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Calderano sobra contra cazaque e avança às quartas de WTT na Alemanha

Dois minutos mais rápido que na estreia, o número 6 do mundo Hugo Calderano despachou o cazaque Kirill Gerassimenko (49º no ranking) nesta quinta-feira (7) e avançou às quartas de final. O jogo será nesta sexta (8), contra o Lin Yun-Ju (14º), a partir de meio-dia (horário de Brasília). 

No jogo de hoje (7), o brasileiro precisou de 21 minutos para ganhar por 3 sets a 0 de Kirill, com parciais de 11/9, 11/6 e 11/4.   

“Estou muito feliz com a minha performance hoje. Kirill é muito perigoso no início dos pontos, mas consegui sacar e receber muito bem”, comemorou Calderano, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

O adversário nas quartas é um velho conhecido de Calderano, que em 2017 em placou a única vitória contra Lin Yun-Ju em três jogos. O taiwanês levou a melhor nas  últimas partidas, ambas em 2019.

“Ele é um dos melhores do mundo, mas espero que todos aqui possam torcer por mim”, brincou Calderano, que defende o Ochsenhausen, clube alemão da primeira divisão da Bundesliga (campeonato nacional de tênis de mesa).

O WTT Champions de Frankfurt reúne 10 mesatenistas de elite. Se Calderano superar o taiwanês Lin Yun-Ju, terá pela frente o vencedor do duelo entre o japonês Sora Matsushima (40º) contra o chinês Lin Shindong, atual número 2 do mundo. Também estão no torneio o líder do ranking Wang Chiqin (China) e Felix Lebrun (5º), que eliminou Calderano no confronto pela medalha de bronze na Olimpíada de Paris.

O torneio alemão é o último antes do WTT Finals, que decidirá o campeão de 2024 do circuito mundial entre 20 e 24 de novembro, em Fukuoka (Japão). Apenas os melhores 16 mesatenistas do ano disputam a competição, e entre eles estará Calderano, que assegurou presença antecipadamente pela pontuação no ranking mundial. 

Calderano vence estreia e vai às oitavas do WTT Champions na Alemanha

O mesatenista carioca Hugo Calderano fez valer o favoritismo e venceu a estreia no WTT Champions de Frankfurt (Alemanha) nesta terça-feira (5), assegurando presença nas oitavas de final. Em apenas 24 minutos de partida, o brasileiro, número 6 do mundo, derrotou o sul-coreano Oh Junsung (29º no ranking), de 18 anos, por 3 sets a 0 (parciais de 11/8, 11/7 e 11/7).

Nas oitavas, Calderano enfrentará o cazaque Kirill Gerassimeko (49º), em data e horário ainda a ser definidos. Na única vez em que se enfrentaram, lá se vão oito anos, Calderano levou a melhor sobre o adversário cazaque. 

O torneio alemão reúne 10 mesatenistas de elite, entre eles estão os chineses Wang Chuqin e Lin Shidong – líder e vice no ranking mundial – e o jovem francês Félix Lebrun (5º), que derrotou Calderano na disputa da medalha de bronze nos Jogos de Paris. O campeão do WTT Champions – a final será no domingo (10) – somará 1000 pontos no ranking e o segundo colocado ganhará 700 pontos.

Calderano já tem presença garantida no WTT Finals, que decidirá o campeão de 2024 do circuito mundial entre 20 e 24 de novembro, em Fukuoka (Japão). Apenas os melhores 16 mesatenistas do ano disputam o Finals.

O Brasil também contou com Bruna Takahashi (19ª no ranking) na competição individual feminina, mas a paulista se despediu logo na estreia, no último domingo (3), ao perder para a japonesa Mima Ito (8ª) por 3 sets a 0 (11/5, 12/10 e 11/7). 

Fundo para Pandemias lança mobilização com doações de Alemanha e EUA

Criado em 2022, o Fundo para Pandemias (The Pandemic Fund) lançou uma mobilização internacional por investimentos nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro, durante evento paralelo ao encontro de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana.

Pensada após a crise sanitária que se deu com a pandemia de covid-19, a iniciativa é o primeiro mecanismo de financiamento global dedicado a ajudar países vulneráveis a combater surtos pandêmicos no futuro.

“Todos temos interesse na prevenção, detecção e gestão de emergências de saúde. Essa é a missão do Fundo para Pandemias”, afirmou a chefe executiva do projeto, Priya Basu. Para manter as ações do fundo, o propósito da campanha de investimentos é arrecadar US$ 2 bilhões em novos financiamentos para os próximos dois anos. 

Formado por diferentes instituições, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (Bird), o Banco Europeu de Investimentos (BEI), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua primeira chamada de propostas, o projeto arrecadou US$ 667 milhões do governo norte-americano e US$ 54 milhões do governo alemão. 

Fazendo referência ao presidente Joe Biden, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse acreditar “que um Fundo para Pandemias, com todos os recursos, nos permitirá prevenir, preparar e responder melhor às pandemias, protegendo americanos e pessoas ao redor do mundo de enormes custos humanos e econômicos”. Compartilhando do mesmo pensamento, a ministra do Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, destacou que a iniciativa é “fundamental para alcançar uma melhor preparação global para surtos de doenças infecciosas”.

Para impulsionar a segurança sanitária local e global, a FAO participará da implementação de 12 projetos no valor de US$ 264 milhões, como parte da primeira rodada de financiamento do Fundo para Pandemias. As propostas envolvem a participação da organização em parceria com os governos e outras agências, como a OMS, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Brasil bate Alemanha e chega à 10ª vitória na Liga das Nações de Vôlei

Atual líder da Liga das Nações de Vôlei (LNV), a seleção brasileira feminina emplacou a 10ª vitória seguida na competição nesta quinta-feira (13), ao bater a Alemanha por 3 sets a 1 (25-20, 25-22, 21-25, 26-24), em Hong Kong (China). Já classificado às quartas de final, o Brasil volta à quadra contra a Bulgária, às 2h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (14), para o penúltimo confronto da fase classificatória.

As brasileiras, comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães, seguem invictas na LNV, no topo da tabela de classificação, com 28 pontos. Em segundo lugar está a Polônia e em terceiro a Turquia, ambas com 24 pontos. Já a Alemanha está em 13º lugar, com apenas seis pontos.  

GABI 🇧🇷!

One of the best players in the world, Miss Everything was decisive in the 3-1 win over Germany 🇩🇪.

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— Volleyball World (@volleyballworld) June 13, 2024

Nesta quinta (13), a ponteira e capitã Gabi Guimarães teve mais uma atuação arrebatadora ao marcar 28 pontos, quatro a mais do total obtido por ela contra a Polônia, no jogo de quarta (12).

“A gente teve muitos momentos difíceis, o jogo poderia ter ido para o tie-break, mas a gente se manteve junta com nossa energia. Agora é ter a cabeça focada, entender o que a gente pode melhorar porque amanhã tem um jogão contra a Bulgária, a gente precisa ir com tudo”, projetou Gabi, em declaração à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Uma vitória contra a Bulgária, lanterna na tabela, valerá pontos preciosos para o Brasil no ranking mundial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em francês), que serve de parâmetro para a definição de cabeças de chave na divisão de grupos da Olimpíada de Paris. A lista da FIVB será fechada na próxima segunda (17), após o término da terceira semana classificatória da LNV.

O país líder no ranking mundial será cabeça de chave no Grupo B, enquanto o vice-líder ocupará a primeira posição do Grupo C. Atualmente, quem lidera o ranking é a Turquia, com 392,17 pontos, seguida do Brasil (389,13) em segundo lugar e Polônia (366,17) em terceiro.

O último embate da seleção brasileira, encerrando a fase classificatória, será exatamente contra a Turquia, atua campeã da LNV e líder do ranking. O duelo com cara de final será às 6h de domingo (16). A fase final da competição ocorrer na Tailândia, de 20 a 23 de junho.

Brasil atropela Alemanha em abertura da 2ª semana da Ligas das Nações

A seleção brasileira masculina passeou em quadra contra a Alemanha na abertura da segunda semana da Liga das Nações de Vôlei (LNV), em Fukuoka (Japão). Na madrugada desta terça-feira (4), a equipe comandada pelo técnico Bernardinho aplicou 3 sets a 0 (25/15, 25/16, 25/15) nos adversários, em apenas 1h e 17 minutos de partida. O próximo duelo será contra o Irã, à meia-noite (horário de Brasília) de quarta-feira (5).

Lucarelli foi o maior pontuador da partida, com 16 pontos, seguido do também ponteiro Lukas Bergmann, que atuou pela primeira vez como titular na LNV e anotou 11 pontos, mesmo total de Darlan.

O ponteiro Lukas Bergmann fez sua estreia na #LigadasNações #VNL e marcou 11 pontos na vitória sobre a Alemanha por 3 a 0. Voa, garoto! 🚀🤩👏 pic.twitter.com/W9Qgp5hY4v

— Vôlei Brasil (@volei) June 4, 2024

Outra atuação de destaque foi do levantador Fernando Cachopa. Ele entrou no lugar de Bruninho, poupado por conta de uma lesão na panturrilha. Além de Cachopa, a seleção conta com novo reforço nesta segunda semana da LNV:  o levantador Matheus Brasília foi convocado na segunda (3) para substituir Bruninho.  

Com o triunfo de hoje (4), o Brasil ocupa a sétima posição na tabela, com nove pontos (vitórias em cinco jogos). Já a Alemanha é a 11ª colocada (3 pontos).

A LNV reúne as 16 seleções mais bem ranqueadas do mundo.  Apenas os sete primeiros colocados mais a Polônia (país sede da etapa final) avançarão à fase final da competição. Já classificado para a Olimpíada de Paris, o Brasil busca o bicampeonato – o primeiro foi em 2021. A equipe vencedora e a vice garantem serão cabeças de chave na divisão de grupos nos Jogos de Paris.

Jogos do Brasil – 2ª semana

Quarta-feira (5) – 24h (meia-noite) – Brasil x Irã

Sexta (7) – 3h30 – Brasil x Eslovênia

Sábado (8) – 3h30 – Brasil x Polônia

Grã-Bretanha e Alemanha pedem ao Hamas que liberte reféns

23 de abril de 2024

 

Diplomatas ocidentais pediram na terça-feira que o Hamas libertasse os restantes reféns que mantém na Faixa de Gaza, ao completarem 200 dias desde o ataque do Hamas a Israel.

“Há 200 dias, o Hamas realizou o ataque mais mortal ao povo judeu desde o Holocausto”, disse o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, no X. “200 dias depois, os reféns permanecem em cativeiro e os seus entes queridos continuam a enfrentar um sofrimento inimaginável”.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse: “Enquanto os reféns não estiverem livres, não desistiremos. Somente quando eles estiverem em casa a paz terá uma chance.”

O Hamas atacou Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 250 reféns, de acordo com os registros israelenses. Israel diz que os militantes ainda mantêm cerca de 100 prisioneiros e os restos mortais de mais de 30 outros.

A resposta de Israel, uma campanha militar que afirma ter como objectivo eliminar o Hamas e garantir que o grupo terrorista designado pelos EUA não possa realizar um ataque futuro, matou pelo menos 34.183 palestinianos e feriu mais de 77.000 outros, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério afirma que mulheres e crianças representam dois terços dos mortos.

Os Estados Unidos disseram na segunda-feira que o Hamas não concordou com uma “proposta muito significativa que estava sobre a mesa” para a suspensão dos combates, a libertação de reféns detidos em Gaza, a libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel e um aumento na ajuda humanitária. aos civis em Gaza.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse aos repórteres que, nas últimas semanas, Israel avançou um pouco para atender às exigências do Hamas nas negociações, apenas para que o Hamas mudasse essas exigências.

“São necessários dois para chegar a um acordo, e neste momento o Hamas sinalizou que não quer um acordo”, disse Miller.

Fonte
 

Bia Haddad faz 1º jogo contra Alemanha no Billie Jean King Cup, em SP 

Tudo definido para a abertura das eliminatórias do Billie Jean King Cup, tradicional torneio de seleções de tênis, nesta sexta-feira (12), no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Nesta quinta (11), o o sorteio dos confrontos entre Brasil e Alemanha definiu que Beatriz Haddad, número 13 do mundo, será a primeira do time nacional a entrar em quadra. Ela fará o jogo de abertura do torneio, às 18h30 (horário de Brasília), contra a Laura Siegmund (85ª no ranking da WTA).  Na sequência, a paulista Laura Pigossi (125ª) estreia contra Tatjana Maria (66ª). O torneio terá transmissão ao vivo (on streaming) na conta do torneio no YouTube. 

O Brasil busca classificação inédita para as finais do Billie Jean King Cup, programadas para novembro, em Sevilha (Espanha). Paralelamente à disputa me São Paulo, outra 14 nações competem para avançar às finais: Austrália x México; Suíça x Polônia; França x Grã-Bretanha; Estados Unidos x Bélgica; Japão x Cazaquistão; Eslováquia x Eslovênia; e Ucrânia x Romênia.  

CONFRONTOS DEFINIDOS!

Na sexta-feira, a partir das 18h30, Bia Haddad estreia a quadra do Ginásio do Ibirapuera contra Laura Siegmund. Depois, Laura Pigossi duela contra Tatjana Maria.

No sábado, a partir das 15h, Bia enfrenta Maria. Na sequência, Pigossi joga contra Siegmund + pic.twitter.com/nidWXlXofK

— CBT (@cbtenis) April 11, 2024

“O tênis feminino do brasileiro vem de momentos especiais e cada uma de nós representa o país da sua forma. Me sinto privilegiada por fazer parte deste time e espero que possamos aproveitar essa semana para fazer a diferença no tênis feminino. Deixar um legado importante no esporte”, destacou Bia, atual número 1 do Brasil e a mais bem colocada no ranking mundial entre todas as competidoras do Billie Jean King Cup.

No sábado (13) os confrontos, a partir das 15h, serão invertidos: Bia enfrentará Tatjana Maria, e Laura medirá forças com Siegmund. Se houver empate nos resultados, será disputada a partida de duplas. De uma lado estará a parceria de Bia Haddad (22ª no ranking de duplas) com a paulista Luisa Stefani (11ª), e do outro a de  Anna-Lena Friedsam (117ª )com  Angelique Kerber (ex-número 1 na disputa de simples, mas sem ranking nas duplas).

Ansiosa com a estreia, Laura Pigossi acredita que a torcida brasileira pode fazer a diferença nesta edição do torneio.

“É um prazer estar aqui representando o Brasil e buscar fazer história com essa camisa. Ano passado batemos na trave e temos aprendido muito como time para conquistar a vitória. Dessa vez vamos ter o apoio de uma torcida imensa aqui no Ginásio do Ibirapuera”, comentou a medalhista olímpica em Tóquio 2020, referindo-se à derrota no torneio em abril do ano passado para a alemã Anna-Lena Friedsam.

Se liga no recado especial da Laura Pigossi! pic.twitter.com/rvNvWlhn7D

— CBT (@cbtenis) April 11, 2024

O time brasileiro, comandado pelo técnico Luiz Peniza, conta ainda com Carolina Meligeni e Ingrid Martins. Parceira de Laura Pigossi na conquista do bronze olímpico, Stefani está confiante no bom desempenho do quinteto brasileiro.

 “Vai ser um desafio, mas acho melhor assim, porque mostra a importância do que temos realizado na modalidade. Além disso, já tenho contato com essas tenistas desde a adolescência delas e essa conexão faz com que o trabalho flua melhor”, garantiu.

Programação

SEXTA (12)
18h30 – Beatriz Haddad x Laura Siegmund 
a seguir
Laura Pigossi  x Tatjana Maria

SÁBADO (13)
15h – Beatriz Haddad x Tatjana Maria 
A seguir
Laura Pigossi x Laura Siegmund 

Em caso de empate : Luisa Stefani/Beatriz Haddad  x Angelique Kerber/Anna-Lena Friedsam

Haddad vê Alemanha como parceiro promissor na transição energética

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (5) que vê a Alemanha como um parceiro promissor do Brasil no âmbito da transição energética e do desenvolvimento sustentável, ao participar do evento Phenomenal World para a América Latina, na capital paulista. 

A questão do desenvolvimento baseado no equilíbrio ecológico tem sido apresentada pelo governo federal como uma prioridade diplomática desde o lançamento, em dezembro, do Plano de Transformação Ecológica, apresentado por Haddad na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).  

“A Alemanha está também sofrendo a ameaça de um crescimento da extrema direita. Mas hoje é o país que, do meu ponto de vista, olha para a América do Sul, em geral, e para o Brasil, em particular, com um tipo de apetite que é benéfico para os dois lados. Enxerga o Brasil, sim, como fornecedor de energia limpa”, disse o ministro.

“E o Brasil vai poder ser um grande fornecedor de energia limpa para o mundo, mas pode também ser um parceiro que se reindustrializa ou neoindustrializa, como queiram, a partir de premissas novas, de economia socialmente sustentável, ambientalmente sustentável e economicamente sustentável”, acrescentou.

China e Estados Unidos

A declaração sobre a Alemanha ocorre após o ministro dizer que o Brasil não está “no radar” dos Estados Unidos e da China “como o Brasil pretende estar”. “Quando nós observamos os discursos desses países em relação ao Brasil, é um discurso que subestima, de certa maneira, o potencial de um país como o Brasil, com as peculiaridades que o Brasil tem e com o potencial inovador que o Brasil tem demonstrado, inclusive do ponto de vista institucional”.

O ministro ressalvou, no entanto, que não vê menosprezo de China e Estados Unidos em relação ao Brasil. “Não há em nenhum momento da conversa com o [presidente da China] Xi Jinping ou com [o presidente dos Estados Unidos], Joe Biden, com o presidente Lula, algum tipo de menosprezo pelo Brasil, [como se fosse] uma potência de segunda categoria, em nenhum momento. Mas a questão da subestimação do potencial de parceria me parece notável”, afirmou.

Haddad lembrou ainda que o país já realizou uma série de parcerias estratégicas com a Alemanha na década de 1970 e que o país europeu tomou a recente decisão, por razões de política interna, de abrir mão da energia nuclear e passar a olhar com mais atenção para o desenvolvimento sustentável.

Brumadinho: ação na Alemanha ganha adesões e pedido chega a R$ 3,2 bi

Ação movida nos tribunais alemães por pessoas atingidas pela tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) recebeu cerca de 300 adesões nos últimos dias. A informação foi divulgada pelo escritório anglo-americano Pogust Goodhead, que representa as vítimas. Dessa forma, chega a 1,4 mil o número de pessoas que pleiteiam uma indenização em torno de 600 milhões de euros. O montante equivale a pouco mais R$ 3,2 bilhões.

O alvo da ação é a Tüv Süd, empresa alemã contratada pela Vale para avaliar a barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Segundo investigações policiais, a empresa assinou uma declaração de estabilidade falsa que permitiu à mineradora manter as atividades na estrutura, que se encontrava em situação precária.

A declaração de estabilidade de cada barragem, emitida por uma auditora especializada, deve ser apresentado à Agência Nacional de Mineração (ANM) duas vezes ao ano. O documento é obrigatório para a continuidade das operações da estrutura. Sem ele, as atividades devem ser paralisadas.

O rompimento da estrutura completa cinco anos nesta quinta-feira (25). A tragédia matou 270 pessoas – 272 na contagem das vítimas, incluindo os bebês de duas mulheres que morreram grávidas – e produziu impactos ambientais e socioeconômicos em diversas cidades mineiras.

O processo na Alemanha envolveu inicialmente um pequeno grupo de vítimas. Aos poucos, novos autores foram sendo incorporados. As prefeituras de Brumadinho e Mário Campos também buscam indenização. O caso tramita no Tribunal Regional Superior de Munique. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítmas, atua em parceria com o escritório alemão Manner Spangenberg.

Em audiências já realizadas, eles argumentaram haver provas que atestam a participação da Tüv Süd na tragédia. A empresa se defendeu sustentando não ter responsabilidade no episódio.

Em nota, a Tüv Süd manifestou solidariedade às vítimas, mas se disse segura de que não tem responsabilidade legal pelo rompimento da barragem e que as alegações dos autores da ação não têm base jurídica. “Apoiamos o fato de o tribunal alemão estar analisando em profundidade os pedidos, o que inclui o esclarecimento de questões legais que podem ser relevantes. As declarações de estabilidade foram emitidas de acordo com a legislação, estando em conformidade com a regulamentação brasileira em vigor na data de sua emissão”, diz o texto.

Indiciamentos

Em setembro de 2019, a Polícia Federal (PF) indiciou 13 pessoas por uso de documento falso – sete funcionários da Vale e seis da Tüv Süd. As investigações revelaram que a declaração de estabilidade da barragem era fruto de fraude, pois foram desconsiderados os parâmetros normativos. Uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais concluiu que os signatários do documento calcularam um fator de segurança incompatível com as boas práticas de engenharia internacional.

A denúncia formulada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com base em investigações conduzidas em parceria com a Polícia Civil, também concluiu que a declaração de estabilidade era fraudulenta. A empresa alemã foi apontada como corresponsável pela tragédia por assumir os riscos, junto com a Vale, já que ambas tinham conhecimento da situação crítica da barragem e esconderam as informações do Poder Público e da sociedade.

Como o caso foi posteriormente federalizado atualmente 16 réus respondem um processo criminal na Justiça Federal. São 11 funcionários da mineradora e cinco da Tüv Süd.

Indenizações

Na esfera cível, a reparação dos danos coletivos vem ocorrendo sobretudo a partir de um acordo judicial firmado em fevereiro de 2021 entre a Vale, o governo mineiro, o MPMG, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais. Foram previstos diversos projetos que demandarão R$ 37,68 bilhões da mineradora.

As indenizações individuais e trabalhistas não foram abarcadas neste acordo e são discutidas em negociações específicas. Existem outros acordos firmados pela Vale com o Ministério Público do Trabalho (MPT), com a Defensoria Pública de Minas Gerais e também com sindicatos que fixaram parâmetros e procedimentos para pagamento de valores indenizatórios. Ainda assim, nem todas as vítimas se sentiram contempladas e algumas optaram por mover ações judiciais próprias.

A Tüv Süd, no entanto, tem ficado de fora de todas as decisões e negociações em torno das indenizações no Brasil. Ainda assim, a empresa alemã tem feito provisões anualmente.

Em 2021, o relatório financeiro da empresa indicou uma reserva de 28,5 milhões de euros para eventuais custos de defesa e consultorias judiciais em processos envolvendo a tragédia. Já em 2022, o último relatório disponível menciona provisões que somam 73,4 milhões de euros para vários riscos de responsabilidade, incluindo custos que podem surgir em decorrência do rompimento da barragem no Brasil.