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Secretário-geral da ONU pede “espírito de consenso” para G20 avançar

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse neste domingo (11) que os países do G20 precisam buscar consensos e não divisões, se quiserem avançar na redução das desigualdades globais. A declaração foi dada ao ser questionado sobre o presidente argentino Javier Milei, que se opõe ao multilateralismo, aos acordos climáticos e, recentemente, foi o único a votar contra resolução da ONU pelo fim da violência contra mulheres e meninas. A Argentina, de Milei, é um dos países que estará presente na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, na segunda (18) e terça-feira (19).

“A Agenda 2030 teve consenso de todos os países do mundo e é o caminho claro para enfrentar as tremendas desigualdades e injustiça que existem no mundo. E, por isso, eu faço esse apelo a todos os países, agora que estão em curso as negociações do G20, para que tenham espírito de consenso, para que exibam bom senso e que encontrem as possibilidades de transformar essa reunião do G20 num êxito, com decisões que sejam relevantes para a ordem internacional. Se o G20 se divide, ele perde importância a nível global. E, do meu ponto de vista, é algo indesejável para um mundo que já tem tantas divisões geopolíticas”, disse o secretário-geral.

Uma das preocupações no G20 é em relação a capacidade de influência de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, que compartilha do pensamento político de Milei, e pode recorrer aos aliados para defender ideias de dissensão durante os debates da Cúpula. Ao ser perguntado sobre como os países deveriam se preparar para o governo Trump, que começa no ano que vem, Guterres disse que o melhor caminho é manter e reforçar o diálogo global .

“O principal é reconhecer a importância do multilateralismo e das instituições. Se os países fizerem isso no nível das Nações Unidas, no nível das leis internacionais, e adotarem um diálogo mínimo, e se eles forem hábeis em todas essas áreas para fazer uma batalha forte em favor do multilateralismo, essa é melhor possibilidade de resposta”, disse o secretário.

António Guterres deu entrevista coletiva nesse domingo no espaço no centro de imprensa do G20, ao lado Museu de Arte Moderna do Rio. Ele falou de outros temas como as guerras na Ucrânia e na Palestina, a crise climática e a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Crise climática

“Estou vindo da COP 29, em Baku, Azerbaijão. Neste trajeto eu tenho visto e ouvido preocupações sobre a crise climática. O ano de 2024 deve ser o mais quente da história. Vemos os impactos em todos os lugares. E não precisamos ir longe. A seca na Amazônia e as enchentes no Sul do Brasil são exemplos contundentes disso”.

“Agora é hora de as maiores economias liderarem pelo exemplo. Falhar não é uma opção. Há muitos desafios, mas também há muitas soluções possíveis. Isso é crucial para restaurar a confiança e a legitimidade do sistema global”.

Estados Unidos e clima

“É óbvio que os Estados Unidos são importantes para conter a crise climática. Mas os Estados Unidos são um país federal e uma economia de mercado. E todos os sinais dados pelo mercado hoje são no sentido de priorizar opções sustentáveis mais verdes e mais baratas de produzir energia. Então, estou confiante de que que o dinamismo da economia americana e da sociedade americana vão se mover na direção da ação climática, ao reconhecer que a influência dos governos hoje é muito menor do que já foi no passado”.

Conselho de Segurança

“O Conselho de Segurança corresponde ao mundo de 1945. Para dar um exemplo, há três países europeus que são membros permanentes do Conselho de Segurança. Não há nenhum país africano, nem latino-americano. Ele não corresponde ao mundo de hoje, E tem revelado uma grande ineficácia por causa das divisões políticas. E tem um problema de legitimidade porque não representa a realidade dos nossos tempos. Há necessidade de reforma do Conselho de Segurança. E uma dessas questões tem a ver com a adesão de novos países, nomeadamente do Sul Global, permanentes ou não, e com revisão do método de trabalho para que possa ser mais eficaz. A reforma do Conselho é um dos pilares essenciais das mudanças para que tenhamos um mundo mais justo”.

Palestina

“Sobre o Oriente Médio, eu acredito que não podemos ter posturas dúbias. Nós temos que aplicar os mesmos princípios em qualquer lugar. Nós temos que aplicar a lei internacional. E no Oriente Médio nós precisamos de paz, mas paz de uma maneira que garanta os direitos dos palestinos, assim como os direitos dos israelenses, de ter dois estados vivendo em paz e segurança. E, ao mesmo tempo, nós precisamos direcionar a crise imediata. Nós podemos condenar o ataque do Hamas, mas reconhecer que eles não justificam o sofrimento coletivo do povo palestino. É preciso um cessar fogo imediato e prover ajuda humanitária efetiva em Gaza”.

Indígenas cobram demarcações para avançar em transição ecológica

Qualquer modelo de transição ecológica precisa contemplar a demarcação de terras indígenas e a proteção das populações nativas de invasores, disse nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro, a representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marciely Ayap Tupari (foto). Em plenária sobre desenvolvimento sustentável no G20 Social, ela citou a ameaça do Marco Temporal e criticou o projeto de exploração da Petrobras na Margem Equatorial.

“Os povos indígenas são 5% da população mundial, mas preservamos 80% da biodiversidade de todo o planeta. Graças tanto ao nosso conhecimento ancestral como ao sangue de nossos parentes derramados”, declarou a líder indígena.

Ela ressaltou que os próprios indígenas vivem em harmonia com o meio ambiente e têm muito a contribuir no G20 Social, evento paralelo à Cúpula de Líderes do G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana.

“A sustentabilidade, hoje colocada como solução, sempre pusemos em prática. Queremos que nosso conhecimento seja utilizado. As consequências que estamos sentindo hoje são consequências de ações de 20 anos atrás. O que a gente vai esperar nos 20 anos à frente? Será que estamos preocupados com futuras gerações?”, declarou.

Em relação ao Marco Temporal, Tupari disse que a ameaça aos direitos dos povos indígenas continua avançando. Ela defendeu que o G20 Social considere a demarcação como um meio de enfrentamento às mudanças climáticas.

“Hoje no Brasil, estamos sofrendo um retrocesso muito grande, principalmente sobre o Marco Temporal. Hoje [estamos] debatendo para que o Estado brasileiro coloque a demarcação das terras indígenas como pauta climática”, declarou.

Tupari cobrou não apenas o avanço nas demarcações como a proteção das etnias, que, segundo ela, atuaram na linha de frente no combate aos invasores no governo anterior. “Não adianta só demarcar [terras indígenas]. Precisa garantir a proteção deles. A gente precisa olhar para indígenas na linha de frente defendendo territórios, disse.

Burocracia

A representante da Apib também criticou a burocracia na concessão de financiamentos aos povos nativos. Segundo ela, o dinheiro prometido por organismos internacionais não chega à população indígena por causa de restrições impostas tanto pelos bancos multilaterais como pelo governo brasileiro.

“A gente quer ter acesso a esses financiamentos que são colocados para nós, mas não conseguimos porque existe muita burocracia. Hoje, os movimentos indígenas [estão] criando fundos para ver se conseguem resolver esses problemas e acessar os financiamentos”, afirmou. “Nas COP [Conferências das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas], eles só criam fundos. A gente ouve muitas promessas, mas não vê nada acontecer”, garantiu.

Petróleo

A líder indígena criticou o projeto da Petrobras de explorar a Margem Equatorial, área de grandes reservas de petróleo entre a costa do Rio Grande do Norte e a do Amapá. A potencial exploração de óleo na região, que inclui a foz do Rio Amazonas, é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais.

“Hoje não temos mais como barrar o limite de 1,5°C de aquecimento. Não podemos mais aumentar a extração de combustíveis fósseis. Se o Brasil quer vender para fora a imagem de país sustentável, não pode explorar petróleo na Região Amazônica”, avaliou Tupari, sob aplausos da plateia.

A representante da Apib disse, ainda, que os movimentos indígenas estão mobilizados para defender seus direitos e se manifestar contrários à exploração da Margem Equatorial no próximo ano, durante a COP 30, em Belém, no Pará.

Brasil precisa avançar na proteção à saúde em casos poluição do ar

O Brasil avançou pouco na adoção de padrões de qualidade do ar e na proteção à saúde da população em episódios críticos de poluição, segundo o estudo Qualidade do ar em alerta. Realizado pelo Instituto Alana e o Instituto Ar, a pesquisa fez uma análise sobre casos de poluição no Brasil e a adoção de planos de ação para emergência em mais oito países: Chile, Colômbia e Equador (América do Sul); Estados Unidos e México (América do Norte) e Espanha, França e Inglaterra (Europa).

De acordo com a pesquisadora do Instituto Ar, Evangelina Araújo, cada país é responsável por formular as regras a serem adotadas em episódios críticos, ou seja, quando há emissão de gases poluentes muito acima do que foi determinado como padrão de qualidade. Quando esses níveis são atingidos, é necessário que haja um plano de ação. “O Brasil tem como determinação para padrões de qualidade uma norma de 1990, então tem aí uma desatualização de 34 anos, vamos dizer.”

A partir da comparação com os outros países, o estudo concluiu que o Brasil tem vivenciado, junto com o Equador, os episódios mais críticos de poluição do ar. “Em novembro do ano passado, o material particulado em Manaus, pelas queimadas, chegou a 400 microgramas por metro cúbico (µg/m3), quando a Organização Mundial de Saúde preconiza que o nível não ultrapasse 45 microgramas por metro cúbico”, conta.

A pesquisa também apontou que os níveis estabelecidos como padrão de qualidade são muito permissivos e que unidades federativas e o próprio país não possuem planos de ação para preservar a saúde da população e o meio ambiente. “Em Paris, por exemplo, se um nível de episódio crítico é deflagrado, os carros não circulam mais na área de grande tráfego no centro da cidade, proíbem a circulação de carro. Eles dão gratuidade de metrô para que as pessoas peguem o metrô e deixem de pegar ônibus e de utilizar seus carros. Eles pedem para as crianças não irem à escola, ficarem em casa, tudo para proteger a saúde delas”, explica.

Segundo Evangelina, essas medidas fazem parte de um protocolo que prevê iniciativas para cada momento em que há uma alteração nos índices de poluição do ar, separados por níveis de atenção, alerta e emergência. Essas medidas vão desde um aviso quando há um índice alterado, até protocolos mais severos como a interrupção na produção de fábricas, caso o nível ultrapasse o que foi estabelecido como padrão de qualidade para emergência.

Segundo a pesquisadora, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) não estabeleça um padrão para as medidas emergenciais, a instituição considera como níveis aceitáveis de concentrações do poluente, por exemplo, até 45 µg/m3 de material particulado no ar em 24 horas, e até 15 µg/m3 na média anual. No Brasil, são aceitos níveis até três vezes maiores que o recomendado, seguindo normas estabelecidas em 1990.

De acordo com o estudo, leis nacionais no Chile, Colômbia, Equador, Espanha e França definem os níveis críticos de poluição. México e Estados Unidos estabeleceram regras regionais.

Já no Brasil, o tema foi tratado por meio de um dispositivo infralegal, com menos força que uma lei. A resolução 506/2024 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) atualizou os padrões nacionais de qualidade do ar e estabeleceu diretrizes para a aplicação, visando à proteção da saúde e do meio ambiente.

Avanços

A nova regra começa a alinhar os padrões nacionais aos da OMS em dezembro deste ano, com ajustes graduais estabelecidos até 2044, para alcançar os padrões recomendados. Para o gerente de natureza do Instituto Alana, JP Amaral, o estabelecimento de prazos foi muito positivo, mas ainda é necessário percorrer um processo longo. “A gente tem um percurso de uns 20 anos para alcançar esse padrão, que seria o ideal hoje para a nossa qualidade do ar.”

Amaral diz que o estudo foi pensado para subsidiar esse debate e a construção das políticas públicas em atenção ao problema, como a regulamentação da Política Nacional de Qualidade do Ar, criada em maio deste ano. “Uma parte será feita pelo Conama – estabelecer esses níveis de episódios críticos e também as medidas que os estados e municípios vão ter que fazer para ter esse plano de ação, porque esse plano deve ser feito em todas as esferas, mas é uma questão que é muito territorializada”, explica.

O estudo mostra essa diversidade nas diferentes ações adotadas como estratégia de proteção da população referente a cada poluente atmosférico, em cada tipo de ambiente. “Como se responde a um pico de poluição do ar por queimadas na Amazônia, em Manaus, por exemplo, é diferente de como a gente responde a um pico de poluição por conta da emissão veicular em São Paulo e outras grandes cidades”, exemplifica.

De acordo com o gestor, outro anúncio recebido na entrega da pesquisa aos gestores públicos federais, foi que o Ministério do Ambiente e Mudança do Clima está fazendo um guia técnico de planos de ação em episódios críticos, para auxiliar estados e municípios.

Orientações

Amaral destaca que tão importante quanto avançar nas políticas públicas e na regulamentação das regras que tratam da qualidade do ar é compreender que já não é mais possível conter os efeitos da emissão de gases poluentes, como a própria mudança climática. Para ele, a adaptação é necessária em várias frentes, como a busca por soluções amplas nas gestões municipais, estaduais e federal, mas também nas práticas individuais.

“São aquelas práticas que a gente já conhece. Em dias muito intensos com neblina de fumaça, o uso da máscara é recomendado. Aquela velha técnica da avó de usar toalha molhada ou balde para umidificar nossos ambientes. Em alguns momentos vai ser necessário até mesmo isolar essa poluição para fora fechando janelas. E o mais importante ainda, falando especificamente de crianças, é que a melhor solução para isso é sempre dar mais natureza. Levar as crianças para um ambiente mais florestado e apartado dos centros urbanos, que ela possa ter um pouco desse respiro sem poluição”, conclui.

Flu supera Grêmio no Maracanã para avançar na Libertadores

Empurrado pela sua apaixonada torcida, que compareceu em grande número no estádio do Maracanã, o Fluminense derrotou o Grêmio por 4 a 3 na disputa de pênaltis para se classificar para as quartas de final da Copa Libertadores. O confronto foi definido nas penalidades máximas porque, nos 90 minutos, o Tricolor das Laranjeiras conseguiu devolver o resultado de 2 a 1 que a equipe gaúcha alcançou na partida de ida.

O FLUMINENSE FOOTBALL CLUB ESTÁ CLASSIFICADO PARA AS QUARTAS DE FINAL DA @LibertadoresBR! VAAAAAAAAAAAAAAAMMOOOSS, TRICOLOR! pic.twitter.com/e3dlatRdCs

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) August 21, 2024

O Fluminense iniciou muito bem o confronto, pressionando o Grêmio, que iniciou a partida com uma formação conservadora, com uma linha de cinco homens na defesa (três zagueiros e dois laterais). O ímpeto da equipe das Laranjeiras era tamanho que o placar não demorou a ser alterado. Aos 13 minutos o colombiano Arias cobrou escanteio na medida para o zagueiro Thiago Silva fazer de cabeça.

A equipe comandada por Mano Menezes continuou mandando no confronto e ampliou aos 27 minutos em outra jogada de bola parada. Após a bola desviar no braço de Dodi dentro da área, o juiz, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), assinalou a penalidade máxima. Arias foi para a cobrança e não perdoou.

Após o intervalo o Grêmio melhorou e, de tanto tentar, conseguiu descontar com o atacante Gustavo Nunes aos 30 minutos da etapa final após boa jogada de Monsalve. Como o placar perdurou até o final dos 90 minutos a vaga teve que ser definida na disputa de pênaltis.

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— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) August 21, 2024

Nas penalidades máximas Ganso perdeu a primeira cobrança do Fluminense, mas o goleiro Fábio brilhou para fazer duas defesas para garantir a classificação do Tricolor das Laranjeiras.

* Veja a tabela da Copa Libertadores.

Basquete: Brasil bate Japão e aguarda resultados para avançar em Paris

Vencer ou ser eliminado. O dilema na última rodada da fase de grupos do basquete masculino valia tanto para Brasil, quanto para o Japão, que jogaram manhã desta sexta-feira (2) no Estádio Pierre Mauroy. As duas equipes acumulavam duas derrotas e fizeram um confronto direto pela sobrevivência no torneio. Os brasileiros levaram a melhor por 102 a 84, 

Agora é preciso esperar para a definição dos classificados à próxima fase. Com uma vitória e duas derrotas, o Brasil é o atual terceiro colocado no grupo B, com 4 pontos e saldo de cestas de -7. Líderes na chave, França e Alemanha já estão garantidas nas quartas de final e o Japão foi eliminado. Os brasileiros têm chances de avançar como um dos melhores terceiros colocados. Para isso, precisam torcer para que a Sérvia vença o Sudão do Sul por uma diferença mínima de dois pontos. A partida, válida pelo Grupo C, ocorrerá no sábado (3), às 16h (horário de Brasília).

FIM DE JOGO! Japão 🇯🇵 84 X 102 🇧🇷 Brasil

O Brasil venceu o Japão no #basquete 👏👏

Para a classificação o #TimeBrasil vai precisar tirar a diferença no saldo de pontos para o terceiro colocado do Grupo A ou do Grupo C.

VAMOS QUE DÁ! 🔥💚💛#Paris2024 #Vivo pic.twitter.com/8etaNvi59K

— Time Brasil (@timebrasil) August 2, 2024

A seleção comandada pelo técnico Aleksandar Petrovic fez um jogo consistente. Liderou o placar por quase toda a partida e soube frear as tentativas japonesas.

A partida teve início com o Japão pulando na frente. Mas logo o Brasil empatou e virou para o marcador para 10-7 com um arremesso de três pontos de Bruno Caboclo. A partir dali, a seleção não perdeu mais a liderança. Contando com as jogadas do habilidoso armador Yuki Kawamura, “baixinho” para os padrões do basquete com 1,72m, os japoneses tentavam encostar no placar. Raulzinho entrou em quadra pela primeira vez nos Jogos de Paris, e ajudou o Brasil a abrir vantagem. No fim do primeiro quarto o Brasil vencia por 31 a 20.

No segundo quarto o Japão melhorou em quadra, mas o Brasil conseguiu se manter na liderança, contando também com boa atuação de Vitor Benite. Uma bola de três convertida por Leo Meindl selou a vantagem e o time brasileiro fechou o primeiro tempo na frente: 55 a 44.

Na volta do intervalo, os japoneses continuaram melhores na partida, tentando a virada. O pivô Josh Hawkinson abusou das bolas de três pontos. O time brasileiro perdeu a efetividade, e as bolas de longa distância insistiam em não cair. Os japoneses diminuíram a desvantagem para apenas dois pontos, com o Brasil na liderança por 75 a 73. Mas a seleção conseguiu segurar os adversários. Dois lances livres convertidos por Yago aumentaram a vantagem para quatro pontos e o terceiro quarto terminou em 77 a 73.

AQUI É BRASIL 😡😡😡 pic.twitter.com/7Z7fWj1aKl

— Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) August 2, 2024

No último quarto o veterano armador Marcelinho Huertas, de 41 anos, voltou à quadra e comandou a seleção, sendo efetivo nos ataques. Ao mesmo tempo, os japoneses passaram a ter dificuldade para converter as cestas. A três minutos do fim o Brasil abriu 11 pontos na liderança. Depois, foi só administrar a vantagem no placar. Com a vitória na parcial por 25 a 11, o Brasil fechou o jogo em 102 a 84.

Bruno Caboclo foi o principal destaque da seleção brasileira. Foram 33 pontos e nada menos que 17 rebotes, que fizeram dele o cestinha do jogo. A seleção também teve um bom aproveitamento nos arremessos de 3 pontos: foram 17 acertos em 28 tentativas, equivalente a 61% de eficiência. Nesse quesito, Caboclo também se destacou: acertou quatro arremessos em quatro tentativas de longa distância.

Pedro decide e Fla derrota Millonarios para avançar na Libertadores

Comandado pelo centroavante Pedro, o Flamengo derrotou o Millonarios (Colômbia) por 3 a 0, na noite desta terça-feira (28) no estádio do Maracanã, para se classificar nas oitavas de final da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmitiu a partida ao vivo.

FIMMMMMMMMMMMM DE JOGO NO MARACA! O MENGÃO VENCE O MILLONARIOS POR 3 A 0 COM GOLS DE PEDRO (2) E VARGAS (CONTRA), E VAI ÀS OITAVAS DE FINAL DA CONMEBOL LIBERTADORES! #CRF #VamosFlamengo pic.twitter.com/SYEEwLV9p7

— Flamengo (@Flamengo) May 29, 2024

Com o triunfo de número 100 de sua história na história da competição continental, o Rubro-Negro chegou aos 10 pontos e avançou como segundo colocado do Grupo E. Quem passou em primeiro na chave foi o Bolívar (Bolívia), que bateu o Palestino (Chile) por 3 a 1 nesta quarta na altitude de La Paz.

Empurrado por mais de 64 mil torcedores, a equipe comandada pelo técnico Tite sobrou na primeira etapa e abriu o placar com seis minutos de bola rolando, quando a defesa do Millonarios vacilou e Pedro ficou livre diante do goleiro Álvaro Montero, que nada pôde fazer para impedir a finalização do centroavante rubro-negro.

O segundo saiu aos 25, quando, após boa jogada do zagueiro David Luiz pela direita, Gerson levantou a bola na área, onde Vargas desviou de cabeça para marcar contra. Momentos antes do intervalo, aos 43, Viña tocou em profundidade para Pedro, que dominou e bateu colocado para dar números finais ao placar.

Goleada do Galo

Outra equipe brasileira que venceu com folga foi o Atlético-MG, que goleou o Caracas (Venezuela) por 4 a 0 em Belo Horizonte. Com o triunfo, o Galo, que já entrou em campo classificado para as oitavas, fechou a primeira fase da Libertadores com 15 pontos, como líder do Grupo G.

FIM DE JOGO NA @ARENAMRV! 🖤🤍

EM UMA GRANDE NOITE, PEDRINHO (2X), ALISSON E HULK MARCAM E O GALO VENCE O CARACAS POR 4X0, GARANTINDO A PRIMEIRA POSIÇÃO DO GRUPO G! 🐔

PARTIU, OITAVAS 🔜#VamoGalo #CAMxCFC pic.twitter.com/R0gjXWOJU9

— Atlético (@Atletico) May 28, 2024

A vitória da equipe comandada pelo técnico argentino Gabriel Milito foi construída com gols de Alisson, Hulk e Pedrinho (dois).

Fogão empata

O terceiro brasileiro em ação nesta quarta na Libertadores foi o Botafogo, que ficou no 0 a 0 com o Junior Barranquilla (Colômbia). Com este resultado o Alvinegro terminou a primeira fase da competição com 10 pontos, classificado como segundo colocado do Grupo D. A liderança da chave ficou justamente com a equipe colombiana.

Fim de jogo: Júnior Barranquilla 0 x 0 Botafogo. ⚽️⌚️

📸 Vítor Silva/ BFR pic.twitter.com/GoznfMblGX

— Botafogo F.R. (@Botafogo) May 28, 2024

Vasco supera Fortaleza nos pênaltis para avançar na Copa do Brasil

Em um jogo muito movimentado o Vasco derrotou o Fortaleza por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis para avançar para as oitavas de final da Copa do Brasil. A partida disputada no estádio de São Januário na noite desta terça-feira (21) foi para as penalidades máximas após um empate de 3 a 3 no tempo regulamentar.

O VASCO DA GAMA ESTÁ CLASSIFICADO! 💢

⚽⚽ Vegetti
⚽ Lucas Piton

Nos pênaltis: Payet, Sforza, Lucas Piton, Puma Rodrigúez e Vegetti.#VASxFOR#CopaDoBrasil2024#VascoDaGama pic.twitter.com/LOQslDMos3

— Vasco da Gama (@VascodaGama) May 22, 2024

Logo aos sete minutos do primeiro tempo o Leão do Pici abriu o placar com Marinho. Porém o atacante voltou a aparecer com destaque quatro minutos depois, quando tocou com a mão na bola dentro da área de sua equipe. O juiz, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), acabou marcando pênalti, convertido pelo argentino Vegetti.

VAMOS GANHAR, VASCO! 💢

Bola rolando para a etapa complementar ⚽

📸: Leandro Amorim | #VascoDaGama#VASxFOR#CopaDoBrasil2024 pic.twitter.com/cGyb0BMLm2

— Vasco da Gama (@VascodaGama) May 22, 2024

O placar permaneceu igualado até os nove minutos da etapa final, quando Lucero voltou a colocar o Fortaleza em vantagem. Mas, empurrado por sua torcida, o Vasco conseguiu reverter o marcador com gols de Vegetti, aos 20, e do lateral Lucas Piton, aos 30. E quando tudo parecia caminhar para um vitória cruzmaltina o volante Hércules chutou colocado aos 43 para deixar o placar novamente igualado.

Como o empate perdurou até o final dos 90 minutos, a disputa seguiu para as penalidades máximas, nas quais o Vasco não desperdiçou nenhuma das cinco cobranças e o Fortaleza viu Kervin Andrade chutar a bola para defesa de Léo Jardim.

Massa Bruta avança

Quem não encontrou dificuldades para se garantir nas oitavas da Copa do Brasil foi o Bragantino, que no estádio Nabi Abi Chedid derrotou o Sousa por 3 a 0. Os gols da partida foram marcados por Juninho Capixaba, Gustavo Neves e Henry Mosquera.

CHUVA DE (METEOROS) GOLS EM BRAGANÇA! ⚽☄️🦖

Juninho Capixaba, Gustavo Neves e Henry Mosquera marcam e o Red Bull Bragantino derrota o Sousa-PB por 3 a 0, garantindo uma vaga na próxima fase da @CopaDoBrasilCBF.

Pra cima, #MassaBruta! ❤️‍🔥 pic.twitter.com/LMAZHr1CLH

— Red Bull Bragantino (@RedBullBraga) May 22, 2024

O Massa Bruta conseguiu avançar porque no confronto de ida o placar terminou com um empate de 1 a 1. Mesmo com o revés o Souza brilhou nesta edição da Copa do Brasil, pois fez sua melhor campanha na história da competição, inclusive eliminando o Cruzeiro.

Netanyahu afirma estar “determinado” a avançar com ataque a Rafah

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que continua “determinado a executar uma invasão terrestre da cidade de Rafah”, no Sul da Faixa de Gaza – onde muitos palestinos deslocados se encontram abrigados – apesar das dúvidas do presidente dos EUA, Joe Biden.

Netanyahu confirmou que vai enviar, em breve, uma delegação aos Estados Unidos, a pedido de Biden, para discutir a invasão de Rafah, uma ofensiva que o líder israelense considera negociável.

O gabinete de Netanyahu anunciou que viajarão até aos EUA o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e o conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, bem como um representante do braço do Ministério da Defesa que trata dos assuntos civis na Cisjordânia e em Gaza.

“Por respeito ao presidente [Biden], chegamos a um acordo sobre a forma como [os EUA] poderiam apresentar suas ideias, especialmente no que diz respeito à vertente humanitária. Obviamente, compartilhamos plenamente do desejo de facilitar uma saída ordenada da população [de Rafah] e da prestação de ajuda humanitária à população civil”, afirmou Netanyahu, horas antes, na abertura da Comissão de Assuntos Externos e Segurança do Knesset, o Parlamento israelense.

Na segunda-feira (18), durante telefonema entre os dois líderes, Biden pediu a Netanyahu que enviasse o mais rapidamente possível uma equipe de “peritos militares, dos serviços secretos e humanitários” para discutir alternativas à ofensiva terrestre de Rafah. Para Netanyahu, a ofensiva é inegociável e acrescentou que o exército já elaborou um plano de ação para executá-la.

Hamas

“Deixei o mais claro possível ao presidente [dos EUA] que estamos determinados a completar a eliminação desses batalhões em Rafah, e não há forma de o fazer sem uma incursão terrestre”, reiterou Netanyahu sobre a conversa telefônica com Joe Biden.

O primeiro-ministro israelense acrescentou que ainda há quatro batalhões do grupo islamita palestino Hamas em Rafah e que é necessário eliminar essa ameaça.

“Temos um debate com os americanos sobre a necessidade de entrar em Rafah, mas não sobre a necessidade de eliminar o Hamas”, acrescentou Netanyahu.

Segundo as autoridades israelenses a cidade de Rafah, situada na fronteira com o Egito, é o último grande reduto do Hamas. Estima-se que 1,5 milhão de palestinos – mais de metade da população de Gaza – se refugiaram em Rafah depois de fugirem dos combates em outras regiões do território.

“O presidente [Biden] rejeitou mais uma vez que mostrar preocupação com Rafah seja o mesmo que questionar a necessidade de acabar com o Hamas”, afirmou na segunda-feira o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, após o telefonema entre Biden e Netanyahu.

Segundo Sullivan, “uma grande operação terrestre será um erro e levará a mais mortes de civis”. Ele acrescentou que “os objetivos que Israel quer atingir em Rafah podem ser alcançados por outros meios”.

Ajuda humanitária

No final da tarde de terça-feira (19), um ataque aéreo israelense matou 30 pessoas de grupos que tinham se juntado para garantir a entrada de caminhões de ajuda humanitária na cidade de Gaza, segundo os meios de comunicação social do Hamas.

Ontem, os EUA afirmaram que as restrições israelenses à entrada de ajuda humanitária em Gaza podem constituir um crime de guerra de fome deliberada.

“A extensão das restrições contínuas de Israel à entrada de ajuda em Gaza, juntamente com a forma como continua a conduzir as hostilidades, pode equivaler à utilização da fome como método de guerra, o que é um crime de guerra”, afirmou Volker Turk, o alto-comissário da ONU para os direitos humanos.

Blinken no Oriente Médio

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, regressa ao Oriente Médio nesta quarta-feira para a sua sexta visita, desde o início da guerra de Israel com o Hamas, para pressionar por um acordo que garanta uma pausa temporária nos combates e a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

Blinken terá encontros com os líderes sauditas em Jeddah e com os líderes egípcios no Cairo para discutir as conversações mediadas pelo Egito e pelo Catar sobre um acordo, bem como os esforços para obter mais ajuda para Gaza, revelou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em um comunicado.

As conversações sobre um cessar-fogo serão retomadas esta semana no Catar, mas semanas de duras negociações ainda não conseguiram elaborar um acordo entre Israel e o Hamas que Washington espera que ajude a aliviar a crise humanitária que assola Gaza.

Blinken disse que também iria seguir com as conversações sobre acordos para a governança, segurança e desenvolvimento de Gaza pós-conflito.

“Temos trabalhado muito desde janeiro, em particular com os nossos parceiros árabes, e vamos prosseguir essas conversações, bem como discutir qual é a arquitetura certa para uma paz regional duradoura”, afirmou Blinken em uma conferência de imprensa durante uma parada anterior em Manila.

O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que iria discutir “os esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo imediato que garanta a libertação de todos os reféns restantes”, bem como “intensificar os esforços internacionais para aumentar a assistência humanitária a Gaza e a coordenação pós-conflito em Gaza”.

Fome

As ONG e as agências da ONU estão constantemente alertando sobre o risco iminente de fome no território palestino, em especial na zona norte, de difícil acesso, onde vivem atualmente mais de 300 mil pessoas.

“Cem por cento da população” de Gaza encontra-se “em uma situação de grave insegurança alimentar”, declarou o secretário de Estado norte-americano. “É a primeira vez que uma população inteira é classificada desta forma”.

As conversações intensificaram-se nos últimos dias, especificamente com a visita do chefe da Mossad, os serviços secretos externos de Israel, ao Catar, país mediador com os Estados Unidos e o Egito, e após uma mudança de posição do Hamas, que abriu a porta a uma pausa de várias semanas nos combates, depois de ter exigido, sem sucesso, um cessar-fogo definitivo.

No entanto, o líder do movimento islamita palestino, Ismaïl Haniyeh, acusou na terça-feira Israel de “sabotar” estas negociações ao executar uma operação de grande envergadura contra o hospital de al-Shifa, na cidade de Gaza. O exército israelense afirmou ter matado “dezenas” de combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica no complexo hospitalar e nas suas imediações, tendo detido “mais de 300 suspeitos”.

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Vasco supera Marcílio Dias por 3 a 1 para avançar na Copa do Brasil

O Vasco avançou para a 2ª fase da Copa do Brasil após derrotar o Marcílio Dias por 3 a 1, na noite desta terça-feira (27) no Gigantão das Avenidas, em Itajaí (Santa Catarina). A Rádio Nacional transmitiu ao vivo o confronto.

FIM DE JOGO! 💢

Apoiado por sua imensa torcida, que marcou presença em grande número em Itajaí, o Vascão venceu o Marcílio Dias por 3 a 1 e avançou de fase na Copa do Brasil!

⚽️ Pablo Vegetti
⚽️ Adson
⚽️ David#MARxVAS 1️⃣-3️⃣#CopaDoBrasil

📸: Leandro Amorim | #VascoDaGama pic.twitter.com/9G7eJq1k1h

— Vasco da Gama (@VascodaGama) February 28, 2024

Sem contar com o seu primeiro articulador de jogadas, o francês Payet, o Cruzmaltino apostou nas jogadas pelas pontas. E foi justamente desta forma que a equipe comandada pelo técnico argentino Ramón Díaz abriu o marcador. Aos 10 minutos Rossi cruzou rasteiro em direção à área, onde Vegetti finalizou com perfeição.

Mas a vantagem durou apenas cinco minutos, pois Zé Eduardo marcou de cabeça para igualar para o Marcílio Dias. Porém, um pouco antes do intervalo, o Vasco voltou a ficar à frente, graças a Adson, que aproveitou sobra de bola para deixar o seu. Na etapa final, aos 28 minutos, David marcou para dar números finais ao confronto.

Bragantino avança na Libertadores

Pela 2ª fase prévia da Copa Libertadores, o Bragantino superou o Águilas Doradas (Colômbia) por 4 a 3 na disputa de pênaltis, após empate sem gols em Bragança Paulista, para seguir vivo em busca de uma vaga na etapa de grupos da competição continental.

O MASSA BRUTA AVANÇA NA @Libertadores! 😤

Foi sofrido, mas depois de mais um 0x0, o Red Bull Bragantino venceu o Aguilas Doradas (COL) nos pênaltis (4×3) e está na terceira fase da CONMEBOL Libertadores. DÁ-LHE BRAGA! 🔥#RedBullBragantino #VamosBraga #ForçaInterior pic.twitter.com/JsxSNZHEOC

— Red Bull Bragantino (@RedBullBraga) February 28, 2024

O classificado teve que ser definido nas penalidades máximas porque as equipes também ficaram no 0 a 0 no confronto de ida. Agora o Massa Bruta aguarda o resultado do jogo entre Botafogo e Aurora (Bolívia), na próxima quinta-feira (28) no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, para conhecer o seu adversário na próxima etapa da Pré-Libertadores.

Secretário dos EUA: sem paz, é impossível avançar em agendas sociais

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony J. Blinken, disse nesta quinta-feira (22) que se os organismos multilaterais não conseguirem solucionar conflitos pelo mundo, será impossível avançar em outras agendas como mudanças climáticas e desenvolvimento social. A declaração foi dada em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, no dia em que foi concluída a primeira reunião de ministros das relações exteriores do G20 sob presidência do Brasil.

Um dos principais tópicos abordados pelo secretário foi a situação da guerra na Faixa de Gaza. Essa semana, os EUA rejeitaram pela terceira vez uma proposta de cessar-fogo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Blinken afirmou que o foco agora é a libertação dos reféns feitos pelo Hamas.

“A melhor forma de encerrar o conflito é trabalhar em relação aos reféns. Estamos constantemente discutindo isso. É o caminho mais rápido e eficiente pra chegarmos aonde queremos. Queremos o fim desse conflito o mais rápido possível. E que cesse o sofrimento dos inocentes, pegos nesse fogo cruzado do Hamas. E devemos pensar no período pós-guerra, em uma paz sustentável, duradoura e genuína”, disse o secretário.

O secretário dos EUA esteve nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Blinken falou sobre a declaração de Lula, que comparou as ações de Israel em Gaza com o Holocausto.

“Primeiro, queria agradecer ao presidente Lula pelo tempo e conversas que tivemos. Temos muitas agendas em comum. Mas eu discordo plenamente e profundamente sobre a comparação feita com o Holocausto. Mas isso acontece com os amigos. Podemos ter discordâncias e ao mesmo tempo trabalharmos juntos. E concordamos que precisamos agir em conjunto para tirar os reféns de Gaza e terminar o conflito”. disse Blinken.

Ainda sobre a conversa com o presidente Lula, Blinken destacou pontos que foram priorizados, como investimos para preservar a floresta Amazônica, para combater a fome, formas para melhorar a produtividade dos solos, a proteção dos direitos dos trabalhadores, e ações para diminuir as desigualdades raciais. Disse também que os EUA vão apoiar o Brasil e assegurar que presidência do país no G20 seja um sucesso.

Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o secretário voltou a qualificar como agressões as ações russas e disse que o encontro de chanceleres no G20 foi mais uma oportunidade para mostrar que o mundo está se voltando contra o país.

“Houve discursos veementes não só do G7, mas de outros países para que chegue ao fim a agressão russa. E que os ucranianos possam decidir sobre a sua própria paz. Vale como reflexão para a Rússia sobre o que o mundo pensa. Essa agressão tem gerado consequências para outros países e povos, como o aumento nos custos de alimentos e do petróleo. Tem acontecido todo um impacto na cadeia de abastecimento. Sobre as novas sanções, fiquem atentos. Elas virão”, disse Blinken.