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Colômbia cortará relações diplomáticas com Israel

Presidente Gustavo Petro

2 de maio de 2024

 

Agência VOA

O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse na quarta-feira que seu governo romperia relações diplomáticas com Israel na quinta-feira em resposta à guerra Israel-Hamas em Gaza.

Falando numa marcha na capital colombiana, Bogotá, Petro descreveu a liderança de Israel como “genocida”.

“Se a Palestina morrer, a humanidade morre, e não vamos deixá-la morrer”, disse Petro.

Os seus comentários suscitaram uma resposta rápida do ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, que considerou a decisão de Petro um presente para o Hamas.

“A história lembrará que Gustavo Petro decidiu ficar do lado dos monstros mais desprezíveis conhecidos pela humanidade que queimaram bebês, assassinaram crianças, estupraram mulheres e sequestraram civis inocentes”, disse Katz no X.

Enquanto Israel se prepara para uma operação militar planejada em Rafah, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, falou por telefone na quarta-feira com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.

Um porta-voz do Pentágono disse que Austin “enfatizou a necessidade de qualquer potencial operação militar israelense em Rafah incluir um plano confiável para evacuar civis palestinos e manter o fluxo de ajuda humanitária”.

Austin também reiterou o apoio dos EUA à defesa de Israel, bem como um “compromisso com o retorno incondicional de todos os reféns e transmitiu a importância de aumentar o fluxo de assistência humanitária para Gaza para inundar a zona, garantindo ao mesmo tempo a segurança dos civis e dos trabalhadores humanitários”. ”

A discussão seguiu-se a uma visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel, em meio a esforços para resolver detalhes de uma tentativa evasiva de cessar-fogo.

Blinken reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outras autoridades israelenses, bem como com famílias de alguns dos reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que Blinken “enfatizou que é o Hamas que está impedindo um cessar-fogo”.

Até agora, os militantes recusaram-se a aceitar um plano que previa a suspensão de várias semanas em quase sete meses de guerra, ao mesmo tempo que o Hamas não conseguiu libertar os reféns que mantém em troca da libertação dos palestinianos presos por Israel.

Israel lançou uma campanha para eliminar o grupo militante Hamas após o ataque do Hamas a Israel em outubro, que matou 1.200 pessoas.

O Hamas também fez cerca de 250 reféns durante o ataque e acredita-se que ainda mantenha cerca de 100, juntamente com os restos mortais de 30 ou mais reféns que foram mortos ou morreram de outra forma nos meses seguintes.

A contra-ofensiva de Israel em Gaza matou mais de 34.500 pessoas, cerca de dois terços delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte
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Pacheco e Macron tratam de democracia, meio ambiente e relações bilaterais

Emmanuel Macron 2023

30 de março de 2024

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi recebido no Senado, nesta quinta-feira (28), pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. Eles conversaram no Salão Nobre, mas parte da reunião foi sigilosa. Este foi o último compromisso oficial de Macron no país, e ele deve retornar à Europa nas próximas horas, após três dias com agenda cheia em sua primeira visita ao Brasil.

Pacheco agradeceu a visita de Macron e elogiou os acordos e diálogos com o governo brasileiro. O presidente do Senado também convidou o presidente francês para novas visitas ao Congresso futuramente.

— O Brasil tem muitos desafios pela frente, sobretudo a condução do G20 e a realização da COP30, que será no Norte do Brasil, no estado do Pará. Naturalmente que esta relação com a França é fundamental para que sejamos bem-sucedidos — disse Pacheco a Macron.

O presidente da França, por sua vez, agradeceu a acolhida e elogiou a democracia brasileira. Ele garantiu que voltará ao Brasil em novembro para a reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia), no Rio de Janeiro; e no próximo ano, para participar da COP30 (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima), em Belém.

— A democracia brasileira é muito viva. O que vocês têm feito nos últimos anos tem sido para nós uma fonte de inspiração, vendo a capacidade de resistência que vocês têm aqui. Nós estamos perfeitamente conscientes do papel que senadores e deputados eleitos desempenham — disse Macron a Pacheco.

Um dos temas na pauta entre França e Brasil é o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O acordo entre os dois blocos teve os termos conluídos em 2019, após vinte anos de negociações, mas ainda não foi finalizado. Em mais de uma ocasião, Macron já se posicionou contra o acordo. Essa resistência vem recebendo críticas de senadores. Recentemente, o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) reclamou de pressões ambientais por parte da França. Os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) também já criticaram ações e falas de Macron.

Também participaram da reunião os senadores Davi Alcolumbre (União/AP) e Randolfe Rodrigues (S/Partido-AC), ambos do estado do Amapá, que tem fronteira com a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França. Participaram, ainda, o governador do Amapá, Clécio Luís, e deputados do estado.

Randolfe, que é líder do governo no Congresso, afirmou após a reunião que o Brasil está recuperando o respeito internacional, o que resulta em numerosos acordos com outras nações.

— Estabelecemos aqui uma agenda comum em defesa da democracia e da pauta ambiental e de ações de cooperação — disse Randolfe.

Já o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre afirmou que a visita “engrandece o Senado Federal, que completa este ano 200 anos”.

Agenda

A visita ao Congresso Nacional foi o último evento da programação oficial do presidente francês no Brasil. Macron visitou quatro cidades: Belém (PA), Itaguaí (RJ), Brasília e São Paulo. O périplo foi organizado como parte de uma agenda internacional acertada em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco principal na preparação para a COP30. A Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima acontecerá em Belém no ano que vem.

Lula e Macron lançaram um plano de economia sustentável para a Região Amazônica, que busca arrecadar mais de RS 5 bilhões de investimento público e privado nos próximos quatro anos, para aplicar em projetos na Amazônia Legal e na Guiana Francesa. Também houve a inauguração, no Complexo Naval de Itaguaí, do submarino Tonelero, construído pelo Brasil em parceria com a França. 

Antes, em Belém, Macron e Lula reuniram-se com o cacique Raoni, que foi condecorado pelo presidente francês com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França. Os presidentes do Brasil e da França também fecharam vários acordos, jurídicos e ambientais.

 

Irmã de Kim Jong-un fala em estreitar relações com o Japão

15 de fevereiro de 2024

 

A irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo Jong, expressou uma perspectiva otimista sobre as futuras relações entre a Coreia do Norte e o Japão, insinuando que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, um dia visitaria Pyongyang, de acordo com a agência estatal de notícias Central Coreana.

Kim disse que os dois países “podem abrir um novo futuro juntos”, após recentes declarações de Kishida dizendo que sentia uma “forte necessidade” de mudar a relação entre os dois países.

“Penso que não haveria razão para não apreciar o seu recente discurso como positivo, se fosse motivado pela sua real intenção de se libertar corajosamente dos grilhões do passado”, disse Kim num comunicado divulgado pela KCNA.

Ao fazer um discurso na Assembleia Geral da ONU no ano passado, Kishida expressou o desejo de se reunir com os líderes norte-coreanos para resolver questões, incluindo sequestros de japoneses. Contudo, historicamente, tais reuniões não tiveram sucesso.

O ex-primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi visitou Pyongyang em 2002 para normalizar as relações e oferecer assistência econômica à Coreia do Norte. Embora a viagem tenha aberto a porta ao regresso de cinco cidadãos japoneses, a diplomacia ruiu depois com as acusações de rapto.

 

Ministro das Relações Exteriores da Rússia diz que apoio do Ocidente prolonga conflito na Ucrânia

Sergey Lavrov

23 de janeiro de 2024

 

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, participou na segunda-feira de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, em Nova York.

Na reunião, solicitada pela Rússia, Lavrov centrou-se no apoio armamentista dos EUA e da Europa à Ucrânia, dizendo que a ajuda estava a prolongar o conflito.

Mais de 40 embaixadores juntaram-se ao enviado da Ucrânia na leitura de uma declaração pública antes da reunião. A declaração condenava as ações da Rússia e faziam acusações contra o Irã e Coreia do Norte.

“As ações da Federação Russa minam a credibilidade das resoluções do Conselho de Segurança, minam o regime global de não proliferação, exacerbam as tensões regionais e colocam-nos a todos em perigo”, leu o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, em nome do grupo.

Questionado por um repórter se a Ucrânia pode vencer o conflito, Kyslytsya disse: “A Ucrânia vencerá esta guerra. Mas não só a Ucrânia, mas todo o mundo democrático.”

O próximo mês marca dois anos desde a invasão de regiões da Ucrânia pela Rússia.

 

Adesão da Bolívia ao Mercosul é aprovada na Comissão de Relações Exteriores

4 de dezembro de 2023

 

A Bolívia poderá se tornar membro do Mercosul. Foi o que decidiu, por unanimidade, a Comissão de Relações Exteriores (CRE) nesta quinta-feira (23). A proposta (PDL 380/2023), originada da Câmara dos Deputados, segue para análise do Plenário. Para ser aceita como Estado Parte, a Bolívia precisa da aprovação dos parlamentos de todos os integrantes: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Atualmente, o país é associado ao grupo, assim como Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname. 

Durante a discussão da matéria na comissão, alguns senadores mostraram-se inicialmente contrários à aprovação do projeto. Um deles foi Sérgio Moro (União-PR), que apresentou voto em separado, contra a inclusão da Bolívia no bloco econômico do Cone Sul. Para ele, essa adesão deveria ser postergada até o restabelecimento da “democracia plena” no país, com a libertação, por exemplo, de pessoas consideradas presas políticas. “A gente sabe a importância do Mercosul. A gente quer o sucesso do Mercosul. A gente quer o sucesso da Bolívia e seria um importante parceiro, mas, no meu entendimento, este momento do ingresso tem que ser postergado até o restabelecimento da plenitude democrática como existe o protocolo de Ushuaia”, disse.

O astronauta Marcos Pontes (PL-SP), porém, argumentou que recusar a entrada da Bolívia não colaboraria para garantir a libertação dos presos, enquanto a inclusão poderia favorecer o diálogo sobre direitos humanos. Já Tereza Cristina (PP-MS) relatou que antes pretendia votar contra a adesão, mas que mudou de posição, “até para que se possa negociar com a Bolívia” a libertação dos presos.

Esperidião Amin (PP-SC), favorável à aprovação do projeto, lembrou que o país tem uma importante fronteira com o território brasileiro, de 3,4 mil quilômetros de extensão. Jaques Wagner (PT-BA), também a favor da inclusão, lembrou que o Brasil é o único integrante do Mercosul que ainda não assinou a adesão do país vizinho.

O relator, Chico Rodrigues (PSB-RR), argumentou que o ingresso da Bolívia no Mercosul favorece a integração da América Latina. “Temos que viver um momento novo, de integração, multilateral. Nós entendemos que a posição geopolítica e geoestratégica da Bolívia também é importante para o Brasil e obviamente para a América Latin”, explicou.

Os senadores por fim aprovaram o PDL, após sugestão do vice-presidente do colegiado, Cid Gomes (PDT-CE), para que seja criada uma comissão externa da CRE para ir à Bolívia averiguar a situação dos presos.