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Prefeitura de Vinhedo apoiará quem ficou traumatizado com acidente

O prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco, assegurou, hoje (10), que os órgãos municipais estão mobilizados para prestar apoio aos moradores da cidade psicologicamente abalados com a queda de um avião da empresa aérea Voepass (antiga Passaredo) na cidade, nessa sexta-feira (9).

“Felizmente, não tivemos vítimas em terra. Tivemos, sim, o trauma psicológico e há algumas pessoas assustadas”, explicou Pacheco. Ele acrescentou que, ontem (9) mesmo, a prefeitura se mobilizou para, se necessário, receber parentes das vítimas que viajassem à cidade em busca de informações.

“A prefeitura se preparou para receber os familiares das vítimas, mas como os corpos estão sendo transportados para [a cidade de] São Paulo […] nenhuma família veio para cá. [Com isso] Estamos procurando atender os vinhedenses, especialmente os que são vizinhos ao local do acidente e que ficaram muito assustados”, acrescentou o prefeito ao conceder entrevista a jornalistas, próximo ao local onde a aeronave caiu.

Segundo a Voepass, 62 pessoas estavam a bordo do turbohélice ATR-72 que fazia o voo 2283, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. O avião havia partido de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), mas caiu quando se aproximava do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Não houve sobreviventes.

Queda em parafuso

Vídeos gravados por testemunhas do acidente e compartilhados nas redes sociais registraram a queda em parafuso do avião, que caiu rodopiando, em grande velocidade, na área de um condomínio residencial de Vinhedo, no bairro Capela. Residente do bairro, Elton de Cassio Inarejos foi um dos que se assustaram com o desastre.

“Eu estava em casa quando ouvi um barulho muito forte, parecido com o de um helicóptero se aproximando. Como moro neste local há 27 anos e os aviões que vêm para Viracopos passam sobre a minha casa, às vezes voando relativamente baixo, já estou acostumado com isso e demorei alguns segundos para notar que havia algo diferente”, contou Inarejos à Agência Brasil.

“Aí o barulho foi ficando mais alto, bem mais alto que de costume. E, então, eu senti a casa toda tremer e, em seguida, ouvi como que uma explosão”, acrescentou Inarejos, estimando que a aeronave da Voepass caiu a pouco mais de 500 metros de sua residência.

“Pouco depois, minha esposa me ligou para saber se eu estava bem. Ela estava na casa da família dela, aqui perto, e viu o avião caindo, rodando no ar. E ligou para acionar os bombeiros por volta de 13h22. Foi um grande susto para todos. Por volta das 15 horas, cheguei a ir ao condomínio, mas a rua já estava isolada. Do ponto onde cheguei não dava para ver muita coisa. Os bombeiros já estavam controlando as chamas. É triste. A gente torce para nunca ver algo assim, mas, por sorte, o avião não caiu sobre as casas, aumentando a tragédia”, finalizou Elton de Cassio.

Prefeitura de Vinhedo apoiará quem ficou traumatizado com acidente

O prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco, assegurou, hoje (10), que os órgãos municipais estão mobilizados para prestar apoio aos moradores da cidade psicologicamente abalados com a queda de um avião da empresa aérea Voepass (antiga Passaredo) na cidade, nessa sexta-feira (9).

“Felizmente, não tivemos vítimas em terra. Tivemos, sim, o trauma psicológico e há algumas pessoas assustadas”, explicou Pacheco. Ele acrescentou que, ontem (9) mesmo, a prefeitura se mobilizou para, se necessário, receber parentes das vítimas que viajassem à cidade em busca de informações.

“A prefeitura se preparou para receber os familiares das vítimas, mas como os corpos estão sendo transportados para [a cidade de] São Paulo […] nenhuma família veio para cá. [Com isso] Estamos procurando atender os vinhedenses, especialmente os que são vizinhos ao local do acidente e que ficaram muito assustados”, acrescentou o prefeito ao conceder entrevista a jornalistas, próximo ao local onde a aeronave caiu.

Segundo a Voepass, 62 pessoas estavam a bordo do turbohélice ATR-72 que fazia o voo 2283, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. O avião havia partido de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), mas caiu quando se aproximava do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Não houve sobreviventes.

Queda em parafuso

Vídeos gravados por testemunhas do acidente e compartilhados nas redes sociais registraram a queda em parafuso do avião, que caiu rodopiando, em grande velocidade, na área de um condomínio residencial de Vinhedo, no bairro Capela. Residente do bairro, Elton de Cassio Inarejos foi um dos que se assustaram com o desastre.

“Eu estava em casa quando ouvi um barulho muito forte, parecido com o de um helicóptero se aproximando. Como moro neste local há 27 anos e os aviões que vêm para Viracopos passam sobre a minha casa, às vezes voando relativamente baixo, já estou acostumado com isso e demorei alguns segundos para notar que havia algo diferente”, contou Inarejos à Agência Brasil.

“Aí o barulho foi ficando mais alto, bem mais alto que de costume. E, então, eu senti a casa toda tremer e, em seguida, ouvi como que uma explosão”, acrescentou Inarejos, estimando que a aeronave da Voepass caiu a pouco mais de 500 metros de sua residência.

“Pouco depois, minha esposa me ligou para saber se eu estava bem. Ela estava na casa da família dela, aqui perto, e viu o avião caindo, rodando no ar. E ligou para acionar os bombeiros por volta de 13h22. Foi um grande susto para todos. Por volta das 15 horas, cheguei a ir ao condomínio, mas a rua já estava isolada. Do ponto onde cheguei não dava para ver muita coisa. Os bombeiros já estavam controlando as chamas. É triste. A gente torce para nunca ver algo assim, mas, por sorte, o avião não caiu sobre as casas, aumentando a tragédia”, finalizou Elton de Cassio.

Ciência Pioneira apoiará pesquisadores durante três anos

Pesquisadores brasileiros com doutorado há até dez anos (homens) e há até 12 anos (mulheres com filhos) poderão se inscrever na primeira chamada pública nacional Pesquisadores em consolidação de carreira independente, lançada nesta terça-feira (16) pela Ciência Pioneira, iniciativa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

O edital, que está disponível neste link, vai contemplar até 15 jovens cientistas com projetos inovadores nas áreas de ciências biomédicas e saúde. Há também possibilidade de apoio a projetos que tenham interface com ciências exatas (matemática e física). As áreas foco são biologia molecular e celular, física e matemática da biologia e neurociência e cognição.

As informações foram dadas à Agência Brasil pelo diretor científico da Ciência Pioneira, Sérgio Ferreira.

Fases

O processo será realizado em duas fases. A primeira, cujas inscrições serão iniciadas no dia 1º de setembro e encerradas no dia 30, destina-se à apresentação de pré-propostas dos projetos. “Deverão ser apresentados resumos ou projetos simplificados”, disse Ferreira. Essa etapa deverá classificar 60 projetos inovadores.

O edital prevê o anúncio dos candidatos que passarão para a segunda fase da chamada pública no dia 25 de novembro. Os selecionados deverão submeter os projetos completos à Ciência Pioneira entre os dias 2 e 31 de janeiro de 2025. No final, 15 jovens cientistas serão apoiados individualmente, ao longo de três anos, com R$ 160 mil por ano. O investimento total alcança R$ 7,2 milhões, sendo R$ 2,4 milhões por ano.

A contratação dos projetos está programada para o dia 1º de abril do próximo ano. Sérgio Ferreira adiantou que os recursos financeiros serão transferidos para uma fundação, que se encarregará de sua administração.

Segundo Ferreira, haverá uma segunda chamada, aberta para novos candidatos e para renovação de projetos que estejam em andamento. O diretor do projeto destacou que os candidatos naturais do estado do Rio de Janeiro, onde fica a sede do IDOR, que forem contemplados na primeira chamada pública, contarão com recursos adicionais da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Vínculo

De acordo com Ferreira, os candidatos devem estar associados a universidades e institutos de ciência e tecnologia públicos e privados de todo o país. “Não é obrigatório, porém, ter um vínculo trabalhista, nem funcional.” Dependendo das pesquisas apresentadas, os cientistas poderão ter acesso à infraestrutura do IDOR para sua realização, informou.

A Ciência Pioneira pretende investir durante dez anos R$ 500 milhões em pesquisas de fronteira. Desde 2022, a iniciativa apoia pesquisadores por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisas de diferentes partes do Brasil e do mundo, entre as quais o Weizmann Institute of Science, de Israel; o Innovative Genomics Institute (IGI), o Quantum Biology Tech Lab-UCLA, o Usona Institute e a Stanford University, dos Estados Unidos; o King’s College London, da Inglaterra; e as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Minas Gerais (UFMG), do Brasil.

Governo apoiará processo para transformar casa de tortura em memorial

O governo federal irá apoiar a prefeitura de Petrópolis em mais um passo para transformar o imóvel no bairro do Caxambu, conhecido como Casa da Morte – apontado como equipamento usado durante a ditadura militar para tortura e morte de presos políticos -, no Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça, que tem como objetivo a preservação da história para que crimes como o que ocorreram naquele período não ocorram mais.

Para que seja criado o centro de memória, é preciso solucionar um impasse com os proprietários do imóvel, que vem desde 2012. Agora, com o apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a prefeitura protocolou uma ação na 4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis, e a primeira audiência está marcada para esta quinta-feira (1º).

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) irá disponibilizar os recursos financeiros necessários para a conclusão do processo, de acordo com nota publicada nessa quarta-feira (31). A pasta informou que por meio de captação de recursos, atua em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a prefeitura de Petrópolis a fim de solucionar o processo de desapropriação do imóvel.

Seguindo sugestão do MPF, o ministério também enviou ofício à Universidade Federal Fluminense (UFF) para que a instituição de ensino integre o convênio, na qualidade de gestora do espaço, em razão de sua expertise sobre a temática.

O apoio do MDHC foi formalizado no 19 de janeiro, em ofício. A partir daí, a prefeitura de Petrópolis deu início ao processo de desapropriação, no último dia 22, protocolando ação na 4ª Vara Cível da Comarca da região. Segundo o ministério, o espaço será um símbolo para novas gerações a fim de que crimes do Estado contra brasileiros não se repitam, por meio de esforço entre governo e sociedade civil.

De acordo com o secretário de governo de Petrópolis, Marcus São Thiago, desde 2012, quando o local foi identificado pela Comissão da Verdade, busca-se desapropriar o imóvel, mas isso sempre foi difícil por falta de dinheiro por parte da prefeitura. “Sempre tentamos também desenvolver um projeto onde essa casa fosse resgatada como patrimônio, direcionada ao resgate da memória daqueles tempos sombrios, com a criação de um memorial. Foi uma luta de mais de década que se prendeu aqui em Petrópolis”, disse, acrescentando que agora isso se torna possível com a ajuda do governo federal.

Na audiência, São Thiago diz que a prefeitura pretende buscar uma solução amigável. A intenção é “discutir a possibilidade de um trâmite amigável e a solução vir em curto tempo”.  

Para a ex-presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro Nadine Borges (foto), o apoio do governo federal é um passo importante. “O Estado brasileiro ainda está muito longe de cumprir as recomendações da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que obriga a revisar a Lei da Anistia e a investir na política de memória. Um povo sem memória é um povo que repete e está fadado à repetição das violações de direitos humanos”, diz Nadine que atualmente é secretária de Direitos Humanos e Cidadania de Niterói.

Ela participou das investigações que identificaram a Casa da Morte. “As pessoas costumam falar em centro clandestino de tortura. Só que não era um centro clandestino, era um centro extraoficial, era um lugar que quem estava no comando da inteligência do Exército conhecia muito bem, aportava recursos”. Segundo a secretária, transformar o local em memorial tem significado muito grande “para quem luta por memória, verdade, justiça e reparação, sobretudo as pessoas que foram afetadas na ditadura empresarial militar”.

De acordo com Nadine, o memorial é um primeiro passo: “A ideia de revelar para as novas gerações o que foi a ditadura já é um primeiro passo, importante, mas precisa ir além. É preciso, sim, abrir os arquivos das Forças Armadas para a gente saber quem foram as pessoas torturadas e desaparecidas na casa de Petrópolis”.

*Com informações de Priscila Thereso, da Radioagência Nacional