Rosas de crochê na cor lilás para o fim da violência contra a mulher
☉ Aug 30, 2022

Estudantes da Univille e voluntárias produzem e distribuem símbolo da campanha “Rosas Contra a Violência” na universidade e no Centro de Joinville
Para aderir à campanha de enfretamento da violência contra a mulher, a Univille, por meio do Comitê de Educação em Direitos Humanos, e a empresa têxtil Círculo S/A, promovem a ação “Rosas Contra a Violência”. Estudantes e crocheteiras voluntárias confeccionaram rosas de crochê na cor lilás, que serão usadas em intervenções urbanas como um alerta para a conscientização desta causa.
No último sábado (27/8), foi realizada a primeira intervenção urbana com cerca de 300 rosas distribuídas na Rua das Palmeiras, em Joinville. “Contamos com um encontro para a produção das rosas e também disponibilizados fios na Central de Relacionamento da Univille”, revela Raquel Alvarenga Sena Venera, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Outras ações devem ocorrer ainda em setembro e outubro.
“A produção dessa primeira remessa de rosas aconteceu no dia 13 de agosto com um encontro presencial, mas também divulgando em salas de aula e com crocheteiras voluntárias. Além disso, estamos em contato com grupos de mulheres de pastorais para ajudar na produção das rosas e a entregar esse símbolo da campanha na saída da missa”, destaca Raquel.
Os fios usados na confecção das rosas de crochê contam com a parceria da Círculo S/A, que abraça diferentes causas sociais importantes em todo o Brasil e que agreguem também ao trabalho manual. “Esse projeto promovido pela Univille usa a arte de uma forma simples e sensível, mas com um significado imenso de dar voz às vítimas de violência e com a mensagem de que a violência contra as mulheres tem que ter um basta”, comenta o diretor de Marketing da Círculo S/A, Osni de Oliveira Junior.
Roses Against Violence (Rosas Contra a Violência)
A ação “Roses Against Violence” iniciou em 2018, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25/11), mas em 2020, no contexto do lockdown, foi para as redes sociais e ganhou o mundo. “Conheci a iniciativa nesse momento e, em 2021, iniciamos aqui na Univille. No ano passado, foram centenas de rosas distribuídas pela cidade de forma pulverizada. Por conta da pandemia, as crocheteiras voluntárias trabalharam solitariamente e espalharam as rosas. Neste ano, desde que chegaram os fios, conseguimos juntar mais de 300 rosas, que foram distribuídas no último sábado (27/8). Mas ainda temos fios e continuamos em contato com grupos de mulheres de pastorais. Enquanto estivermos com os fios e mulheres em situação de violência, não vamos parar de espalhar delicadezas que promovam o assunto”, acrescenta a coordenadora.
Ela acredita que o impacto dessa ação pode ser entendido por analogia na proporção mesmo da representação da pequena rosa no espaço urbano amplo. “A flor fica pequena, quase some amarrada em um poste, em um monumento pela cidade. Mas quem a encontrar, saberá que não está sozinha. O problema da violência é imenso, mas uma denúncia pode ser um gesto muito pequeno e fará uma grande diferença na vida daquela mulher. O impacto das crocheteiras voluntárias é um sair da impotência, fazer algo, contribuir, colocar a questão para ser discutida. Uma rosa provoca o assunto, faz a linguagem circular e falar sobre isso é necessário e urgente”, completa.
A Univille, através do Comitê de Educação dos Direitos Humanos, aposta nessa ação de fomentar o debate sobre o assunto. “No sábado (27/8), durante a intervenção urbana, vimos casais que passavam, paravam, alguns pediam para levar uma rosa, outros apenas olhavam e saiam conversando sobre. Isso é muito importante. Algumas mulheres pediram para levar a rosa a outras mulheres que estão precisando de ajuda. Socialmente, isso é um impacto grande, fazer circular a linguagem. No Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, discutimos nos cursos de mestrado e doutorado sobre a importância de usar os monumentos para comunicar temas sociais da atualidade. Os patrimônios não nos falam somente sobre o passado, mas estão aqui dialogando com o presente”, avalia Raquel.
Agosto Lilás
Neste ano, a ação começou a ser desenvolvida em agosto, alinhada com o Agosto Lilás, uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, que faz referência ao aniversário de 16 anos da Lei Maria da Penha. Entretanto, em 2021, a iniciativa se estendeu até novembro, no mês da Diversidade e Inclusão, e que tem o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, em 25 de novembro. Agora, em 2022, a ação Rosas Contra a Violência deve seguir o mesmo cronograma, pois, de acordo com Raquel, infelizmente o tema é perene, não diz respeito apenas ao mês de agosto. “Enquanto tivermos os fios e mulheres em condição de violência doméstica, espalharemos rosas pelo campus da universidade, pelas praças e espaços onde pode haver alguma mulher precisando saber que não está sozinha”.
Para mais obter informações sobre o projeto, é só entrar em contato com @ppgpcsuniville.
Círculo S/A
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