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Incêndio de grandes proporções atinge Parque Nacional de Brasília

Um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Nacional de Brasília desde o fim da manhã deste domingo (15). Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a ocorrência foi recebida às 11h24. Sete caminhões e uma aeronave estão sendo usadas no combate às chamas.

De acordo com os bombeiros, ainda não é possível estimar a área afetada nem em que parte do parque o fogo teve início. A corporação, no entanto, confirmou que o incêndio é de grande porte.

O último grande incêndio no Parque Nacional de Brasília foi registrado em 2022. Na ocasião, o fogo consumiu 7,7 mil hectares, o equivalente a 20% da área. Na ocasião, as chamas chegaram perto do reservatório de Santa Maria, o segundo maior do Distrito Federal e que abastece o Plano Piloto, a área central de Brasília.

Há uma semana, o Distrito Federal registrou grande incêndio na Floresta Nacional de Brasília (Flona). Em cinco dias, as chamas consumiram 2.586 hectares, equivalente a 45,85% da unidade de conservação. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi o pior incêndio no local nos últimos dez anos.

Timão derrota o São Paulo e fica perto do 6º título do Brasileirão A1

O Corínthians está muito próximo de seu quinto título consecutivo – e sexto no geral – do Brasileirão Feminino A1. Neste domingo (15), em partida que teve transmissão da TV Brasil, o Timão fez 3 a 1 no São Paulo em pleno Morumbis, no primeiro jogo da final de 2024. Com o resultado, pode até perder por um gol de diferença em casa, na partida de volta, domingo que vem, na Neo Química Arena e mesmo assim conquistar o troféu mais uma vez.

Victória Albuquerque marcou duas vezes para as Brabas, que abriram o placar com Millene. Ao tricolor – que disputa uma decisão de Campeonato Brasileiro pela primeira vez e descontou no fim com Ariel Godoi – cabe tentar um histórico triunfo na próxima semana.

Pouco mais de 28 mil pessoas compareceram ao estádio, a maioria delas torcendo pelo tricolor, atuando em casa. Após um período de leve domínio do São Paulo, o Corínthians chegou ao gol praticamente em seu primeiro avanço perigoso. Aos 22 minutos, Vic Albuquerque cruzou pela direita, Letícia Alves fixou o olhar na bola e não viu Millene chegando por trás dela para completar para o gol.

O São Paulo criou boas chances, principalmente com Aline Milene, mas pecou nas conclusões. Em uma delas, aos 30, a jogadora roubou a bola na área do Corinthians mas finalizou por cima na saída da goleira Nicole Ramos.

Na volta para o segundo tempo, as Brabas foram precisas outra vez. Aos três minutos, Gabi Portilho fez jogada pela direita e cruzou para a área. Millene tentou marcar de letra, Carlinha defendeu e na sobra Vic Albuquerque chutou forte. Carlinha ainda desviou, mas não conseguiu evitar o gol, o 12º de Vic na competição.

Em desvantagem ainda maior, o tricolor seguiu criando – e desperdiçando – oportunidades. Em um lance, chegou a finalizar três vezes dentro da área e rondar o gol, sem conseguir marcar.

Cirúrgico, o Timão chegou ao terceiro já no final. Aos 43, Vic Albuquerque marcou de novo chutando cruzado do lado direito. O 13º gol da atacante a coloca ainda na disputa para ser a artilheira da edição. Amanda Gutierres, do Palmeiras, marcou 15.

Nos acréscimos, o São Paulo enfim conseguiu seu gol. Após roubada na saída de bola corintiana, Duda Serrana serviu Ariel Godoi que, livre dentro da área, descontou.

No próximo domingo, o Corinthians tenta reafirmar sua hegemonia no futebol feminino do Brasil. Esta é a oitava final consecutiva da equipe, que ganhou os últimos quatro campeonatos e cinco dos sete anteriores.

Além disso, para se tornar campeão o São Paulo precisará fazer algo que nenhuma equipe conseguiu na história: derrotar as Brabas na Neo Química Arena. Até hoje, a equipe está invicta quando se apresenta no palco de seus jogos mais importantes: são 23 vitórias e um empate em 24 jogos. No entanto, no último duelo na Neo Química o tricolor quase conseguiu o feito: vencia por 2 a 1 até os acréscimos, quando sofreu a virada por 3 a 2. Agora, o time precisa não apenas vencer, mas alcançar uma diferença de pelo menos dois gols no placar para ir atrás do título em sua primeira final.

União de esforços busca conter incêndio na Serra dos Órgãos, no Rio

Uma união de esforços busca conter incêndios que atingem o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), na região serrana do Rio de Janeiro. Segundo a unidade de conservação, que abrange áreas dos municípios de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis,  as chamas atingem locais de difícil acesso.

Informe divulgado nesse sábado (14) pela administração, por meio de suas redes sociais, esclarece que a operação mobiliza o Corpo de Bombeiros e brigadistas do próprio parque, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ainda do Parque Nacional da Tijuca. Imagens gravadas por drones também foram compartilhadas, mostrando a extensão dos focos e a intensidade da fumaça.

De acordo com a unidade de conservação, devido à dificuldade de acesso, uma equipe especializada precisou subir a montanha para fazer o reconhecimento da situação. “O plano inicial era lançar brigadistas por meio de helicóptero em locais onde o combate a pé fosse viável. No entanto, essas condições não foram encontradas, impossibilitando o transporte. Um pesquisador que estava na área foi resgatado em segurança, recebeu hidratação e foi transportado para a base sem complicações”, acrescenta o informe.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem a maior rede de trilhas do Brasil. É também um dos locais mais buscados para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada e rapel. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICBMBio), que administra o parque, já precisou mobilizar seus brigadistas em diferentes ocasiões desde o mês passado.

O incêndio atual atinge a área do Morro do Cobiçado e Ventania. O fogo começou na noite de terça-feira (10) e propagou-se de forma mais intensa na sexta-feira (13). O clima seco, o relevo da região e os fortes ventos facilitam a disseminação do fogo. O acesso à região atingida está restrito e a unidade alerta que trilhas não devem ser realizadas. “Essas regiões se tornam muito perigosas na presença do fogo e precisam ser isoladas para que o combate seja realizado de forma segura e eficaz”.

Incêndios no Rio

Segundo dados que constam em nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ) neste domingo (15), mais de mil incêndios florestais no estado foram extintos desde a criação do gabinete de crise na última quinta-feira (12). “A corporação atua, por ar e por terra, no combate às ocorrências de fogo em vegetação. O CBMERJ utiliza drones com câmera térmica para monitoramento das áreas afetadas, além de aeronaves com capacidade para transporte de até 1.200 litros de água para ataque direto aos focos em locais de difícil acesso”, diz o texto.

Dados do monitoramento por satélite feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) endossam as preocupações no estado. As imagens captadas da atmosfera permitem mapear os maiores focos de queimadas. Desde o início do ano, são 960 registros. Já é o maior número de ocorrências em um único ano desde 2014, quando houve 1.283 registros. Somente em setembro, foram detectados até o momento 255 focos de queimadas no estado. É o maior número registrado para o mês desde 2011, quando houve 504 ocorrências.

Serra dos Órgãos – Arquivo/Flávio Varricchio/Ministério do Turismo

O excesso de queimadas no Brasil vem resultando em queda na qualidade do ar em diversas regiões, gerando preocupações com a saúde da população. Nas últimas semanas, viralizaram nas redes sociais imagens que mostram paisagens encobertas por fumaça  em algumas capitais, como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Isso também ocorreu em municípios da região serrana do Rio de Janeiro, como Petrópolis e Teresópolis.

Especialistas têm apontado que os ecossistemas ficam mais vulneráveis a incêndios em momentos de seca, como a que o país está enfrentando. Esse cenário pode estar sendo influenciado por diferentes fatores, como o aquecimento global impulsionado pela ação humana e pelos efeitos do fenômeno climático El Niño, seguido da La Niña.

Apesar de o clima seco deixar áreas de mata mais suscetíveis a queimadas, a origem delas está na maioria das vezes relacionada com o comportamento humano. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em 95% dos casos, as chamas começam pela ação do homem, seja de forma acidental ou mesmo voluntária. Já há investigações abertas em diversos locais do país que apuram indícios de incêndios criminosos. Prisões já foram realizadas nos últimos dias, por exemplo, nos estados de São Paulo e de Goiás.

Democracia restaurada: obras vandalizadas no 8/1 são recuperadas

Era tarde de domingo quando o celular de Andréa Lacerda Bachettini começou a ser inundado por mensagens e vídeos postados nas redes sociais mostrando, quase em tempo real, os atos de vandalismo e destruição promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Praça dos Três Poderes, em Brasília, naquele 8 de janeiro de 2023, quando tentaram depor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, empossado exatamente uma semana antes. 

Professora e pesquisadora do Departamento de Museologia, Conservação e Restauro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, Andréa conta a dor que sentiu ao ver as imagens das pessoas rasgando, quebrando e arremessando obras de arte e mobiliário de valor inestimável dentro do Palácio do Planalto.

Brasilia 07/02/2023 – Manifestantes arrastam grades que ficam na frente do Palácio do Planalto – Foto Joédson Alves/Agência Brasil

“Meus colegas e eu, ligados à área patrimônio cultural da universidade, estávamos em Pelotas horrorizados, assistindo pelas redes sociais. Foi muito triste e revoltante ver aquilo. A gente se questionava: ‘temos que fazer alguma coisa!’. Foi um choque muito grande. Lembro que logo redigimos um documento e encaminhamos para a nossa reitora [Isabela Fernandes Andrade], que é arquiteta e muito sensível ao tema do patrimônio. Na carta, que ela reencaminhou em nome da universidade, a gente colocou o nosso departamento todo à disposição do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], do governo”, relata à Agência Brasil.

No contato inicial, o Iphan respondeu que ainda estava fazendo o levantamento dos danos aos prédios e no interior dos palácios da República, todos eles tombados como Patrimônio Mundial da Humanidade. Mas a semente foi plantada ali. Alguns meses depois, a UFPel foi procurada pelo Iphan, que propôs a parceria.

“Em um primeiro momento, a gente imaginava que era possível contratar uma empresa, mas no segundo momento a gente lembrou dos nossos parceiros, que são as universidades públicas, os laboratórios de conservação. Nós temos alguns na Bahia, em Minas Gerais e tem o da UFPel, que é um dos melhores do país e está atrelado ao curso de conservação, tem pós-graduação, e aí propusemos essa parceria”, relata o presidente do Iphan, Leandro Grass. A parceria foi firmada por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED), em que o instituto repassou R$ 2,2 milhões à UFPel, para a aquisição de equipamentos, contratação de bolsistas e gastos logísticos.

Brasília – Presidente do Iphan, Leandro Grass, mostra processos de restauração das obras vandalizadas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Foto Valter Campanato/Agência Brasil

Uma inédita estrutura laboratorial de restauração foi montada no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por meio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais. Ao todo, cerca de 30 pessoas, entre professores, pesquisadores, estudantes e servidores estão trabalhando no projeto, cujo principal objetivo é a restauração completa das 20 obras de arte (veja a lista completa a seguir) pertencentes ao Palácio do Planalto danificadas no ataque de 8 de janeiro do ano passado.

Cerca de um ano e meio após o início do projeto, até este domingo (15), em que se celebra o Dia Internacional da Democracia, praticamente todas as obras e peças estão com o restauro finalizado. Os trabalhos seguem até dezembro, e incluem a produção de um livro, de um documentário e a realização de ações educativas de promoção do patrimônio cultural em escolas públicas do Distrito Federal.

Trabalho minucioso

Outro momento emocionante dessa jornada, lembra Andréa, foi quando ela veio a Brasília pela primeira vez já como coordenadora do projeto, batizado de “Lacorpi – Ação Patrimônio Cultural dos Palácios Presidenciais: valorização e promoção da democracia a partir da conservação-restauração dos bens culturais vandalizados do Palácio do Planalto”.

“Foi um momento de muita emoção, eu sempre tenho vontade de chorar quando me lembro”, conta a professora, com a voz embargada. “A primeira obra que vi foi a tela do Di Cavalcanti, conhecida como ‘As Mulatas à mesa’. A tela é um tecido, mas tem toda uma estrutura de madeira e travas que a sustenta. Essas travas de madeira estavam todas rompidas. Naquele momento, percebi de perto o tamanho do ato de brutalidade daquela tentativa de golpe”, descreve. Com cerca de 3,5 metros de largura por 1,20 metro de altura, essa obra do grande pintor modernista brasileiro é uma das mais importantes do acervo dos palácios presidenciais. Ela foi rasgada em sete pontos diferentes, não se sabe ao certo se por uma faca ou punhal usado pelos golpistas que invadiram o Planalto naquele domingo fatídico.  

O trabalho sobre a tela de Di Cavalcanti foi minucioso. A obra já tinha um reentelamento (cobertura protetora no verso da tela) com tecido de linho, que foi rompido pelos rasgos e não era possível emendar com fibras originais. A opção foi utilizar um poliéster, que é um tecido sintético, comumente usado em velas de barco. Na parte frontal da tela, onde a obra está pintada, técnicas de justaposição das texturas dos fios, reproduzindo as pinceladas do artista, disfarçaram completamente os rasgos, que não são mais visíveis. Já na parte de trás da tela, os rasgos foram mantidos.

“Foi um opção da equipe, um opção política, para mostrar que essa tela sofreu esse processo, que foi perfurada sete vezes. Essa memória estará registrada”, explicou Leandro Grass.

Uma das agressões mais chocantes foi sobre a escultura em bronze O Flautista, do também brasileiro Bruno Giorgi, que tem mais de 1,6 metro de altura. Ela foi rompida em quatro partes. Em outra atitude de brutalidade e estupidez, outra escultura em bronze, a “Vênus Apocalíptica”, da artista argentina Marta Minujín, foi simplesmente arremessada do quarto andar do Palácio do Planalto, caindo sobre o gramado na área externa.

Uma das cenas reproduzidas à exaustão, no contexto da selvageria do 8 de janeiro, foi o momento em que um dos invasores, Antônio Cláudio Alves Ferreira, destruiu um relógio do século 17, que estava exposto no Palácio do Planalto.

Construído pelo relojoeiro Balthazar Martinot Boulle, a peça havia sido um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI, em 1808. Tanto o relógio quanto a caixa de André Boulle, destruídos durante os atos de vandalismo, estão em processo de revitalização por meio de outro acordo formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil.

– Imagens de câmeras de segurança mostram relógio do século XVII sendo destruído por manifestante golpista. – Divulgação

Descobertas importantes

O trabalho de restauração também resultou em descobertas relevantes sobre algumas obras, até mesmo a sua autoria. É o caso da pintura expressionista “Pássaro”, de Martin Bradley, pintor inglês. Anteriormente sem título e autoria identificados, agora a tela expressionista pode ser inserida na história da arte. 

O vaso cerâmico branco e azul, que havia sido despedaçado, também teve sua autoria revelada durante o restauro bem-sucedido. Trata-se de uma Idria em Majólica (um tipo de cerâmica) italiana do período do Renascimento (séculos 14 a 16). Todo esse trabalho contou com técnicas avançadas de raio-X das peças e análise microscópica de esmalte e pigmentos.

O processo também vai resultar na produção de um material para orientação de conservação preventiva das obras, que inclui desde informações detalhadas sobre as técnicas de restauro aplicadas até sobre requisitos de temperatura e umidade relativa adequados para exibição das peças.

Brasília (DF), 15/09/2024 – Processo de restauração de obras depredadas no 8/01. Foto: Nauro Júnior/Iphan

Os detalhes e bastidores do processo de restauração das obras pode ser conferido em uma exposição temporária na sede nacional do Iphan, em Brasília. Com o título “8 de janeiro: restauração e democracia”, a exposição mostra, em fotos em grande formato, e exibição de materiais e ferramentas  utilizadas pelos restauradores, mais detalhes das descobertas e do processo de reconstrução das peças.

“É muito importante devolver essas obras para que elas possam ser vistas pelo público. Essas obras são do povo brasileiro e representam a vitória da democracia e da liberdade”, aponta Leandro Grass.  

Lista das obras que estão sendo restauradas na parceria Iphan/UFPel:

1. Tela de Emiliano Di Cavalcanti (artista brasileiro);

2. O Flautista de Bruno Giorgi (artista brasileiro);

3. ⁠Idria (Majolica Italiana);

4. Galhos e Sombras de Frans Krajcberg (artista polonês naturalizado brasileiro);

5. Retrato do Duque de Caxias de Oswaldo Teixeira (artista brasileiro);

6. Rosas e Brancos Suspensos de J. Paulo (José Paulo Moreira da Fonseca) (artista brasileiro);

7. Casarios de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro);

8. Obra de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro);

9. Cena de Café de Clóvis Graciano (artista brasileiro);

10. Tela de Armando Viana (artista brasileiro);

11. Matriz e grade no 1º plano de Ivan Marquetti (artista brasileiro);

12. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

13. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

14. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

15. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

16. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

17. Vênus Apocalíptica Fragmentando-se de Marta Minujín (artista argentina);

18. Cotstwold Town de John Piper (artista inglês);

19. Tela de Grauben do Monte Lima (artista brasileira);

20. Pássaro de Martin Bradley (artista inglês).

Estado de São Paulo amanhece com 11 focos de incêndio

O estado de São Paulo amanheceu com 11 municípios com focos de incêndio florestal. No momento, cinco focos já foram controlados, segundo balanço da Defesa Civil do estado. O trabalho de contenção das chamas conta com o Corpo de Bombeiros e o auxílio de 15 aeronaves.

Os pontos ativos e que contam com a ajuda dos aviões estão em Bananal (Vale do Paraíba), Caconde, Espírito Santo do Pinhal, Mococa, todas na região de Campinas, Itirapuã (região de Franca) e Castilho (região de Araçatuba).

Na região metropolitana de São Paulo, havia um foco na cidade de Franco da Rocha, que já foi contido, de acordo com informações do governo estadual.

Clima nas áreas de incêndio

De acordo com a Defesa Civil a temperatura nas cidades onde os incêndios persistem varia de 23Cº a 28ºC. As rajadas de vento estão entre 10 quilômetros por hora (km/h) e 15km/h e a umidade relativa do ar varia de 35% a 60%. Há variação de nebulosidade e as chuvas estão previstas para segunda-feira (16).

Região Metropolitana de São Paulo

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo, a frente fria prevista para chegar neste domingo (15) fez com que o dia começasse com muita nebulosidade e termômetros oscilando em torno dos 17,2°C durante a madrugada. Até o momento, ocorreram chuviscos somente em alguns pontos da zona sul. No decorrer do dia ocorrem períodos de melhoria e o sol pode aparecer entre muitas nuvens, mas sem elevação de temperatura.

“Os ventos úmidos que sopram do oceano também ajudaram a aliviar o tempo seco dos últimos dias. Dessa forma, as máximas não devem superar os 22°C e os índices de umidade permanecem acima dos 60%. Ainda há condições para chuviscos entre a tarde e o período da noite, principalmente nas regiões mais próximas da Serra do Mar, no sul da região metropolitana de São Paulo”, diz o CGE.

A segunda-feira (16) deve ter chuvas fracas e garoa, alternadas com períodos de melhoria no decorrer do dia. O céu permanece com muita nebulosidade, o que impede a elevação mais significativa das temperaturas. As mínimas oscilam em torno dos 15°C, enquanto as máximas não devem superar os 20°C.

Na terça-feira (17) o sol retorna entre nuvens e favorece a gradativa elevação das temperaturas no decorrer do dia. Os termômetros devem variar entre mínimas de 14°C e máximas de 22°C, com índices de umidade permanecendo acima dos 55%.

Qualidade do ar

Segundo balanço da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar neste domingo (15) é moderada na região metropolitana de São Paulo, com possibilidades de causar sintomas como tosse seca e cansaço em pessoas com doenças respiratórias. A recomendação é a de que pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares procurem reduzir esforço pesado ao ar livre.

Dia da Democracia: reparação de vítimas da ditadura segue como desafio

A participação popular nas decisões e regras coletivas é defendida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde sua criação, em outubro de 1945, após a vitória do bloco aliado na Segunda Guerra Mundial. Foram necessários 62 anos para a ONU reconhecer o dia 15 de setembro como Dia Internacional da Democracia, em 2007, em alusão à Declaração Universal da Democracia, assinada dez anos antes em conferência interparlamentar, na cidade do Cairo, no Egito. 

Em 1997, quando o Brasil assinou a Declaração Universal da Democracia, a Constituição do país passava pelo processo de regulamentação, nove anos após a promulgação. A Ditadura Militar, acabada em 1985, ainda era um processo recente e uma memória próxima. O fim do estado de exceção da era Vargas estava a distantes 60 anos, em 1937, e mesmo a proclamação da República tinha pouco mais de um século. 

Na 17ª edição do Dia Internacional da Democracia, comemorado neste domingo (15), especialistas ouvidos pela Agência Brasil chamaram a atenção para a necessidade de manter continuamente ativa a defesa da democracia diante dos riscos experimentados nos últimos anos. O país agora passa por um duro processo de radicalização política e polarização que teve seu auge no pleito de 2017 e esteve perto de ameaçar a continuidade do respeito às urnas, na tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023. 

Acervo/Instituto Vladimir Herzog

“A democracia brasileira vem sofrendo com ataques sistemáticos e  a violação de sua constituição por parte de setores nada comprometidos com o estado democrático de direito. Isso ficou ainda mais evidente no último governo [de Jair Bolsonaro], e, sobretudo, com os atentados no dia 8 de janeiro de 2023. Se não fosse, justamente, o compromisso e a solidez de algumas das nossas instituições, não estaríamos falando hoje sobre a fragilidade da democracia brasileira, ou, até mesmo como aperfeiçoá-la”, destaca o diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili. 

Segundo ele, a democracia brasileira ainda carece de mecanismos robustos para a promoção de direitos e justiça, que impeçam a impunidade daqueles que atentaram contra o regime democrático no passado. 

“Quando um país não articula seu passado de violência, agindo contra aqueles que atentaram e atentam livremente e abertamente contra o estado democrático de direito, como o Brasil não fez no passado, o que temos é uma cultura de impunidade, que favorece ataques como os que temos visto”, ressalta. 

“Precisamos entender que o passado está sempre à nossa porta e enquanto não agirmos efetivamente, tornaremos a vivenciar episódios de ataques contra a nossa democracia hoje e amanhã”, acrescenta. 

Justiça

A procuradora Regional da República e presidenta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugenia Gonzaga, enfatiza que o Brasil não fez sua Justiça de Transição, após o período da ditadura militar (1964-1985), e que agora paga pelo erro.

“No mundo todo, onde se estuda situações em que houve quebra da legalidade, em que se passou de ditaduras para regimes democráticos, verifica-se que se fez necessário promover a reparação das vítimas, a responsabilização dos autores, dos agentes de segurança que contribuíram para essa situação”, afirma. 

A falta de responsabilização abre caminho para a repetição de novas ações contra a democracia, segundo ela. “O 8 de Janeiro de 2023 tem tudo a ver com esse processo de não revelação da verdade, de omissão, de negação daquilo que aconteceu como golpe. Tem a ver com a impunidade desses autores, com a divulgação da falsa história de que [o golpe de 1964] salvou o país do comunismo”. 

Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga. Bruno Spada/Câmara dos Deputados

“A defesa da democracia infelizmente é um processo muito delicado, muito difícil é por isso que a gente tem que ter instrumentos de combate a essas arbitrariedades e a essas tentativas de se jogar para baixo do tapete as investidas contra a democracia”, acrescenta.

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi reinstalada em julho deste ano pelo presidente Lula, depois de ter sido encerrada em 2022, durante o governo Bolsonaro.

Sessenta anos após o golpe (confira especial), estudos apontam a existência de 144 pessoas desaparecidas na ditadura militar. Existem também casos de pessoas com a morte confirmada pelo Estado, mas com o corpo desaparecido. Entre elas, o estudante de geologia da Universidade de Brasília, Honestino Guimarães, possivelmente morto em 1973 por agentes da ditadura.

Desinformação

Segundo Nilmário Miranda, jornalista e ex-deputado federal, preso político nos anos 1970 e assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a construção de memórias baseadas na verdade é um dos principais pilares da democracia. Esse processo, no entanto, foi colocado em xeque em razão das fake news. 

“Não há democracia com base em Fake News, apropriação e mudança da história. A Democracia só se relaciona com memória verdadeira e com a construção de memórias, por isso a sua manutenção e ações como a Comissão da Verdade vão além dos governos e se relacionam com políticas de Estado”, defende. 

Ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante ato na Ponte que se chamava Costa e Silva e passou a se chamar Honestino Guimarães na semana de luta pela Democracia (2023). Joédson Alves/Agência Brasil

“Há uma importância em manter a memória viva e ainda é válido e necessário lembrar o lema da Comissão: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça. Isso tem de estar na vida do país, tem de fazer parte da educação, para evitar algo como o golpe que quase aconteceu em 8 de janeiro”, acrescenta. 

Ele lembra  que na ditadura militar foram 750 parlamentares cassados, mais de 30 mil pessoas relataram algum tipo de tortura e houve 434 mortos e desaparecidos. “Isso tem de ser de conhecimento de todos. Se não, volta, se repete. A História mostra que volta. A verdadeira democracia precisa disso”.

Avanço

Adriano Diogo, geólogo e político, preso político durante a Ditadura Militar, e membro da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, considera que a democracia tem enfrentado um grande desafio na era da comunicação digital. Ele ressalva, no entanto, que o sistema democrático ainda é o mais avançado que existe.

“Estamos em um momento difícil, em que o peso da comunicação digital atrapalha o processo, mas não podemos parar de lutar, de gritar, de disputar e ganhar eleições, que é a única forma de garantir a continuidade da Democracia”.

“Ela pode ter todos os seus problemas, mas é o mais avançado e revolucionário que temos no momento, e o que garante a participação do povo, que é o centro da decisão. É a partir da vontade popular que se constrói gerações”, acrescenta. 

Dia da Democracia: reparação de vítimas da ditadura segue como desafio

A participação popular nas decisões e regras coletivas é defendida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde sua criação, em outubro de 1945, após a vitória do bloco aliado na Segunda Guerra Mundial. Foram necessários 62 anos para a ONU reconhecer o dia 15 de setembro como Dia Internacional da Democracia, em 2007, em alusão à Declaração Universal da Democracia, assinada dez anos antes em conferência interparlamentar, na cidade do Cairo, no Egito. 

Em 1997, quando o Brasil assinou a Declaração Universal da Democracia, a Constituição do país passava pelo processo de regulamentação, nove anos após a promulgação. A Ditadura Militar, acabada em 1985, ainda era um processo recente e uma memória próxima. O fim do estado de exceção da era Vargas estava a distantes 60 anos, em 1937, e mesmo a proclamação da República tinha pouco mais de um século. 

Na 17ª edição do Dia Internacional da Democracia, comemorado neste domingo (15), especialistas ouvidos pela Agência Brasil chamaram a atenção para a necessidade de manter continuamente ativa a defesa da democracia diante dos riscos experimentados nos últimos anos. O país agora passa por um duro processo de radicalização política e polarização que teve seu auge no pleito de 2017 e esteve perto de ameaçar a continuidade do respeito às urnas, na tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023. 

Acervo/Instituto Vladimir Herzog

“A democracia brasileira vem sofrendo com ataques sistemáticos e  a violação de sua constituição por parte de setores nada comprometidos com o estado democrático de direito. Isso ficou ainda mais evidente no último governo [de Jair Bolsonaro], e, sobretudo, com os atentados no dia 8 de janeiro de 2023. Se não fosse, justamente, o compromisso e a solidez de algumas das nossas instituições, não estaríamos falando hoje sobre a fragilidade da democracia brasileira, ou, até mesmo como aperfeiçoá-la”, destaca o diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili. 

Segundo ele, a democracia brasileira ainda carece de mecanismos robustos para a promoção de direitos e justiça, que impeçam a impunidade daqueles que atentaram contra o regime democrático no passado. 

“Quando um país não articula seu passado de violência, agindo contra aqueles que atentaram e atentam livremente e abertamente contra o estado democrático de direito, como o Brasil não fez no passado, o que temos é uma cultura de impunidade, que favorece ataques como os que temos visto”, ressalta. 

“Precisamos entender que o passado está sempre à nossa porta e enquanto não agirmos efetivamente, tornaremos a vivenciar episódios de ataques contra a nossa democracia hoje e amanhã”, acrescenta. 

Justiça

A procuradora Regional da República e presidenta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugenia Gonzaga, enfatiza que o Brasil não fez sua Justiça de Transição, após o período da ditadura militar (1964-1985), e que agora paga pelo erro.

“No mundo todo, onde se estuda situações em que houve quebra da legalidade, em que se passou de ditaduras para regimes democráticos, verifica-se que se fez necessário promover a reparação das vítimas, a responsabilização dos autores, dos agentes de segurança que contribuíram para essa situação”, afirma. 

A falta de responsabilização abre caminho para a repetição de novas ações contra a democracia, segundo ela. “O 8 de Janeiro de 2023 tem tudo a ver com esse processo de não revelação da verdade, de omissão, de negação daquilo que aconteceu como golpe. Tem a ver com a impunidade desses autores, com a divulgação da falsa história de que [o golpe de 1964] salvou o país do comunismo”. 

Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga. Bruno Spada/Câmara dos Deputados

“A defesa da democracia infelizmente é um processo muito delicado, muito difícil é por isso que a gente tem que ter instrumentos de combate a essas arbitrariedades e a essas tentativas de se jogar para baixo do tapete as investidas contra a democracia”, acrescenta.

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi reinstalada em julho deste ano pelo presidente Lula, depois de ter sido encerrada em 2022, durante o governo Bolsonaro.

Sessenta anos após o golpe (confira especial), estudos apontam a existência de 144 pessoas desaparecidas na ditadura militar. Existem também casos de pessoas com a morte confirmada pelo Estado, mas com o corpo desaparecido. Entre elas, o estudante de geologia da Universidade de Brasília, Honestino Guimarães, possivelmente morto em 1973 por agentes da ditadura.

Desinformação

Segundo Nilmário Miranda, jornalista e ex-deputado federal, preso político nos anos 1970 e assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a construção de memórias baseadas na verdade é um dos principais pilares da democracia. Esse processo, no entanto, foi colocado em xeque em razão das fake news. 

“Não há democracia com base em Fake News, apropriação e mudança da história. A Democracia só se relaciona com memória verdadeira e com a construção de memórias, por isso a sua manutenção e ações como a Comissão da Verdade vão além dos governos e se relacionam com políticas de Estado”, defende. 

Ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, durante ato na Ponte que se chamava Costa e Silva e passou a se chamar Honestino Guimarães na semana de luta pela Democracia (2023). Joédson Alves/Agência Brasil

“Há uma importância em manter a memória viva e ainda é válido e necessário lembrar o lema da Comissão: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça. Isso tem de estar na vida do país, tem de fazer parte da educação, para evitar algo como o golpe que quase aconteceu em 8 de janeiro”, acrescenta. 

Ele lembra  que na ditadura militar foram 750 parlamentares cassados, mais de 30 mil pessoas relataram algum tipo de tortura e houve 434 mortos e desaparecidos. “Isso tem de ser de conhecimento de todos. Se não, volta, se repete. A História mostra que volta. A verdadeira democracia precisa disso”.

Avanço

Adriano Diogo, geólogo e político, preso político durante a Ditadura Militar, e membro da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, considera que a democracia tem enfrentado um grande desafio na era da comunicação digital. Ele ressalva, no entanto, que o sistema democrático ainda é o mais avançado que existe.

“Estamos em um momento difícil, em que o peso da comunicação digital atrapalha o processo, mas não podemos parar de lutar, de gritar, de disputar e ganhar eleições, que é a única forma de garantir a continuidade da Democracia”.

“Ela pode ter todos os seus problemas, mas é o mais avançado e revolucionário que temos no momento, e o que garante a participação do povo, que é o centro da decisão. É a partir da vontade popular que se constrói gerações”, acrescenta. 

Indígenas fazem corrida de toras em Brasília em defesa do cerrado

Em meio a protestos contra a lei que busca introduzir o marco temporal e os incêndios que assolam as florestas brasileiras, mulheres das etnias Timbira e Xavante percorreram, neste domingo (15), uma quadra da Asa Norte de Brasília carregando troncos de árvores, em mais uma edição da Corrida de Toras em Defesa do Cerrado. Promovido há mais de 20 anos, o evento ocorreu no Eixão do Lazer, avenida da capital federal aberta para pedestres aos domingos.

Vencida pelas timbiras neste ano, a corrida simboliza um manifesto político-cultural em defesa do cerrado, dos direitos e dos territórios dos povos indígenas. O evento busca chamar atenção para o crescimento de plantações e de pastagens ao redor das reservas indígenas no cerrado, que tem nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas do país e abriga cerca de 12 mil pessoas da etnia Timbira e 19 mil da etnia Xavante.

Brasília – Em alusão ao Dia do Cerrado, mulheres dos povos Timbira e Xavante promoveram Corrida da Toras no Eixão do Lazer – Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil 

Com cerca de cinco minutos de duração, a corrida de revezamento entre os Timbira e os Xavante costuma ser feita em datas festivas, mas, há cerca de duas décadas, passou a representar a defesa do cerrado. Pintados nas cores das tribos para espantarem os maus espíritos, os guerreiros das duas etnias carregam as toras de buriti, palmeira sagrada para diversos povos indígenas, de quase 100 quilos cada.

A madeira é passada de indígena para indígena da mesma etnia, em esquema de revezamento, quem não deixar o pedaço de tronco cair e chegar primeiro, vence. Apesar de as mulheres timbiras terem chegado na frente este ano, os organizadores do evento dizem que não há vencedores nem perdedores porque o objetivo da corrida é chamar atenção para a defesa do cerrado.

Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), as populações que fazem esse tipo de corrida vivem no Tocantins, no Maranhão, no Pará e em Mato Grosso.

Hoje é Dia: Dia da Democracia, da TV e Eloísa Mafalda são destaques

Hoje, 15 de setembro, é um dia para reverenciarmos algo essencial para a sociedade: a democracia. O Dia Internacional da Democracia, data instituída pela ONU em 1997, é necessário para valorizarmos a possibilidade de podermos escolher nossos governantes. A efeméride também chama atenção para locais onde populações não têm liberdade. No ano passado, o Nacional Jovem, da Rádio Nacional da Amazônia, tratou do tema: 

Outra celebração da semana é o Dia Nacional da Televisão. A data marca a inauguração da PFR-3 TV Difusora (posteriormente TV Tupi), a primeira emissora de televisão do Brasil e da América Latina. Em 2020, a Agência Brasil contou esta história. A data, claro, também foi tema de programas da TV Brasil como esta edição do Fique Ligado. 

No mesmo dia (18), se inicia a Semana Nacional de Trânsito. Criada pelo Contran em 1994, a semana terá como tema o slogan “Paz no trânsito começa por você” (que foi escolhido por meio de voto popular no ano passado). No ano passado, o Revista Brasil, da Rádio Nacional, tratou do tema: 

Em relação a datas comemorativas, o próximo sábado (21 de setembro) merece destaque. O dia será marcado pelo Dia Internacional da Paz, pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, pelo Dia da Árvore e, ainda, pelo Dia Mundial do Doente de Mal de Alzheimer. Todas as datas já foram lembradas por veículos da EBC. 

Em 2021, o Rádio Animada fez uma edição especial explicando a origem do Dia Internacional da Paz (criado pela ONU) e falando sobre a importância da data. O tema também foi tratado pelo Repórter Brasil em 2014. 

No ano passado, foi a Radioagência Nacional que tratou do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Em uma reportagem que pode ser ouvida abaixo, o veículo abordou a importância da inclusão deste grupo na sociedade. 

O Dia da Árvore foi lembrado em diversas matérias da Agência Brasil, que podem ser lidas aqui, aqui e aqui. Já quem tratou sobre o Mal de Alzheimer, lembrado pelo Dia Mundial do Doente de Mal de Alzheimer, foi esta edição do Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, de 2011. 

Atrizes marcantes

A semana é marcada, ainda, pelo aniversário de nascimento de atrizes marcantes. No dia 17 de setembro, a atriz Sandra Pêra completa 70 anos. Integrante do grupo “As Frenéticas” e irmã da também atriz Marília Pêra (falecida em 2015), ela já participou de programas da EBC. Em junho, ela deu uma entrevista ao Sem Censura: 

No dia 18, o destaque é o centenário de nascimento da atriz paulista Eloísa Mafalda. Famosa por atuações icônicas em novelas televisivas e falecida em 2018, ela teve a biografia contada pelo Repórter Brasil na ocasião: 

Para fechar a semana, temos os 90 anos da atriz italiana Sophia Loren. Musa de uma geração e uma das poucas atrizes a ter conquistado um Oscar em uma produção de língua estrangeira (que não seja a língua inglesa) pelo filme Duas Mulheres, ela teve a história contada há 10 anos pelo Repórter Brasil. O História Hoje, em 2022, contou um episódio controverso de sua vida: o dia em que ela foi presa por evasão de divisas:

Confira a relação de datas do Hoje é Dia de 15 a 21 de setembro de 2024:

Setembro de 2024

15

Nascimento do cineasta, escritor, argumentista, encenador e ator francês Jean Renoir (130 anos) – incompreendidos e subestimados no seu tempo, os seus filmes são hoje considerados entre as obras máximas do realismo poético francês

Morte do guitarrista estadunidense John William Cummings, o Johnny Ramone (20 anos) – um dos mais influentes guitarristas de punk rock da história, integrante da banda Ramones

Dia Internacional da Democracia – data reconhecida pela ONU

16

Nascimento do cantor e compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (110 anos)

Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio – data reconhecida pela ONU

17

Morte do médico, escritor e político angolano Agostinho Neto (45 anos) – líder da Independência e primeiro presidente de seu país

Nascimento da atriz, cantora e diretora de cinema fluminense Sandra Pêra (70 anos)

Morte do filósofo austro-britânico Karl Popper (30 anos)

Inauguração do Instituto Benjamin Constant, primeira instituição brasileira dedicada à educação de deficientes visuais (170 anos)

Inauguração da Confeitaria Colombo, ponto de encontro de artistas e intelectuais (130 anos)

18

Nascimento do físico e astrônomo francês Jean Bernard Léon Foucault (205 anos) – conhecido pela invenção do pêndulo de Foucault, um dispositivo que demonstra o efeito da rotação da Terra

Nascimento da atriz paulista Mafalda Theotto, a Eloísa Mafalda (100 anos)

Navegador Amyr Klink finaliza travessia do Atlântico Sul, realizada em um barco a remo durante cem dias (40 anos)

Estreia do filme “O Mágico de Oz” (85 anos)

Dia Nacional da Televisão – comemoração que foi instituída pela Lei 10.255 de 9 de julho de 2001; tem por fim marcar a data da inauguração da PFR-3 TV Difusora (mais tarde TV Tupi), como a 1ª emissora de televisão do Brasil e da América Latina, e a 4ª do mundo, integrada então ao império jornalístico Diários e Emissoras Associados

Dia do Início da Semana Nacional de Trânsito – a semana foi instituída pela Resolução Nº 420 de 31 de julho de 1969 do Conselho Nacional de Trânsito do Brasil, e que está ratificada no Artigo Nº 326º da Lei Nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, pela qual também se instituiu o Código Nacional de Trânsito no Brasil

Por meio de uma petição pública, o relógio da Praça do Relógio, em Taguatinga, é tombado como patrimônio cultural do DF, pois havia ameaça de derrubada para revitalização da praça (35 anos)

Fundação do America Football Club, com sede na cidade do Rio de Janeiro (120 anos)

19

Morte do médico e político maranhense Antônio Eusébio da Costa Rodrigues (35 anos) – especialista em leprologia e psiquiatria, fez parte da Sociedade de Medicina do Maranhão, foi prefeito de São Luís e eleito deputado estadual e federal

Nascimento da empresária e consultora de moda italiana radicada no Brasil Constanza Pascolato (85 anos)

Realização da primeira corrida automobilística do Brasil, o circuito de São Gonçalo-Rio de Janeiro (110 anos) – cujo vencedor foi Gastão de Almeida, com seu carro Berliet, que percorreu 42 Km em 1 hora e 05 minutos, com média de 38,8 km/h

20

Nascimento do cantor e compositor gaúcho Wander Wildner (65 anos) – participou em dois períodos de uma das mais influentes bandas de Punk Rock do Rio Grande do Sul, Os Replicantes

Nascimento da atriz italiana Sophia Loren (90 anos)

Morte do cantor juvenil fluminense Floriano Belham (25 anos) – muito popular nos anos 1920 e 1930, tendo sido a primeira “criança” no mundo a gravar um disco profissional, em 1929

Brasil e Argentina se enfrentam no futebol pela primeira vez, em amistoso em Buenos Aires (110 anos) – vitória de 3 x 0 para a Argentina

Tropas de paz da Força Internacional para Timor-Leste (InterFET) são implantadas em Timor-Leste para pacificar e assegurar a independência do país (25 anos)

21

Nascimento do cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler (60 anos)

Nascimento do cantor, compositor, poeta e escritor canadense Leonard Cohen (90 anos)

Dia Internacional da Paz – data reconhecida pela ONU

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Dia da Árvore

Dia Mundial do Doente de Mal de Alzheimer – comemoração que foi instituída em 1994 e que está oficializada no Brasil como “Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer”; tem por fim marcar a data da fundação da “Doente de Mal de Alzheimer Internacional”, que foi criada com apoio da Organização Mundial da Saúde

Cidade no Rio de Janeiro inaugura farmácia de plantas medicinais

Com objetivo de democratizar o acesso a plantas medicinais e à fitoterapia (forma de tratamento que utiliza ervas medicinais para tratar e prevenir doenças), foi inaugurada a primeira Farmácia Viva de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A iniciativa é fruto do projeto Farmacopeia Mari’ká, realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), ligada à prefeitura, e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

Cerca de 30 espécies de plantas medicinais são cultivadas em 4 mil metros quadrados, na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, da Codemar. Além da produção de medicamentos, a iniciativa promove a qualificação de pequenos produtores rurais para o plantio dessas ervas.

“Com a Farmácia Viva, pretendemos promover a saúde para a população, mas também a geração de renda para os produtores. O próprio projeto vai fornecer mudas das plantas certificadas aos agricultores associados e comprar a produção deles para processar”, explica o professor de Agronomia da UFRRJ e coordenador do Farmacopeia Mari’ká, João Araújo.

A partir dos conhecimentos tradicionais das plantas nativas, são produzidos remédios com fungos medicinais e óleos essenciais para loções repelentes, e até mesmo medicamentos para animais de estimação. “Temos também no escopo do Farmacopeia Mari’ká a produção voltada para a área animal, sobretudo os pets, que hoje fica completamente desassistida quando se fala em medicamentos naturais”. 

Todos os produtos desenvolvidos dentro do projeto são gratuitos e aqueles que não exigem receita médica já são distribuídos, como chás, xaropes de guaco e loções repelentes de citronela. “Os demais produtos estão sendo produzidos, mas serão distribuídos a partir das orientações do farmacêutico do projeto e da Secretaria de Saúde do município”, informou o coordenador à Agência Brasil. 

De acordo com a prefeitura, a distribuição não ocorre em grande escala, mas em feiras e palestras. “São produzidos sabonetes líquidos, óleos essenciais, spray de citronela e álcool gel aromatizado, entre outros produtos. A distribuição dos produtos está prevista para o fim do ano em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), como um serviço fitoterápico e com acompanhamento farmacêutico”.

Segundo o professor Araújo, o município foi escolhido por já ter ações nas áreas de agroecologia, agricultura, renda, desenvolvimento social e produção local de alimentos. “Temos nesse projeto uma estratégia de melhoria da qualidade de vida da população e a geração de renda para além dos royalties de petróleo que Maricá já recebe, então estamos preparando a cidade para uma economia local, regional e sustentável no futuro”, disse. A ideia é que o projeto sirva de modelo para cidades de outras regiões brasileiras.

 Araújo informou que a Farmácia Viva está em processo de finalização, com apresentação aos agentes de saúde de Maricá e de municípios vizinhos, por meio de treinamentos para médicos e veterinários. Concluída essa etapa, a Fazenda Nossa Senhora do Amparo será preparada para receber farmacêuticos e a população.

*Colaborou repórter Cristiane Ribeiro do Radiojornalismo da EBC

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa