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Brasil chega a 17 ouros em histórica campanha no Mundial Paralímpico

Após 11 anos, o Brasil volta a registrar uma campanha histórica em Mundiais de atletismo paralímpico. Nesta quarta-feira (22), foram mais três pódios dourados, totalizando 17, um a mais que na edição de 2013, em Lyon (França).  Garantiram os títulos mundiais hoje a paraense Fernanda Yara, bicampeã nos 400 metros T47 (amputados de braço), o maranhense Bartolomeu Chaves, nos 400m T37 e a amapaense Wanna Brito, no arremesso de peso F32 – ambos em classes para paralisados cerebrais. O país também faturou duas pratas: uma com a piauiense Antônia Keila (1.500m T20) e outra com Ariosvaldo Fernandes, o Parré ( 100m T53).

O quadro de medalhas mais dourado que o Brasil já teve em Mundiais de atletismo! 🤩🏆

Temos ainda mais 3 dias pela frente e muuuitas chances de deixar ele ainda mais cheio. 🥇🥈🥉 Esse foi o nosso 6º dia de #Kobe2024 e continuamos na torcida pelos nossos atletas! 🇧🇷… pic.twitter.com/TVRMaVRDuX

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 22, 2024

Campeã mundial ano passado no Mundial de Paris, Fernanda Yara voltou a brilhar hoje, ao cruzar em primeiro lugar a linha de chegada em 57s35. A prata ficou com a húngara Petra Luteran – ultrapassada pela por Yara nos 250 metros finais – e a venezuelana Lisbeli Andrade levou o bronze.  A potiguar Maria Clara Araújo também competiu, completando a prova na quinta posição.

“A vitória é de todo mundo que está envolvido comigo, seja treinadores, patrocinadores e família. Os 400m não é uma prova fácil. A gente treinou bastante. O tempo não era o esperado, mas o treino continua. Agora quero ser campeã paralímpica”, projetou Fernanda, em declaração ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Por mais mães bicampeãs mundiais como a @fernanda_atleta! 💚💛

Com 57s35, a Fernanda conquistou mais um 🥇 nos 400m T47, um orgulho pro Brasil e para toda a família que acompanha de perto os desafios da vida de atleta. 🫶#Kobe2024 #MundialDeAtletismo #BrasilParalimpico pic.twitter.com/UN2NoV1yRe

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 22, 2024

Com um sorriso largo, Bartolomeu Chaves comemorou muito seu primeiro título mundial nos 400m T37, obtido como tempo de 50s74. Ao fim da prova ele quase foi alcançado pelo russo (atleta neutro) Andrei Vdovin (50s84), medalha de prata. O tunisiano Amen Tissaoui (51s32) foi bronze.

“Sensação muito boa. Senti muito cansaço, mas como é medalha de ouro, todo esforço é bem-vindo. É uma prova muito difícil, tem que sair [da largada] muito forte e, nos 200 metros finais, aumentar o ritmo ainda mais. Mas deu tudo certo”, festejou o corredor maranhense, que fora bronze na última edição, em Paris.

O terceiro ouro do dia coube à Wanna Brito, atual recordista mundial no arremesso de peso T32 (7,85m). Nesta terça (22)  ela venceu a prova com a marca de 7.74m. Foi o segundo ouro dela em Kobe: Wanna já garantira o topo do pódio no lançamento de club F32.  Outra brasileira que disputou o arremesso de peso foi a paulista Giovanna Boscolo (5,44m), que ficou em quinto lugar.

“Dever cumprido. Mas quero muito mais. Quero muito esse pódio nos Jogos de Paris, por isso, vou trabalhar muito para que isso aconteça. A primeira medalha eu ganhei para minha mãe, agora essa vai para o meu pai. O trabalho psicológico que fiz me ajudou muito, tem sido essencial tanto quanto a musculação ou a técnica. Tenho trabalhado muito isso”, revelou Wanna, de 27 anos.

Wanna Brito é medalha de ouro pela 2ª vez em #Kobe2024! 🏆🥇

A brasileira brilhou com 7m74 no arremesso de peso F32. 💪 Pode levantar a bandeira, sorrir e chorar, porque é realmente muito orgulho pro nosso país! 🥹🇧🇷#MundialDeAtletismo #AtletismoNoSportv #BrasilParalimpico pic.twitter.com/9kS77kmvqj

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 22, 2024

O dia também foi de prata para o Brasil. A piauiense Antônia Keyla chegou em segundo lugar nos 1.500m T20 (deficiência intelectual), com tempo de  4min31s81. A vencedora foi a polonesa  Barbara Bieganowska-Zajac (4min27s36) e o bronze ficou com a húngara húngara Ilona Biacsi (4min42s51)

O último pódio prateado foi do paraibano Parré, nos 100m T53 (atletas qwue competem em cadeira de rodas).  Ele concluiu a prova em  15s05, atrás apenas do saudita Adbulrahman Alqurashi (14s87). O tunísio Mohamed Khelifi (15s23.) ficou com o bronze.  

É PRATA PRO BRASIL! 🥈🇧🇷

O Ariosvaldo Fernandes, nosso querido Parré, conquistou a 2ª colocação nos 100m T53 com o tempo de 15s05, o melhor da temporada. 😍🏆

Arrasou, Parré! 💛💚#Kobe2024 #MundialDeAtletismo #BrasilParalimpico #AtletismoNoSportv pic.twitter.com/2kRvi7i3Ak

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 22, 2024

Brasileiras garantem cinco pódios, 2 de ouro, no Mundial Paralímpico

As brasileiras dominaram o pódio nesta terça-feira (21), quinto dia do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Kobe (Japão). Teve dobradinha do país na prova dos 100 metros da classe T11 (deficiência visual), com tricampeonato da acreana Jerusa Geber e bronze da paranaense Lorena Spoladore. O segundo ouro do dia, com direito a recorde mundial, foi da baiana Raissa Machado, no lançamento de dardo F56 (atletas que competem sentados). Outro pódio duplo do Brasil foi nos 400m T12 (deficiência visual), com prata da capixaba Lorraine Aguiar e bronze da rondoniense Ketyla Teodoro.

2 dobradinhas brasileiras e 5 pódios femininos marcaram nossa terça-feira no Mundial de atletismo #Kobe2024! 🥇🥇🥈🥉🥉

Em 5 dias, igualamos o número de medalhas de ouro conquistadas no Mundial de 2023, em Paris. 😱 Valeu, Brasil! 🇧🇷 A torcida tá dando certo. 😉… pic.twitter.com/8YGRRtwea5

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 21, 2024

Nascida em Rio Branco (AC), Jerusa Jeber venceu nos 100m após arrancar nos últimos cinco metros, quando ultrapassou a líder da prova, a chinesa Cuiqing Liu. A brasileira cruzou a linha de chegada em 11s93, deixando a chinesa com a prata (12s00) e a compatriota Lorena com o bronze (12s26).

“Os 100 metros é a prova mais emocionante que tem na competição. É a mais rápida do mundo. A minha largada não é das melhores, mas durante a corrida a gente conseguiu recuperar. Minha mãe e meu esposo estão na arquibancada. Isso me motivou ainda mais. É a minha 10ª medalha em Mundiais e meu tricampeonato. Mais uma medalha para a nossa coleção. Não tenho palavras para explicar a emoção. Obrigada pela torcida de todos”, comemorou Jerusa, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A Jerusa Geber não só conquistou mais um ouro hoje em #Kobe2024, mas sua 10ª medalha em Mundiais! 😱🥇

Campeã é campeã, não tem jeito. 😍🏆 Estaremos juntos em busca de cada vez mais pódios para o Brasil! 🇧🇷#MundialDeAtletismo #BrasilParalimpico pic.twitter.com/psjhehXZqO

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 21, 2024

A terça (21) também foi dourada para a Raissa Machado, vice-campeã nos Jogos de Tóquio, que faturou seu primeiro título mundial no lançamento de dardo F56 ao alcançar a marca de 24m22, estabelecendo novo recorde na competição. O anterior pertencia à iraquiana Hashemiyeh Moavi, atual campeã paralímpica. Em Kobe, Moavi ((22,74m) foi prata e o bronze ficou com a chinesa Lin Sitong (22,68m).

“Estava sempre batendo na trave. Precisava muito dessa medalha. Eu fiz uma marca boa. Há tempos, buscava superar os 24m novamente, porque, infelizmente, passei por um período que não foi tão fácil. Todo atleta passa por isso, por uma estagnação, mas agora espero só evoluir. A medalha de ouro me dá uma tranquilidade. Era um dos critérios para ir aos Jogos de Paris e espero melhorar meu desempenho lá”, projetou a lançadora de 28 anos, nascida na pequena Ibipeba (BA).

CAMPEÃ MUNDIAL DO BABADO! 🥇

Raissa Machado conquistou sua 1ª medalha de ouro em Mundiais, no lançamento de dardo F56, e ainda foi recorde da competição com 24m22.

Se no vídeo não ficou claro que ela é do babado, provamos que ela é DO BRASIL! 🇧🇷#MundialDeAtletismo #Kobe2024 pic.twitter.com/0br02w6Ed8

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 21, 2024

Na segunda dobradinha brasileira em Kobe, a capixaba Lorraine Aguiar conquistou a prata, sua primeira medalha em Mundiais, ao completar os 400m T12 em 58s26.  O bronze ficou com a rondoniense Ketyla Teodoro (1min00s21). A vencedora da prova foi a iraniana Hajar Safarzadeh Ghahderijani (57s56).

O Mundial termina no próximo sábado (25). Ao todo, a competição reúne 1.069 atletas de 102 países. A delegação brasileira conta com 46 atletas e 10 atletas-guia.

É DOBRADINHA. É DO BRASIL! 🥈🥉🇧🇷

Lorraine Aguiar e Ketyla Teodoro conquistam a 2ª e a 3ª colocação, respectivamente, nos 400m T12, nesta terça-feira de Mundial de #Kobe2024.

Seguimos na torcida no @sport 3.🫂#MundialAtletismo #BrasilParalimpico #AtletismoNoSportv pic.twitter.com/H5q0QNeJyX

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 21, 2024

Brasil assegura mais quatro ouros no Mundial de Atletismo Paralímpico

A exatos 100 dias da abertura da Paralimpíada de Paris, o atletismo paralímpico brasileiro assegurou mais quatro medalhas de ouro no Mundial, que ocorre até sábado (25) da modalidade em Kobe (Japão). Nesta segunda-feira (20), a recordista mundial Beth Gomes fez valer seu favoritismo: conquistou o tricampeonato mundial no lançamento de disco F53 (atletas que competem sentados). Quem também festejou o tri foi o mineiro Claudiney Batista no lançamento de disco F56 (atletas sentados).  Os outros dois ouros foram da maranhense Rayane Santos nos 200 metros T13 (deficiência visual) e da paulista Júlio Agripino, nos 5.000 da classe T11 (deficiência visual).

Nosso 4º dia de Mundial de atletismo #Kobe2024 acabou assim, com 12 medalhas de ouro pra Brasil, duas a menos do que conquistamos na edição de Paris 2023! 😱🥇

Estamos fazendo uma campanha incrível e contamos com a torcida de todos vocês. 😉🫶🇧🇷#MundialAtletismopic.twitter.com/0j6yib9ix4

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 20, 2024

Beth alcançou hoje a marca de 17,22m no lançamento de disco, na qual detém o recorde mundial obtido ano passado, durante os Jogos Pan-Americanos de Santiago – na ocasião ela cravou 17,80m.

“Esse título significa muito, minha resiliência e minha vontade de viver. Toda vez que acordo, eu sei que a esclerose múltipla não me venceu. Então, é uma realização esse tricampeonato. Estou muito feliz e gostaria de agradecer a todos que me apoiam”, comemorou a paulista, que mais cedo já conquistara a prata na prova agrupada arremesso de peso classes F53/F54.

O segundo tri do dia, com direito a recorde mundial foi do mineiro Claudiney Batista, no lançamento de disco da classe F56. Ele venceu a prova ao alcançar a distância de 45,14m.

A 1⃣0⃣0⃣ dias de Paris 2024, Brasil começa segunda-feira, 20, no Japão com tri de Claudiney Batista em Kobe. 🇧🇷🥇🥇🥇

Confira: https://t.co/uF4q7WBWdY#LoteriasCaixa

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 20, 2024

Quem também festejou muito foi a maranhense Rayane dos Santos , de 27 anos, que conquistou pela primeira vez um título mundial. Ela cruzou a linha de chegada dos 200m T13 em 24s89, seu melhor índice na temporada.

“Treinei para isso. Estava fazendo tempos muito fortes nos treinos, estava melhorando cada vez mais. Então, a nossa expectativa era muito alta. Eu estava muito confiante e consegui. Tem adrenalina, ansiedade e pensamentos negativos, mas eu consegui ter controle e vencer a prova”, disse a maranhense, que já fora bronze ano passado, na edição de Paris, nos 400m.

12º OURO DO BRASIL EM #Kobe2024 É DA RAYANE! 🥇🏆

Com o melhor tempo da vida, 24s89, Rayane Soares se torna a mais nova campeã nos 200m T13. 🤩A-R-R-A-S-O-U! 👏#MundialAtletismo #BrasilParalimpico #AtletismoNoSportv pic.twitter.com/HEF2Znl5vn

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 20, 2024

O quarto ouro do dia foi do paulista Júlio Agripino nos 1.500m, com o tempo de 4min02s23. Foi a segunda medalha de Agripino no Japão: na última sexta (17) ele já conquistara prata nos 5.000m T11.

Verônica Hipólito garante 1º pódio em Kobe

De volta às competições internacionais, após cinco anos afastada por conta de problemas de saúde, a medalhista paralímpica (Rio 2016) garantiu o bronze na prova dos 100m T36 (paralisados cerebrais) ao completar a prova em 13s35.   A chinesa Yiting Shi (13s35) foi ouro e estabeleceu o novo recorde mundial da prova.

“Tem ouro que é ouro. Mas tem bronze que também é ouro. Tenho certeza de que esse terceiro lugar é muito importante para mim. Eu cheguei a questionar muitas coisas, o porquê eu ainda continuaria correndo. Tenho uma família e um treinador maravilhosos. Para mim, é um ouro”, celebrou a atleta paulista de  28 anos.

MAIS UM BRONZE PRO BRASIL! 🥉🇧🇷

Verônica Hipólito conquistou a 3ª colocação nos 100m T36 com 14s35. 🔥 E o sorriso não engana, é muita alegria mesmo. 😍✌️#Kobe2024 #MundialAtletismo #AtletismoNoSportv #BrasilParalimpico pic.twitter.com/bBIKZs7z6C

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 20, 2024

Brasil tem domingo dourado no Mundial de atletismo paralímpico

Graças ao paulista André Rocha e a potiguar Thalita Simplício o Brasil teve um domingo (19) dourado no Mundial de atletismo paralímpico que está sendo disputado em Kobe (Japão). Com estas conquistas e o bronze do fluminense Felipe Gomes a equipe brasileira chegou ao total de 14 pódios (oito ouros, quatro pratas e dois bronzes).

Com estas conquistas o Brasil ocupa a segunda posição do quadro geral de medalhas da competição, atrás apenas da China (dez ouros, oito pratas e oito bronzes).

Thalita Simplício garantiu o tricampeonato mundial da prova dos 400 metros da classe T11 (deficiência visual) com o tempo de 57s45, superando inclusive a atual recordista mundial da prova a chinesa Cuiqing Liu.

Thalita Simplício confirma tricampeonato nos 400m em Kobe em dia de ouro de André Rocha após sete anos. 🥇

Saiba mais em nosso site: https://t.co/CHxQbbeDJr#MundialDeAtletismo #Kobe2024 #BrasilParalimpico pic.twitter.com/y0xFX9rXnc

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 19, 2024

Já o lançador paulista André Rocha brilhou na prova do lançamento de disco pela classe F52 com a marca de 20,72 metros para se tornar bicampeão mundial.

“Sensação única. São tantas coisas que passamos. Fui campeão em Londres 2017, mas fiquei fora do esporte por um tempo depois daquele feito. Voltei no ano passado, com o bronze em Paris 2023. E agora, com um ano muito bom para mim, conquistar o bicampeonato. Estou vivendo um momento muito bom. É a minha volta por cima”, afirmou.

A terceira medalha do Brasil foi um bronze, conquistado pelo velocista Felipe Gomes na prova dos 400 metros da classe T11. Ele finalizou a prova na terceira colocação com o tempo de 52s65, a sua melhor marca do ano.

Mundial de Atletismo paralímpico: Brasil lidera quadro de medalhas

O Brasil voltou a ter uma ótima jornada no Mundial de atletismo paralímpico que está sendo disputado em Kobe (Japão) para permanecer na liderança do quadro geral de medalhas. Com as conquistas alcançadas neste sábado (18) a equipe brasileira chegou ao total de 11 pódios (seis ouros, quatro pratas e um bronze).

Um dos destaques do dia foi o paraibano Cícero Nobre, que conquistou o bicampeonato mundial na prova do lançamento de dardo F57 (para atletas que competem sentados). O título mundial garantiu ao brasileiro a vaga na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão disputados em Paris (França), já que a medalha de ouro em Mundiais é um dos critérios de classificação elaborados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Porém, todos os atletas precisam aguardar a confirmação por meio da convocação oficial, que será realizada até a primeira quinzena de julho.

“Procuro fazer na competição o que planejamos dentro dos treinos. Vim para essa prova com o objetivo de romper os 50 metros. Então, foi uma excelente prova e com o mais importante: a medalha de ouro e a vaga para Paris 2024. Vamos em busca agora dos 51 metros, do recorde mundial para continuar com a nossa evolução”, declarou.

É 🥇 no lançamento de dardo F57!

O paraibano Cícero Nobre, conquistou o ouro com a marca de 50,18m no Mundial de atletismo #Kobe2024.#MundialDeAtletismo #BrasilParalímpico pic.twitter.com/afJsNIowFD

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 18, 2024

Quem também garantiu uma medalha dourada foi o velocista fluminense Ricardo Mendonça, que venceu a prova dos 100 metros da classe T37 (paralisados cerebrais). “Consegui acertar a saída, desenvolvi uma boa prova e conseguimos essa marca boa, com outro título. O Mundial do ano passado é muito especial porque foi o primeiro. Esse agora tem um outro peso, de estar no Japão novamente [após os Jogos de Tóquio] e conseguir repetir o feito. Mas a emoção vai ser sempre a mesma. Estou muito feliz. Tudo pode acontecer em Paris 2024 e quero mais”, afirmou Ricardo.

SEGUE O LÍDER! 🥇

Ricardo Mendonça é campeão mundial nos 100m T37 com a marca de 11s30. De Paris ao Japão, a história se repete! 🇧🇷#Kobe2024 #MundialAtletismo #BrasilParalimpico pic.twitter.com/0VUL5kOxMY

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 18, 2024

Por fim, a maranhense Rayane Soares garantiu a prata na prova dos 100 metros T13 (deficiência visual).

É PRATA, BRASIIIIL! 🥈

Rayane Soares conquistou a prata nos 100m T13 no Mundial de atletismo #Kobe2024. 🇯🇵#MundialAtletismo #BrasilParalimpico pic.twitter.com/B54ouzWDdS

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 18, 2024

O Mundial do Japão é disputado no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, por causa da pandemia de coronavírus.

Brasil tem estreia arrebatadora no Mundial de Atletismo Paralímpico

O atletismo brasileiro estreou com força total no Mundial Paralímpico em Kobe (Japão), a três meses da abertura da Paralimpíada de Paris. Só nesta sexta-feira (17), primeiro dia de competições, foram quatro medalhas de ouro, três pratas e um bronze. Os vencedores foram o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques – com quebra de recorde mundial nos 5.000 metros -, o paraibano Petrúcio Ferreira (tetracampeão nos 100m), a amapaense Wanna Brito (lançamento de club) e a paulista Zileide Cassiano (salto à distância). O Mundial reúne ao todo 1.069 atletas de 102 países até 25 de maio. A delegação brasileira está em Kobe com 46 atletas e 10 atletas-guia.

O primeiro dia de Mundial de Atletismo Kobe 2024 🇯🇵 terminou assim!

Esse é o quadro de medalhas desta sexta-feira, 17 de maio, COM O BRASIL NA LIDERANÇA!!! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷

Mais tarde tem mais! 💛💚 Confira todos os resultados: https://t.co/2BIpGLCP40#Kobe2024 #MundialAtletismo pic.twitter.com/wNWgd4hX8j

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 17, 2024

O primeiro pódio do dia teve dobradinha brasileira. Yeltsin não só foi campeão na prova dos 5.000m T11 (deficiência visual), como estabeleceu um novo recorde mundial ao concluir o percurso em 14min53s97, superando em dois segundos a marca que pertencia ao japonês Kenya Karasawa (14min55s39). Em segundo lugar, com a prata, ficou o paulista Júlio Agripino (14min57s70).

“Estou muito feliz, foi uma prova muito forte, com vários atletas fazendo suas melhores marcas da vida. Mas a gente conseguiu se sair bem. Tivemos muito controle na prova, largando mais atrás para depois impor um ritmo mais forte nos últimos 1.500 metros”, comemorou Yeltsin, que competiu ao lado dos os guias Antônio Henrique Lima e Guilherme Santos.

First gold 🤝first world record

Brazilian 🇧🇷 Yeltsin Jacques wins the men’s 5000m T11 with a world record time (14:53.97) and grabs the first 🥇 medal at #Kobe2024!

🥈Julio Agripino 🇧🇷 14:57.70
🥉Kenya Karasawa 🇯🇵 15:03.25@BraParalimpico @Paralympics @kobe2022wpac pic.twitter.com/wNGRprEwSr

— #ParaAthletics (@ParaAthletics) May 17, 2024

A outra dobradinha do dia foi no salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual). Zileide Cassiano, que fora prata na última edição,  foi ouro hoje ao cravar 5,80 m no salto. A acreana Débora Lima, estreante em Mundiais, assegurou a prata com a marca de 5,54m e, de quebra, carimbou o passaporte paralímpico, pois já assegurara vaga para o Brasil na última edição do Mundial ano passado, em Paris.

“Não foi fácil não, estávamos um pouco nervosas. Mas uma apoiou a outra e conseguimos essa medalha e mais uma dobradinha para o Brasil”, comemorou Zileide, que teve diagnosticada a deficiência intelectual aos seis anos de idade.

MAIS UMA DOBRADINHA DO BRASILLLLL! 🇧🇷

Zileide Cassiano 🥇 e Debora Lima 🥈 são as novas medalhistas mundiais no salto em distância T20.

Só orgulho para o nosso país! 🫶#Kobe2024 #MundialAtletismo #BrasilParalímpico pic.twitter.com/o9N9ysX66m

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 17, 2024

Quem também sobrou na estreia hoje foi Petrúcio Ferreira, tetracampeão nos 100m classe T47 (amputados de braço) ao concluir a prova em (10s82). O paraibano já vencera nas edições  de Londres 2017, Dubai 2019 e Paris 2023.

“O trabalho que a gente constrói antes de chegar nessas grandes competições e conseguir entregar esse 100% me deixa muito feliz. São 11 anos de carreira, acaba ficando um pouco mais ansioso. A classe T47 é uma das classes que mais cresceu no paradesporto e a prova mostrou isso. Ser atleta mais rápido do mundo é ser inspiração e exemplo para outras pessoas e outros atletas”, disse Petrúcio emocionado, logo após vencer a prova dos 100m.

Mesmo com 11 anos de carreira, tantos títulos e tantas medalhas, a emoção de acompanhar o Petrucio é sempre a mesma! ❤️🥹

Hoje foi mais um dia de frio na barriga assistindo a prova dos 100m T47. E que venha muuuuuuito mais!#Kobe2024 #MundialAtletismo #BrasilParalimplico pic.twitter.com/ZUwYrrTCIw

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 17, 2024

E teve ainda o ouro inédito do Brasil nas provas de campo, também com dobradinha de bronze. Wanna Brito conquistou o primeiro título mundial da carreira no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais), com direito à quebra do recorde da competição, ao  atingir a marca de 26.66m.  Em terceiro lugar, ficou a paulista Giovanna Boscolo (24,35m), que debutou hoje em Mundiais. A tunisiana Maroua Ibrahmi (26,60m), completou o pódio com a prata.  

“Deu certo, conseguimos repetir o que a gente estava treinando. No meio da prova, comecei a sentir muito frio e precisei ficar batendo na perna para esquentar. Mas depois consegui me recuperar e fazer o lançamento do ouro. Sou muito grata a tudo. Trabalhei muito para que isso acontecesse. Estou muito emocionada”, disse Wanna, que ano passado foi prata na edição de Paris.

MAIS UMA DOBRADINHA 🇧🇷 PARA FECHAR O 1° DIA DE MUNDIAL DE ATLETISMO KOBE 2024!

Wanna Brito 🥇e Giovanna Boscolo 🥉 fizeram uma prova incrível e emocionante, do começo ao fim, no lançamento de club F32. Parabéns, meninas! 💛💚#Kobe2024 #MundialAtletismo #BrasilParalimpico pic.twitter.com/vF0LQRMZA9

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 17, 2024

 A terceira prata brasileira no Mundial foi do caçula da delegação, o paulista Vinícius Quintino, de 17 anos, nos 100m T72 petra (de velocidade disputada por atletas com paralisia cerebral). Vinícius concluiu a prova em 17s54, atrás apenas do italiano Carlo Calgani (15s39), que estabeleceu o novo recorde mundial. O lituano Deividas Podobajevas (17s82) ficou com o bronze.

Taekwondo paralímpico brasileiro brilha em preparação para Paris

A seleção brasileira de taekwondo paralímpico teve um final de semana repleto de medalhas em duas competições continentais realizadas na cidade do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira (3) o Brasil garantiu 20 pódios no Campeonato Pan-americano da modalidade. Dois dias depois as conquistas vieram no Open, com nove medalhas de ouro, sete de prata e cinco de bronze.

No Pan-americano o Brasil fez uma grande campanha, com sete ouros, três pratas e dez bronzes, com a seleção garantindo o título por equipes. As conquistas douradas foram alcançadas por Gustavo Ruppel (até 58 kg), Valter Sedano (até 70 kg), Pedro Paulo Neves (acima de 80 kg), Maria Eduarda Stumpf (até 52 kg), Ana Carolina Moura (até 65 kg), Débora Menezes (acima de 65 kg) e Silvana Cardoso Fernandes (até 57 kg).

Já no domingo (5) a equipe brasileira participou do Open, competição na qual os ouros do Brasil foram garantidos por Leonardo Jhonatan (até 58 kg), Eduardo Porto (até 63 kg), Bruno Rodrigues (até 70 kg), Pedro Paulo Neves (acima de 80 kg), Terezinha de Jesus (até 47 kg), Cristhiane Neves (até 52 kg), Silvana Cardoso (até 57 kg), Ana Carolina Moura (até 65 kg) e Débora Menezes (acima de 65 kg).

A seleção brasileira de taekwondo paralímpico conta com seis atletas classificados para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que será disputada a partir de 28 de agosto em Paris (França). Cinco das vagas foram conquistadas a partir do ranking mundial. Já a sexta foi obtida pelo mineiro Claro Lopes no Qualificatório da modalidade disputado na República Dominicana.

Brasil encerra GP de Antalya de judô paralímpico na 3ª posição

O Brasil encerrou o Grand Prix de Antalya (Turquia) na terceira colocação geral após conquistar nesta terça-feira (2) mais cinco medalhas. Foram dois ouros – com Érika Zoaga (+70 kg J1, para atletas cegos) e Wilians Araújo (+90 kg J1) – uma de prata – com Alana Maldonado (até 70 kg J2, para atletas com baixa visão) – e dois bronzes – com Brenda Freitas (até 70 kg, J1) e Rebeca Silva (+70 kg, J2).

Um dos destaques do dia, a sul-mato-grossense Érika Zoaga, de 35 anos, afirmou que a conquista na Turquia aumenta a sua confiança de alcançar a classificação para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos: “Desafio e superação, é o que posso dizer desse resultado. Estou muito feliz e emocionada por saber que o sonho de chegar em Paris está cada vez mais perto. Sigo cada vez mais focada, porque ainda tenho um caminho a percorrer antes disso”.

O paraibano Wilians Araújo, de 32 anos, também recebeu a medalha como um estímulo extra para alcançar a vaga em Paris 2024: “Mais um degrau alcançado. O sonho de Paris está muito vivo, a cada dia tendo mais confiança. Só tenho de agradecer a todos que não medem esforços para que estejamos aqui em alto nível”.

Com as cinco medalhas desta terça, a equipe brasileira fechou a competição com o total de oito pódios, após as pratas de Rosi Andrade (até 48 kg J1) e de Elielton Oliveira (até 60 kg J1) e o bronze de Thiego Marques (até 60 kg J2).

A China foi a campeã do Grand Prix de Antalya (com quatro medalhas douradas, duas de prata e duas de bronze) e foi seguida pelo Uzbequistão (que somou três ouros e um bronze).

Judô paralímpico: Brasil abre GP na Turquia com 2 pratas e 1 bronze

O Brasil assegurou duas medalhas de prata e um bronze  nesta segunda-feira (1), primeiro dia do Grand Prix de judô paralímpico de Antalya (Turquia), penúltimo torneio qualificatório aos Jogos de Paris. Rosi Andrade faturou uma das pratas nos 48 quilos e Elielton Oliveira ficou com a outra nos 60 kg – ambos disputam na classe J1 (cegos totais). Já Thiego Marques levou bronze nos 60 kg na classe J2 (baixa visão).  Nesta terça (2), outros oito brasileiros estreiam no GP de Antalya, que tem transmissão ao vivo online (on streaming) no site da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, da sigla em inglês).

Atual número um do mundo, Rosi Andrade foi superada na final pela turca Ecem Tasin (4ª no ranking dos 48 kg/J1). Foi a primeira competição da judoca potiguar na temporada. Antes de se classificar à final nesta segunda (, Rosi somou duas vitórias. Na estreia bateu a indonésia Larassati Novia (9ª) e depois superou a alemã Anna Tabea Muler (7ª).

“Mais um degrau, mais uma etapa. Não é o objetivo final, até porque estamos rumo a Paris, e é lá que vou buscar o ouro”, projetou Rosi, de 26 anos, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Nascido em Manaus, Elielton Oliveira faturou a segunda prata no ano – a primeira foi em fevereiro, no GP de Heidelberg (Alemanha). Número 3 no ranking, o paraense perdeu a final para o indiano Kapil Parmar, melhor do mundo nos 60 kg. Antes da disputa do ouro, Elielton enfileirou três triunfos seguidos: bateu o cazaque Murat Madinov (24º no ranking), o indonésio Junaedi (8º) e o argelino Abdelkader Bouamer (14º).

O terceiro pódio do dia foi do paraense Thiego Marques. Após triunfar na estreia contra o Azerbaijão Vugar Shirinli (11º no ranking dos 60 kg/J2), Thiego perdeu a luta seguinte para o ucraniano Davyd Khorav, número 3 do mundo, e caiu para repescagem. Aí o brasileiro levou a melhor sobre  Alikhan Dzhumagulov (Quiguistão) e também sobre o georgiano Zurab Zurabiani, garantindo o bornze.

“Esta é só a primeira de muitas”, projetou o judoca, oitavo colocado na lista classificatória a Paris – apenas  os sete primeiros irão a Paris 2024.

A delegação brasileira conta com 13 judocas (sete mulheres e seis homens) no GP de Antalya. A modalidade é umas das que mais somam pódios para o país na história da Paralimpíada. Das 25 conquistadas foram cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.

Tênis de mesa: Brasil fatura 2 ouros e 1 bronze em Aberto Paralímpico

Esta sexta-feira (29) foi de pódios brasileiros – dois deles com medalhas de ouro – no último dia do Aberto Paralímpico de Tênis de Mesa Fa20, em Wladyslawowo (Polônia). Atual número cinco do mundo, a carioca Sophia Kelmer, que já conquistara prata na disputa individual na quinta (28), faturou o ouro hoje nas duplas da classe WD 14, ao lado da polonesa Katarzyna Marszal. As duas derrotaram na final a parceria da japonesa Yuri Tomono com a romena Gabriela Constantin, por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/8 e 11/9.

Brasil conquista dois ouros e um bronze e termina o Aberto Paralímpico Fa20 da Polônia com quatro medalhas no total

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— CBTM (@CBTM_TM) March 29, 2024

“Fico muito honrada de vestir a camisa da seleção brasileira e de jogar mais um campeonato internacional, dessa vez com o título. Levar esse título para o Brasil é muito gratificante. Joguei ao lado de uma polonesa da Classe 6, e a experiência de jogar na casa dela também foi muito bacana. Acho que eu consigo ver o quanto eu estou crescendo, o quanto eu estou melhorando em todos os aspectos e eu só tenho a agradecer a todo mundo que estava torcendo por mim”, disse Kelmer, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Outra dupla campeã foi a do brasileiro Israel Stroh com o espanhol Jordi Morales, que venceu de virada a final da classe MD14 contra a parceria do belga Ben Ashok Despineux com o norueguês Krizander Magnussen. As duplas já haviam se enfrentado na fase de grupos, quando Despineux e Magnussen levaram a melhor. Já na disputa do ouro, foi a parceria Brasil-Espanha que saiu vitoriosa com a medalha dourada. O triunfo foi obtido com parciais de 10/12, 8/11, 11/7, 11/7 e 11/8.
Também nesta sexta (29), teve bronze de Guilherme Costa e Iranildo Espíndola na disputa de duplas da classe MD4. Os dois foram superados na semifinal pela dupla do espanhol Daniel Rodríguez com o japonês Masanori Uno, por 3 sets a 0 (11/5, 11/6 e 11/5).

O Aberto Paralímpico conta pontos no ranking classificatório para os Jogos de Paris. A previsão da CBTM é anunciar a lista de classificados (disputas individuais) na próxima semana. Já a relação de classificados nas duplas sairá no final de abril.

Ao todo seis atletas já carimbaram a vaga paralímpica em Paris ao conquistarem o ouro no Parapan-Americano de Santiago (Chile), no ano passado. São eles: Thiago Gomes, Danielle Rauen, Marliane Santos, Cláudio Massad, Paulo Salmin e Luiz Manara.