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Após bronze inédito, Zion sonha com Jogos de Inverno de 2026 na Itália

O catarinense Zion Bethônico, de 18 anos, pode dizer que conseguiu, ainda muito jovem, algo que nenhum brasileiro havia alcançado ainda. No dia 20 de janeiro – quando ele ainda tinha 17, já que fez aniversário no último domingo (28) – ele conquistou o bronze no snowboard cross nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em Gangwon (Coreia do Sul), se tornando o primeiro atleta do país a subir ao pódio em uma Olimpíada de Inverno – seja entre jovens ou adultos – na história. De volta ao Brasil, ele visitou as instalações do Centro de Treinamento do COB, no Rio de Janeiro, nesta terça (30) e contou que foi pego de surpresa ao saber do ineditismo do feito.

“Contaram para mim na linha de chegada. Ainda estava decepcionado que não havia conseguido o ouro. Ao final da descida, o pessoal do time Brasil me recebeu com tantos gritos que fiquei impressionado. Pensei comigo: ‘realmente fiz algo de se honrar”, disse o catarinense à Agência Brasil.

Em família 😍

Zion e seu diferencial, o irmão Noah.

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— Time Brasil (@timebrasil) January 20, 2024

Já ciente da repercussão de sua conquista, o menino, que retornou ao país no último dia 25, tem passado os últimos dias descansando e contando sua história, alvo de curiosidade para um público pouco acostumado a acompanhar esportes disputados abaixo de zero grau. Zion revelou como se prepara ao longo do ano para competir.

“No Brasil, eu só faço a parte da preparação física. Eu passo mais da metade do ano fora e em competições na América do Sul, América do Norte, Estados Unidos, Canadá. E de outubro até dezembro eu passo na Europa. Eu fico indo de competição em competição e tentando ganhar o máximo de experiência em corrida. Já me acostumei. Estou há muitos anos fazendo isso e é uma rotina que eu gosto. Eu prefiro o frio ao calor, talvez (risos)”, dispara.

A preferência fica ainda mais clara quando ele revela que Snowmass Village, cidade no estado norte-americano do Colorado, é o lugar preferido dele no mundo inteiro. Zion pôde estudar e treinar no local por dois anos quando era menor.

No ambiente familiar, ele encontrou a maior inspiração: o irmão Noah, que também participou dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude no snowboard cross, mas na edição de 2020, em Lausanne, na Suíça.

“Estamos juntos desde pequenos e ele sempre esteve um passo à frente. Então estou sempre correndo atrás dele e ele dando o máximo para não deixar eu alcançá-lo. A gente se puxa para frente, com certeza”, opina Zion.

Agora atleta adulto, Zion tem desafios pela frente

Durante a visita ao CT do COB, Zion conversou brevemente com o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, que considerou o resultado na Coreia do Sul o primeiro passo para uma evolução do Brasil nos esportes de inverno.

“Ainda é preciso muita paciência e perseverança, principalmente. Mas o caminho está aberto. O comitê vem dando suporte às duas confederações, tanto a de neve quanto a de gelo. E elas têm aproveitado esses projetos específicos de apoio às modalidades de inverno”, disse o dirigente.

Na foto estão Carlos Eduardo Barros (vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve- CBDN), Camila da Cunha Pereira ao lado do filho Zion, e Paulo Wanderley Teixeira (presidente do COB) – Zion em visita ao COB em 30/01/2024 – Rafael Bello/COB/Direitos Reservados

Como ultrapassou o recorte de idade para participar de competições como atleta da juventude, Zion agora terá que encarar a categoria adulta. Ir aos Jogos Olímpicos de Inverno em 2026, nas cidades italianas de Milão e Cortina D’Ampezzo, passou a ser o seu grande objetivo. Curiosamente, enquanto realizava o passeio organizado pelo COB, o jovem encontrou outra atleta brasileira de carreira destacada nos esportes na neve.

Jaqueline Mourão, de 48 anos, fez história como a primeira brasileira a participar de Olimpíadas de verão como de inverno. Em 2022, ela se tornou a atleta do país com mais edições olímpicas no currículo: oito, sendo cinco de inverno (onde compete no esqui cross country) e três de verão (no ciclismo mountain bike). Ela estava participando de um curso no local e falou sobre a alegria pela conquista de Zion, compartilhada com outros atletas brasileiros.

Durante visita ao CT do COB, Jaqueline Mourão não poupou elogios a Zion. “”Foi um resultado incrível para todos os amantes dos esportes da neve no Brasil”, afirmou a veterana, que soma oito participações em Olímpiadas- Rafael Bello/COB/Direitos Reservados

“Foi um resultado incrível para todos os amantes dos esportes da neve no Brasil. Falei para ele: você realizou o meu sonho. O sonho de todos os apaixonados de ver o Brasil realmente participando do esporte e conseguindo a sua excelência. Ele tem que continuar a carreira dele, tem ainda várias etapas para desenvolver e que essa medalha não seja um peso na carreira dele. Que seja só um empurrãozinho ali para que ele conquiste os sonhos dele”, disse Jaqueline.

Zion ganha medalha inédita em Jogos Olímpicos de Inverno

Depois da primeira manhã de disputas em Gangwon, na Coreia do Sul, neste sábado (20), o Brasil agora tem motivos para lembrar com carinho dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de 2024.

O catarinense Zion Bethonico (foto), de 17 anos, terminou em terceiro lugar na prova do snowboard cross e conquistou a primeira medalha do país na história das Olimpíadas de Inverno – sejam adultas ou para jovens.

“Finalmente, uma medalha da qual eu posso me orgulhar. O plano é continuar com foco, seguir competindo forte e agora pegar um ouro nos Jogos Olímpicos adultos”, disse Zion, em declaração dada ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Na primeira fase da competição, o brasileiro realizou cinco descidas. Ao fim da etapa classificatória, ele tinha a quinta melhor somatória de pontos. Na fase seguinte, ele desceu ao lado de outros três competidores, terminando em segundo e avançando à final. Na decisão, ficou atrás apenas do francês Jonas Chollet (ouro) e do canadense Anthony Shelly (prata).

Dedicatória

Zion dedicou o resultado ao irmão, Noah, que esteve ao lado dele durante a competição e inclusive participou dos Jogos de Inverno da Juventude de Lausanne, em 2020, também no snowboard cross.

“Durante a competição, depois de todas as minhas descidas, ele subiu comigo na gôndola fazendo uma revisão do percurso, procurando me ajudar a melhorar a cada nova bateria. Essa medalha é para ele que é quem sempre esteve mais próximo”, afirmou Zion.

“Finalmente uma medalha que eu realmente me orgulho” – BETHONICO, Zion.

O craque falou sobre a alegria de conquistar o 🥉 para o 🇧🇷 e contou qual foi seu diferencial na disputa.

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— Time Brasil (@timebrasil) January 20, 2024

O sábado reservou outras estreias para brasileiros em Gangwon. No curling, a equipe do Brasil foi derrotada pela Coreia do Sul. Ainda restam mais seis jogos para o time.

Na patinação velocidade – pista curta – Lucas Koo chegou à semifinal, terminando na 21ª posição.

Já no biatlo – que une esqui e tiro esportivo – Mariana Silva acabou em 93º.

Cerimônia de abertura dá início aos Jogos de Inverno da Juventude 2024

Foi dada a largada aos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de 2024. Na manhã desta sexta (19), a cerimônia de abertura da quarta edição do evento, realizada na Província de Gangwon (Coreia do Sul), foi dividida entre duas arenas (Gangneung Oval e Pyeongchang Dome). A solenidade celebrou o passado, o presente e o futuro do país, que foi sede dos Jogos de Inverno adultos de 2018. Na plateia, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, acompanhou entusiasmado a cerimônia e, ao declarar iniciada a Olimpíada para jovens de 15 a 18 anos que disputam esportes de gelo e na neve, reiterou o slogan do evento.

“É o seu momento de crescer e brilhar para sempre. Deem o melhor de vocês na sua primeira competição olímpica. Façam amigos. Vivam os valores olímpicos”, disse o dirigente alemão.

 

A edição de 2024 contará com mais de 1800 atletas de 78 países, disputando 15 modalidades. A delegação brasileira conta com 17 atletas na Coreia do Sul .

Na cerimônia de abertura, os atletas Alice Padilha (esqui alpino) e André Luiz da Silva (bobsled) foram os responsáveis por carregar a bandeira do Brasil. Eles fazem parte da maior delegação que o país já enviou a uma edição dos Jogos de Inverno da Juventude: são 17 nomes espalhados por oito modalidades.

“Sou muito grato por poder estar representando o Brasil nessa cerimônia. Realmente, é um sonho estar aqui. Carregar a bandeira do Brasil foi sensacional, mas também não posso deixar de citar que os shows de k-pop foram marcantes para mim”, confessou André Luiz, em declaração concedida ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Brasil estreia esta noite

Na noite desta sexta (19) – manhã de sábado (20) na Coreia do Sul -, alguns atletas brasileiros já começam suas disputas. A competição tem transmissão ao vivo online e gratuita no site oficial do evento. Antes, no entanto, é necessário preencher um cadastro.  

Às 23h (horário de Brasília), Marina Silva participa da prova individual de 10 km do biatlo, que une corrida de esqui e tiro esportivo. No mesmo horário, Zion Bethonico estreia no snowboard cross. Também às 23h, Lucas Koo disputa a prova dos 1.500m na patinação velocidade em pista curta.

Já na madrugada de sábado, às 2h da manhã, o Brasil encara a Coreia do Sul no curling.

Brasil terá 17 atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude

A equipe de atletas que representará o Brasil na próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude cresceu. Após a convocação feita pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) na última terça-feira (21), a Federação Internacional de Esqui (FIS, na sigla em inglês) realocou as vagas continentais, o que garantiu à equipe brasileira mais duas vagas.

Desta forma a CBDN convocou os atletas Gabriel Santos e Mariana Silva, que se juntam a Ian Francisco da Silva e Júlia Reis na disputa do esqui cross country. Assim o Brasil passa a ter o total de 17 representantes na próxima edição da competição, que será disputada a partir do dia 19 de janeiro na província de Gangwon, na República da Coreia.

“No momento em que fui convocada tive uma sensação inexplicável. Saber que vou fazer parte do Time Brasil na neve me deixa muito honrada. Tenho certeza de que será uma temporada inesquecível. Espero ter bons resultados e me dedicar ao máximo”, declarou Mariana.

A 4ª edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude contará com aproximadamente 1.900 jovens atletas competindo em 81 eventos de sete esportes e 15 disciplinas. O Brasil inicia o evento com uma marca importante: o recorde tanto no número de atletas (17), quanto de modalidades das quais tomará parte (7).

Além dos quatro atletas do esqui cross country, o Brasil será representado por Pedro Ribeiro, Guilherme Melo, Julia Gentile e Rafaela Ladeira no curling, João Teixeira e Zion Bethônico no snowboard, os irmãos gêmeos Alice e Arthur Padilha no esqui alpino, Luiz Felipe Seixas e André Luiz dos Santos no bobsled, Cauê Miota e Eduardo Strapasson no skeleton e Lucas Koo na patinação velocidade.

Cuidados com a pele de pessoas com diabetes precisam se intensificar no inverno

Especialistas explicam os perigos do ressecamento cutâneo para quem tem diabetes e dão dicas para manter a hidratação

A onda de frio já chegou ao País no início de maio e pegou muita gente de surpresa. Na cidade de São Paulo, por exemplo, houve registro de 1,1°C de temperatura mínima absoluta no extremo da Zona Sul da cidade. Quando as temperaturas caem, os cuidados com a hidratação da pele precisam ser redobrados e isso é especialmente importante para quem tem diabetes. 

“Com o clima mais frio e seco e a aproximação do inverno, o organismo fica submetido a um ambiente diferente daquele observado nos meses mais quentes, e a pele fica mais sensível e sujeita a ressecamentos”, explica a Dra. Maria Frantzezo, Dermatologista consultora do Minuto Saudável. 

Sinais de alerta

“Pessoas com diabetes precisam ter atenção constante para quaisquer machucados e também ressecamentos mais proeminentes que possam levar a descamação e sangramentos. Os principais sinais de que a pele está seca é que ela fica mais opaca e descamativa. Quando vermelha e irritada, podem surgir fissuras, que são possíveis portas de entrada para fungos e bactérias, causando infecções de pele, desde as camadas superficiais até as mais profundas. Em todos os casos, os diabéticos precisam buscar tratamento assim que notarem qualquer alteração na saúde de sua pele, não só para fins de tratamento, mas para prevenção também”, alerta a médica. 

Pé diabético

Segundo Tatiane Coradassi Esmanhotto, Enfermeira do Centro de Diabetes de Curitiba (PR) e consultora do Minuto Saudável, aqueles que têm diabetes apresentam excesso de glicose no organismo e tendem a eliminar o excesso de açúcar através da urina, levando o corpo a maior perda de água. “Esta situação, associada ao clima seco, provoca uma textura áspera na pele, descamações e até mesmo rachaduras. As alterações cutâneas mais frequentes são aquelas localizadas nos pés, porque são naturalmente mais secos e as pessoas se esquecem de que é preciso hidratá-los”, explica a enfermeira, que é especialista em feridas de pé diabético.

Segundo ela, a desidratação (falta de água no corpo), glicemia alta e má irrigação do sangue podem levar a complicações, como exemplo a neuropatia diabética, responsável por causar ressecamento severo, demandando uma atenção ainda maior para os pés.

A enfermeira ressalta que óleos corporais não são recomendados, pois além de não hidratarem, dificultam a renovação da pele, fazendo com que a pele descame, facilitando a entrada de infecções.

Hábitos

“Para se precaver, o indivíduo com diabetes deve controlar sua condição com visitas regulares ao médico endocrinologista. Ele deve seguir as recomendações médicas, desde as medicamentosas até sobre os hábitos de dieta e exercícios”, aconselha a Dra. Maria Frantzezo. Com relação à pele, ela precisa sempre de atenção especial. É o maior órgão do corpo humano e tem funções importantíssimas, entre elas, a proteção de todo o corpo contra agressões externas.

Ritual de limpeza e hidratação 

No cuidado diário com a pele seca, quem tem diabetes deve seguir tratamento específico. “É preciso primeiro higienizar, utilizando água morna e sabonetes de limpeza pouco agressivos (syndets), compatíveis com o pH da pele e não alcalinos. Quanto menos espuma o sabonete fizer melhor, pois será menos nocivo para a proteção natural da pele”, comenta a Dra. Maria. 

“Em seguida, é importante dar preferência para cremes hidratantes potentes ao invés de loções hidratantes (os cremes têm uma capacidade de hidratação maior), sem cor e com menos perfume. Protetores solares específicos também podem ser prescritos. No geral, é importante que a pessoa com diabetes utilize dermatológicos ou cosméticos recomendados especialmente para ele”, reforça.

“Os cremes hidratantes são mais eficazes quando aplicados logo após o banho, quando os poros ainda estão dilatados. Desta forma, eles conseguem penetrar com muito mais eficiência, criando uma camada de proteção na pele que evita, inclusive, a perda de umidade que acontece naturalmente após o banho”, ensina a Dra. Maria.

“No inverno, deve-se evitar banhos quentes e demorados ou o uso de esponjas ou buchas que aumentam o atrito e destroem a camada superficial da pele. Além disso, o uso excessivo de sabão remove uma barreira protetora da pele composta por água e gordura. Apesar de não existir “cura” para a pele com tendência a ressecamento, os cuidados diários garantem maciez e resistência, impedindo o surgimento de problemas”, conclui a dermatologista. 

Sobre o Minuto Saudável – Presente na internet desde 2017, traz informações claras e confiáveis sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e mais, para uma vida mais saudável e equilibrada. O site é do Grupo Consulta Remédios, marketplace que através de suas soluções, facilita a vida de milhões de pessoas, com informações que vão desde bulas até informações sobre medicamentos e produtos de beleza e bem-estar, oferecendo comparação de preços e proporcionando economia em centenas de farmácias de todo o Brasil.

Sobre a Dra. Maria Frantzezo – Formada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1998), é especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Médica responsável pela Clínica MK Derma de Curitiba (PR), é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Europeia de Dermatologia.

Sobre a Enfermeira Tatiane Coradassi Esmanhotto – Graduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2009), é enfermeira coordenadora do Ambulatório de Prevenção e Tratamento de Feridas do Centro de Diabetes de Curitiba. Especialista em feridas de pé diabético, tem ampla experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Podiatria Clínica.