o cabo de guerra, o destaque foi a entrega dos troféus de campeões gerais. A Halterada, do curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, foi bicampeã para delírio dos estudantes.

No final das contas, valeu para todos os participantes. Guilherme Soares acompanha as Atléticas por todo país com o Mascote Universitário, canal no Instagram que cobre os eventos das Universidades no Brasil. E ele se surpreendeu: “Acho que o que ficou mais marcado em mim aqui foi a cultura. São muitas atléticas do Nordeste e cada uma vive intensamente sua cultura através da música, da linguagem. Isso também reflete na união das Atléticas. O clima é favorável e fica tudo muito gostoso”.

Quem também aprovou os JUBs Atléticas foi o subsecretário de Esporte do Rio Grande do Norte, Cezinha Nunes: “Tivemos grandes combates esportivos em uma grande confraternização do esporte, que vai fortalecendo ainda mais o esporte universitário aqui no Rio Grande do Norte”.

Fim de papo por aqui. Obrigado, Natal. Mas é hora de seguir viagem porque ainda tem muito esporte universitário em 2024.

* O repórter Mauricio Costa viajou a convite da CBDU.