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Papa Francisco ora por vítimas de acidente aéreo em Vinhedo

O Papa Francisco orou, na manhã deste domingo (11), pelos familiares e pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido na tarde de sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo. A queda do avião da Voepass Linhas Aéreas matou 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo do voo 2283, que tinha como destino final o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

“Rezemos também pelas vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido no Brasil”, disse o Papa Francisco à multidão reunida na Praça São Pedro, durante a tradicional bênção de domingo (11), na cidade do Vaticano.

Em nota divulgada hoje, o Vaticano destacou, baseado em informações da empresa que operava a aeronave, que entre as vítimas havia quatro pessoas com dupla cidadania: três da Venezuela e uma cidadã de Portugal.

O Vaticano lembrou ainda que este acidente foi o mais grave no país, desde o ocorrido em 2007. Na ocasião, a aeronave da empresa TAM Linhas Aéreas, não conseguiu pousar na pista do aeroporto de Congonhas (SP), e explodiu ao bater no prédio da TAM Express. Nesse acidente, morreram 199 pessoas.

Investigações

A duas caixas-pretas do avião da Voepass, contendo gravações de voz e dados do voo 2283, passam por análise de técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) da Força Aérea Brasileira (FAB), após serem recuperadas no local da queda, o condomínio residencial Recanto Florido, em Vinhedo.

Em uma entrevista coletiva no município paulista, neste domingo, o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, confirmou que os conteúdos de voz e de dados dos dois gravadores estão integralmente preservados e foram acessados pela equipe técnica do órgão, que dará continuidade às investigações.

 

Autoridades fiscalizam apoio que empresa presta a parentes das vítimas

Representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo asseguraram, hoje (10), que estão acompanhando as iniciativas que Voepass (antiga Passaredo) vem adotando para amparar e auxiliar as famílias das 62 vítimas fatais da queda de um avião da companhia aérea, nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, no estado de São Paulo.

O turboélice ATR-72 – que fazia o voo 2283, entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP) – caiu por volta das 13h20 da última sexta-feira em um condomínio residencial em Vinhedo. A bordo estavam 58 passageiros e quatro tripulantes, incluindo quatro passageiros com dupla cidadania, sendo três venezuelanos e uma portuguesa. Não houve sobreviventes. Até por volta das 13h30 de hoje (10), os corpos de ao menos 31 das 62 vítimas tinham sido localizados.

Como os corpos estão sendo removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo – a fim de serem periciados e identificados – a Voepass e o governo de São Paulo reservaram quartos em dois hotéis para acomodar os parentes das vítimas do acidente que chegam à capital paulista para acompanhar o processo de reconhecimento e a posterior transferência dos corpos para outras localidades. Até o início da tarde, pessoas de ao menos 13 famílias já tinham sido atendidas.

“A Defesa Civil, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e a Voepass estão, desde ontem, acolhendo os familiares que estão chegando a São Paulo”, disse a tenente-coronel Cláudia Andrea Bemi, da Defesa Civil.

Segundo ela, os parentes das vítimas do acidente aéreo estão sendo atendidas no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo à unidade central do IML, onde estão recebendo orientações sobre como podem ajudar a agilizar a identificação dos corpos, como, por exemplo, fornecendo material biológico para, quando possível, ser usado em exames genéticos.

“Os parentes estão passando por entrevistas com técnicos do IML. Feita a identificação, eles voltam para os hotéis, onde estão recebendo [dos órgãos públicos e da companhia aérea] o apoio de médicos, psicólogos, advogados e auxílio-funeral”, garantiu a diretora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Material biológico

Para as famílias que moram em Cascavel, no Paraná, de onde o voo partiu, ou em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo e destino final de parte das vítimas, e que não quiserem se deslocar até a capital paulista, é possível solicitar a coleta do material biológico e a entrega de documentos nos IMLs locais.

Diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira declarou que, até o momento, a Voepass vem cumprindo tudo o que a legislação brasileira estabelece.

“A Anac está acompanhando a assistência aos familiares das vítimas. Há servidores [públicos da agência] destacados tanto no aeroporto de Guarulhos quanto nos hotéis em que a companhia está recebendo os familiares das vítimas. Por enquanto, a informação que tenho é que a assistência está ocorrendo de forma satisfatória, dentro de um contexto de muita tristeza”, disse Pereira, reforçando que tanto o avião acidentado, quanto os tripulantes, cumpriam as exigências legais para voar.

Em nota, a Voepass afirma estar direcionando seus esforços para apoiar de forma irrestrita as famílias das vítimas. “Neste momento, nossa prioridade está em assistir, acompanhar e viabilizar apoio estrutural e psicológico às famílias das vítimas do acidente. Com o objetivo de proporcionar conforto e facilitar as necessidades inerentes a este momento, uma equipe de psicólogos, médicos e a nossa equipe estão em contato e recebendo as famílias das vítimas em setor de acolhimento montado exclusivamente para este atendimento”, informou a empresa, garantindo que irá atender às necessidades de transporte, hospedagem, alimentação e emocionais das pessoas.

Famílias de vítimas do voo 2283 são acolhidas em São Paulo

Em nota divulgada às 13h deste sábado (10), o governo de São Paulo informou que cinco famílias de vítimas do acidente com aeronave ATR-72, da Voepass Linhas Aéreas, ocorrido ontem, já foram atendidas no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo à unidade central do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.

Equipes da Defesa Civil estadual e do IML estão no local e as famílias receberam orientações sobre a entrega de documentações médicas que possam auxiliar na identificação dos corpos, incluindo a coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, se assim for necessário.

A nota diz que o governo de São Paulo reservou acomodações em um hotel na região central da cidade para receber os familiares das vítimas que estão chegando ao IML (foto) para fazer o reconhecimento dos corpos.  A Secretaria de Desenvolvimento Social está monitorando os atendimentos.

Familiares das vítimas do acidente aéreo chegam ao Instituto Médico Legal de São Paulo- foto – Paulo Pinto/Agência Brasil

Treze famílias já foram recebidas e, após a acomodação nos hotéis, onde recebem acompanhamento psicológico, são orientadas a seguir para o Instituto Oscar Freire para iniciar o procedimento de reconhecimento dos corpos.

As famílias das vítimas que residem em Cascavel, no Paraná, e em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que não quiserem se deslocar até a capital paulista, podem se apresentar aos núcleos locais do IML para a realização do atendimento, entrega de documentação e coleta de material biológico, informou o governo paulista.

Mariana: vítimas pedem que governo rejeite acordo de mineradoras

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) divulgou uma carta aberta em que pede a rejeição da proposta das mineradoras Vale e BHP Billiton, apresentada na Mesa da Repactuação Rio Doce.

No documento, o movimento reivindica “um acordo coerente, que considere a centralidade das vítimas e sua reparação integral, não os interesses especulativos e imediatistas de quem há anos segue impune pelos seus crimes.” A entidade encaminhou o documento ao governo federal e solicita ainda uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o MAB, as empresas buscam um acordo estimado em aproximadamente R$100 bilhões, porém o montante, conforme a entidade, não é suficiente para garantir uma reparação integral a todas as famílias atingidas. “Pretendem repassar para o governo federal a obrigação de resolver os problemas não solucionados”, diz o documento.

A associação estima que o valor relativo ao desastre de Mariana deveria ser de pelo menos R$ 500 bilhões, quando comparado ao acordo firmado pela Vale na tragédia de Brumadinho. 

“Os valores debatidos nas negociações da repactuação são totalmente insuficientes para a reparação dos danos individuais, das compensações coletivas, da recuperação do meio ambiente, tampouco da inclusão de áreas atingidas que nunca foram reconhecidas pelas empresas. É o caso do sul da Bahia e algumas regiões do litoral do Espírito Santo”, alegam.

O atingidos argumentam que não estão participando das negociações do acordo, que, segundo o movimento, “será um mau exemplo internacional visto que todas as negociações estão ocorrendo a portas fechadas, coordenadas pelo judiciário brasileiro que nega a participação dos atingidos e mantém os documentos em sigilo”.

O movimento ainda menciona tentativas de impedirem que acessem a justiça nos países de origem das mineradoras. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras do país, moveu uma ação onde busca impedir que municípios brasileiros ingressem com ações em tribunais estrangeiros. A entidade alega ser inconstitucional que entes federativos se envolvam em litígios no exterior.

“Somos mais de 1 milhão de atingidos que depositam suas esperanças em busca do que nos foi negado. Não permita que o judiciário, os governos e as instituições de justiça fechem um acordo que decide o futuro de milhares de pessoas sem sequer consultar as vítimas do processo, atingidas e atingidos”, afirma o documento.

Procurada pela reportagem, a Vale não se manifestou, até o momento, sobre o documento do movimento.  

Corpos de vítimas de acidente aéreo serão levados ao IML de SP

Os corpos das vítimas do acidente aéreo ocorrido na tarde desta sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo, serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista. Segundo o governador Tarcísio Freitas, o órgão tem mais estrutura para fazer os testes necessários para a identificação das vítimas, como exames de arcada dentária e de DNA. 

O governador informou que o estado irá providenciar o traslado das famílias das vítimas de Cascavel (PR), de onde o avião partiu, até São Paulo para que possam acompanhar o processo de identificação. As famílias também terão acomodação e receberão assistência psicológica. 

O trabalho de retirada dos corpos continuará sendo feito durante a madrugada, segundo o governador. “Esse trabalho já começou e tem que ser feito com muito cuidado. Vamos providenciar mais refletores, o trabalho vai se estender ao longo da noite para ganharmos tempo. Queremos fazer o quanto antes a retirada dos corpos, facilitar ao máximo a identificação dos corpos. À medida em que forem sendo retirados, serão levados ao IML de São Paulo e vamos tentar dar o máximo de celeridade”. 

Os três primeiros corpos já foram retirados do local do acidente e serão encaminhados para a capital. O IML Central será fechado para o trabalho exclusivo às vítimas do acidente de Vinhedo, e as demais ocorrências da capital serão distribuídas para outras unidades.

Segundo o governador de São Paulo, o cenário encontrado no local do acidente é de tristeza. “Você imagina ver uma aeronave destruída, você fica imaginando o que as pessoas passaram naqueles momentos que antecederam a queda, porque eles perceberam o que estava acontecendo. Aqueles objetos que estão espalhados pelo terreno, então você imagina que ali estavam sonhos, é um cenário muito triste”, lamentou. 

O governador do Paraná, Ratinho Junior, disse que a polícia científica do estado está em contato com profissionais de São Paulo para ajudar na identificação das vítimas, fazendo a coleta de sangue dos familiares. 

Ratinho Junior e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estavam no Espírito Santo participando do encontro do Consórcio de Integração Sul Sudeste (Consud). Após o acidente, os dois se deslocaram até Vinhedo para acompanhar os desdobramentos do acidente aéreo. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também está no local do acidente. 

Acidente aéreo

A aeronave, um turboélice modelo ATR-72, matrícula PS-VPB, caiu enquanto fazia o voo 2283, de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP). A queda ocorreu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e deixou 61 mortos (passageiros e tripulantes).

Professoras e procurador estão entre vítimas de acidente aéreo em SP

O avião da Voepass, que ia de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP), caiu na tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, matando 61 pessoas. Entre as vítimas, estão professoras universitárias e servidores públicos.

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) divulgou que nove pessoas ligadas à instituição estavam no voo: são duas professoras e seus maridos, parentes de três docentes e uma ex-aluna.

“Neste momento de dor, a UTFPR se solidariza com os familiares e amigos das professoras Raquel e Gracinda, da egressa Hadassa e com os professores Araceli, Priscila e Fabio por suas perdas. Também demonstra seu apoio a toda a comunidade acadêmica do Campus Toledo, onde as servidoras falecidas desempenhavam suas atividades”, diz nota divulgada pela universidade. 

A UTFPR divulgou os nomes das vítimas: Raquel Ribeiro Moreira, professora da área de Letras, e seu esposo Adriano Daluca Bueno; Gracinda Marina Castelo da Silva, professora da área de Engenharia Química, e seu esposo Nélvio José Hubner; Deonir Secco, que era servidor da prefeitura de Toledo, esposo da professora Araceli Ciotti de Marins; Maria Auxiliadora Vaz de Arruda e José Cloves de Arruda, pais da professora Priscila Vaz de Arruda; Simone Mirian Rizental, tia do professor Fabio Rizental Coutinho; e Hadassa Maria da Silva, egressa do curso técnico em Mecânica do Campus Cornélio Procópio.

A universidade decretou três dias de luto em memória às vítimas. 

>> Veja lista de nomes de passageiros e tripulantes

Outra vítima é a professora de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Silvia Crisitna Osaki. Ela fazia parte do quadro de professores desde 2009. Atualmente, ministrava as disciplinas de zoonoses, epidemiologia veterinária e saúde pública. Foi membro do Conselho Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Segurança Alimentar, da Sala da Situação da Dengue e do Conselho Municipal de Turismo da prefeitura de Palotina. “Enlutada, a comunidade da UFPR presta solidariedade aos familiares e amigos da professora Silvia”, diz nota da UFPR. 

Procurador municipal

O servidor Nélvio José Hubner era procurador do município de Toledo. Casados há 35 anos, ele e Gracinda Silva, professora da UTFPR, que também estava no voo, tinham três filhos. “Neste momento em que o Brasil está de luto o governo municipal expressa a sua solidariedade por amigos e familiares de Nélvio e Gracinda e de todos aqueles que estão sofrendo com esta tragédia”, diz a nota da prefeitura de Toledo.

Lula decreta luto no país pelas vítimas de desastre aéreo em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias no país pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União. “É declarado luto oficial em todo o país, pelo período de três dias, contados a partir da publicação deste decreto, em sinal de pesar pelas vítimas do desastre aéreo, voo 2283, rota Cascavel/Guarulhos, ocorrido no dia 9 de agosto de 2024”, diz o texto do decreto.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao saber do desastre, manifestou solidariedade pelas vítimas do acidente aéreo. Ao iniciar seu discurso em um evento em Itajaí, em Santa Catarina (SC), o presidente da República pediu um minuto de silêncio.

“Eu tenho que ser portador de uma notícia muito ruim e eu queria que todos se colocassem de pé para que a gente fizesse um minuto de silêncio, porque acaba de cair um avião na cidade de Vinhedo, em São Paulo, com 57 passageiros e quatro tripulantes, e parece que todos morreram. Então, eu queria pedir um minuto de silêncio pelas vítimas”, disse.

O acidente aconteceu por volta das 13h30. Uma aeronave turbohélice, da marca francesa ATR, da empresa Voepass, caiu em Vinhedo, município vizinho de Campinas. O voo saiu de Cascavel, no Paraná, e seguia para o aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo).  A empresa informou, em nota, que o voo 2283 transportava 57 passageiros e quatro tripulantes.

A Voepass Linhas Aéreas divulgou à imprensa a lista contendo os nomes dos passageiros. A companhia informou está prestando informações às famílias pelo número 0800 941971.

Lula pede minuto de silêncio por vítimas do acidente em Vinhedo 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade pelas vítimas do acidente aéreo que aconteceu em Vinhedo (SP), no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (9). Ao iniciar seu discurso em um evento em Itajaí (SC), Lula pediu um minuto de silêncio.

“Eu tenho que ser portador de uma notícia muito ruim e eu queria que todos se colocassem de pé para que a gente fizesse um minuto de silêncio, porque acaba de cair um avião na cidade de Vinhedo, em São Paulo, com 58 passageiros e quatro tripulantes, e parece que todos morreram. Então, eu queria pedir um minuto de silêncio pelas vítimas”, disse o presidente.

Outras autoridades

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, postou em suas redes sociais mensagem lamentando a tragédia. “Transmito meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas da queda de um avião em Vinhedo. Que Deus conforte seus corações neste momento de dor”, disse Alckmin. 

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também lamentou o acidente e manifestou solidariedade às vítimas e seus familiares. Segundo ele, as ações es~toa sendo tomadas para apurar as causas. 

“O Governo Federal ao lado do Governo do Estado de São Paulo está acompanhando todas as ações para o enfrentamento dessa trágica situação. A Anac e o Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos] estão adotando as ações para o atendimento nos aeroportos e apurando as informações pertinentes ao caso. Estou nesse momento saindo de Itajaí, Santa Catarina, em deslocamento ao Estado de São Paulo para poder acompanhar todas as operações”, disse. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu apuração da causa dos acidentes. “Com muito pesar, presto minha solidariedade aos familiares e amigos dos passageiros e da tripulação da aeronave que caiu, nesta sexta-feira, em Vinhedo, no estado de São Paulo. Que as causas do acidente sejam identificadas com celeridade, e que os familiares recebam todas as informações necessárias neste momento difícil para todos”.

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, informou que equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Defesa Civil do estado já estão no local da queda do voo. A Superintendência de Polícia Técnico-Científica e a Polícia Civil também estão mobilizadas no resgate das vítimas e equipes do Instituto Médico Legal foram encaminhadas ao local para reforço. “O governo de São Paulo vai prestar todo o suporte e divulgar todas as informações necessárias. Minha solidariedade a todas as vítimas e afetados por essa tragédia”, informou o governador.

Acidente

O acidente aconteceu por volta das 13h30. Uma aeronave turbohélice, da marca francesa ATR, da empresa Voepass, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, vindo de Cascavel, no Paraná. A aeronave seguia para Guarulhos (SP). A empresa informou, em nota, que o voo 2283 transportava 58 passageiros e 4 tripulantes.

A Voepass Linhas Aéreas informou que acionou todos os meios para apoiar os envolvidos. Não há, ainda, confirmação de como ocorreu o acidente e nem da situação atual das pessoas que estavam à bordo. A companhia está prestando, pelo telefone 0800 9419712, disponível 24h, informações a todos os seus passageiros, familiares e colaboradores.

*Texto atualizado às 16h22

Decreto cria vagas de emprego para vítimas de violência doméstica

Decreto assinado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, determina que os contratos licitados pelo governo do estado devem reservar 5% da mão de obra para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A medida vale para contratos com 25 ou mais trabalhadores.

Para viabilizar esse ingresso nos novos contratos, a Secretaria de Estado da Mulher e o Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) criaram a plataforma Cadastro de Adesão Voluntária (CAV), que reúne dados de mulheres em situação de violência que buscam emprego e também a lista com as ofertas de vagas.

Ações

O decreto também estabelece que o desenvolvimento de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho passa a ser um critério de desempate nas licitações em âmbito estadual.

O decreto faz parte de um pacote de ações do governo estadual para fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher.

A cerimônia foi realizada nesta quarta-feira (7), – dia em que a Lei Maria da Penha completa 18 anos -, na Sala Cecília Meireles, na Lapa. Entre as medidas, estão a adesão à Carta Compromisso em Defesa das Meninas e Mulheres do Rio de Janeiro, o lançamento da Sala Lilás Virtual no aplicativo Rede Mulher e o Protocolo Lilás do 190. A celebração, que faz parte da campanha Agosto Lilás, também marcou a comemoração dos cinco anos da Patrulha Maria da Penha-Guardiões da Vida, da Polícia Militar.

Aplicativo

Outro anúncio foi a criação da Sala Lilás Virtual no aplicativo Rede Mulher e também do Protocolo Lilás da Central 190.

A Sala Lilás Virtual é um chat, que conta com atendentes capacitadas pela Secretaria da Mulher para um diálogo humanizado. Diretamente ligada à Central 190 da Polícia Militar, a ferramenta vai agilizar o atendimento de mulheres em situação de perigo, sem que haja necessidade de ligar para o 190.

Além disso, a Central 190 da Polícia Militar implantou o Protocolo Lilás para identificar mulheres que já foram atendidas e direcioná-las a um acompanhamento mais especializado.

Mais de 10% das ocorrências atendidas via Central 190 estão relacionadas à violência contra mulher. Só no primeiro semestre deste ano, foram mais de 47 mil no estado do Rio.

“De janeiro a maio deste ano, foram 46 feminicídios e 181 tentativas de feminicídio em todo o estado. Não podemos nos calar, nem nos conformar. Vamos, cada vez mais, intensificar as ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher para que tenhamos uma sociedade mais justa, igualitária e segura para todas”, afirmou a secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar.

Quase 70% das vítimas de feminicídio foram mortas dentro de casa em SP

Nos primeiros seis meses do ano, quase 70% das mortes de mulheres por feminicídio ocorreram dentro de casa em São Paulo. O dado faz parte de levantamento do Instituto Sou da Paz, que analisou 124 casos no período.

O número de vítimas cresceu cerca de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 114 casos.

Segundo o instituto, a maior parte dos crimes é motivado por separação.

O Sou da Paz aponta ainda que o aumento de casos foi o constatado depois do anúncio de cortes, em 2023, no orçamento das delegacias de defesa das mulheres.

“O fato é que os feminicídios estão aumentando. Ao invés de ter um corte nesse orçamento, a gente precisava ter um aumento do investimento para abrir mais delegacias, que funcionem aos fins de semana, no período noturno, quando há maior vitimização de mulheres”, destaca a pesquisadora do instituto, Natália Pollachi. 

A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou, em nota, que o combate à violência contra a mulher é uma das prioridades. E citou a ampliação dos canais para comunicação deste tipo de crime no estado, como a expansão das Salas de Delegacia de Defesa da Mulher para atendimento 24 horas por dia em plantões policiais.

De acordo com a secretaria, é feito o monitoramento dos acusados de violência doméstica por meio de tornozeleira eletrônica após a audiência de custódia. Dos monitorados, 30 foram presos por terem se aproximado da vítima.

As vítimas de violência doméstica podem denunciar pelo aplicativo SP Mulher e a Cabine Lilás, um espaço exclusivo dentro do Centro de Operações da Polícia Militar.

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