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Avenida 23 de Maio é totalmente liberada após incêndio em viaduto

A Avenida 23 de Maio, que estava parcialmente bloqueada após um incêndio que atingiu o viaduto Condessa de São Joaquim, na região central da capital paulista, foi totalmente liberada para o tráfego de veículos às 15h19 de hoje (20), informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

O tráfego em cima do viaduto Condessa de São Joaquim foi liberado hoje de manhã para veículos leves e ônibus, mas caminhões ainda não poderão circular por ele. Mais cedo, a prefeitura informou que não foram constatados danos estruturais ao viaduto, mas equipes seguem fazendo avaliações no local.

O Viaduto Condessa de São Joaquim sofreu um incêndio na tarde de ontem e prejudicou o trânsito na região. Segundo a Defesa Civil, o incêndio foi provocado por fogo em objetos de pessoas em situação de rua que se abrigavam embaixo do viaduto, o que gerou muita fumaça devido à existência de materiais como cobertores, entulho e madeira. Não houve feridos.

SP: incêndio atinge viaduto na Avenida 23 de Maio

Um incêndio que ocorre no Viaduto Condessa de São Joaquim, no bairro da Liberdade, no centro da capital paulista, interrompeu, na tarde desta quinta-feira (19), o trânsito na Avenida 23 de Maio, sentido Aeroporto de Congonhas. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há informações sobre vítimas.

A Defesa Civil informou que o incêndio foi provocado por fogo em objetos de pessoas em situação de rua que se abrigam embaixo do viaduto, o que gerou muita fumaça devido à existência de materiais como cobertores, entulho, madeira e outros resíduos.

Equipes do Corpo de Bombeiros continuam os trabalhos de combate às chamas, que agora se encontram na fase de rescaldo.

Por causa do incêndio, a pista sentido aeroporto chegou a ficar totalmente bloqueada, informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mas uma já faixa foi liberada.

A CET recomenda que os motoristas evitem a região. Para aqueles que vêm do centro da cidade, as rotas alternativas são a Avenida Nove de Julho, a Rua 13 de Maio e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Para os que vêm da ligação leste-oeste, a opção é a Avenida da Liberdade.

Eventos gratuitos transformam Avenida Paulista em corredor de dança

Nesta semana, a Avenida Paulista vai se transformar em um imenso corredor de dança. A partir desta terça-feira (27), diferentes estilos, técnicas e formas de dança vão movimentar uma das mais famosas avenidas do Brasil, marcando a colaboração entre dois grandes eventos culturais: a 6ª Semana Paulista de Dança, que ocorre no Museu de Arte de São Paulo (Masp), e a Mostra Internacional de Dança de São Paulo (MID-SP), que será realizada no Itaú Cultural.

Ao todo, os dois eventos vão promover 22 apresentações de dança de variadas linguagens, que vão do clássico ao contemporâneo. Além disso, haverá exibições de videodanças e fóruns sobre produção em dança, processos criativos e circulação de grupos e companhias. A programação é totalmente gratuita e diversa e não haverá sobreposição de atividades, ou seja, o público terá a oportunidade de acompanhar toda a programação.

A abertura da primeira edição da Mostra Internacional de Dança de São Paulo será nesta terça-feira, a partir das 20h, no Itaú Cultural, com apresentação de Yebo Musical, de Gamboot Dance, de São Paulo. Já a sexta edição da Semana Paulista de Dança está marcada para amanhã (28), às 19h, no Masp, com As Canções que você dançou para mim, da carioca Focus Cia. de Dança.

Mostra Internacional de Dança

Além das apresentações, a Mostra Internacional de Dança contará ainda com o fórum Encontros e Diálogos e a sessão de exibição de videodanças Dança Viva, que reúne 16 trabalhos de diversos países.

“O nascimento da Mostra Internacional de Dança acontece agora. É uma mostra que vem para ampliar as possibilidades de a gente perceber a dança do nosso tempo por meio de múltiplos olhares. A Mostra Internacional traz 12 espetáculos, além de vídeodanças e de mesas de diálogo”, explicou Inês Bogéa, diretora artística da MID.

Em entrevista à Agência Brasil, a diretora artística contou que o evento é baseado em três eixos: formação, fomento e fruição. “Teremos um olhar amplo para a diversidade e para os vários públicos que possam nos acompanhar e com ações de acessibilidade comunicacional. Celebramos a pluralidade e a diversidade da dança do nosso tempo e desses muitos agora que nos perpassam nessa arte tão intensa do Brasil e do mundo”, afirmou.

Semana Paulista de Dança

A Semana Paulista de Dança, que surgiu em 2018 com o propósito de aproximar a cidade da dança e da cena contemporânea, terá como destaques uma participação de Thiago Soares, ex-primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, e a apresentação do espetáculo FRANCISCO (s), obra coregráfica com canções de Chico Buarque. O curador é Anselmo Zolla, diretor artístico do Studio3 Cia. de Dança.

“A primeira edição [da Semana Paulista de Dança] aconteceu muito tímida: foram apenas três dias. Foi uma grande batalha, ano a ano, para ela poder crescer, ficar mais robusta e ter a possibilidade de convidar pessoas de fora de São Paulo”, explicou Zolla. “Sempre digo que o Masp é uma grande vitrine de São Paulo. Então, a função da Semana Paulista de Dança é se tornar uma vitrine de dança do Brasil. A Semana Paulista de Dança vem com o intuito de oferecer a dança gratuitamente ao público, mostrar que é possível, que ela existe, que ela é atuante e viva”, completou.

De acordo com Zolla, a programação do evento é bastante diversa. “É bem popular a nossa programação. Não nos direcionamos a um estilo próprio ou a uma situação própria. Nós abrimos o máximo possível para ter todos os tipos de estilos e trabalhos no palco”, disse.

Programação alternada

A programação dos dois eventos foi pensada para que o público possa aproveitá-los de forma simultânea, sem sobreposição de atividades. “Os horários estão bem organizados para que ninguém perca nada: ele vai poder começar nas mesas, depois vai para o Masp e então volta para o Itaú. Esse corredor na Paulista vai se transformar em um lindo movimento de dança”, brincou Inês. “Esse é um convite para que as pessoas possam perceber, sentir e experienciar a dança plural do nosso tempo. São duas mostras simultâneas que dialogam e criam espaços para que nada se sobreponha e que oferecem ao público essa possibilidade de vivenciar intensamente a dança”, acrescentou.

A Semana Paulista de Dança e a Mostra Internacional de Dança de São Paulo vão até o dia 1º de setembro. No Itaú Cultural, os ingressos devem ser reservados pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural. A programação da MID pode ser obtida no site da mostra.

No Masp, os ingressos devem ser retirados na bilheteria com duas horas de antecedência. Mais informações sobre a Semana Paulista de Dança podem ser obtidas no site  do evento

Avenida Paulista volta a ser palco de protesto contra PL do Aborto

Na tarde deste sábado (15), a Avenida Paulista foi palco de mais um ato contra o Projeto de Lei (PL) 1.904/24, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Foi o segundo ato de protesto realizado nesta semana na capital paulista contra o projeto que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

Por lei, o aborto, ou interrupção de gravidez, é permitido e garantido no Brasil nos casos em que a gestação decorreu de estupro da mulher, representa risco de vida para a mãe e também em situações de bebês anencefálicos, sem estabelecer um tempo máximo de gestação para o aborto.

No entanto, o projeto de lei que foi votado para tramitar em regime de urgência na última quarta-feira (12) na Câmara dos Deputados, pretende fixar em 22 semanas de gestação o prazo máximo para abortos legais e aumentar de 10 para 20 anos a pena máxima para quem fizer o procedimento.

“A gente mobilizou novamente este ato. Achamos que era essencial voltarmos no sábado aqui na Avenida Paulista para mostrar que o projeto é um absurdo. Enquanto esse projeto não for arquivado, as feministas não sairão das ruas”, disse Ana Luiza Trancoso, que faz parte do Coletivo Juntas e da Frente Estadual pela Legalização do Aborto.

Para as manifestantes, se aprovado, o projeto de lei afetará principalmente as crianças que são vítimas de estupros, cujos casos de abuso e gestações demoram a ser identificados, resultando em busca tardia aos serviços de aborto legal. Segundo o Fórum de Segurança Pública, 74.930 pessoas foram estupradas no Brasil em 2022. Desse total, 61,4% eram crianças que tinham até 13 anos.

“As principais vítimas são as meninas de 10 a 14 anos. É dentro de casa que acontece essa violência. A criança não tem consciência do corpo. Não sabe o que é estar gestando. Por isso, há a descoberta tardia [da gravidez]. Além disso, sabemos que os serviços de abortamento legal sempre colocam barreiras. Não foi só um ou dois casos em que meninas tiveram que mudar de cidade ou de estado para fazer o aborto. E, quando chegam, sofrem pressão [para não abortar] e daí vão se passando semanas”, afirmou Ana Luiza.

Uma das participantes do ato na Avenida Paulista foi a professora Ana Paula Fernandes de Souza, de 43 anos. “Estou no ato porque acho extremamente importante tentar barrar esse projeto de lei. Eu, enquanto mulher, me sinto ofendida com tudo isso que vem ocorrendo. E este é só o começo de muitas outras coisas piores que podem vir”, disse ela à Agência Brasil.

Para a professora, as crianças e as mulheres periféricas serão as maiores vítimas desse projeto. “Na verdade, a mulher como um todo [é vítima do projeto]. Mas existe uma parcela aí que vai pagar muito mais por toda essa situação”, acrescentou.

A manifestação na Avenida Paulista contou também com a presença de muitos homens. “Tenho exemplos na família de abuso sexual. Sobrinhas que sofreram abuso”, disse René de Barros, de 61 anos, professor aposentado. “Não há como ficar à margem disso. Inclusive, sugiro que se façam passeatas nos bairros. Esse Lira [Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados] tem que cair fora. Ele não é inimigo das mulheres e das crianças. Ele é inimigo do Brasil”, afirmou.

Para o professor, os homens precisam também reforçar sua participação em atos como este. “Essas mulheres e essas crianças têm família, e as famílias são afetadas também. A gente não pode ser hipócrita”, enfatizou.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB-SP) manifesta “profunda preocupação” com o projeto. “Em primeiro lugar, o projeto estabelece limites mais rigorosos para a interrupção da gravidez decorrente de estupro, restringindo-a até a 21ª semana. Esta mudança impõe uma barreira significativa para as meninas e mulheres que foram estupradas, muitas vezes obrigando-as a levar a gravidez a termo, o que pode ser considerado tratamento cruel e degradante”, diz a nota da OAB.  “Além disso, essa previsão ignora a realidade de muitas mulheres brasileiras que sofrem estupro e enfrentam um longo caminho até conseguirem um aborto legal, frequentemente ultrapassando as 22 semanas”, acrescenta o texto.

Para a OAB-SP, a criminalização severa do aborto “não reduz a sua ocorrência, mas empurra as meninas e mulheres, principalmente as mais pobres, para procedimentos clandestinos inseguros e com alto risco de vida, aprofundando a discriminação social”.

Lula

Mais cedo, durante a Cúpula do G7, que reúne os países mais ricos do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou contra o projeto.

“Eu, Luiz Inácio, sou contra o aborto. Mas, como o aborto é uma realidade, precisamos tratar como uma questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher em uma pena maior do que o criminoso que fez o estupro”, declarou, em entrevista coletiva na região da Puglia, na Itália.

Para Ana Luiza Trancoso, a fala do presidente Lula foi importante, mas precisa ser mais incisiva. “Ele precisa ser um pouco mais enfático. Ele precisa ter uma posição mais firme”, disse Ana Luiza.

Abaixo-assinado

Durante o ato na Avenida Paulista, as manifestantes colheram assinaturas de pessoas contra o Projeto de Lei 1.904/24. “É um abaixo-assinado pedindo que esse projeto seja arquivado. Só assim para a gente abandonar as ruas”, afirmou a representante do Coletivo Juntas.