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Procon: aberto prazo para consumidores de SP renegociarem dívidas

Começa nesta segunda-feira (16) e vai até 17 de janeiro o período no qual o Procon de São Paulo recebe pedidos de renegociação de dívidas de consumidores do estado.

Trata-se da segunda edição do Renegocia!, mutirão do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor para negociar dívidas bancárias e não bancárias, e prevenir o superendividamento.

Conforme o Renegocia!, os consumidores podem registrar suas dívidas, apresentando uma proposta de pagamento ou solicitando ao credor uma outra condição mais favorável para a quitação do débito.

Os débitos que podem ser renegociados são os referentes a energia elétrica, água, planos de saúde, dívidas bancárias e não bancárias, com exceção de financiamento de imóveis, aquelas que tenham bens como garantia e crédito rural.

O cadastramento pode ser feito direto no site do Procon-SP ou presencialmente, mas deve ser feito o agendamento em algum dos três endereços na capital São Paulo: rua Conselheiro Furtado, nº 503 (Liberdade), rua Sapucaia, nº 206 (Belenzinho) e rua Salvador Gianetti, nº 386 (Guaianazes).

No litoral e interior, os consumidores interessados no programa podem procurar as unidades do Procon ou registrar o caso diretamente no site do órgão.

 

Novo edifício do Masp será aberto ao público em março

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) anunciou nesta terça-feira (26) a conclusão das obras do seu segundo edifício, batizado de Pietro Maria Bardi, em homenagem ao primeiro diretor artístico da instituição. O prédio original recebeu o nome de sua arquiteta, Lina Bo Bardi.

Em março do próximo ano, quando será aberto ao público, para celebrar a inauguração das novas galerias do Edifício Pietro, serão apresentadas exposições com recortes do acervo do Masp e uma mostra sobre as histórias do museu.

O diretor-presidente do Masp, Heitor Martins, destacou que a construção do novo prédio aumenta em até 66% os espaços expositivos. São cinco novas galerias para exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento de público, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte.

“A primeira decisão que nós tomamos quando resolvemos expandir o museu [foi de] construir um prédio que é inteiro dedicado ao museu. Ele não tem loja, não vai ser escritório para ser alugado, ele não é nem escritório do próprio museu. Ele é um prédio todo dedicado à sua atividade fim”, disse Martins. 

“Para fazermos com que esse novo Masp seja, de fato, o museu grande que a gente quer e preparado para o futuro”, acrescentou.

O diretor do museu lembrou que o edifício original foi construído em 1968 e que, apesar de ser uma obra prima, tem uma série de limitações em razão da época em que ele foi construído. “Desde a questão do condicionamento de ar com a arquitetura toda de vidro, que é um desafio, [o prédio] não tinha bilheteria, não tem área de acolhimento, não tem doca para descarregar os quadros. Os quadros que a gente pedia emprestado tinham que ser descarregados na Avenida Paulista”, disse.

“Nós vimos também, com [a exposição da] Tarsila, que a limitação de público passava a ser real. Tínhamos que restringir o número de visitantes porque não cabia no prédio. Nesse momento, nós tivemos a sorte de ter ao lado um edifício que estava largado, inacabado, uma obra interrompida, e nós começamos com esse sonho de expandir o museu”, relatou.

Com 14 andares e 7.821 metros quadrados (m²), o novo prédio se soma à recente concessão do vão livre, o que aumenta a área de atuação da instituição de 10.485 m² para 21.863 m², a partir de março de 2025. Iniciada em 2019, a construção do prédio foi totalmente financiada por doações de pessoas físicas, sem uso de leis de incentivo. Foram doados R$ 250 milhões para a construção do edifício.

Edifícios

A conexão entre os dois edifícios está presente em diversos elementos da arquitetura, como a relação entre o museu e o ambiente urbano por meio da transparência. Dentro do Pietro, o visitante conseguirá observar a cidade e o Edifício Lina por amplas aberturas que, durante o dia, são vistas apenas por quem está dentro do prédio. À noite, essas mesmas janelas dão visão a fragmentos do interior do edifício para quem está de fora. 

O prédio novo tem vidros instalados nos andares inferiores, que tem vista para o vão livre, e a geometria retangular das duas fachadas consiste em superfícies ininterruptas, sem emendas ou juntas. As conexões visuais entre os prédios também estão no concreto aparente, nas cores e no volume.

Uma curiosidade destacada durante o anúncio nesta terça-feira, foi que o edifício Lina, se fosse verticalizado, ficaria do mesmo tamanho do novo prédio. O pé direito do térreo do Pietro, de oito metros, tem a mesma altura que o pé direito do vão livre. O tom escuro escolhido para a fachada foi inspirado na cor dos caixilhos presentes no primeiro prédio.

Haverá ainda, como elemento de conexão, um túnel de 40 metros interligando os edifícios. Com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025, a passagem subterrânea pretende facilitar a circulação dos visitantes e promover o funcionamento integrado dos prédios, além de preservar o visual da paisagem urbana.

No ano que vem, o museu vai se dedicar às histórias da ecologia. Com exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações, o público será convidado à reflexão sobre temas que incluem a relação entre o ser humano e o meio ambiente, em diálogo com a cultura visual e as práticas artísticas.

Na área conhecida como vão livre do Masp, sob concessão e administrada pelo museu, a previsão é de uma agenda de atividades culturais gratuitas, área de convivência, instalação de mobiliário urbano, instalação de wi-fi gratuito, iluminação, segurança, gestão de resíduos, além de serviços de manutenção e conservação.

Paris abre Olimpíada com inédita cerimônia a céu aberto

A terceira Olimpíada a ser sediada em Paris começou com uma ousadia. Pela primeira vez na história, uma cerimônia de abertura dos jogos foi realizada fora de um estádio. Misturando trechos pré-gravados com apresentações ao vivo, a festa aconteceu ao longo de um trecho de 6 quilômetros do Rio Sena, no coração da capital francesa. A chuva foi presença constante e, embora forte em alguns momentos, não atrapalhou o espetáculo a céu aberto.

As delegações com os atletas dos países participantes dos jogos desfilaram em embarcações pelo Sena. Conforme a tradição olímpica, a delegação da Grécia foi a primeira, seguida pela delegação dos atletas refugiados olímpicos. Os anfitriões franceses fecharam o desfile das nações. A maioria dos países dividiam uma mesma embarcação. Outras, ocupavam um barco inteiro. Foi o caso dos brasileiros, liderados pelos porta-bandeiras Raquel Kochhan, capitã da seleção feminina de rugby sevens, e Isaquias Queiroz, campeão olímpico da canoagem velocidade.

Em meio ao desfile dos barcos, atrações musicais e espetáculos de dança foram acontecendo às margens do Rio Sena, tendo como pano de fundo prédios históricos de Paris. Coube à cantora norte-americana Lady Gaga apresentar o primeiro número musical da noite, homenageando os famosos cabarés de Paris. 

Atletas acendem a tocha olímpica – Reuters/Ueslei Marcelino/Proibida reprodução

Enquanto isso, a cerimônia exibia um misterioso condutor da tocha olímpica percorrendo vários lugares icônicos da capital francesa. Dos subterrâneos da cidade, até locais como a Catedral de Notre Drame, o Museu do Louvre e o Museu D’Orsay. O percurso do condutor serviu como base para que a cerimônia fizesse referências à história e às artes da França, passando pela pintura, literatura, teatro e cinema. Fatos históricos também foram lembrados, como a Revolução Francesa, com a representação da rainha Maria Antonieta após ter sido decapitada na guilhotina.

A Marselhesa, hino da França, foi interpretada pela mezzo soprano Axelle Sain-Cirel, posicionada no alto do Grand Palais. Um trecho da cerimônia homenageou as mulheres francesas. Dez estátuas com importantes figuras históricas do país emergiram do Rio Sena. Entre elas estava a da filósofa Alice Milliat, que lutou pelo direito das mulheres participarem das Olimpíadas no início do século 20. Esta é a edição de Jogos Olímpicos com a maior participação feminina na história. 

A Ponte Debilly virou uma grande passarela, com um desfile de expoentes da moda. O local também foi palco para uma celebração da diversidade de corpos, da música e da dança.

Olimpíadas 2024 – por Reuters/Brian Inganga/Proibida reprodução

Autoridades e jornalistas foram alocados em um espaço na Praça do Trocadero, próximo à Torre Eiffel, perto do ponto final do desfile dos barcos com as delegações. 

Em discurso, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, exaltou o espírito de solidariedade dos Jogos Olímpicos e clamou pela união da humanidade na diversidade. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou abertos a 33ª edição dos Jogos Olímpicos.

No trecho final da cerimônia, a Torre Eiffel se tornou a grande estrela do espetáculo. Ao invés dos tradicionais fogos de artifício, um show de luzes e lasers potentes, sincronizados com a trilha sonora, fez brilhar o monumento mais famoso da França. 

A tocha olímpica ressurgiu no palco montado e foi entregue pelo condutor misterioso a Zinedine Zidane, ex-jogador campeão mundial de futebol. Depois passou pelas mãos de estrelas internacionais do esporte, começando pelo tenista espanhol Rafael Nadal. Depois, já em uma lancha no Rio Sena, se juntaram a ele a ex-tenista norte-americana Serena Willians; a ex-ginasta romena Nadia Comaneci e o ex-velocista norte-americano Carl Lewis.

De volta à terra firme, o revezamento da tocha contou com vários atletas, tendo o Museu do Louvre como cenário até o Jardin des Tuileries, ou Jardins das Tulherias. Lá o judoca Teddy Riner, tricampeão olímpico do judô, e a ex-atleta Marie- José Pérec, tricampeã olímpica no atletismo, acenderam juntos a pira olímpica, alocada em um gigantesco balão, que pairou no céu de Paris. 

Abertura das Olimpíadas 2024 – Reuters/Adnan Abidi/Proibida reprodução

A cerimônia foi encerrada com uma emocionante apresentação da cantora canadense Celine Dion. Ela era uma das atrações mais aguardadas do evento e cantou L’Hymne à L’Amour, clássico de Edith Piaf, em um dos andares da Torre Eiffel.

As competições em Paris começaram na quarta-feira (24), mas neste sábado (27), serão distribuídas as primeiras medalhas da Olimpíada. 

Os jogos na capital francesa seguem até 11 de agosto.

Aberto prazo para transferência temporária de local de votação

Eleitores interessados em alterar temporariamente seção ou local de votação podem, a partir desta segunda-feira (22), fazer a solicitação junto à Justiça Eleitoral. A medida vale apenas para mudanças para seções localizadas no mesmo município em que o eleitor esteja inscrito.

O prazo para a solicitação da transferência temporária encerrará no dia 22 de agosto. O primeiro turno das eleições municipais de 2024 será no dia 6 de outubro.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a transferência temporária só pode ser requisitada por eleitores em situação regular no cadastro eleitoral. Ela é adotada com o intuito de “permitir que pessoas, em razão do trabalho, de dificuldades de locomoção ou por estarem privadas provisoriamente de liberdade, possam votar em seções eleitorais diferentes das que estão registradas”.

Entre os eleitores que podem pedir a transferência temporária estão presos provisórios e adolescentes em unidades de internação; militares, agentes de segurança pública e guardas municipais em serviço; pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; indígenas, quilombolas, integrantes de comunidade tradicional ou residentes em assentamento rural; juízes (inclusive auxiliares), servidores da Justiça Eleitoral e promotores eleitorais.

Mais detalhes sobre a transferência temporária de local de votação podem ser obtidas no site do TSE.

Centro Humanitário de Acolhimento é aberto em Porto Alegre

O governo do Rio Grande do Sul inaugurou, nesta quinta-feira (11), o Centro Humanitário de Acolhimento Vida (CHA Vida), na zona norte de Porto Alegre, apelidado de cidade provisória. A unidade abrigará até 848 pessoas que ficaram sem casa nas enchentes de abril e maio no estado e estão em abrigos públicos, até que recebam moradias definitivas.

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande do governo estadual, para enfrentar os efeitos das enchentes que afetaram a população entre o fim de abril e o mês de maio. Após a inauguração, as autoridades estaduais fizeram visita guiada pelo Centro Vida, que recebeu as primeiras famílias foram recebidas na tarde desta quinta-feira (11).

Na recepção às primeiras famílias, o governador Eduardo Leite destacou que espaços como esse oferecem dignidade e segurança para que os acolhidos possam retomar a vida. “É preciso garantir um ambiente em que todos se sintam verdadeiramente acolhidos e onde encontrem força e apoio para recomeçar.  Esses espaços não são o fim da jornada, são parte de um caminho que vamos atravessar juntos até que cada uma dessas pessoas esteja estabelecida em sua moradia definitiva e com sua autonomia restaurada.”

O período entre o início da preparação do terreno, passando pela montagem das estruturas até a entrega do espaço, durou pouco mais de um mês, desde 7 de junho, destacou o governo estadual.

Apelidado de cidade provisória, o centro humanitário de acolhimento fica na zona norte da capital – Joel Vargas/Ascom GVG

O espaço é o segundo do tipo aberto pelo governo gaúcho. O primeiro foi inaugurado em Canoas, na região metropolitana da capital, há uma semana, com o nome Recomeço, com estruturas de casas modulares doadas pela Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), que também garantem privacidade e individualidade às famílias acolhidas e são como as usadas para atender refugiados ao redor do mundo.

O governo planeja ainda abrir, em até 15 dias, o terceiro Centro Humanitário de Acolhimento no Centro Olímpico Municipal de Canoas, com a mesma estrutura do CHA Vida recém-inaugurado.

O vice-governador do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, disse que a meta é zerar o número de pessoas que estão em abrigos públicos que foram abertos emergencialmente. “Recebemos neste primeiro dia 60 pessoas que deixarão os colchões no chão e a falta de uma estrutura mais digna para um acolhimento humanizado.”

Centro Vida

O Centro Humanitário de Acolhimento Vida, em Porto Alegre, tem 9 mil metros quadrados de área construída, que abrigam instalações habitacionais e complementares. Nesse espaço, estão instaladas estruturas modulares com 122 dormitórios, que têm capacidade para acolher até 848 pessoas, garantindo privacidade e individualidade aos acolhidos.

Os dormitórios estão divididos por alas: grupo familiar, feminina, masculina e LGBTQIA+. A mobília varia conforme a necessidade e inclui beliches, camas de casal e de solteiro e berços. Também há espaço para que as pessoas possam guardar pertences pessoais.

No centro, os espaços complementares são de multiuso e há áreas auxiliares destinadas a diversos serviços. São 64 banheiros exclusivos para cada ala, refeitório, lavanderia coletiva (equipada com máquinas de lavar e de secar, além de tanques e varal para estender roupas), berçário, fraldário, posto médico, policiamento 24 horas, ambientes coletivos, locais para crianças e de conectividade, onde os acolhidos poderão carregar seus telefones e ter acesso à internet. Por questões de segurança, não há tomadas elétricas nos dormitórios, somente nas áreas de convivência disponíveis em cada ala.

O centro oferece água limpa em bebedouros, saneamento, energia elétrica e rede de wi-fi grátis. Na estrutura ainda há serviços de assistência médica e social, apoio psicológico para lidar com estresse pós-traumático e acompanhamento de crianças por psicopedagogos e pediatras especializados em desenvolvimento infantil, além de atividades de integração.

A prefeitura de Porto Alegre providenciou as instalações hidrossanitárias e a distribuição de pontos de luz pela unidade. A partir da inauguração, a prefeitura contribuirá na prestação de diversos serviços. O centro recebeu também doações de empresas privadas e organizações.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, disse que o momento é de colaboração, união e solidariedade. “Esse esforço coletivo vai devolver o mínimo de dignidade às pessoas que perderam tudo nas enchentes de maio.”

Famílias acolhidas

O estado prevê que o ingresso das famílias no Centro Vida será feito gradualmente, com uma média de 60 pessoas por dia, incluindo fins de semana, conforme triagem feita pela prefeitura de Porto Alegre, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social do governo do Rio Grande do Sul.

A expectativa é chegar à lotação máxima até o fim de julho.

Os critérios para adesão das primeiras pessoas vão considerar se a família é monoparental (se tem filhos e apenas um dos pais); se tem idosos e pessoas com deficiência (PcD); se há gestantes e se há pessoas com transtorno do espectro autista na família,  além do número de membros da família.

As primeiras pessoas acolhidas no Centro Vida foram as abrigadas no Centro Humanístico Vida que, originalmente, são da região das ilhas de Porto Alegre e dos bairros Sarandi e Humaitá, as três regiões mais atingidas da capital gaúcha. Os animais domésticos das famílias acolhidas permanecerão neste mesmo abrigo e não serão deslocados ao novo centro de acolhimento.

Sinal de OC da Rádio Nacional ficará aberto para atender o Sul

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) informa que o sinal de ondas curtas da Rádio Nacional ficará aberto para as emissoras interessadas (públicas, privadas, educativas ou comunitárias) veicularem sua programação voltada à população atingida pela tragédia na região Sul do país. 

Na grade, destaque para a edição especial do Ponto de Encontro que vai ao ar neste domingo (12), das 10h às 12h. Com apresentação dos radialistas Mario Sartorelo e Franck Silva, o programa traz as últimas informações sobre a tragédia na região, a participação de rádios parcerias e mensagem de ouvintes gaúchos.

De segunda a domingo, as emissoras também poderão ter acesso ao Eu de Cá, Você de Lá, das 20h às 23h. Os programas Revista Brasil, Ponto de Encontro e Tarde Nacional também vão abordar a tragédia. 

O conteúdo estará disponível para retransmissão pelo link e pelo satélite nos parâmetros abaixo:

Satélite: Star One D2 – 70°W

Frequência descida: 3748,00 MHz

Polarização: Horizontal

Symbol Rate: 5.000 Msym/s

FEC: 3/4

BW: 6 MHz

Modulação: QPSK

Padrão: DVB-S

Roll Off: 20%

Serviço 4: Rádio Nacional da Amazônia

Pid Áudio: 0401 (estéreo)

Saiba como sintonizar

Nas Ondas Curtas da Nacional

Frequências: 

11.780KHz, 6.180KHz

Galo faz treino aberto e arrecada quase R$ 700 mil para ajudar o RS

A princípio, este sábado (11) deveria ser de jogo na Arena MRV, em Belo Horizonte, com o duelo entre Atlético-MG e Grêmio pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com o adiamento da partida devido às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas, o clube mineiro resolveu convocar a torcida para um treino aberto neste sábado (11) com a intenção de arrecadar doações para ajudar o estado a se recuperar da tragédia. Deu certo: a atividade recebeu mais de 36 mil torcedores e, com os ingressos vendidos, o Galo conseguiu juntar R$ 666.090,00. O dinheiro será enviado para a ajuda à população gaúcha, juntamente com alimentos não perecíveis e água, também arrecadados na manhã deste sábado (11).

☀️🏠 O Atleticano é diferente e representa como ninguém! #FutebolPeloSul | #SolidariedadeEmMassa pic.twitter.com/v6nnWiL11u

— Atlético (@Atletico) May 11, 2024

Ao fim do treino comandado pelo técnico argentino Gabriel Milito, o atacante Hulk, principal estrela do time, revelou que sua esposa, Camila Ângelo, fez uma doação de R$100 mil ao Instituto Galo, valor que também será repassado ao estado do Rio Grande do Sul e às pessoas afetadas pela enchente.

A iniciativa do Atlético vem na esteira de uma série de atitudes das equipes da Série A do Campeonato Brasileiro. Todas elas vêm ajudando de alguma forma a debelar os efeitos das chuvas. Algumas abriram as portas de seus estádios para arrecadar doações. Outras divulgam chaves PIX para enviar auxílio financeiro ao estado e às vítimas. Destinar a renda de leilões ou de jogos foi outra iniciativa adotada por alguns clubes.

Os três clubes gaúchos que disputam a Série A – Grêmio, Internacional e Juventude – têm servido de base para arrecadação de alimentos e outros itens. Além disso, vários atletas destas equipes têm ajudado pessoalmente nos resgates à população afetada pelas chuvas.

UNIDOS PELO RIO GRANDE DO SUL! 💚❤️💛

Diversos atletas brasileiros estão se mobilizando para ajudar no resgate e acolhimento das vítimas das enchentes no estado.

🧶 pic.twitter.com/K8Sg8GOKL9

— Time Brasil (@timebrasil) May 8, 2024

Fora do futebol, os surfistas de ondas gigantes Pedro Scooby e Lucas Chumbo passaram uma semana no Rio Grande do Sul colaborando com os esforços para salvar pessoas e animais em situação delicada. Além deles, nesta semanas os remadores gaúchos Evaldo Mathias Becker e Pedro Tuchtenhangen, entre outros, desistiram de participar do Pré-Olímpico da modalidade para poder ajudar presencialmente nos esforços.

Justiça paulista concede a Alexandre Nardoni prisão em regime aberto

Condenado à pena de 30 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pela morte da filha, Isabela Nardoni, de apenas 5 anos de idade, Alexandre Nardoni foi solto na tarde desta segunda-feira (6). Isso ocorreu após a Justiça de São Paulo ter concedido a Nardoni a progressão para o regime aberto.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, Nardoni deixou a Penitenciária II de Tremembé, no interior paulista, por volta das 17h20 de hoje, logo após o alvará de soltura ter sido expedido pela Justiça.

Na decisão, o juiz José Loureiro Sobrinho considerou que Nardoni tinha bom comportamento carcerário e já havia cumprido os requisitos exigidos pela lei para obtenção do benefício. “Em que pese o parecer contrário do ilustre representante do Ministério Público, verifica-se dos autos que o sentenciado mantém boa conduta carcerária, possui situação processual definida, cumpriu mais de 1/2 do total de sua reprimenda, encontra-se usufruindo das saídas temporárias, retornando normalmente ao presídio, teve o Relatório Conjunto e Avaliação com parecer favorável e não registra faltas disciplinares durante o cumprimento da reprimenda, preenchendo assim os requisitos objetivos e subjetivos exigidos pela Lei 7.210/84 para a obtenção do benefício”, disse o juiz.

Alexandre Nardoni, que estava preso em Tremembé, foi condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha e cumpria a pena em regime semiaberto. Agora, cumprirá o restante da pena em casa, respeitando alguns requisitos como comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais, permanecer em casa durante o repouso, entre as 20h e as 6h, e não frequentar bares e casas de jogos.

Nardoni foi condenado por homicídio qualificado por meio cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pela morte da filha Isabela em 2008. Sua esposa e madrasta da vítima, Ana Carolina Jatobá, também participou do crime e foi condenada a 26 anos e 8 meses.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tênis de mesa: Brasil fatura 2 ouros e 1 bronze em Aberto Paralímpico

Esta sexta-feira (29) foi de pódios brasileiros – dois deles com medalhas de ouro – no último dia do Aberto Paralímpico de Tênis de Mesa Fa20, em Wladyslawowo (Polônia). Atual número cinco do mundo, a carioca Sophia Kelmer, que já conquistara prata na disputa individual na quinta (28), faturou o ouro hoje nas duplas da classe WD 14, ao lado da polonesa Katarzyna Marszal. As duas derrotaram na final a parceria da japonesa Yuri Tomono com a romena Gabriela Constantin, por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/8 e 11/9.

Brasil conquista dois ouros e um bronze e termina o Aberto Paralímpico Fa20 da Polônia com quatro medalhas no total

➡️ https://t.co/YX30HRkOY7 pic.twitter.com/DVI4Q1BQKk

— CBTM (@CBTM_TM) March 29, 2024

“Fico muito honrada de vestir a camisa da seleção brasileira e de jogar mais um campeonato internacional, dessa vez com o título. Levar esse título para o Brasil é muito gratificante. Joguei ao lado de uma polonesa da Classe 6, e a experiência de jogar na casa dela também foi muito bacana. Acho que eu consigo ver o quanto eu estou crescendo, o quanto eu estou melhorando em todos os aspectos e eu só tenho a agradecer a todo mundo que estava torcendo por mim”, disse Kelmer, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Outra dupla campeã foi a do brasileiro Israel Stroh com o espanhol Jordi Morales, que venceu de virada a final da classe MD14 contra a parceria do belga Ben Ashok Despineux com o norueguês Krizander Magnussen. As duplas já haviam se enfrentado na fase de grupos, quando Despineux e Magnussen levaram a melhor. Já na disputa do ouro, foi a parceria Brasil-Espanha que saiu vitoriosa com a medalha dourada. O triunfo foi obtido com parciais de 10/12, 8/11, 11/7, 11/7 e 11/8.
Também nesta sexta (29), teve bronze de Guilherme Costa e Iranildo Espíndola na disputa de duplas da classe MD4. Os dois foram superados na semifinal pela dupla do espanhol Daniel Rodríguez com o japonês Masanori Uno, por 3 sets a 0 (11/5, 11/6 e 11/5).

O Aberto Paralímpico conta pontos no ranking classificatório para os Jogos de Paris. A previsão da CBTM é anunciar a lista de classificados (disputas individuais) na próxima semana. Já a relação de classificados nas duplas sairá no final de abril.

Ao todo seis atletas já carimbaram a vaga paralímpica em Paris ao conquistarem o ouro no Parapan-Americano de Santiago (Chile), no ano passado. São eles: Thiago Gomes, Danielle Rauen, Marliane Santos, Cláudio Massad, Paulo Salmin e Luiz Manara.

Laboratório a céu aberto permite pesquisas sobre queimadas

Um laboratório a céu aberto em área de transição entre dois biomas, o Cerrado e a Floresta Amazônica, permite infinitas possibilidades de estudos sobre meio ambiente, a ação humana e a dinâmica dos ecossistemas diante de diferentes distúrbios naturais ou não. Essa é a realidade dos pesquisadores que atuam na Fazenda Tanguro, um dos projetos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) na cidade de Querência, em Mato Grosso.

Propriedade de uma empresa de agricultura tradicional e que, por muito tempo, criava gado para a pecuária, a área mantém parte de sua extensão preservada. Ao todo, são quase 100 mil hectares distribuídos ao longo de 60 quilômetros. Em qualquer lugar, é possível observar experimentos que testam a natureza, a convivência de áreas intocadas com outras afetadas pela ação humana e os limiares entre resiliência e resistência do meio ambiente nos dois biomas.

Fazenda Tanguro – Laboratório de pesquisa a céu aberto – Querência- MT. Foto Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

Queimadas

Um contrato firmado entre produtores e pesquisadores, renovado a cada cinco anos, permitiu a primeira pesquisa sobre os efeitos do fogo e a recuperação de uma floresta estacional perenifólia, também conhecida como floresta sempre-verde, já que sem a ação do homem ela mantém suas características, mesmo em períodos de estiagem.

O pesquisador e gerente de projetos da Tanguro, Leonardo Santos, explica que a ideia era observar, inicialmente, como o fogo age em área preservada e depois com queimas em tempos diferentes, avaliar os impactos causados pelo fogo na fauna e na flora local. “É uma área com características únicas que, até então, não tinha nenhum tipo de estudo sobre o fogo”, diz

Fazenda Tanguro – Laboratório de pesquisa a céu aberto – Querência- MT. Foto Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

Para isso, em 2004, foi selecionada área de 150 hectares, que passou por levantamento florístico para documentar a vegetação original, os animais e insetos que habitavam o local. Também foi medida a quantidade de matéria que serviria de combustível para o fogo, ou seja, folhas secas, galhos e outras substâncias que facilitam a queima.

Depois, a área foi demarcada em três espaços de 50 hectares, sendo que uma não foi queimada, para controle. A segunda sofreu três queimas, uma a cada três anos; e a terceira foi queimada anualmente, passando por dez queimas.

Ao longo dos dez anos, tanto a parcela de controle quanto as outras duas que receberam fogo com frequências diferentes passaram a ser inventariadas a cada dois anos e monitoradas por diferentes métodos.

Leonardo explica que o monitoramento dos componentes da estrutura da vegetação, como as copas das árvores, a densidade da madeira, a quantidade de serrapilheira, que é o material acumulado sobre o solo, passaram a gerar dados durante os dez anos de experimento e em cada etapa foram utilizados diferentes equipamentos. “Durante a queima foram medidas a velocidade do fogo, altura da chama, velocidade do vento, com equipamentos móveis. Em 2010, quando as queimas foram finalizadas, instalamos duas torres com sensores para avaliar o fluxo de água e o fluxo de carbono que a floresta passou a produzir na área de controle e nas que foram atingidas pelo fogo”, explica.

Fazenda Tanguro – Laboratório de pesquisa a céu aberto – Querência- MT. Foto Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

Recuperação natural

Uma nova etapa teve início com a geração de dados sobre o processo de recuperação natural dos locais que foram queimados. “Dados secundários passaram a ser gerados e novas pesquisas foram desenvolvidas a partir dessa experiência” conta o pesquisador Felipe Arruda, que analisa o comportamento de formigas e abelhas.

Além dos insetos, sementes e plantas, são estudados mamíferos, aves e o ciclo hidrológico nos locais do experimento. De acordo com a equipe, ao longo de quase 20 anos do projeto, os resultados científicos estimulam novos estudos e impactam o desenvolvimento de políticas públicas.

Com tantas possibilidades em um lugar onde a agricultura é ativa – há cursos de rios, vegetações de galeria, fauna e flora diversificada – parcerias com outras instituições permitiram a expansão das pesquisas. Mais 244 estudos foram desenvolvidos na fazenda, dos quais 190 foram divulgados em importantes publicações científicas. São estudos que, por exemplo, investigam o impacto de determinados tipos de agricultura no meio ambiente.

Fazenda Tanguro – Laboratório de pesquisa a céu aberto – Querência- MT. Foto Fabíola Sinimbu/Agência Brasil

Longa duração

Esse espaço aberto a experimentações acabou tornando a fazenda um local de troca de experiências entre pesquisadores do Brasil e do mundo. Além disso, o projeto passou a integrar o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que estabeleceu uma rede de locais de referência para pesquisas de ecologia de ecossistemas.

“Se a gente não sabe quais são os efeitos das queimadas na vegetação nativa, o impacto na biodiversidade e quanto tempo, as comunidades de plantas e animais demoram a recuperar, a gente não tem como prever o que vai acontecer no futuro. Então, estudos de longa duração podem nos dar dados para a gente fazer essas projeções”, diz.

*A repórter viajou a convite do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)