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Judoca Beatriz Souza conquista o primeiro ouro brasileiro em Paris

O esporte brasileiro conquistou a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com a vitória de Beatriz Souza sobre a israelense Raz Hershko na final da categoria +78kg feminino.

A vitória foi desenhada logo nos primeiros 30 segundos de luta, quando a brasileira conseguiu um wazari ao derrubar a israelense, em meio a uma tentativa de aplicar um o-soto-gari – varrida por fora da perna da adversária, empurrando-a contra o pé. Com a queda da israelense, a brasileira abriu a pontuação.

Com duas advertências por falta de iniciativa, o combate continuou com a israelense quase aplicando um golpe que poderia igualar o placar, mas Beatriz soube se desvencilhar, evitando tocar o solo com sua lateral ou as costas.

A brasileira, então, se manteve concentrada, administrando a vantagem, com a israelense já demonstrando cansaço.

A vitória colocou o Brasil na 18ª posição no quadro geral, com uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze.

Beatriz Souza vence francesa no judô e disputa ouro com israelense

A judoca brasileira Beatriz Souza foi classificada para a disputa do ouro ao vencer por ippon a francesa Dicko Romane, atual número um do ranking. Com a vitória, brasileira enfrentará, ainda nesta sexta-feira (2) à tarde, a israelense Raz Hershko na final da categoria +78kg feminino dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A disputa começou com a brasileira levando penalidade por falta de combatividade logo nos primeiros segundos da luta, quando Beatriz já acenava que iria adotar, como estratégia, a de tentar cansar a adversária. que contava com o apoio da torcida francesa.

Beatriz buscava constantemente fazer uma pegada alta no quimono da adversária, na busca de melhores condições para encaixar o golpe. Passiva, a francesa também acabou levando uma penalidade. A situação, naquele momento, era de uma penalidade para cada lado. De acordo com as regras do judô, três penalidades resultam em eliminação.

Beatriz tentou algumas entradas e trocas de base, segurando a manga da francesa com firmeza, na busca por melhor encaixar seus golpes. As tentativas de entrada, por meio de pegadas com a mão direita, mostrava a brasileira com mais iniciativa. A francesa chegou a responder com uma tentativa de sasae, golpe parecido com a chamada “banda”, no Brasil, na qual se tenta desequilibrar o adversário, deslocando o pé que está servindo de base. A tentativa, no entanto, não resultou em pontuação.

Com a mão sempre no alto do quimono da adversária, Beatriz mantinha as tentativas de ataque, até que a cerca de 30 segundos do final a brasileira consegue aplicar o golpe, levando a francesa ao solo e ao ippon.

Beatriz Dizotti avança à final inédita do Brasil na natação em Paris

A nadadora paulista Beatriz Dizotti se classificou para a final dos 1500 metros livre para mulheres na Olimpíada de Paris. Na bateria classificatória, Bia terminou na terceira posição, com a marca de 16min26s40. Ela avançou para a final com o sétimo melhor tempo entre as nadadoras. É a primeira vez que uma atleta do Brasil avança à decisão nesta prova. A norte-americana Katie Ledecky, atual campeã olímpica e recordista mundial, se classificou com o melhor tempo das eliminatórias: 15min47seg43.

A chegada à inédita final tem gosto de superação. Nos últimos dois anos a nadadora passou por cirurgias para a retirada de tumores no ovário e precisou ficar afastada das piscinas – – Sátiro Sodré/CBDA/Direitos Reservados

A final dos 1500m livre está programada para a quarta-feira (31), às 16h13 (horário de Brasília).

“Na Olimpíada passada eu fiquei em 24º , longe do meu melhor tempo, bem longe. Hoje ainda não foi a prova perfeita. Mas sei que na final pode ser melhor. Tudo acontece por um porquê. Na Olimpíada passada com esse tempo eu não ia chegar na final. Acho que eu estou pronta para nadar melhor à tarde. E estou muito feliz por fazer história”, comemorou a nadadora, em depoimento ao Comitê Olimpíco do Brasil (COB).

Beatriz Dizotti tem 24 anos e participa da segunda Olimpíada da carreira – a primeira foi na edição de Tóquio 2020. A chegada à inédita final tem gosto de superação. Nos últimos dois anos a nadadora passou por cirurgias para a retirada de tumores no ovário e precisou ficar afastada das piscinas. O último procedimento foi no mês de dezembro. Ela se recuperou a tempo de participar do Mundial de Natação de Doha, em fevereiro deste ano.

Outros resultados do Brasil

Nos 100 metros livre para homens, Guilherme Caribé foi o quarto colocado em sua bateria e avançou para a semifinal com a marca de 48seg35. Outro brasileiro a nadar as eliminatórias, Marcelo Chierighini fez o tempo de 49seg38, e terminou na última posição em sua bateria, ficando de fora da próxima fase. A semifinal dos 100m livre acontece ainda hoje, às 15h30.

Na prova dos 200m borboleta masculino, Nicolas Albiero fez a marca de 1min56seg49 e não conseguiu avançar para a final. Ele terminou com o 18º melhor tempo. Quem também está fora da briga por medalhas é o revezamento 4x200m livre do Brasil. A equipe formada por Murilo Sartori, Fernando Scheffer, Eduardo Moraes e Guilherme Costa terminou a bateria classificatória na sexta posição, com o tempo de 7min10seg26.

Flup homenageia este ano historiadora e ativista Beatriz Nascimento

 As múltiplas identidades de Beatriz Nascimento – historiadora, professora, escritora, intelectual e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres – serão lembradas pela Festa Literária da Periferia (Flup), em diferentes atividades ao longo de 2024. No dia 11 de maio, será realizado no Rio de Janeiro o evento que apresenta a agenda anual. O legado deixado por Beatriz será reverenciado na mesa de abertura, quase dez anos após sua morte.

“Nesta 14ª edição, o festival celebra uma obra que despertou outro imaginário brasileiro e se desdobrou numa nova geração de intelectuais e escritoras que transformam o cenário cultural. A escritora Conceição Evaristo e a filósofa Helena Theodoro farão parte da homenagem à amiga e companheira de ativismo”, diz nota divulgada nessa segunda-feira (15) pelos organizadores.

Desde 2012, quando começou, a Flup é realizada todos os anos. O festival, que já liderou a publicação de mais de duas dezenas de livros de autores das periferias do Rio de Janeiro, foi destaque em 2020 no Prêmio Jabuti, a mais tradicional premiação literária do país. A Flup venceu na categoria Fomento à Leitura. No ano passado, uma lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro declarando o festival patrimônio cultural imaterial.

Os organizadores costumam levar as atividades para territórios tradicionalmente excluídos dos programas literários. Já passou, por exemplo, pelo Morro dos Prazeres, por Vigário Geral e pela Ladeira do Livramento. O evento que apresenta a agenda anual de 2024 será no Circo Crescer e Viver, espaço criado em 2021 na região central do Rio, onde são desenvolvidos projetos que valorizam a arte como ferramenta pedagógica e que beneficiam crianças, adolescentes e jovens.

A programação é gratuita e começará às 12h com uma feijoada. A mesa de abertura está prevista para 13h. Ao longo da tarde, mesas irão debater temas variados. Antes de cada uma delas, haverá o Sarau Beatriz Nascimento, no qual serão recitados poemas autorais e da homenageada. Para fechar as atividades, o Pagode da Gigi promoverá uma roda de samba formada integralmente por mulheres.

Homenageada da edição, Beatriz Nascimento é autora de diversos textos em que reflete sobre questões relacionados com o feminismo, o racismo, a luta quilombola e a resistência cultural negra, entre outros temas. Pela sua autuação, foi agraciada com o título de Mulher do Ano 1986, concedido pelo Conselho Nacional de Mulheres no Brasil (CNDM), órgão criado pela Lei Federal 7.353/1985. Ela também se aventurou no cinema, tendo integrado a equipe que lançou o longa-metragem Ôrí, em 1989. O documentário, dirigido por Raquel Berger, traz discussões sobre o movimento negro e foi produzido com base na pesquisa de Beatriz. A historiadora também atua como narradora.

Nascida no Sergipe em 1942, Beatriz Nascimento fez graduação em história no Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na capital fluminense, desenvolveu a carreira até perder a vida em um crime brutal. Em janeiro de 1995, ela foi baleada na frente de testemunhas em um bar no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade. O assassino era o ex-companheiro de uma amiga, a quem Beatriz havia aconselhado a separação após ouvir suas reclamações de violência doméstica. Julgado, ele foi condenado a 17 anos de prisão.

“Ao homenagear Beatriz Nascimento, a Flup traz o conceito de quilombo agregação, comunidade e luta como fundamento da sua programação anual”, afirmam os organizadores. Eles também anunciaram que a programação anual abrirá espaço para uma rede de 100 mulheres acadêmicas negras, criada pelas pesquisadoras Thaís Alves Marinho e Rosinalda Simoni. Ao longo de 2024, essas intelectuais participarão de outros eventos que ocorrerão em espaços periféricos da cidade do Rio. Também será lançado um livro com a história de cada uma dessas 100 mulheres, com o título Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas. 

Remadores Beatriz Tavares e Lucas Verthein se garantem em Paris 2024

O remo brasileiro garantiu duas vagas na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris. Na manhã deste sábado (16), Beatriz Tavares e Lucas Verthein triunfaram nas provas de single skiff no Pré-olímpico das Américas, realizado no estádio de Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro.

“Foi muito bom vencer em casa, porque eu sempre perdia quando participava de competições internacionais aqui. Pensei em parar de remar muitas vezes, já que nunca imaginei que, de fato, fosse disputar as Olimpíadas. Por isso, fiz um combinado comigo para hoje que a minha única opção seria ganhar, e deu certo”, declarou Beatriz, que completou o percurso de 2 mil metros com o tempo de 8min13s54.

BEATRIZ TAVARES E LUCAS VERTHEIN ESTÃO CLASSIFICADOS PARA OS JOGOS OLÍMPICOS DE PARIS 2024!

Os dois venceram suas provas no Single Skiff do Pré-Olímpico e garantiram a vaga na competição.

NÃO TEM JEITO, O BRASIL ESTÁ MUITO BEM REPRESENTADO NO REMO! 🚣‍♀️🚣#TimeBrasil #Remo pic.twitter.com/Ccc8bo6c2j

— Time Brasil (@timebrasil) March 16, 2024

Já o medalhista de ouro no Pan-Americano de Santiago (Chile) Lucas Verthein, que venceu a prova do single skiff masculino com a marca de 7min24s52, celebrou a vaga nos Jogos de Paris: “É uma felicidade enorme poder representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e vou dar o meu melhor para brigar por uma medalha. A meta é focar em melhorar os detalhes técnicos e fisiológicos. Tenho muito a melhorar ainda e estaria preocupado se terminasse essa competição sem nada para evoluir. Estou só com 25 anos e quero ir muito além, ajudando a massificar novamente o remo, como era na década de 1980”.

Os remadores das Américas ainda têm mais uma oportunidade de alcançar a classificação para os Jogos de Paris, pois entre 19 e 21 de maio, em Lucerna (Suíça), será disputado o qualificatório mundial, que distribui duas vagas em cada uma das provas que integram o programa da Olimpíada.