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Brasil admite violação em desaparecimento de trabalhador em 2002

Mais de duas décadas depois do desaparecimento do trabalhador rural Almir Muniz da Silva, na cidade de Itabaiana (PB), o Estado Brasileiro reconheceu que houve falha na apuração do episódio. Na ocasião, tiros foram ouvidos na região em que ele estava em um trator, entre duas fazendas, a caminho de casa. 

Representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) reconheceram, em audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos, na sexta-feira (9), a “violação de direitos e garantias internacionalmente protegidos”. Além do reconhecimento, houve formalização de um pedido de desculpas aos familiares da vítima. O documento na íntegra está disponível no portal do governo brasileiro.

“A investigação sobre o desaparecimento do Sr. Almir Muniz careceu de recursos materiais e humanos, não tendo o Estado atuado com a devida diligência, o que resultou no arquivamento do inquérito policial”, apontou a declaração brasileira. O documento também apontou que o Estado reconheceu a “responsabilidade internacional por ofensa ao artigo 5.1 do Pacto de San José”, que prevê que toda pessoa tem direito ao respeito à integridade física, psíquica e moral. 

Nesse sentido, a declaração admite que houve violação da integridade psíquica e moral dos familiares do trabalhador rural “em vista do sofrimento causado diante da ausência de investigação suficiente do desaparecimento”.

Um contexto reconhecido pelo Estado é que Almir era integrante da Associação de Trabalhadores Rurais de Itabaiana (PB). Houve, na ocasião, a identificado de um suspeito pelo desaparecimento, mas o inquérito policial foi arquivado por insuficiência de provas. Em defesa escrita à Corte, em agosto do ano passado, o Estado brasileiro já havia reconhecido sua responsabilidade internacional.

O documento divulgado nesta sexta reconhece a natureza jurídica própria do episódio, o que inclui as medidas de reparação por violações dos Estados ao Direito Internacional. “O Estado brasileiro manifesta publicamente seu pedido de desculpas aos familiares do Sr. Almir Muniz da Silva”.

Trabalhador morre em explosão de caminhão no Aeroporto de Marabá

A explosão de um caminhão na pista do Aeroporto de Marabá (PA) deixou um trabalhador morto e dois feridos por volta das 20h50 deste sábado (16). Segundo a companhia espanhola Aena Brasil, que administra o aeroporto, o veículo, de uma empresa terceirizada, dava apoio a um serviço de pintura de sinalização horizontal na pista quando a tragédia ocorreu.

O incêndio foi extinto pelo Corpo de Bombeiros cerca de 1 hora e 30 minutos após a explosão. Os feridos foram encaminhados ao hospital e não há informações sobre o estado de saúde deles.

Segundo a Aena, nenhum avião foi atingido e nenhuma pessoa, além dos trabalhadores terceirizados, foi afetado pelas chamas. “Nenhuma aeronave foi atingida e o acidente não afetou passageiros ou tripulação. As polícias Civil e Científica do Pará estiveram no local, analisaram o veículo e autorizaram sua retirada da pista do aeródromo”, informou a administração do aeroporto.

Neste domingo (17), começaram as perícias para determinar a causa da explosão. Segundo a Força Aérea Brasileira, a pista do Aeroporto de Marabá ficou fechada entre as 23h30 e a 0h30, horário de Brasília.

Os três voos que ocorreriam durante a madrugada, um para Belo Horizonte, um para Brasília e um para Belém, foram cancelados. O aeroporto voltou a operar normalmente no início da tarde deste domingo.