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Equilibrar reindustrialização e acordos comerciais deve ser desafio para Lula

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Equilibrar reindustrialização e acordos comerciais deve ser desafio para Lula

☉ Jan 15, 2023

São Paulo e Rio de Janeiro – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começa com o desafio de reconstruir as pontes de política externa abaladas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por Ernesto Araújo, o mais longevo ministro das Relações Exteriores da última gestão.

A promessa do petista de promover uma reindustrialização do País, no entanto, pode entrar em conflito com a ampliação de acordos comerciais – vistos por alguns como potencialmente prejudiciais ao setor. Para especialistas, equilibrá-las será um segundo desafio para o novo governo.

Durante o governo Bolsonaro, o Brasil ficou marcado pelas declarações ofensivas à China, principal parceiro comercial do País, e a piora desconstrução da agenda ambiental -que era, até então, um dos carros-chefe da política externa nacional.

Também caíram mal as rusgas de Bolsonaro com o presidente francês, Emmanuel Macron, seu alinhamento automático ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e sua demora em reconhecer a vitória do novo ocupante da Casa Branca, Joe Biden.

Uma das principais vítimas da política externa adotada nos anos mais recentes foi o acordo entre Mercosul e União Europeia, bloqueado pelos europeus, que usaram como justificativa os problemas ambientais.

Para Roberto Dumas, professor de economia internacional do Insper, o governo Lula já tem mandado sinais positivos para o exterior. Um deles é a escolha da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para integrar a comitiva do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta segunda (16) em Davos, na Suíça.

Dumas afirma que a retomada do acordo com a União Europeia precisa ser prioridade para o Brasil, já que o argumento de degradação ambiental deve cair por terra com as sinalizações de Lula e com a volta de Marina à pasta.

“Lula é uma figura conhecida lá fora, só que o trabalho do governo vai ser muito mais árduo agora do que há 20 anos, é preciso reconstruir as pontes que Bolsonaro não cuidou. Do lado do comércio, também pode ser trabalhoso, já que existe uma cartilha não liberal que direciona o discurso petista, e receio que qualquer oferta de acordo seja lida como maléfica por prejudicar a indústria brasileira.”

O coordenador do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da Fundação Getulio Vargas (FGVcnd), Nelson Marconi, defende que o governo Lula busque acordos que beneficiem o comércio de manufaturados – o que pode ser feito a nível regional por meio do Mercosul. Ele só pondera que os estragos do bolsonarismo na política externa podem ir além do mandato do ex-presidente.

“O comércio internacional é uma briga de foice, mas existe espaço para o Brasil. Há uma predisposição positiva em receber o Lula no exterior, mas a instabilidade política no Brasil, após o ataque à democracia do último domingo, não pode prosperar, ela traria consequências negativas a médio prazo.”

Marconi também considera que o governo Lula pode tentar reeditar a cooperação Sul-Sul – de aproximação comercial e política com o objetivo de desenvolver os países do hemisfério. “Só que o mais importante é fazer comércio com aquilo que interessa ao País. Seria mais interessante fortalecer os fluxos do Mercosul com o hemisfério norte.”

Diário do Comércio: Equilibrar reindustrialização e acordos comerciais deve ser desafio para Lula

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