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Prevenção e tratamento do câncer de próstata precisam ser mantidos na pandemia

Em meio a uma nova onda de casos de Covid-19, o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, urologista consultor do Minuto Saudável e diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), fala sobre a persistência do tabu em torno dos exames e a necessidade de prevenção
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam para 65 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil neste ano, com um homem morrendo a cada 38 minutos devido à doença no Brasil. 
Segundo o levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), na base TABNET/DataSUS, do Ministério da Saúde, o número de cirurgias para retirada da próstata por câncer no primeiro ano de pandemia (2020) caiu de cerca de 80 mil para 59 mil procedimentos, uma redução de 25%. Ao comparar 2021 com 2019, a redução é de 17%. Paralelamente, o diagnóstico da doença também foi impactado pela pandemia, sendo que o exame de PSA e as biópsias de próstata caíram, respectivamente, 28% e 21% em 2020 em comparação ao ano anterior.
Em meio a uma nova onda de transmissões e casos de novas variantes da Covid-19, altamente transmissíveis, mas menos letais, segundo especialistas, as campanhas de conscientização conhecidas como “Novembro Azul”, estão sendo promovidas neste mês pelas mais variadas organizações, reforçando a importância do combate ao câncer de próstata através dos exames preventivos, para um diagnóstico precoce da doença, com maiores chances de cura.
Segundo o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, urologista consultor do Minuto Saudável e diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), a procura dos pacientes para realizar os exames para o diagnóstico precoce da doença segue em baixa no país. “O aumento de novos casos de Covid-19 pode desanimar as pessoas a irem a médicos e hospitais, por medo de transmissão. Ainda por cima, persiste o tabu ao redor do tema. Em geral, é a mulher (mãe, irmã, esposa ou filha) quem encaminha os homens ao médico. O impacto já gerado pela pandemia desde 2020, com a diminuição dos diagnósticos precoces, infelizmente resulta em casos mais adiantados da doença chegando só agora aos consultórios”, aponta o médico. 
A realidade é que a doença não espera, e que o câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens, causando a morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, segundo o Inca.
Para obter chances consideráveis de sucesso no tratamento, o Dr. Gustavo alerta que os exames anuais de rastreamento devem ser feitos a partir dos 50 anos, caso não haja nenhum caso de câncer de próstata na família. Se houver casos, o acompanhamento deve acontecer a partir dos 45 anos.
Causas e sintomas
O principal fator de risco para o surgimento da doença é o envelhecimento, mas o Dr. Gustavo explica que, apesar das causas ambientais não serem bem estabelecidas, “uma dieta rica em gordura, particularmente de origem animal e com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco”.
“Cerca de 5% a 10% dos casos podem estar associados ao histórico familiar, quando parentes próximos, especialmente pai, irmão, avós, tios ou filhos têm ou tiveram câncer de próstata. Outro potencial fator de risco é a inflamação na próstata. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) também estão sendo investigadas como possíveis causas”, explica o especialista.
Trata-se de uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas no estágio inicial. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, vontade de urinar com frequência, dores ao urinar, presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Exames disponíveis 
O toque retal, o exame de PSA e a biópsia são exames utilizados para identificar o câncer de próstata. Simples, rápido e indolor, o toque retal permite avaliar o tamanho, forma e textura e se existe alguma anormalidade na próstata, como um nódulo, por exemplo.
Já o exame de PSA, conhecido por Antígeno Prostático Específico, identifica se houve o aumento da concentração desta enzima produzida pelas células da próstata e as chances de o paciente ter o câncer de próstata ou outras doenças relacionadas. O PSA pode ser encontrado principalmente no sêmen, mas uma pequena quantidade também está no sangue. 
“O PSA também pode ser utilizado para identificar a metástase (disseminação do câncer além da próstata) e avaliar a eficácia do tratamento. Se o médico suspeitar de câncer de próstata após a realização dos exames, uma biópsia deve ser realizada. Esta é a única maneira de confirmar com precisão o câncer”, afirma o Dr. Gustavo.
Prevenção da doença
Manter um estilo de vida com uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar o peso podem contribuir para diminuir os riscos da doença, que está associada a uma dieta rica em gordura animal e ao sedentarismo.
A importância da vigilância ativa
Como o câncer de próstata geralmente cresce lentamente, o Dr. Gustavo espera que estudos de longo prazo de vigilância ativa possam ser aplicados em homens com uma idade mais avançada e/ou outros problemas de saúde, que tenham tumores de baixo grau.
“Essa abordagem envolve o acompanhamento rigoroso do câncer de próstata, sem tratamento ativo, com exames repetidos em intervalos definidos. Esses estudos mostram que quando os pacientes são bem selecionados, até 70% conseguem manter essa abordagem por até 10 anos, sem necessitar de tratamento”, explica o especialista.
Apesar do tratamento do câncer variar de acordo com a idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional e efeitos colaterais do paciente, as principais modalidades de tratamento disponíveis hoje são radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, protonterapia, crioterapia e ultrassom focalizado de alta frequência.
Sobre o Minuto Saudável – Presente na internet desde 2017, o portal traz informações claras e confiáveis sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e mais, para uma vida mais saudável e equilibrada. O site é do Grupo Consulta Remédios, marketplace que através de suas soluções, facilita a vida de milhões de pessoas, com informações que vão desde bulas até informações sobre medicamentos e produtos de beleza e bem-estar, oferecendo comparação de preços e proporcionando economia em centenas de farmácias de todo o Brasil.
Sobre o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães – Urologista e Cirurgião Oncológico com mais de 20 anos de atuação e dedicação à assistência do paciente, ao ensino e à pesquisa científica nessa área, é diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR). Com ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, desenvolveu o Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes.

Prevenção e tratamento do câncer de próstata precisam ser mantidos na pandemia

Em meio a uma nova onda de casos de Covid-19, o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, urologista consultor do Minuto Saudável e diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), fala sobre a persistência do tabu em torno dos exames e a necessidade de prevenção

Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam para 65 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil neste ano, com um homem morrendo a cada 38 minutos devido à doença no Brasil. 

Segundo o levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), na base TABNET/DataSUS, do Ministério da Saúde, o número de cirurgias para retirada da próstata por câncer no primeiro ano de pandemia (2020) caiu de cerca de 80 mil para 59 mil procedimentos, uma redução de 25%. Ao comparar 2021 com 2019, a redução é de 17%. Paralelamente, o diagnóstico da doença também foi impactado pela pandemia, sendo que o exame de PSA e as biópsias de próstata caíram, respectivamente, 28% e 21% em 2020 em comparação ao ano anterior.

Em meio a uma nova onda de transmissões e casos de novas variantes da Covid-19, altamente transmissíveis, mas menos letais, segundo especialistas, as campanhas de conscientização conhecidas como “Novembro Azul”, estão sendo promovidas neste mês pelas mais variadas organizações, reforçando a importância do combate ao câncer de próstata através dos exames preventivos, para um diagnóstico precoce da doença, com maiores chances de cura.

Segundo o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, urologista consultor do Minuto Saudável e diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), a procura dos pacientes para realizar os exames para o diagnóstico precoce da doença segue em baixa no país. “O aumento de novos casos de Covid-19 pode desanimar as pessoas a irem a médicos e hospitais, por medo de transmissão. Ainda por cima, persiste o tabu ao redor do tema. Em geral, é a mulher (mãe, irmã, esposa ou filha) quem encaminha os homens ao médico. O impacto já gerado pela pandemia desde 2020, com a diminuição dos diagnósticos precoces, infelizmente resulta em casos mais adiantados da doença chegando só agora aos consultórios”, aponta o médico. 

A realidade é que a doença não espera, e que o câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens, causando a morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, segundo o Inca.

Para obter chances consideráveis de sucesso no tratamento, o Dr. Gustavo alerta que os exames anuais de rastreamento devem ser feitos a partir dos 50 anos, caso não haja nenhum caso de câncer de próstata na família. Se houver casos, o acompanhamento deve acontecer a partir dos 45 anos.

Causas e sintomas

O principal fator de risco para o surgimento da doença é o envelhecimento, mas o Dr. Gustavo explica que, apesar das causas ambientais não serem bem estabelecidas, “uma dieta rica em gordura, particularmente de origem animal e com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco”.

“Cerca de 5% a 10% dos casos podem estar associados ao histórico familiar, quando parentes próximos, especialmente pai, irmão, avós, tios ou filhos têm ou tiveram câncer de próstata. Outro potencial fator de risco é a inflamação na próstata. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) também estão sendo investigadas como possíveis causas”, explica o especialista.

Trata-se de uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas no estágio inicial. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, vontade de urinar com frequência, dores ao urinar, presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Exames disponíveis 

O toque retal, o exame de PSA e a biópsia são exames utilizados para identificar o câncer de próstata. Simples, rápido e indolor, o toque retal permite avaliar o tamanho, forma e textura e se existe alguma anormalidade na próstata, como um nódulo, por exemplo.

Já o exame de PSA, conhecido por Antígeno Prostático Específico, identifica se houve o aumento da concentração desta enzima produzida pelas células da próstata e as chances de o paciente ter o câncer de próstata ou outras doenças relacionadas. O PSA pode ser encontrado principalmente no sêmen, mas uma pequena quantidade também está no sangue. 

“O PSA também pode ser utilizado para identificar a metástase (disseminação do câncer além da próstata) e avaliar a eficácia do tratamento. Se o médico suspeitar de câncer de próstata após a realização dos exames, uma biópsia deve ser realizada. Esta é a única maneira de confirmar com precisão o câncer”, afirma o Dr. Gustavo.

Prevenção da doença

Manter um estilo de vida com uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar o peso podem contribuir para diminuir os riscos da doença, que está associada a uma dieta rica em gordura animal e ao sedentarismo.

A importância da vigilância ativa

Como o câncer de próstata geralmente cresce lentamente, o Dr. Gustavo espera que estudos de longo prazo de vigilância ativa possam ser aplicados em homens com uma idade mais avançada e/ou outros problemas de saúde, que tenham tumores de baixo grau.

“Essa abordagem envolve o acompanhamento rigoroso do câncer de próstata, sem tratamento ativo, com exames repetidos em intervalos definidos. Esses estudos mostram que quando os pacientes são bem selecionados, até 70% conseguem manter essa abordagem por até 10 anos, sem necessitar de tratamento”, explica o especialista.

Apesar do tratamento do câncer variar de acordo com a idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional e efeitos colaterais do paciente, as principais modalidades de tratamento disponíveis hoje são radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, protonterapia, crioterapia e ultrassom focalizado de alta frequência.

Sobre o Minuto Saudável – Presente na internet desde 2017, o portal traz informações claras e confiáveis sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e mais, para uma vida mais saudável e equilibrada. O site é do Grupo Consulta Remédios, marketplace que através de suas soluções, facilita a vida de milhões de pessoas, com informações que vão desde bulas até informações sobre medicamentos e produtos de beleza e bem-estar, oferecendo comparação de preços e proporcionando economia em centenas de farmácias de todo o Brasil.

Sobre o Dr. Gustavo Cardoso Guimarães – Urologista e Cirurgião Oncológico com mais de 20 anos de atuação e dedicação à assistência do paciente, ao ensino e à pesquisa científica nessa área, é diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR). Com ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, desenvolveu o Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes.

Na odontologia, prescrição da cannabis medicinal pode reduzir o uso de opioides 

*Artigo do cirurgião-dentista Guilherme Martins, prescritor da plataforma  Receita Digital 
A crise dos medicamentos opioides no mundo é algo preocupante. Apesar de amplamente utilizados na medicina para o tratamento de dor, eles podem criar resistência nos pacientes que, por sua vez, podem acabar demandando doses cada vez mais altas, gerando riscos de overdose. Em resumo, seu uso excessivo tem levado pessoas à dependência, podendo causar inclusive o óbito por depressão respiratória, na administração de doses muito elevadas. 
No nosso país, um número considerável de pessoas fez uso de opióides nos últimos anos. Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou a venda de mais de 21 milhões de embalagens de analgésicos à base de ópio, e um total de mais de 14 milhões foram comercializadas só no primeiro semestre de 2021. Ao olharmos para dados históricos anteriores, em 2009, a venda prescrita de opióides nas farmácias foi de 1,6 milhão segundo a Anvisa, sendo que seis anos depois, em 2015, a venda desses medicamentos disparou para mais de 9 milhões. 
No consultório, “dia sim, dia não” aparece um paciente que faz uso de opioides. Entre os que sofrem com distúrbios de sono e quadros de bruxismo noturno, por exemplo, há muitos que utilizam algum tipo de medicação para dormir. Como alternativa para enfrentar o risco de dependência e abuso destas substâncias farmacológicas, despontam as terapias à base de canabinóides, que são compostas por princípios ativos de alta compatibilidade com o organismo humano, com ação analgésica e anti-inflamatória.  
Como a cannabis medicinal é capaz de se conectar aos receptores do organismo humano, ela desencadeia diversos efeitos positivos no tratamento de dores orofaciais, em casos de distúrbio temporomandibular (DTM), para o controle de úlceras bucais e no controle de ansiedade pré-clínica, que é o “medo do dentista”. Nesses casos, por exemplo, pode ser prescrito o uso de canabidiol (CBD), que é um ansiolítico ou o tetraidrocanabinol (THC), pelo poder analgésico que ele tem. 
Acompanhamento contínuo 
Na terapia à base de cannabis, não basta simplesmente fazer a prescrição do produto e receitar ao paciente. Cada pessoa vai responder de uma forma diferente, então o acompanhamento é primordial para alcançar o sucesso. 
Há pacientes que já passaram por diversos tipos de tratamentos e mesmo com o uso de medicamentos alopáticos fortes, convivem com fortes dores por anos. Esse tipo de paciente é aquele que a gente chama de refratário, pois se torna resistente ao tratamento farmacológico habitual. O uso da cannabis medicinal, em casos como estes, deveria ser a primeira opção. 
Para reduzir o consumo e, em alguns casos, a dependência de opioides, é necessário entrar em contato com o médico prescritor e iniciar o tratamento terapêutico. Nestes casos, os que são à base de canabinoides atuam no sentido de reduzir a necessidade de o paciente usar aquele medicamento. 
Prescrição digital 
A fim de auxiliar o paciente em seu tratamento e acompanhamento, durante os meus atendimentos, eu uso a plataforma Receita Digital. Todas as informações do paciente ficam cadastradas na nuvem. Eu posso estar em uma viagem a trabalho que consigo ter acesso ao histórico do paciente, das prescrições que eu fiz, e alguma que eu quero revalidar. Como a plataforma é utilizável pelo celular e a assinatura é feita via Certificado Digital ligado ao CPF, ela se torna uma ferramenta muito prática e segura, pois já é integrada com as principais certificadoras digitais do Brasil, auxiliando no dia a dia. 
Efeitos adversos 
Sobre os efeitos adversos do uso da cannabis, eles são bem pontuais e podem ser resolvidos com uma boa avaliação para detectar possíveis interações com outros medicamentos que o paciente possa estar tomando. Contraindicação absoluta a cannabis medicinal quase não tem, pois ela não causa efeitos adversos consideráveis e, principalmente, não traz dependência. 
*Dr. Guilherme Martins – Graduado na UNESP pela Faculdade Estadual Paulista de Araraquara/SP em 1998, é especialista em Periodontia e Implantodontia e pós-graduado em Cirurgias Orais pelo HBDF. Membro da Aliança Verde em Brasília pelo Instituto de Pesquisas Científicas das Plantas e da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC), é coautor do livro “Tratado de Cannabis Medicinal no Brasil”, no capítulo de Odontologia, e pioneiro na prescrição de canabinóides em Odontologia, tendo iniciado os trabalhos em 2016. 
Sobre a Receita Digital – Plataforma 100% online de prescrição e dispensação de medicamentos para médicos, dentistas, pacientes e farmácias de todo o país. Gratuita, segura e seguindo todas as normas da ANVISA e regras da LGPD, ela pode ser acessada via qualquer dispositivo. A startup oferece uma jornada completa, da consulta ao remédio, permitindo que médicos, dentistas e, em breve, veterinários e outros profissionais da área da Saúde, prescrevam medicamentos, suplementos e itens de cuidado pessoal, além de emitir outros tipos de documentos relacionados ao atendimento ao paciente, como pedidos de exames, atestados, laudos e recibos. Com ela, prescritores e pacientes reúnem todos os documentos de saúde em um único lugar. A plataforma pertence ao ecossistema de saúde do marketplace de farmácias Consulta Remédios. Cadastramentos e mais informações podem ser acessadas em www.receitadigital.com. 

Na odontologia, prescrição da cannabis medicinal pode reduzir o uso de opioides 

*Artigo do cirurgião-dentista Guilherme Martins, prescritor da plataforma  Receita Digital 

A crise dos medicamentos opioides no mundo é algo preocupante. Apesar de amplamente utilizados na medicina para o tratamento de dor, eles podem criar resistência nos pacientes que, por sua vez, podem acabar demandando doses cada vez mais altas, gerando riscos de overdose. Em resumo, seu uso excessivo tem levado pessoas à dependência, podendo causar inclusive o óbito por depressão respiratória, na administração de doses muito elevadas. 

No nosso país, um número considerável de pessoas fez uso de opióides nos últimos anos. Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou a venda de mais de 21 milhões de embalagens de analgésicos à base de ópio, e um total de mais de 14 milhões foram comercializadas só no primeiro semestre de 2021. Ao olharmos para dados históricos anteriores, em 2009, a venda prescrita de opióides nas farmácias foi de 1,6 milhão segundo a Anvisa, sendo que seis anos depois, em 2015, a venda desses medicamentos disparou para mais de 9 milhões. 

No consultório, “dia sim, dia não” aparece um paciente que faz uso de opioides. Entre os que sofrem com distúrbios de sono e quadros de bruxismo noturno, por exemplo, há muitos que utilizam algum tipo de medicação para dormir. Como alternativa para enfrentar o risco de dependência e abuso destas substâncias farmacológicas, despontam as terapias à base de canabinóides, que são compostas por princípios ativos de alta compatibilidade com o organismo humano, com ação analgésica e anti-inflamatória.  

Como a cannabis medicinal é capaz de se conectar aos receptores do organismo humano, ela desencadeia diversos efeitos positivos no tratamento de dores orofaciais, em casos de distúrbio temporomandibular (DTM), para o controle de úlceras bucais e no controle de ansiedade pré-clínica, que é o “medo do dentista”. Nesses casos, por exemplo, pode ser prescrito o uso de canabidiol (CBD), que é um ansiolítico ou o tetraidrocanabinol (THC), pelo poder analgésico que ele tem. 

Acompanhamento contínuo 

Na terapia à base de cannabis, não basta simplesmente fazer a prescrição do produto e receitar ao paciente. Cada pessoa vai responder de uma forma diferente, então o acompanhamento é primordial para alcançar o sucesso. 

Há pacientes que já passaram por diversos tipos de tratamentos e mesmo com o uso de medicamentos alopáticos fortes, convivem com fortes dores por anos. Esse tipo de paciente é aquele que a gente chama de refratário, pois se torna resistente ao tratamento farmacológico habitual. O uso da cannabis medicinal, em casos como estes, deveria ser a primeira opção. 

Para reduzir o consumo e, em alguns casos, a dependência de opioides, é necessário entrar em contato com o médico prescritor e iniciar o tratamento terapêutico. Nestes casos, os que são à base de canabinoides atuam no sentido de reduzir a necessidade de o paciente usar aquele medicamento. 

Prescrição digital 

A fim de auxiliar o paciente em seu tratamento e acompanhamento, durante os meus atendimentos, eu uso a plataforma Receita Digital. Todas as informações do paciente ficam cadastradas na nuvem. Eu posso estar em uma viagem a trabalho que consigo ter acesso ao histórico do paciente, das prescrições que eu fiz, e alguma que eu quero revalidar. Como a plataforma é utilizável pelo celular e a assinatura é feita via Certificado Digital ligado ao CPF, ela se torna uma ferramenta muito prática e segura, pois já é integrada com as principais certificadoras digitais do Brasil, auxiliando no dia a dia. 

Efeitos adversos 

Sobre os efeitos adversos do uso da cannabis, eles são bem pontuais e podem ser resolvidos com uma boa avaliação para detectar possíveis interações com outros medicamentos que o paciente possa estar tomando. Contraindicação absoluta a cannabis medicinal quase não tem, pois ela não causa efeitos adversos consideráveis e, principalmente, não traz dependência. 

*Dr. Guilherme Martins – Graduado na UNESP pela Faculdade Estadual Paulista de Araraquara/SP em 1998, é especialista em Periodontia e Implantodontia e pós-graduado em Cirurgias Orais pelo HBDF. Membro da Aliança Verde em Brasília pelo Instituto de Pesquisas Científicas das Plantas e da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC), é coautor do livro “Tratado de Cannabis Medicinal no Brasil”, no capítulo de Odontologia, e pioneiro na prescrição de canabinóides em Odontologia, tendo iniciado os trabalhos em 2016. 

Sobre a Receita Digital – Plataforma 100% online de prescrição e dispensação de medicamentos para médicos, dentistas, pacientes e farmácias de todo o país. Gratuita, segura e seguindo todas as normas da ANVISA e regras da LGPD, ela pode ser acessada via qualquer dispositivo. A startup oferece uma jornada completa, da consulta ao remédio, permitindo que médicos, dentistas e, em breve, veterinários e outros profissionais da área da Saúde, prescrevam medicamentos, suplementos e itens de cuidado pessoal, além de emitir outros tipos de documentos relacionados ao atendimento ao paciente, como pedidos de exames, atestados, laudos e recibos. Com ela, prescritores e pacientes reúnem todos os documentos de saúde em um único lugar. A plataforma pertence ao ecossistema de saúde do marketplace de farmácias Consulta Remédios. Cadastramentos e mais informações podem ser acessadas em www.receitadigital.com. 

Luft Logistics lança aplicativo de saúde para seus colaboradores 

Funcionários e familiares da Luft Healthcare ganham, com o app Luft+Saúde, um novo recurso para o autocuidado e prevenção de doenças. Ferramenta foi desenvolvida pela healthtech HSPW 
Luft Healthcare tem matriz em Itapevi (SP), com filiais em Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (SP) e cross docking em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES)
Dando continuidade às suas ações de compromisso social, com vistas à promoção do autocuidado e prevenção de doenças, a Luft Logistics, por meio de sua operadora logística especializada na área da Saúde, Luft Healthcare, acaba de lançar seu próprio aplicativo de saúde. Voltado aos colaboradores e colaboradoras da companhia, o app Luft+Saúde foi desenvolvido pela healthtech HSPW (Healthy and Safe Place to Work). 
Segundo Cássia Reis, profissional da área de HSE com foco em ESG (Environment, Social and Governance) da Luft Healthcare, a evolução para a chegada ao próprio aplicativo de saúde levou cerca de 2 anos, em uma jornada extremamente benéfica tanto para os colaboradores e seus familiares, quanto para a própria empresa, que tem matriz em Itapevi (SP), com filiais em Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (SP) e cross docking em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES). 
“Por um lado, as pessoas ganham acesso a novos recursos de monitoramento e suporte à saúde mental, física, financeira e organizacional, como o Botão de Ajuda, que oferece apoio imediato. Por outro, a empresa colhe resultados que compensam, e muito, o investimento nas atividades de engajamento dos colaboradores. O apoio de todo o time da HSPW foi fundamental neste processo”, avalia Cássia. 
Jornada interna de saúde e bem-estar 
A Luft utilizava a plataforma HSPW com o objetivo de monitorar e prestar suporte à saúde integral de seus colaboradores. O uso da ferramenta ganhou o comprometimento da empresa como um todo, com forte apoio das áreas de Recursos Humanos, HSE (Health, Safety and Environment) e alta gestão. 
“A Luft tem plena consciência de que quanto mais os colaboradores estiverem bem, melhor estará a empresa e os seus resultados. O engajamento interno dos colaboradores e familiares foi tamanho, com mais de 90% dos mais de 1.000 colaboradores como usuários ativos, que chegou o momento de a empresa ter seu próprio aplicativo, com novas funcionalidades que criamos especialmente para suas necessidades”, explica Danilo Odilon, responsável por Implantações da HSPW. 
Luft+Saúde 
O nome e as cores do app Luft+Saúde foram escolhidos pelos próprios colaboradores, que ganharam, assim como seus familiares, acesso a mais recursos para promoção do auto cuidado e prevenção de doenças. 
Um ambiente permite ao usuário escolher, a qualquer momento, qual aspecto da saúde ele deseja avaliar e ter um resultado de hipótese diagnóstica em minutos. Assim, como a plataforma tem o objetivo de agir de forma preventiva nos cuidados com a saúde, os usuários podem manter uma rotina de avaliações e realizarem os testes a qualquer sinal/suspeita de algo em sua saúde que mereça maior atenção. 
“Já temos muitos familiares de funcionários sendo beneficiados com atendimentos, especialmente os relacionados à saúde mental”, diz Cássia. 
Botão de ajuda 
O recurso Botão de Ajuda oferece apoio imediato aos colaboradores que o utilizam para pedir apoio com alguma questão de sua saúde. A Luft oferece atendimento com psicólogos, psiquiatras, nutricionistas e consultoria financeira de forma gratuita aos usuários que utilizam este recurso da plataforma. 
Novo nível de jornadas com uso de inteligência artificial 
As jornadas servem para acelerar o processo de autocuidado dos usuários por meio de um plano de ação. O app Luft+Saúde oferece dois níveis, sendo o primeiro o de Jornadas Generalistas, nas quais o/a usuário/a pode se inscrever na jornada que deseja seguir, de acordo com seus objetivos, como, por exemplo: se alimentar melhor, eliminar o sedentarismo, melhorar a gestão de suas finanças, etc. Já no segundo nível, o/a usuário/a recebe uma Jornada Personalizada, com um plano de ação traçado a partir dos resultados gerados nos testes. 
Os resultados dos testes aparecem em uma linguagem acessível, com recursos de inteligência artificial de interação por vídeo e áudio, chamando o usuário pelo nome e explicando sobre o resultado, como ele pode impactar em sua vida e dando orientações. 
Sobre a Luft Logistics – Desde que foi fundada, em 1975, a Luft Logistics especializou-se na implementação de soluções customizadas e exclusivas. A companhia desenvolve soluções inovadoras na área de armazenagem e transporte nos segmentos de saúde, agronegócio, varejo e e-commerce, agregando valor aos negócios de seus clientes. Ao longo de quatro décadas, a Luft cresceu, especializou-se e investiu expressivamente em todos os quesitos necessários a uma empresa líder na integração da cadeia logística de um país com dimensões continentais como o Brasil. Desde sistemas de qualidade, gerenciamento da informação, integração com o cliente e gestão de riscos, até automação dos processos, rastreabilidade, armazenagem e validação, a Luft posiciona-se como parceira por excelência na expansão dos negócios por meio de operações logísticas de alto padrão. Mais informações podem ser acessadas em www.luft.com.br. 

Luft Logistics lança aplicativo de saúde para seus colaboradores 

Funcionários e familiares da Luft Healthcare ganham, com o app Luft+Saúde, um novo recurso para o autocuidado e prevenção de doenças. Ferramenta foi desenvolvida pela healthtech HSPW 

Luft Healthcare tem matriz em Itapevi (SP), com filiais em Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (SP) e cross docking em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES)

Dando continuidade às suas ações de compromisso social, com vistas à promoção do autocuidado e prevenção de doenças, a Luft Logistics, por meio de sua operadora logística especializada na área da Saúde, Luft Healthcare, acaba de lançar seu próprio aplicativo de saúde. Voltado aos colaboradores e colaboradoras da companhia, o app Luft+Saúde foi desenvolvido pela healthtech HSPW (Healthy and Safe Place to Work). 

Segundo Cássia Reis, profissional da área de HSE com foco em ESG (Environment, Social and Governance) da Luft Healthcare, a evolução para a chegada ao próprio aplicativo de saúde levou cerca de 2 anos, em uma jornada extremamente benéfica tanto para os colaboradores e seus familiares, quanto para a própria empresa, que tem matriz em Itapevi (SP), com filiais em Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (SP) e cross docking em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES). 

“Por um lado, as pessoas ganham acesso a novos recursos de monitoramento e suporte à saúde mental, física, financeira e organizacional, como o Botão de Ajuda, que oferece apoio imediato. Por outro, a empresa colhe resultados que compensam, e muito, o investimento nas atividades de engajamento dos colaboradores. O apoio de todo o time da HSPW foi fundamental neste processo”, avalia Cássia. 

Jornada interna de saúde e bem-estar 

A Luft utilizava a plataforma HSPW com o objetivo de monitorar e prestar suporte à saúde integral de seus colaboradores. O uso da ferramenta ganhou o comprometimento da empresa como um todo, com forte apoio das áreas de Recursos Humanos, HSE (Health, Safety and Environment) e alta gestão. 

“A Luft tem plena consciência de que quanto mais os colaboradores estiverem bem, melhor estará a empresa e os seus resultados. O engajamento interno dos colaboradores e familiares foi tamanho, com mais de 90% dos mais de 1.000 colaboradores como usuários ativos, que chegou o momento de a empresa ter seu próprio aplicativo, com novas funcionalidades que criamos especialmente para suas necessidades”, explica Danilo Odilon, responsável por Implantações da HSPW. 

Luft+Saúde 

O nome e as cores do app Luft+Saúde foram escolhidos pelos próprios colaboradores, que ganharam, assim como seus familiares, acesso a mais recursos para promoção do auto cuidado e prevenção de doenças. 

Um ambiente permite ao usuário escolher, a qualquer momento, qual aspecto da saúde ele deseja avaliar e ter um resultado de hipótese diagnóstica em minutos. Assim, como a plataforma tem o objetivo de agir de forma preventiva nos cuidados com a saúde, os usuários podem manter uma rotina de avaliações e realizarem os testes a qualquer sinal/suspeita de algo em sua saúde que mereça maior atenção. 

“Já temos muitos familiares de funcionários sendo beneficiados com atendimentos, especialmente os relacionados à saúde mental”, diz Cássia. 

Botão de ajuda 

O recurso Botão de Ajuda oferece apoio imediato aos colaboradores que o utilizam para pedir apoio com alguma questão de sua saúde. A Luft oferece atendimento com psicólogos, psiquiatras, nutricionistas e consultoria financeira de forma gratuita aos usuários que utilizam este recurso da plataforma. 

Novo nível de jornadas com uso de inteligência artificial 

As jornadas servem para acelerar o processo de autocuidado dos usuários por meio de um plano de ação. O app Luft+Saúde oferece dois níveis, sendo o primeiro o de Jornadas Generalistas, nas quais o/a usuário/a pode se inscrever na jornada que deseja seguir, de acordo com seus objetivos, como, por exemplo: se alimentar melhor, eliminar o sedentarismo, melhorar a gestão de suas finanças, etc. Já no segundo nível, o/a usuário/a recebe uma Jornada Personalizada, com um plano de ação traçado a partir dos resultados gerados nos testes. 

Os resultados dos testes aparecem em uma linguagem acessível, com recursos de inteligência artificial de interação por vídeo e áudio, chamando o usuário pelo nome e explicando sobre o resultado, como ele pode impactar em sua vida e dando orientações. 

Sobre a Luft Logistics – Desde que foi fundada, em 1975, a Luft Logistics especializou-se na implementação de soluções customizadas e exclusivas. A companhia desenvolve soluções inovadoras na área de armazenagem e transporte nos segmentos de saúde, agronegócio, varejo e e-commerce, agregando valor aos negócios de seus clientes. Ao longo de quatro décadas, a Luft cresceu, especializou-se e investiu expressivamente em todos os quesitos necessários a uma empresa líder na integração da cadeia logística de um país com dimensões continentais como o Brasil. Desde sistemas de qualidade, gerenciamento da informação, integração com o cliente e gestão de riscos, até automação dos processos, rastreabilidade, armazenagem e validação, a Luft posiciona-se como parceira por excelência na expansão dos negócios por meio de operações logísticas de alto padrão. Mais informações podem ser acessadas em www.luft.com.br. 

Prescrição de canabidiol gera controvérsia e demanda atenção em saúde pública

Dr. Luiz Felipe Abdalla Soares, médico prescritor de canabinoides, comenta o assunto e aborda o papel de práticas como telemedicina e prescrição digital

Uma resolução publicada no dia 14 de outubro pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) causou surpresa e controvérsia na comunidade médica e de pacientes de uma série de doenças e seus familiares, ao estabelecer novas regras para a prescrição de produtos derivados da Cannabis. A entidade passou a restringir a prescrição de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsias raras, que não tiveram bons resultados com tratamentos convencionais.

Segundo Rosylane Rocha, relatora da resolução, após a publicação da norma 327 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2019, houve “inúmeras atividades de fomento ao uso de produtos de cannabis e um aumento significativo de prescrição de canabidiol para doenças em substituição a tratamentos convencionais e cientificamente comprovados”.

Acontece que a nova regra do conselho vai contra a liberação da própria Anvisa, que autoriza o uso de uma série de produtos à base da planta Cannabis para alguns tipos de tratamentos. O Ministério Público Federal abriu investigação e instaurou procedimento, no dia 17 de outubro, para apurar a legalidade das novas regras estabelecidas pelo Conselho. 

No dia 20 de outubro, o CFM comunicou que reabrirá Consulta Pública a toda a população para receber contribuições visando a atualização da Resolução nº 2.324/2022, que trata dos critérios para a prescrição do canabidiol no País.

Já na área odontológica, o CFO (Conselho Federal de Odontologia) reconhece o potencial do uso dos canabinoides em pré-cirurgias e em patologias odontológicas, como tratamento complementar de dores dos distúrbios mandibulares como o bruxismo, por exemplo.

Principais indicações

O Dr. Luiz Felipe Abdalla, médico clínico com experiência em tratamentos canabinoides e prescritor da plataforma Receita Digital, explica que o canabidiol, conhecido como CBD, uma das principais substâncias derivadas da planta Cannabis sativa, tem efeito terapêutico para diversos quadros de saúde e não gera dependência ou efeitos entorpecentes.

“Ele é utilizado em práticas terapêuticas para substituir o uso de medicamentos que não obtêm resultados satisfatórios ou que tenham efeitos colaterais intoleráveis no controle de algumas doenças crônicas. A substância, assim como outras derivadas da planta Cannabis, conhecidas como fitocanabinoides, possui propriedades ansiolíticas, antidepressivas, neuroprotetoras e anti-inflamatórias, ajudando na homeostase, ou seja, no processo de equilíbrio do organismo. Ela é indicada, principalmente, para o tratamento de pacientes com epilepsia ou outros problemas neurológicos graves, doenças neurodegenerativas, tais como esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, além de doenças psiquiátricas como ansiedade, insônia, depressão e no tratamento de dores crônicas, por ser um potente anti-inflamatório”, explica.

O médico afirma que a liberação deste tratamento no Brasil só foi possível após um forte movimento de familiares de pacientes sem resposta aos tratamentos convencionais e com qualidade de vida muito prejudicada por doenças graves, que pressionaram para a liberação da importação e uso de medicamentos à base da Cannabis. “Os produtos já estavam sendo utilizados com sucesso para o tratamento de pessoas em vários países do mundo, mostrando melhora importante das crises convulsivas, tratando dores crônicas e quadros neuropsiquiátricos sem os efeitos prejudiciais dos medicamentos tarja preta convencionais utilizados para tratar estas doenças, e oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes. A terapia canabinoide veio para ajudar, e muito, neste cenário, e o Brasil, de uma certa forma, está também na vanguarda”, acredita.

Após a liberação pela Anvisa em 2014, o Brasil recebeu desde então mais de 70 mil pedidos de importação, sendo que em 2021, as liberações feitas pela Agência alcançaram o total de 32.416, número 15 vezes maior que o de pedidos concedidos em 2017, quando a Agência autorizou apenas 2.101 pedidos de importação.

“Com a pandemia da Covid-19, observamos que o atendimento via telemedicina permitiu o maior acesso da terapia com o uso de Cannabis medicinal no Brasil. A plataforma Receita Digital também veio para contribuir nesse sentido, permitindo a ampliação do tratamento para outras regiões do país e agilizando o processo de envio de receitas, atestados, exames, entre outros. Como prescritor de Cannabis medicinal, eu acredito que a ferramenta contribui muito nesse processo de alcançar pessoas de vários lugares, tendo em vista que a prescrição é digital e os dados ficam todos armazenados na nuvem de forma segura, permitindo o acesso remoto de todo o histórico do paciente”, destaca o Dr. Luiz.

Cabe, porém, ao profissional e ao paciente a decisão de como conduzir o tratamento. Segundo Dr. Jonatas Bernardes, Diretor Técnico e Médico da plataforma Receita Digital, “a autonomia do profissional para escolher o melhor tratamento e defender o interesse dos pacientes em primeiro lugar é parte essencial da prática médica. Naturalmente, como somos uma empresa de tecnologia em saúde, valorizamos o interesse dos profissionais e pacientes em novas terapias que possam representar um importante avanço em relação aos tratamentos convencionais”.

Regras para a aquisição dos produtos

“Para ter acesso aos medicamentos, é preciso que o paciente passe por uma avaliação de médicos ou dentistas (ou médicos veterinários, no caso dos pets), que são os profissionais da saúde autorizados para prescrever o tratamento e direcionar o paciente para a melhor forma de acesso ao medicamento. A aquisição pode ser feita em farmácias, por marcas importadas, ou por uma das associações do país que ajudam no acesso a estes medicamentos, como por exemplo, a Abrace Esperança (PB), a Apepi (RJ) e a Associação Alternativa (SC)”, esclarece o Dr. Luiz.

No Brasil, mesmo com a receita médica, ainda não é permitida a compra de Cannabis medicinal via e-commerce. “Nos Estados Unidos e em alguns outros lugares isso já é permitido, e qualquer pessoa consegue entrar na Internet e comprar produtos com CDB ou com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol)”, conclui. 

Sobre a Receita Digital — Sobre a Receita Digital – Plataforma 100% on-line de prescrição e dispensação de medicamentos para médicos, dentistas, pacientes e farmácias de todo o país. Gratuita, segura e seguindo todas as normas da ANVISA e regras da LGPD, ela pode ser acessada via qualquer dispositivo. A startup oferece uma jornada completa, da consulta ao remédio, permitindo que médicos, dentistas e, em breve, veterinários e outros profissionais da área da Saúde, prescrevam medicamentos, suplementos e itens de cuidado pessoal, além de emitir outros tipos de documentos relacionados ao atendimento ao paciente, como pedidos de exames, atestados, laudos e recibos. Com ela, prescritores e pacientes reúnem todos os documentos de saúde em um único lugar. A plataforma pertence ao ecossistema de saúde do marketplace de farmácias Consulta Remédios. Cadastramentos e mais informações podem ser acessadas em www.receitadigital.com.

Sobre o Dr. Luiz Felipe Abdalla Soares — Médico e idealizador da clínica canábica integrativa AnandAtiva Brasil, focada em medicina integrativa, terapia canabinoide, fisioterapia, nutrição e outras práticas integrativas da saúde, com abrangência nacional pelo auxílio da telemedicina. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO em 2013, fez residência em Clínica Médica pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ (HUPE). Tem oito anos de experiência em terapia intensiva e 5 anos de experiência em tratamentos com Cannabis Medicinal. 

Ginecologista aponta desuso do autoexame na prevenção do câncer de mama

Dr. Igor Padovesi, consultor do Minuto Saudável, faz algumas recomendações importantes neste mês da campanha mundial Outubro Rosa

Neste mês de outubro, diferentes países do mundo, entre eles o Brasil, voltam seus olhos para as campanhas conhecidas como do “Outubro Rosa”. A finalidade é a prevenção e o diagnóstico precoce de um dos cânceres mais prevalentes entre as mulheres, o de mama. Segundo o ginecologista Dr. Igor Padovesi, consultor do Minuto Saudável, uma das atitudes tradicionais de prevenção da doença, que é o autoexame das mamas pela própria mulher, deixou de ser recomendado.  

Para fins de contextualização, a campanha Outubro Rosa foi lançada na década de 1990 nos Estados Unidos, originalmente pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. Em 2018, a Lei nº 13.733 instituiu a campanha no Brasil, dispondo sobre as atividades da campanha no país.

Segundo o médico, é alta a possibilidade de cura do câncer de mama, especialmente quando ele é descoberto em estágios mais iniciais. “A prática do autoexame das mamas, ou seja, realizado pela própria mulher, não é mais recomendada pelas sociedades médicas como antigamente, por ser uma prática que, sozinha, não tem se mostrado eficaz em reduzir a mortalidade por câncer de mama”, aponta.

“Obviamente, a mulher não consegue apalpar as alterações como um médico, e em certas pessoas a ação pode gerar estresse, preocupação e exames invasivos desnecessários. Além disso, quando o câncer está de um tamanho que a mulher já consegue apalpar, ele já está em um estágio mais avançado”, continua o médico. “Por estes motivos, a principal forma de prevenção da doença é pela realização da mamografia regularmente, pois o autoexame não possibilita o diagnóstico precoce”, esclarece o Dr. Igor.

De qualquer forma, o médico alerta que, além da consulta anual ao ginecologista, as mulheres que notarem alterações devem procurar o médico mesmo que isso signifique ir a uma nova consulta mais cedo do que o previsto. “Qualquer alteração precisa ser averiguada pelo médico o quanto antes, para que uma malignidade possa ser descartada”, explica o médico.

Sintomas

São sinais de alerta, que precisam ser averiguados, sintomas como lesões mamárias, que podem surgir em mulheres após a menopausa, caroços (nódulos), geralmente endurecidos, fixos e indolores, pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja ou alterações no bico do peito (mamilo).

O Dr. Igor esclarece que a capacidade da mamografia de diagnosticar o câncer de mama em mulheres jovens é mais baixa, pois as mamas são mais densas e a sensibilidade da mamografia, nestes casos, é reduzida. Por isso, existem outros exames de rastreio, como ultrassom e ressonância magnética.

“Mulheres com histórico de câncer de mama na família devem começar a fazer o exame clínico das mamas e exames de rastreamento anualmente já a partir dos 35 anos”, aponta o especialista.

Números no Brasil

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em 2022, sendo que esse tipo de câncer é o de maior incidência em mulheres de todas as regiões do País, excluídos os cânceres relacionados a tumores de pele não melanoma, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Ele também constitui a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição.

Importância do diagnóstico precoce 

O Dr. Igor esclarece que a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) é de que mulheres a partir dos 40 anos de idade procurem o serviço de saúde para fazer uma mamografia anual. Mas essa recomendação diverge: o INCA e o Ministério da Saúde recomendam que mulheres comecem a realizar a mamografia de rastreamento aos 50 anos, e até os 69 anos, façam o exame a cada dois anos. 

“Estas recomendações são válidas mesmo para as mulheres que não apresentam qualquer sintoma, já que o câncer de mama pode ser descoberto em estágio inicial, quando ainda não há qualquer sinal evidente”, afirma o ginecologista.

Estilo de vida

“Manter um estilo de vida saudável é importante para a prevenção de inúmeras doenças. Parar de fumar, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, manter o peso controlado, baixar o índice de gordura corporal e praticar atividades físicas regularmente são ações que contribuem para a diminuição da incidência de câncer mesmo em pessoas com maior risco genético”, afirma o Dr. Igor, com base em estudo publicado em agosto de 2021 na revista científica Cancer Research, da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer. O levantamento avaliou dados genéticos e de estilo de vida de um biobanco inglês com 202.842 homens e 239.659 mulheres, e envolveu o cálculo do risco individual genético para 16 cânceres em homens e 18 em mulheres.

“No desenvolvimento do câncer de mama, o estresse também está associado a alterações no sistema imunológico, levando mulheres a adotar hábitos pouco saudáveis que podem contribuir para o surgimento da doença, como o aumento no consumo de açúcares e o sedentarismo”, pondera o médico.

Sobre o Minuto Saudável – Presente na internet desde 2017, o portal traz informações claras e confiáveis sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e mais, para uma vida mais saudável e equilibrada. O site é do Grupo Consulta Remédios, marketplace que, através de suas soluções, facilita a vida de milhões de pessoas, com informações que vão desde bulas até informações sobre medicamentos e produtos de beleza e bem-estar, oferecendo comparação de preços e proporcionando economia em centenas de farmácias de todo o Brasil.

Sobre o Dr. Igor Padovesi – Formado e pós-graduado pela USP (Universidade de São Paulo), é Ex-Preceptor da disciplina de Ginecologia da Universidade, recebeu o prêmio de “Melhor Médico Residente” pela disciplina de Obstetrícia da USP (Prêmio “Prof. Bussâmara Neme” – 2010). É especialista em Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva pelo Hospital Sírio-Libanês, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado em Endoscopia Ginecológica (Videolaparoscopia e Histeroscopia) pela FEBRASGO / AMB. Atualmente, é médico do Hospital Albert Einstein em São Paulo e possui um canal no YouTube, (youtube.com/igorpadovesi), com mais de 500 mil inscritos. 

Colchão e qualidade do sono: qual a relação?  

Pesquisa aponta que 66% dos brasileiros dormem mal. Especialista afirma que qualidade do colchão pode ter relação com este achado

Pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology (“Epidemiologia do Sono”), em junho deste ano, aponta que cerca de 66% dos brasileiros dormem mal. Para definir qualidade do sono, o levantamento considerou a duração, regularidade e profundidade do sono, assim como o nível de satisfação pessoal. Ainda que exista uma série de questões que possam contribuir com estes achados, desde fatores físicos e psicológicos a financeiros e ambientais, há algo notório: a qualidade do colchão impacta na qualidade do sono.

 “Todos sabemos do impacto de uma noite mal dormida. As consequências são praticamente imediatas, tanto para o humor como para o foco e controle emocional; a sensação geral é de sonolência e cansaço”, afirma Rodrigo Rezende, Gerente Administrativo do Grupo Isorecort, fabricante de EPS para a indústria colchoeira.

Segundo ele, na hora de escolher o colchão que deverá contribuir para noites de sono tranquilo, nem todas as pessoas têm a cautela ou recursos necessários para fazer pesquisas e proceder à melhor compra.

“Trata-se de uma aquisição que impacta, positiva ou negativamente, a qualidade de vida, uma vez que a qualidade do sono é fundamental para a saúde. Por isso, as pessoas devem se certificar de que estão fazendo o melhor investimento, para não se arrependerem depois”, alerta. 

O papel do EPS nos colchões ortopédicos

Nem todas as pessoas têm conhecimento de que o uso do EPS (poliestireno expandido, popularmente conhecido como ‘isopor’) como matéria-prima no desenvolvimento dos colchões é uma inovação no mercado, por substituir o uso da espuma e parte da madeira estrutural, proporcionando conforto térmico e, muito importante, maior resistência às deformações. 

“O fato de um colchão contar com a tecnologia do EPS assegura que o problema da má-qualidade do sono não estará no colchão, desde que a densidade do item esteja adequada ao peso da pessoa e que o prazo de validade do item não tenha sido ultrapassado”, explica Rodrigo. “Quanto ao nível de maciez, trata-se de um gosto pessoal, em geral. Pela própria experiência, sabemos se dormimos melhor em uma peça mais firme ou mais macia”, pondera.

O EPS confere maior vida útil ao colchão. Por ser um material inerte, inodoro e atóxico, impede que fungos e bactérias se proliferem, como pode acontecer com o uso de madeiras ou aglomerados. Ele também não permite que os usuários desenvolvam alergia ao material.

Uso do EPS pela indústria colchoeira

Adotadas por diferentes indústrias, soluções em EPS como ISOComfort precisam atender às orientações da norma de EPS e recomendações do INMETRO. Além de ser uma opção sustentável, 100% reciclável e livre de CFC, o material é uma alternativa atraente para a indústria colchoeira, capaz de reduzir em até 18 kg o peso do colchão.

Segundo o especialista, as placas de EPS têm uso recomendável para colchões com no mínimo 9 kg/m³, denominado EPS 1FT. “Desta forma, é possível garantir que o EPS atenda a todos os benefícios previstos”, acrescenta.

Com peças recortadas em diferentes medidas e espessuras, de acordo com a necessidade do cliente, as placas em EPS para colchões podem ser encomendadas com a densidade que melhor atende aos projetos, substituindo até 30% o consumo da espuma. Outro detalhe é que o material garante uma economia de até 40% na matéria-prima quando comparado a outros suportes utilizados para colchões. Mais informações podem ser acessadas em https://www.isorecort.com.br/segmentos-de-atuacao/mobiliarios/isocomfort-placas-para-colchoes/.

Sobre o Grupo Isorecort – Um dos principais transformadores de EPS (isopor) do país. É líder de mercado no segmento da construção civil e no desenvolvimento de peças técnicas para aplicações industriais. Fundado há mais de 15 anos, está presente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, atendendo clientes em todo o Brasil. Com Sistema de Gestão da Qualidade certificado pela ABNT NBR ISO 9001, o Grupo integra diversas entidades que visam ao desenvolvimento sustentável do setor, como a Comissão Setorial do EPS da Associação Brasileira das Indústrias Químicas (Abiquim) e o Comitê de EPS do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), além de ser a única empresa do segmento a ser membro do GBC Brasil (Green Building Council – Brasil), organização que tem por objetivo fomentar o desenvolvimento da indústria da construção sustentável no país, atuando de forma consciente na preservação do planeta. A empresa também faz parte da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), que visa representar e estimular práticas sustentáveis no setor de colchoeiro.

Aumento de casos de suicídio no Brasil acende alerta para prevenção

*Artigo por Emanuelle Fernandes, psicóloga consultora do portal Minuto Saudável

No próximo dia 10 de setembro, acontece o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

Dados divulgados em julho deste ano pelo DataSUS apontam que o número de casos de suicídio no Brasil subiu de 7 mil para 14 mil nos últimos 20 anos, resultando em mais de um suicídio cometido a cada hora, sem contar casos não notificados. Trata-se de um resultado maior do que mortes por acidentes de moto ou por HIV no mesmo período, o que acende um alerta sobre o tema e sua prevenção.

Estamos em um momento importante para a discussão e fortalecimento de ações que informem a população e que ajudem a prevenir o ato. Além disso, percebo que ainda existe um tabu em torno do tema. Portanto, orientar a sociedade a como identificar sinais de alerta e como ajudar pessoas com risco de cometer suicídio é muito importante. 

Vale lembrar que, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza a campanha Setembro Amarelo, que tem como foco a prevenção do suicídio. Além disso, por meio do telefone 188, o CVV (Centro de Valorização da Vida) presta um importante serviço ao oferecer atendimento telefônico gratuito para apoio emocional e prevenção ao suicídio.

A importância da informação e de uma rede de apoio

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mesmo antes da pandemia de Covid-19, que gerou aumento expressivo nos casos de transtornos mentais, quase 1 bilhão de pessoas viviam com algum transtorno. Na América Latina, a piora da desigualdade, violência e ineficiência de planos de prevenção fez com que, no primeiro ano da pandemia, as taxas de depressão e ansiedade subissem 25% em um momento em que os recursos de saúde estavam direcionados ao combate da Covid-19.

Apesar de a pandemia ter intensificado desafios já existentes, com o aumento de doenças, imposições sanitárias, mudanças do estilo de vida, entre outros, houve também, no período de 2019 a 2021, um aumento no compartilhamento de informações na internet sobre cuidados com a saúde mental e suicídio. Esta troca de informações é positiva, pois como estamos nos comunicando e nos organizando enquanto indivíduos e enquanto sociedade, é o que determina o impacto que sofremos.

Intensa identificação com problemas e incapacidade de ser ver separado deles

Em alguns casos, a pessoa com ideação suicida deixa claro em seu discurso a insatisfação pessoal por meio de queixas constantes, comparações em que se vê em posição inferior e/ou como vítima. Os pensamentos suicidas têm relação direta com o desejo da não existência e podem ser desencadeados pela resistência ou dificuldade em lidar com a dor ou adversidades da vida, independente se a causa for a depressão, ansiedade ou mania. 

Nesse sentido, existem alguns sinais que merecem atenção. Pela minha experiência, pessoas com um nível de ansiedade grande tendem a se isolar do contato social, enquanto que as com depressão podem se tornar extremamente falantes na tentativa de disfarçar sentimentos. 

Porém, no momento em que a pessoa se identifica totalmente com os seus problemas e sofre com bloqueio cognitivo que a incapacita de se ver separada deles, o desejo por não existir se intensifica.

Tratamento psicológico e rede de apoio

Quando a pessoa dá sinais de alerta, a busca por um (a) profissional de saúde deve ser imediata, visando apoiar o processo de reabilitação, a busca por um tratamento que ajude a aumentar os fatores de proteção e diminuir os riscos de suicídio. Além disso, quanto mais pessoas envolvidas no processo de tratamento de pessoas com ideação suicida, melhor! 

Muitas empresas, inclusive, já demonstram preocupação com relação ao tema por meio do aumento do investimento corporativo em benefícios que oferecem consultas psicológicas para seus (as) colaboradores (as), por exemplo.

O processo de pensar sobre o suicídio ocorre de maneira cíclica, na interação entre corpo e mente, e geralmente envolve um ciclo de alimentação e sono ruim que prejudicam a qualidade da produção hormonal, provocam pensamentos negativos e sentimentos de estresse e angústia, prejudicando a qualidade de vida em um círculo vicioso. Por isso, nossos cuidados devem sempre envolver a saúde física, mental e espiritual. 

Falar e saber mais sobre saúde mental deveria fazer parte da nossa educação de base. Estudos mostram que algumas ferramentas ajudam a melhorar a saúde mental, como é o caso da meditação e a prática da atenção plena (mindfulness). 

Vale lembrar que algumas pessoas não dão sinais de ideação suicida. Contudo, ao se deparar com uma pessoa com problemas de saúde mental, a melhor forma de ajudar é oferecendo escuta atenta, presente e respeitosa e, dentro do possível, ajudar a pessoa a encontrar o melhor caminho para o tratamento.  

*Artigo pela Dra. Emmanuelle Fernandes, psicóloga consultora do portal Minuto Saudável. Psicóloga graduada pela universidade FUMEC, com formação complementar pela Universite de Jules Verne/França (2012), é pesquisadora voluntária em Projeto de neuromodulação em autistas, pela Faculdade de Medicina da UFMG (2019). Com 15 anos de atuação em Recursos Humanos, é fundadora e CEO da startup Avulta Contratação Profissional Inclusiva, autora da Avaliação Neuropsicológica Avulta (ANA), primeira ferramenta de mapeamento cognitivo acessível a pessoas com deficiência, no Brasil.

Sobre o Minuto Saudável – Presente na internet desde 2017, o portal traz informações claras e confiáveis sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e mais, para uma vida mais saudável e equilibrada. O site faz parte do Grupo Consulta Remédios, marketplace que, por meio de suas soluções, facilita a vida de milhões de pessoas com informações que vão desde bulas até produtos de beleza e bem-estar, oferecendo comparação de preços e proporcionando economia em centenas de farmácias de todo o Brasil.