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“É meu lar. Preciso voltar”, diz garçom que viu a casa ser inundada

Quando acordou às 5h da manhã da sexta-feira, dia 3 de maio, o garçom Marcos dos Santos, de 43 anos, ficou assustado. A chuva não parava e já começava a invadir a casa dele, no bairro Centro Novo, em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. Chamou a esposa, que é técnica de enfermagem, e o filho para saírem o mais rápido possível. Marcos conseguiu abrigo em uma igreja no Sertão Santana, cidade a 80 quilômetros (km) da capital gaúcha.

O antes e o depois que a chuva passou na residência de Marcos dos Santos. Foto:  Marcos dos santos/Divulgação

“Aqui estou em segurança. Mas quero voltar. É meu lar. Preciso voltar. Construímos aquele lugar”, disse o garçom que trabalha em um bar em Porto Alegre. A cidade de Eldorado do Sul, foi uma das mais castigadas do Rio Grande do Sul e ficou com pelo menos 90% da área submersa. Vias de acesso estão bloqueadas pela água ou por deslizamentos e quedas de árvores. “Cheguei a voltar à minha casa durante a semana. Tudo ficou destruído e inundado. Estamos muito angustiados”, afirmou.

Na correria para se salvar, Marcos saiu apenas com a roupa do corpo. Nem carteira nem qualquer documento conseguiu pegar. “Percorri minhas ruas. Estão parecendo cenários de guerra. No caminho pelas ruas da minha cidade, eu fui chorando. Não sei o que estou sentindo”, disse.

“Parecia um rio”

Colega de trabalho no bar em que trabalha em Porto Alegre, o gerente Lázaro Kieling mora na mesma cidade e na mesma rua que Marcos. Ele recorda que aquela sexta-feira foi um pesadelo para ele e a família. “Em poucas horas, a rua estava tomada pela água. Parecia um rio. Tudo inundou”, relatou.  Também saíram correndo. Ele e a esposa conseguiram um abrigo na cidade de Guaíba, a 40 km de distância.

A casa dele, segundo testemunha, está com água a um metro de altura. “Tudo ficou revirado. Perdi tudo”. Além da perda, a família tem medo. Ele voltou para a casa, e viu um cenário de pesadelo. “Está tudo escuro e há sons de tiroteio à noite. Meus vizinhos dizem que quem resistiu a sair de casa [porque tem dois andares] está sendo assaltado e ameaçado”, afirmou.

Na quinta-feira (9), o secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, manifestou preocupação com a violência no estado. Segundo ele, agentes da Brigada Militar e da Polícia Civil têm usado embarcações para fazer o policiamento ostensivo em um cenário de ruas alagadas e edificações parcialmente submersas.

Expedição reforça necessidade de proteger bancos de corais equatoriais

As cadeias de Fernando de Noronha e do Norte (Ceará) são duas montanhas submersas vizinhas que, juntas, se estendem por 1,3 mil quilômetros, bem próximas da Linha do Equador. No topo de cada morro, em profundidades com 40 metros ou mais, encontram-se bancos de corais que funcionam como oásis para a vida marinha no Oceano Atlântico equatorial.

Desde 2016, expedições vêm sendo realizadas para mapear a área e têm feito descobertas tanto animadoras quanto desalentadoras. A expedição mais recente, feita em abril deste ano por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), capturou imagens inéditas de cinco bancos localizados na cadeia do Norte, que fica perto da costa dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

Entre as descobertas feitas pelos cientistas, destaca-se uma imensa colônia de corais-de-fogo Millepora alcicornis, localizada em profundidade que varia de 43 a 50 metros, no banco Leste. Este foi não apenas o primeiro registro da espécie em local tão fundo como é possivelmente a maior população da espécie no Brasil.

Nesses bancos também foram registradas populações dos corais Mussismilia hartii, espécie considerada em risco de extinção, e Meandria brasiliensis, que, segundo o pesquisador da UFPE Mauro Maida, coordenador da expedição, é cada vez mais rara no litoral brasileiro.

Por outro lado, os cientistas constataram que esses mesmos corais estão branqueando. É a primeira vez que o fenômeno, causado pelo aumento da temperatura dos oceanos e que compromete a saúde desses animais (podendo levá-los à morte), é registrado no Atlântico Sul em profundidades tão elevadas (de 40 a 60 metros).

Também foram constatados restos de apetrechos de pesca e a redução da população de peixes grandes, como tubarões e garoupas, devido à atividade pesqueira. “Esses bancos são muito pescados, por décadas. É assustador, nos bancos perto do Ceará, como se vê muito pouco predador de topo. Fizemos horas e horas de gravações em vídeo e não se vê uma garoupa”, lamenta Maida.

Há ainda o risco de exploração petrolífera nesses bancos. Blocos do setor SPOT-AP2, na Bacia Potiguar, por exemplo, que se sobrepõem parcialmente a alguns dos bancos da cadeia Norte, estão incluídos na Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) marinha com mais de 12 milhões de hectares foi proposta e o processo já está nas mãos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). As expedições realizadas pela UFPE servem como justificativa para a conservação da área.

“Abrimos o processo para a criação da APA no ano passado. Fizemos uma nota técnica com as expedições anteriores e complementamos os estudos técnicos com essa nova expedição, para dar mais subsídios à criação da unidade”, explica Leonardo Messias, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), vinculado ao ICMBio.

Segundo Messias, a criação da APA entrou no grupo de prioridades em meio a mais de 200 propostas de criação de unidades de conservação que tramitam no ICMBio há alguns anos. A proposta da APA dos bancos de corais do Norte e Fernando de Noronha deverá contar com áreas onde a pesca será mais restritiva: dois bancos no Norte e dois em Fernando de Noronha.

“Os montes oceânicos são reconhecidos internacionalmente como ecossistemas biologicamente e ecologicamente significantes. São oásis no meio do oceano. Mas eles são frágeis”, ressalta Mauro Maida. “A ideia é ter áreas que produzam os peixes [que se deslocarão para outras áreas onde poderão ser pescados]. Quanto mais proteção a gente tiver aqui, mais sustentável vai se tornar a pescaria.”

Leonardo Messias explica que, depois de passar pelo ICMBio, o processo ainda precisa ser avaliado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Casa Civil, até que a unidade de conservação seja criada pela Presidência da República.

Branqueamento de corais é registrado a 60 metros de profundidade

Cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) registraram, em abril deste ano, o branqueamento de corais localizados a profundidades que variam de 40 a 60 metros, no litoral brasileiro. É a primeira vez que o fenômeno, provocado pelo aumento da temperatura do oceano e que pode levar à morte desses animais, é registrado em tais profundidades no Atlântico Sul.

Com apoio da organização não governamental WWF-Brasil, uma expedição científica realizada, em abril em cinco bancos (topos) da cadeia montanhosa submersa Norte, localizada perto da costa dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, registrou branqueamento em populações da espécie Agaricia fragilis que vivem a 60 metros de profundidade.

Os cientistas constataram, aliás, que o branqueamento atingiu as seis espécies registradas nesses bancos, entre elas o coral-de-fogo Millepora alcicornis, que nunca havia sido encontrada habitando essa profundidade, a mais de 40 metros, ou seja, a chamada zona mesofótica.

“Acreditávamos que essa espécie só ocorria no raso. E encontramos um recife impressionante de coral-de-fogo no banco Leste, entre 50 e 43 metros de profundidade. Possivelmente é o maior banco desse coral no Brasil inteiro”, diz o pesquisador da UFPE Mauro Maida. “A gente nunca tinha visto isso antes e, quando viu, estava branqueando.”

A zona mesofótica é uma área um pouco mais profunda do oceano, onde a luz solar ainda chega, mas de forma menos intensa e onde a temperatura do oceano é mais fria que na superfície.

As outras quatro espécies registradas nos bancos do Norte, Montastrea cavernosa, Siderastrea stellata, Meandrina brasiliensis e a ameaçada Mussismilia harttii, também apresentaram pontos de branqueamento.

Os corais são invertebrados marinhos capazes de se alimentar sozinhos, mas grande parte de sua dieta é obtida através de uma simbiose, ou seja, uma relação mutuamente benéfica, com as algas zooxantelas. A partir da realização da fotossíntese, as algas fornecem nutrientes para seus hospedeiros animais.

As zooxantelas também são responsáveis pelas cores dos corais. Quando a temperatura do mar sobe, no entanto, elas abandonam os animais e os deixam esbranquiçados. Sem os nutrientes oferecidos pelas algas, os corais podem até continuar vivos e se alimentando de micro-organismos por meses, mas sua saúde fica prejudicada, o que os torna mais suscetíveis a doenças e à morte.

Uma nova onda de branqueamento global está atingindo, este ano, vários recifes de corais em todo o mundo e, no litoral nordeste brasileiro, o fenômeno vem sendo observado desde o início de março.

Mauro Maida realiza expedições aos bancos do Norte e da cadeia vizinha de Fernando Noronha desde 2016 e diz que nunca tinha observado o branqueamento de corais na zona mesofótica na região.“Os recifes mesofóticos eram tidos como menos suscetíveis ao aquecimento global, mas estamos vendo que o negócio chegou lá no fundo. Esse El Niño [fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico que influencia o clima em outros oceanos e continentes] foi tão extremo que aumentou inclusive a temperatura do fundo”, explica o pesquisador.

Segundo Maida, o branqueamento de corais é um indicador preocupante da situação climática global. “Isso é um termômetro. A coisa está tão feia que está chegando ao fundo do mar.”

Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), Leonardo Messias ressalta que o fenômeno do branqueamento dos corais não está dissociado de catástrofes naturais que afetam a população. “A transformação do clima é uma coisa muito séria. A gente está vivendo isso muito drasticamente lá no Rio Grande do Sul.”

Climatologista aponta risco de mais desastres ambientais no mundo

Chuvas intensas como as que ocorrem no Rio Grande do Sul são eventos extremos com tendência de ser mais frequentes em todo o mundo. Segundo o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia, Carlos Nobre, é preciso haver conscientização sobre as mudanças climáticas.

“Todo mundo precisa abrir o olho. No mundo inteiro, esses fenômenos extremos estão acontecendo. Em 2021 tivemos recorde de chuvas em uma parte da Europa, e morreram mais de 100 pessoas. Em 2022, houve recorde de chuva no Grande Recife e, em duas horas, em Petrópolis. No ano passado, em fevereiro, tivemos o maior volume de chuva da história do Brasil com 600 milímetros (mm) em 24 horas no litoral norte de São Paulo, na cidade de São Sebastião”, disse o climatologista em entrevista à Agência Brasil.

Carlos Nobre destacou ainda as temperaturas extremas que estão ocorrendo, com o registro de 2023 e parte de 2024 como os anos mais quentes da história em um longo período.

“O Instituto Climático Copernicus mostrou que foram os anos mais quentes em 125 mil anos. Para ver a temperatura a que o planeta Terra chegou no ano passado e neste ano, tem que ir ao último período interglacial, 125 mil anos atrás. Esses fenômenos extremos, quando os oceanos estão muito quentes, marcaram recordes no ano passado e neste ano. Com isso, evapora muita água, e a água é o alimento de chuvas muito intensas em um lugar ou de seca em outro”, explicou.

Seca

De acordo com Nobre, os fenômenos da seca são o outro lado da moeda das mudanças climáticas enfrentadas pelo Rio Grande do Sul.

“As secas de 20, 21 e 22 foram causadas pelo mais longo fenômeno La Niña, que foi muito forte porque as águas do Oceano Pacífico ficaram muito quentes perto da Indonésia e induziram secas mais pronunciadas em boa parte do Sul do Brasil. Com El Niño, ocorre o contrário, com a indução de chuvas muito fortes como as de setembro no ano passado em boa parte do Rio Grande do Sul”, ressaltou.

Segundo o climatologista, o revezamento dos dois tipos de fenômeno vai continuar existindo. “Isso está acontecendo no mundo inteiro. Tivemos no ano passado a seca histórica mais forte no Amazonas e no Cerrado. Os anos de 2023 e 2024 estão batendo todos os recordes de ondas de calor em inúmeras partes do Brasil, o Sudeste, o Centro-Oeste, o Nordeste e partes da Amazônia. Secas, chuvas intensas e ondas de calor estão batendo recordes em todo o mundo.”

Nobre disse que a população tem que se conscientizar de que aquilo que estava previsto para as próximas décadas está ocorrendo agora e que é preciso se adaptar às mudanças climáticas.

“A população tem que entender que esses eventos extremos são quase uma pandemia climática. Dando o exemplo da covid, quando a Organização Mundial da Saúde [OMS] anunciou que era uma pandemia global, praticamente todos os países decretaram o uso de máscara, o chamado lockdown. E todo mundo ficou em casa”, enfatizou.

O climatologista lembrou que a OMS decretou emergência, e todo mundo respondeu. “Agora estamos entrando em uma emergência climática. As populações têm que responder ao que foi na covid. Não tem mais volta. Não vamos mais baixar a temperatura. Com muito esforço global, poderemos, quem sabe, baixar a temperatura no século 22. A conta já está dada”, apontou.

Negacionismo

Para o pesquisador, o combate ao negacionismo, que existe em relação às mudanças climáticas, tem que ser por meio da educação. Ele exemplificou com o Japão, que além de fazer construções mais resilientes, transmite informações desde cedo às crianças sobre como se proteger de terremotos, que são frequentes naquele país.

“O número de mortos em terremotos diminuiu muito por causa do sistema educacional”, disse Carlos Nobre, destacando que “houve melhora na infraestrutura, embora o sistema educacional seja essencial”. Nos Estados Unidos, as crianças também recebem informações sobre como enfrentar tornados, que são também destruidores.

No Rio Grande do Sul, os alertas sobre a ocorrência de chuvas foram feitos dias antes e, por isso, é preciso educar a população para melhor enfrentar situações extremas, acrescentou Nobre.

Apesar de recomendar a saída para locais mais protegidos quando chuvas mais intensas chegarem, o pesquisador destacou que algumas pessoas temem deixar suas casas com receio de saques e invasões. Para esta situação, Nobre sugeriu que órgãos públicos incluam em seu planejamento um esquema de segurança.

“Tem que ter uma ação das polícias para evitar que ladrões e criminosos se aproveitem desses desastres.” De acordo com Nobre, isso já é feito em Campos do Jordão, em São Paulo, onde as chuvas costumam provocar deslizamentos de terra.

Conforme o climatologista, o desmatamento é uma das causas de tais desastres e, no caso do Rio Grande do Sul, contribui para prejudicar o processo de escoamento das águas. Nobre alertou para reflexos também nas encostas, onde há construções irregulares.

“Temos mais de 3 milhões de brasileiros vivendo em áreas de altíssimo risco de deslizamento de encostas. De fato não tem como manter as populações em áreas de risco para a vida. Grande parte é pobre, então tem que haver investimento público”, concluiu.

Previsão de mais chuva

De acordo com Carlos Nobre, embora em menor volume, ainda há previsão de chuvas no estado neste final de semana com a entrada de uma nova frente fria. A repetição das ocorrências mantém os rios e as áreas alagadas ainda com níveis elevados de água.

“As previsões meteorológicas não indicam uma chuva na quantidade que caiu na semana passada, mas, ainda assim, o desastre continua e pode levar uma semana para o nível das regiões inundadas baixar”, contou.

Outro fator que causa influência é a posição do vento que se dirige do oceano para a parte terrestre ou se movimenta da Argentina saindo de sudoeste para noroeste. Nesses casos, segundo Nobre, o escoamento da água da Lagoa dos Patos fica prejudicado por diminuir o fluxo e acaba mantendo o nível elevado e as enchentes em Porto Alegre e regiões próximas. “As estimativas são na faixa de 100 a 150 mm. Isso é bem menos do que caiu na semana passada de 700 a 800 mm”, completou.

Nova onda de desabrigados começa a chegar aos abrigos de Porto Alegre

Porto Alegre conta com cerca de 13 mil desabrigados, distribuídos em 130 abrigos, segundo dados da prefeitura. Só no centro de triagem montado no Clube Geraldo Santana, na zona leste, já passaram 15 mil pessoas, sendo que uma boa parte se realocou na casa de amigos ou parentes, o que os coloca na situação de desalojados.

Porém, nos últimos dias, um outro perfil de desabrigado tem chegado ao local. São pessoas que relutaram em sair de suas casas, com medo de saques, mas que ficaram sem comida ou condições básicas de moradia, pediram resgate e agora buscam auxílio.

Ao acessarem o centro de triagem, todos recebem atendimento psicológico e um kit básico, com roupas, artigos de higiene e comida. Após, são encaminhados a algum abrigo mais próximo, que tenha capacidade de atendimento.

Um desses, que atualmente possui cerca de 200 desabrigados, funciona no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus. Lá, encontram-se 60 crianças e 22 idosos. Além disso, o espaço também acolhe os bichinhos de estimação, juntamente com seus donos:19 cães, três gatos, um porquinho da Índia e uma porca. 

Segundo os funcionários da prefeitura, como está prevista mais chuvas ao longo dos próximos dias, juntamente com a chegada de uma nova frente fria, é possível que o fluxo de desabrigados continue. Entre os donativos que os abrigos vem recebendo, como roupas e alimentos, eles pedem agora dois artigos essenciais: roupas de frio e cobertores.

Brasileiro: Flamengo e Corinthians medem forças no Maracanã

O Flamengo recebe o Corinthians, a partir das 16h (horário de Brasília) deste sábado (11) no estádio do Maracanã, com o objetivo de tentar retomar o caminho das vitórias para tentar apaziguar as críticas que está sofrendo de sua torcida. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

O Rubro-Negro da Gávea chega a este jogo em um momento complicado da temporada, após somar a terceira partida pelo Brasileiro sem vitória (dois empates e uma derrota) e chegar ao segundo revés seguido pela Copa Libertadores. Os resultados negativos levaram a protestos da torcida da equipe da Gávea.

Último treino antes da partida contra o Corinthians, pelo @Brasileirao! #VamosFlamengo #CRF

📸: Gilvan de Souza /CRF pic.twitter.com/Q3YVLD9sOL

— Flamengo (@Flamengo) May 10, 2024

Ocupando a 7ª posição do Brasileiro com oito pontos, o Flamengo deve colocar o que tem de melhor dentro de campo para tentar somar os três pontos. A maior expectativa fica em torno da escalação, ou não, de Arrascaeta na equipe titular. O meia uruguaio está em fase final de recuperação de uma lesão na coxa direita e tem grandes chances de jogar. Porém, se ele não entrar em campo, o jovem Lorran pode receber uma oportunidade.

Com isso, a equipe comandada pelo técnico Tite pode entrar em campo com a seguinte formação: Rossi; Varela, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Allan, De La Cruz e Arrascaeta (Lorran); Everton Cebolinha, Gerson e Pedro.

O Corinthians também não caminha bem no Brasileiro, ocupando a 14ª posição com apenas cinco pontos. Por outro lado, o Timão começa a dar sinais de melhora na Copa Sul-Americana, após derrotar o Nacional (Paraguai) por 2 a 0 na última semana.

Último treino antes de partir rumo ao Rio de Janeiro! ⚽

📸 Rodrigo Coca#VaiCorinthians pic.twitter.com/v1hOTQgEVc

— Corinthians (@Corinthians) May 10, 2024

Para esta partida o técnico português António Oliveira deve realizar algumas mudanças. A primeira será a saída do volante Raniele, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Além disso, o comandante do Timão não poderá contar com os lesionados Diego Palácios e Pedro Henrique. Quem deve retornar é o meio-campista argentino Rodrigo Garro.

Desta forma, o Corinthians deve entrar em campo com: Carlos Miguel; Fagner, Félix Torres, Cacá e Hugo; Paulinho, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Wesley, Romero e Yuri Alberto.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Flamengo e Corinthians com a narração de Rodrigo Campos, comentários de Bruno Mendes e reportagem de Rodrigo Ricardo. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

TV Brasil tem sábado com jogos do Brasileiro Feminino e da Série B

Neste sábado (11) a TV Brasil transmitirá três partidas de futebol ao vivo. O primeiro confronto, válido pela Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino, colocará frente a frente Palmeiras e Santos a partir das 15h (horário de Brasília) no estádio Jayme Cintra, em Jundiaí.

Tá chegando a hora! ⏳

Na manhã de hoje, finalizamos os preparativos para o duelo deste sábado. AVANTI, PALESTRINAS! ✅🐷#AvantiPalestrinas pic.twitter.com/31GHZaDNYd

— Palmeiras Feminino (@Palmeiras_FEM) May 10, 2024

Ocupando a vice-liderança da competição com 19 pontos, as Palestrinas buscam uma vitória para se aproximarem do líder Corinthians (que tem 25 pontos). Já as Sereias da Vila têm a missão de somar pontos para se afastarem da zona do rebaixamento, pois estão na 12ª posição com sete pontos.

Série B

Logo depois, a partir das 17h, a emissora pública abre espaço para a Série B do Brasileiro, com o confronto entre Sport e Brusque. O Leão chega em bom momento na partida disputada na Arena Pernambuco, com 100% de aproveitamento nas três rodadas iniciais da competição. Já o Quadricolor tenta retomar o caminho das vitórias, após duas derrotas consecutivas.

😁 pic.twitter.com/xjkg0QyT1A

— Sport Club do Recife (@sportrecife) May 10, 2024

Brasileiro Feminino

O sábado de futebol na TV Brasil termina com Cruzeiro e Botafogo, a partir das 21h. Para sair com os três pontos do Estádio Municipal Castor Cifuentes, a equipe mineira confia demais no faro de gol da atacante Byanca Brasil, uma das artilheiras da competição. Já as Gloriosas tentam retomar o caminho das vitórias para deixarem a zona do rebaixamento.

BYANCA BRASIL É SELEÇÃO! 🇧🇷🦊

Nossa camisa 10 foi convocada pelo técnico Arthur Elias para a disputa dos amistosos de junho!

Mais que merecido, craque! Estamos na torcida 💙 pic.twitter.com/BrowOyPRGe

— Cruzeiro Feminino 🦊 (@CruzeiroFem) May 10, 2024

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 47 milhões

As seis dezenas do concurso 2.723 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horários de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 47 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Lula promete visitar cidades gaúchas atingidas por chuvas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (10) que, na próxima semana, anunciará novas medidas de socorro à população do Rio Grande do Sul, além do pacote de R$ 50,9 bilhões já apresentados. Durante a inauguração do Núcleo Pedagógico do campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e do Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, no extremo sul baiano, Lula elogiou a solidariedade do povo brasileiro com os gaúchos nesse momento de crise.

“Eu nunca vi tanta solidariedade e tanta compaixão, como estou vendo agora do povo brasileiro, ajudando de corpo e alma cada mulher, cada homem, cada criança, cada pessoa que está desesperada com um volume de chuva que, até então, a gente desconhecia”, disse.

O presidente falou sobre a intenção de visitar as cidades gaúchas devastadas pelas enchentes para trabalhar pela reconstrução.

“Quando a água baixar, eu quero visitar todas as cidades que foram afundadas na água para olhar na cara dos meus irmãos e dizer ‘eu vou cuidar de vocês, o governo vai cuidar de vocês, e vocês vão levantar a cabeça’. E tudo isso é por causa de uma coisa, é de um sangue que corre nessas veias aqui, filho da dona Lindu”, destacou.

“Quando eu falo de enchente, não é porque vi na televisão. Eu falo de enchente porque já enfrentei várias na minha vida. Eu sei o que é a gente ficar com uma mão na frente e outra atrás, esperando um favor do poder público, e nós não recebíamos nada”, compartilhou o presidente, ao comentar sobre a tragédia.

Prefeito ausente

No evento de inauguração em Teixeira de Freitas, Lula criticou o prefeito da cidade, Marcelo Gusmão Pontes Belitardo (União Brasil), por não ter comparecido. A cerimônia contou com as presenças do governador da Bahia, Jerônimo Teixeira (PT), e dos ministros Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde) e Rui Costa (Casa Civil), que governou o estado entre 2015 e 2022.

“Ver um caboclo [governador da Bahia] inaugurar um hospital de R$ 200 milhões em uma cidade em que o prefeito é contra nós. (…) Eu não o conheço [prefeito], mas é uma falta de respeito do prefeito não estar aqui, agora, na inauguração, agradecendo ao governador Jerônimo por ter feito o hospital aqui. Agradecendo ao Lula pela universidade aqui, pelas escolas técnicas”, criticou Lula.

“Eu jamais iria perguntar de que partido ele é, eu jamais iria perguntar se ele é torcedor do Bahia ou do Vitória. Eu jamais iria perguntar se é católico ou evangélico. Ele tinha que ter vergonha e estar sentado aqui, agradecendo”, acrescentou.

Inaugurações

Com investimentos de quase R$ 200 milhões do governo do estado, a unidade hospitalar vai disponibilizar atendimentos de média e alta complexidade em diagnóstico e tratamento, em regime ambulatorial e de internação hospitalar, inclusive em leitos de terapia intensiva. Entre as especialidades oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estão cardiologia, oncologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia, pediatria, saúde mental e serviço de hemodinâmica. Serão 180 leitos e 30 de unidade de tratamento intensivo (UTI). A previsão de capacidade é de mais de mil internações mensais e 800 mil habitantes beneficiados em 21 municípios da região.

Já o novo prédio da UFSB recebeu investimentos federais de R$ 28,8 milhões e deve beneficiar cerca de 1,6 mil alunos. A nova unidade de ensino conta, segundo o governo, com 16 laboratórios, 30 salas de aula, 40 salas para docentes, seis salas para colegiados, duas para secretarias acadêmicas e um auditório para 158 pessoas. O campus sediará 12 cursos de graduação em áreas como medicina, engenharia civil, gestão ambiental, mídias digitais, humanidades, artes, ciências, ciências da natureza, ciências sociais, linguagens, biomedicina e psicologia.

Pela manhã, antes de ir à Bahia, o presidente Lula participou da cerimônia de entrega de 914 apartamentos de um conjunto residencial do programa Minha Casa Minha Vida, em Maceió.

Governo federal cede ao Rio prédio da estação Barão de Mauá

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck e o prefeito do Rio, Eduardo Paes assinaram, nesta sexta-feira (10), a cessão da antiga Estação Ferroviária Barão de Mauá, na Leopoldina, desativada desde 2001. O município, a partir de agora, vai dar início à restauração do prédio histórico.

No terreno, de cerca de 125 mil metros quadrados serão erguidas 700 unidades habitacionais, equipamentos públicos de Saúde e Educação, um centro de convenções e a Fábrica do Samba, com 14 galpões para abrigar as escolas da Série Ouro, que ainda não possuem um galpão próprio para confeccionar os carros alegóricos e toda a estrutura do carnaval carioca para os dias de desfile.

 “O presidente Lula tem um carinho especial pelo Rio e está feliz por poder oferecer esse espaço público para a população como parte do Imóvel da Gente”, revelou a ministra Esther Dweck, durante a cerimônia.

Estação ferroviária Barão de Mauá, na Leopoldina, onde está armazenado o acervo histórico da malha do Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Para o prefeito Eduardo Paes, a cessão do prédio histórico e da área localizada na Avenida Francisco Bicalho é um momento marcante para os cariocas. “Há muito tempo que a prefeitura pleiteava isso. Meu agradecimento ao governo federal por ceder esse espaço para a prefeitura para a gente fazer aquilo que é o correto, dar uso público. A licitação das duas obras foi publicada hoje, tanto a da revitalização da gare da Leopoldina quanto a da construção da Fábrica do Samba”.

O edifício da Estação Barão de Mauá foi inaugurado em 6 de novembro de 1926. O prédio é tombado pelo estado e pela União. O projeto de restauração do edifício tem um custo estimado de R$ 80,9 milhões. A gare e as plataformas da estação não passarão por mudanças durante a restauração.

Escolas de Samba

A Fábrica do Samba Série Ouro, que abrigará as escolas do grupo de acesso, da antiga série A, será erguida numa área de cerca de 28 mil metros quadrados. O projeto prevê, além dos galpões, praça de eventos, prédio de administração e um parque linear. Os galpões foram projetados para comportar a confecção de alegorias e terão ainda vestiários, sanitários e refeitórios para os trabalhadores do carnaval. A construção está orçada em cerca de R$ 194 milhões.

Habitações

A revitalização da Estação Leopoldina prevê ainda que sejam erguidos na área, 700 unidades habitacionais, divididas em 35 blocos de apartamentos. No terreno também deverão ser erguidos uma Clínica da Família, um Ginásio Educacional Tecnológico, ciclovia, quadra esportiva e áreas verdes. Também está prevista a construção de um Centro de Convenções.

A ministra Esther Dweck disse que o governo federal abraçou a necessidade de revitalizar toda a área do Porto e parte do bairro de São Cristóvão. “Agora tem uma vontade política gigantesca e alinhada entre governo federal e município em fazer isso aqui andar. Ninguém acreditava que iam tirar a Perimetral, e aconteceu. Acho que, em breve, a gente vai ver esse prédio aqui restaurado, bonito, e vai poder reutilizar esse equipamento social tão importante para a cidade. Os recursos para a obra do prédio são da prefeitura, a União entrou com o imóvel. Mas quando começar a parte de habitação, provavelmente vai ter recurso federal, através do PAC”, disse a ministra.

Eduardo Paes explicou que o uso do terreno será definido em conjunto com o governo federal. “É uma exigência do governo federal que a gente tenha habitação aqui, o que é muito bom para a revitalização da região e a gente também quer um centro de convenções. O que temos mais avançado são as duas licitações. Mas estamos avançando nos estudos para ter uma proposta mais concreta para ter bastante unidade habitacional. O VLT vai chegar aqui. A ideia é fazer daqui quase que um novo bairro, fazendo esse processo de revitalização da região portuária do Rio chegar a São Cristóvão”, destacou o prefeito do Rio de Janeiro.