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Venezuela tira do ar canal da Deutsche Welle

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6 de março de 2024

 

O governo venezuelano anunciou que irá retirar a Deutsche Welle (DW), emissora multimédia internacional da Alemanha, de todas as empresas de televisão por cabo do país, e acusou a estação de televisão alemã de transmitir “conteúdo e promoção de propaganda de ódio” contra a nação sul-americana.

Na segunda-feira (04/03), o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, chamou a DW de “uma emissora nazista”, na sequência de uma reportagem jornalística sobre a corrupção no país.

Em 2019, a DW informou que seu sinal saiu do ar por ordem da Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL), órgão estatal que regulamenta as telecomunicações na Venezuela, mas foi posteriormente restaurado.

Nos últimos anos, o governo venezuelano ordenou aos provedores de televisão a cabo que retirassem do ar meios de comunicação internacionais como CNN, NTN24, RCN e Caracol, acusados ​​de manter uma linha editorial contrária ao governo.

Segundo o Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa (SNTP), desde 2010 pelo menos 14 canais de televisão internacionais foram retirados da oferta das empresas de televisão por cabo por subscrição.

 

Lixo já é abundante no fundo do mar brasileiro

5 de março de 2024

 

Tido como uma das principais opções de alimentação saudável, os peixes podem também trazer consigo pedaços de lixo e contaminantes mesmo se pescados no mar profundo, longe das praias. A presença desse material nas encostas continentais, que estão entre os ambientes mais remotos e menos conhecidos do Planeta, revela que o lixo é um problema que a humanidade está levando para todos os ecossistemas.

Essa preocupação foi levantada recentemente no primeiro registro científico de lixo em mar profundo do Brasil, publicado no Marine Pollution Bulletin por pesquisadores do Instituto Oceanográfico (IO) da USP. A grande quantidade de lixo foi encontrada entre 200 e 1.500 metros de profundidade, a cerca de 200 km de distância da costa nos Estados de São Paulo e Santa Catarina, durante as expedições do projeto Deep-Ocean, financiado pela Fapesp. O estudo foi liderado pela oceanógrafa Flávia Tiemi Masumoto e teve a supervisão do professor Marcelo Roberto Souto de Melo, ambos do Laboratório de Diversidade, Ecologia e Evolução de Peixes (Deep Lab) do IO.

O objetivo inicial do projeto era estudar a diversidade de peixes de mar profundo no Brasil. No entanto, os pesquisadores foram surpreendidos pela enorme quantidade de lixo coletado com os animais. A rede usada trazia frequentemente embalagens de alimentos, sacolas plásticas, garrafas, latas e utensílios de pesca. Alguns desses resíduos eram materiais altamente tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente, como tintas para embarcações e latas de óleo para motor.

Dos 31 locais selecionados para a coleta — 16 a sudeste de Ilhabela (SP) e 15 próximos a Florianópolis (SC) —, em apenas três deles os peixes não vieram acompanhados de lixo. Separados pela composição, o plástico representou mais da metade da quantidade desses itens e esteve presente em todos os locais pesquisados. Em seguida vieram os metais, com 14% do total; os têxteis, com 11%; o vidro, com 7%; e as tintas de embarcações, com 6%. Outros tipos de itens somaram 17%. Quando pesados, os objetos de vidro vencem, seguidos pelos de metal, de concreto e têxteis, com respectivamente 29%, 22%, 13% e 13% do peso total.

Outro impacto apontado é a presença de microplásticos no oceano, que pode também resultar do processo de fragmentação de pedaços maiores de plástico e, consequentemente, ser ingerido pelos organismos, inclusive aqueles importantes comercialmente, como a merluza, por exemplo.

Além disso, sabe-se que algumas espécies que migram verticalmente nos oceanos também podem ser uma fonte de microplástico para o mar profundo. “Algumas espécies de peixes ficam em regiões mais profundas durante o dia e à noite sobem para regiões mais rasas para se alimentarem. Eles servem como uma fonte de plástico para o mar profundo, porque podem comer o plástico da superfície e descer. Uma vez que são predados, esse material plástico pode passar na cadeia alimentar.”

Um indício de que os animais de mar profundo também consomem o que é despejado no oceano são grãos de milho e de soja encontrados no estômago de uma espécie de peixe-granadeiro coletada. Para entender melhor esse ciclo, o trabalho desenvolvido por Flávia em seu mestrado é o de estudar os impactos do lixo através da avaliação de microplástico ingerido pelos peixes apanhados no mesmo projeto. A próxima etapa será investigar a possibilidade de contaminação nos invertebrados encontrados em algumas amostras, como esponjas-do-mar, poliquetas e pequenos crustáceos.

 

Estrutura para atender a bancada feminina precisa crescer, dizem deputadas

Benedita da Silva

5 de março de 2024

 

A Câmara dos Deputados apresentou progressos na estrutura de apoio às deputadas nos últimos anos com a criação de estruturas como a Secretaria da Mulher, que coordena as demandas das representantes de todos os partidos.

Criado em 2013, o órgão hoje congrega no mesmo espaço a Coordenadoria e a Procuradoria da Mulher, primeira estrutura destinada a atender à bancada feminina, ainda em 2009. Em 2021, o Observatório Nacional da Mulher na Política também foi integrado formalmente à secretaria.

Para a coordenadora da Secretaria da Mulher, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a criação da estrutura foi “um grande passo”. O órgão proporciona às deputadas o assessoramento necessário ao avanço das pautas de interesse das mulheres. Além disso, ressalta Benedita, permite que as mulheres estejam representadas por meio de sua coordenadora no Colégio de Líderes, que decide a pauta de votações do Plenário.

Apesar dos avanços, Benedita da Silva reivindica melhorias na estrutura da secretaria. “Nós estamos em um processo de qualificação para o momento eleitoral, estimulando as mulheres a saírem candidatas a vereadoras, a prefeitas. Então, precisamos de mais assessoria”, exemplifica. A coordenadora também cobra melhorias físicas. “Ainda estamos espremidas, não conseguimos fazer uma reunião com mais de 15 pessoas no espaço”, reclamou.

Baixa representatividade

Atualmente, a bancada feminina tem 91 deputadas, o que corresponde a 17,7% do total de cadeiras da Câmara (513). Embora essa seja a maior bancada feminina da história, o Brasil ainda tem a menor representação de mulheres no Legislativo da América Latina.

Para se ter uma ideia, em 2022, em Cuba as mulheres ocupavam mais da metade dos lugares no Parlamento: 53,4% das cadeiras. No México, no mesmo ano, elas correspondiam exatamente à metade dos parlamentares.

A média mundial de representatividade feminina é de 26,4%. Esse número é da União Interparlamentar, organização global que reúne 193 países. Se seguisse esse padrão, a bancada feminina na Câmara seria de 135 deputadas.

Benedita da Silva calcula que se fossem reunidas todas as mulheres eleitas para a Câmara desde 1932, quando a primeira mulher chegou ao Parlamento, elas não conseguiriam nem encher o Plenário Ulysses Guimarães. O Plenário tem 513 cadeiras, e o total de deputadas eleitas até hoje é de apenas 335 deputadas. Enquanto isso, 7.568 homens foram eleitos deputados federais, o que corresponde a quase 15 plenários cheios.

Prioridades

A coordenadora-adjunta da bancada feminina, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), afirma que, devido a essa baixa representatividade, uma das prioridades da Procuradoria da Mulher será acompanhar o processo eleitoral para tentar ajudar a eleger vereadoras e prefeitas.

“No que diz respeito à procuradoria, temos conversado com os tribunais eleitorais e com as procuradorias locais justamente por ser um ano eleitoral, para estruturar melhor, dar condições de campanha e de disputa eleitoral para as candidatas no Brasil afora”, diz.

Segundo Sâmia, o acompanhamento do processo eleitoral é importante para evitar que haja mais violência política de gênero e “para que as mulheres possam concorrer e vencer.”

Benedita da Silva elenca outra prioridade: a pauta racial. Segundo a deputada, a bancada pretende discutir temas como violência contra mulheres negras e indígenas e tentar fazer avançar políticas públicas e projetos de lei ligadas ao assunto.

 

Rebeldes matam 170 pessoas no Burkina Faso

3 de março de 2024

 

Cerca de 170 pessoas foram “executadas” em ataque contra três aldeias no norte do Burkina Faso há uma semana, disse hoje um procurador regional.

Aly Benjamin Coulibaly disse ter recebido infomação dos ataques contra as aldeias de Komsilga, Nodin e Soroe na provincia de Yatengo no passado dia 25 de Fevereiro e que número provisórios indicam que “cerca de 170 pessoas foram executadas”.

Nesse mesmo dia 25 de Fevereiro dezenas de pessoas foram mortas pelos rebeldes islâmicos contra uma mesquita e uma igreja Católica no leste do país mas as autoridades ainda não divulgaram o número exato de pessoas que morreram.

Muitas outras pessoas foram feridas.

O Burkina Faso faz face a crescente violência levada a cabo por rebeldes islâmicos afiliados à Al Qaeda que já causou pelo menos 20.000 mortos e mais de dois milhões de deslocados.

 

Câmara dos Representantes do Japão aprova orçamento para o ano fiscal de 2024

3 de março de 2024

 

A câmara baixa do parlamento do Japão, a Câmara dos Representantes, aprovou o orçamento do ano fiscal de 2024 no dia 2.

A Câmara dos Representantes do Japão realizou um comitê orçamentário e uma sessão plenária no sábado, um fim de semana incomum, e aprovou o orçamento no valor de 112 trilhões de ienes.

O ano fiscal do Japão começa em 1 de abril e termina em 31 de março do ano seguinte.

O tamanho do orçamento aprovado desta vez é menor do que o orçamento de cerca de 114 trilhões de ienes para o ano fiscal de 2023, mas é o segundo maior de todos os tempos.

De acordo com a Constituição japonesa, mesmo que a câmara alta não vote o projeto de lei orçamentária, ele entrará automaticamente em vigor 30 dias depois de ser aprovado pela Câmara dos Representantes.

 

EUA realizam primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza

3 de março de 2024

 

Os militares dos EUA realizaram o seu primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza no sábado, confirmaram duas autoridades dos EUA.

As autoridades, falando sob condição de anonimato, disseram que o lançamento aéreo foi realizado com três aeronaves C-130.

Além disso, um dos porta-vozes do governo garantiu que também foram liberadas mais de 35 mil refeições. Outros países, incluindo França, Egito e Jordânia, realizaram lançamentos aéreos de ajuda em Gaza.

Pelo menos 576 mil pessoas na Faixa de Gaza, o que representa um quarto da população, estão à beira da fome, segundo o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários.

Com pessoas consumindo ração animal para sobreviver e médicos relatando crianças morrendo de desnutrição e desidratação; a ONU disse que enfrenta “obstáculos esmagadores” para fornecer ajuda.

 

Representante do Hamas viaja ao Cairo mediante cessar-fogo proposto pelos EUA

3 de março de 2024

 

Uma delegação do Hamas esteve no Cairo no domingo para discutir um possível cessar-fogo entre o grupo e os militares israelenses, embora não estivesse claro se os negociadores de Israel estavam presentes.

Os EUA disseram que um acordo está “sobre a mesa”. Nos termos propostos, dezenas dos restantes cerca de 100 reféns detidos pelo Hamas seriam libertados em troca da libertação de centenas de palestinianos detidos por Israel. O estado das conversações mediadas por autoridades egípcias e catarianas era incerto.

Uma autoridade dos EUA disse aos repórteres: “O caminho para um cessar-fogo agora, literalmente, a esta hora, é simples. E há um acordo sobre a mesa. Há um acordo-quadro”.

No entanto, quando a delegação do Hamas chegou ao Cairo, um responsável palestino disse à Reuters que o acordo “ainda não estava concluído”. Também não houve confirmação oficial de que Israel enviaria uma delegação para as negociações.

Israel supostamente está exigindo que o Hamas lhe forneça uma lista completa dos reféns que ainda estão vivos, uma exigência que uma fonte palestina disse que o Hamas até agora rejeitou como prematura. O acordo também não cumpriria a exigência do Hamas de um fim permanente da guerra.

A contra-ofensiva de Israel desde então matou mais de 30 mil pessoas em Gaza, cerca de 70% das quais mulheres e crianças.

Israel disse que planeja ainda atacar a cidade de Rafah, na fronteira egípcia. Mais de um milhão de palestinos refugiaram-se da guerra na região.

Se for acordada uma trégua, a ajuda humanitária a Gaza aumentaria drasticamente para os palestinos famintos. Num sinal da crise, o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que pelo menos 16 crianças morreram de desnutrição nos últimos dias, à medida que a “fome se espalha” no norte.

 

Governo etíope e militantes rebeldes entram em conflito

3 de março de 2024

 

Os combates eclodiram entre as forças do governo etíope e membros da milícia Fano em Bahir Dar, de acordo com residentes e a administração regional.

É o primeiro ataque de violência a eclodir desde os primeiros dias do conflito no ano passado.

Num comunicado divulgado na sexta-feira, o governo Amhara disse que as forças militares e de segurança deveriam participar de uma “operação conjunta e vigilância de casa em casa em redor de Bahir Dar para varrer a força extremista que se tinha infiltrado na cidade”.

Acrescentou que a milícia Fano recuou e não foi capaz de “resistir à força combinada das forças de segurança”.

A milícia Fano, sem estrutura formal, não pôde ser contatada para comentar o assunto. De acordo com o Rift Valley Institute, uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, existem vários grupos Fano na região, cada um sem estruturas formais de liderança.

O grupo rebelde costumava trabalhar com o exército contra as forças em Tigray, que viveu uma guerra civil de dois anos que terminou em 2022, mas a sua relação tornou-se tensa depois de Fano ter acusado o governo de deixar a região de Amhara vulnerável a ameaças à segurança. O governo negou a alegação.

Em novembro de 2022 foi negociado um acordo de paz que encerrou o conflito, mas menos de um ano depois os combates eclodiram novamente em Amhara e têm aumentado desde então.

Outra razão para as tensões recentes são as tentativas do governo etíope de desmantelar os grupos insurgentes Fano depois de perceber que estavam a ganhar poder e impulso.

 

Zelenskyy diz que atraso no apoio militar de seus aliados era “inaceitável”

3 de março de 2024

 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apelou a um rápido fornecimento de armas, dizendo que o atraso no apoio militar dos seus aliados ocidentais era “inaceitável”.

Zelensky disse isso em um discurso em vídeo no dia 2. “É incompreensível e inaceitável que se percam vidas e que os nossos parceiros limitem a nossa defesa a meros jogos ou disputas políticas internas”, afirmou ele.

“Será inesquecível”, disse ele, acrescentando: “O mundo inteiro se lembrará disso”.

Segundo a própria Ucrânia, pelo menos sete pessoas, incluindo uma criança e uma mulher, foram mortas num ataque de drone russo num complexo de apartamentos em Odessa, uma cidade portuária no sul da Ucrânia.

“Equipes de resgate em Odessa encontraram o corpo de uma mãe com um bebê de três meses”, disse o ministro do Interior, Igor Klimenko, em postagem em seu canal Telegram.

 

Pelo menos 29 mortos devido às fortes chuvas no Paquistão

3 de março de 2024

 

Pelo menos 29 pessoas morreram devido às fortes chuvas no Paquistão.

As autoridades paquistanesas afirmaram no dia 3 que pelo menos 29 pessoas morreram e 50 ficaram feridas após fortes chuvas que varreram o país durante dois dias, causando o desabamento de várias casas e deslizamentos de terra que bloquearam estradas, especialmente no noroeste.

As autoridades provinciais de gestão de desastres afirmaram num comunicado que dezenas de mortes relacionadas com a chuva foram registadas em várias partes da província de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, desde a noite do dia 29.

A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres disse num comunicado separado que vítimas e danos também foram relatados na Caxemira administrada pelo Paquistão.